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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Janela Poética - CATIVO


CATIVO - Glauco César
 
Tal qual minha sombra, ermo numa gruta,
onde descabido meu olhar se afasta,
a escuridão me prostra e me arrasta
para o sonho pardo no negror da luta!

Resta-me a voz lúgubre do meu luto,
fujo, feito fera ferida e fedenta,
cambaleio, tremo, a fé não aguenta
a ofuscação desse meu usufruto!

Abençoada és, pois, fazes cintilar
meus olhos, anuviados por um véu.
Aclara meus sonhos, faz-me flamejar.

Na fúlgida fuga não mais denegrir,
tornaram-se nítidos; fulgor do céu.
Ofuscou a sombra, latão a luzir!

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