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domingo, 27 de dezembro de 2015

IDE - Carta à Igreja de Laodicéia



CARTA À IGREJA DE LAODICÉIA

Educador Glauco César



NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.
           


            Até agora estivemos analisando períodos que fazem parte da história, fato que facilita o papel do perscrutador eclesiástico, pois, identifica fenômenos ocorridos.
         A fase a ser examinada corresponde, exatamente, à Igreja de Laodicéia que cobre o período atual, ou seja, fatos que estão se cumprindo e prestes a cumprir alcançando até a breve volta de Cristo Jesus!
           Por isso, é necessário se fazer um exame de cada porção dos versos, para habilitar todo indivíduo a manter uma postura espiritual adequada que interfira no comportamento para qualificar a criatura a adquirir a vida eterna.
               Para tanto, necessário se faz conhecer os versos que irão ser analisados; "14 E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a Testemunha Fiel e Verdadeira, o Princípio da Criação de Deus: 15 Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente! 16 Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca. 17 Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; 18 Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. 19 Eu reprendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. 20 Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, Entrarei em sua casa, e com ele Cearei, e ele Comigo. 21 Ao que vencer lhe Concederei que se assente Comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono. 22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas". Apocalipse 3: 14 - 22.



AOS AMIGOS, REVELAÇÃO ILUMINADA




                   Jesus encontra-se ansioso para esclarecer a todos Seus filhos, quer sejam servos ou amigos, o entendimento de Suas profecias. 
         No nosso caso, em especial, Cristo deseja desselar a carta à Igreja de Laodicéia.
Fiquemos, portanto, atentos ao enunciado de João 15: 15. "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor, mas tenho-vos chamado amigo, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho feito conhecer".
     Uma vez que o amigo de Cristo recebe iluminação da Palavra Revelada, essa pessoa é comissionada a divulgar para os demais servos do Senhor tudo que ouviu de Cristo através do timbre da voz do anjo Gabriel.
Desta maneira, percebemos que, tanto o Pai quanto o Espírito Santo e, Jesus Cristo, está empenhado em fazer conhecer Sua Verdade Presente.

CONHECENDO HISTORICAMENTE A CIDADE DE
LAODICÉIA

          Uma vez compreendida a mensagem da carta à Igreja de Filadélfia e, desbravada esta cidade, nos munimos dos nossos apetrechos para que, ao romper da aurora, pudéssemos começar a nossa caminhada imaginária, na estrada Imperial da Ásia Menor, em demanda à última das sete cidades, descritas no Apocalipse!
               Naquela manhã o dia amanheceu nublado, uma leve garoa amenizava o mormaço comum a essa época do ano, por isso mesmo, saudávamos com indelével satisfação.
             Sabíamos que o percurso exigiria bastante do nosso corpo e mente.
           Durante a noite anterior, procuramos nos informar sobre o caminho a seguir para, alcançar o nosso objetivo, porém, ao iniciar a viagem, descobrimos que a precaução tomada, foi quase em vão, pois, no início da nossa jornada, descobrimos que muitas pessoas daquele local, tomavam o mesmo destino e, logo nos enturmamos!
           Um companheiro de caminhada nos informou que Laodicéia dista 65 Km a sudeste de Filadélfia, naquele instante fiz o cálculo e descobri que ao chegar ao nosso destino, teríamos coberto cerca de quatrocentos e cinquenta quilômetros, desde que partimos de Éfeso!
            Aquele mesmo viajante, que nos ciceroneava, começou a mostrar alguns fatos importantes da cidade, o que muito me interessou!
         Disse ele que era uma antiga cidade, a principal da Frígia Pacatiana, Ásia Menor.
              Naquele instante percebemos que nas imediações, os rios Lico e Halis se uniam numa afluência pacifica, nosso informante faz-nos ver que naquele local havia uma encruzilhada, onde as duas principais estradas da Ásia se entrecruzavam, fato indiscutível, pois, éramos testemunhas oculares!
          Falou-nos também que o nome original da cidade era Diospolis, posteriormente cidade de Zeus, em seguida Roas. Antíoco II Teus, rei da Síria (260 - 247 A.C.), com o crescimento e desenvolvimento da cidade, mudou o nome para Laodicéia, em desígnio ou resolução inabalável de veneração e respeito à sua esposa Laodice.
          Nosso informante, pessoa nativa daquela região, nos mostrou um sistema de canalização de água que ao atravessar uma depressão do terreno, ganhava expressão arquitetônica, ao sustentar grande estrutura, com duas ou três ordens de arcadas superpostas.
          Esse aqueduto, com cerca de seis quilômetros, traz água morna de Hierápolis, fornecendo o precioso líquido para os banhos mornos, tão apreciados pela população. Esses banhos termais e suas fontes minerais atraem muitos visitantes, pois, se acredita que as águas possuem propriedades curativas.
          Tomei a liberdade de saborear aquelas águas mornas, percebi que o gosto é desagradável ao paladar e, produz náuseas.
      Ao adentrar na cidade pudemos perceber que ela respira fartura, com grandes mercados, sendo um centro financeiro destacado, possuindo estabelecimento de câmbio, diversas casas bancárias que, obviamente, atraem muitas riquezas.
       Ao derredor da cidade, se percebe ricas regiões de fazendas, onde são criados grandes rebanhos de ovelhas negras, fato que faz de Laodicéia o centro comercial da lã preta e lustrosa, bem como de confecções ali produzidas com este mesmo material, um pano manufaturado, macio como seda da cor negra.
          Os habitantes da localidade rejubilam-se ao desfilar exibindo seus vestuários pretos, como quem estivessem evidenciando suas fortunas.
           Em decorrência desta prosperidade, as pessoas, em sua maioria, são orgulhosas, arrogantes, satisfeitas consigo mesmas e autossuficientes. 
         Caminhando entre as tortuosas ruas pudemos encontrar casas de exportações onde se distribui para toda Ásia o famoso pó frígio, um colírio especial para os olhos, feito da famosa pedra frígia.
        De olhos bem abertos, pudemos divisar o templo de Men Karou, dedicado a Esculápio, o deus da medicina na mitologia greco-romana, onde funciona uma famosa escola de ciência médica.   
           Conta-se que um terremoto devastador atingiu a cidade por volta do ano 60 A.D., exatamente trinta e cinco anos antes que o Apocalipse fosse escrito. Naquela oportunidade o Imperador Nero, de Roma, ofereceu ajuda, contudo, os laodiceanos recusaram tal oferenda, alegando que não precisava de coisa alguma.
           No 13.º século os turcos destruíram-na, atualmente, só existem ruínas indicando o local onde outrora se erguia a exuberante Laodicéia.
           A despeito de tudo isso, a mensagem que leva o seu nome, no Apocalipse, é de interesse ímpar, pois, revela a condição espiritual da população humana, da atualidade!       

CONHECENDO A IGREJA DE LAODICÉIA




               Esta nossa viagem imaginária, através do tempo, está acontecendo nos dias da mensagem do Apocalipse.
              Ao chegar à cidade, fomos procurar uma hospedaria, contudo, nosso informante, tendo ciência que iríamos passar pouco tempo na comunidade, nos convidou, gentilmente, para que pousássemos em sua casa, fato que foi aceito prontamente.
          Naquela noite fomos com aquele nosso amigo e seus familiares, até um arruado onde, numa casa, algumas famílias se reuniam em adoração ao Senhor, formando, assim, a igreja cristã de Laodicéia.
        Um distinto e nobre homem, tipo bonachão, de voz pausada e um tanto rouca, cabelos em desalinho e grisalhos, comentou que, provavelmente, o apóstolo Paulo tenha sido o fundador daquela congregação que, semelhante aos irmãos de Colossos, os cristãos laodiceanos, eram fervorosos e prósperos, formando uma florescente igreja!
        Enquanto o irmão discorria sobre a possibilidade de Paulo ter sido o fundador, uma senhora, um tanto mais idosa que o bonachão, o interrompeu ajustando o seu discernimento em relação a esse assunto.
    Ela asseverou que Paulo, pelo que ela tinha conhecimento, nunca esteve em Laodicéia, seria muito mais provável que Epafras tenha sido, de fato, quem estabeleceu o cristianismo naquela região.
          O fato é que, se Paulo ou Epafras, o cristianismo em Laodicéia, está em ebulição, com irmãos que nutrem uma fé em efervescência!
             No entanto, a aplicação da carta apocalíptica dirigida à igreja de Laodicéia, está direcionada a todos os viventes deste último e solene período da história malsinada do pecado, assinalando a sétima e última etapa da igreja cristã, que teve seu início no ano de 1844 atingindo até o regresso de Cristo e, vinda de Deus, com poder e grande glória, conjuntamente com todos os habitantes celestiais!
     Naquele instante, terminará o tempo da graça e adentraremos no Reino da Glória! Com a igreja de Laodicéia, que é a última, a luta entre o bem e o mal terá uma trégua de mil anos, quando acontecerá a derradeira batalha, momento em que Satanás arregimentará os ímpios, que foram ressuscitados por Cristo, para contemplar a herança dos justificados e avaliar o que perderam, a Nova Jerusalém!
         O inimigo, então, partirá para sua última e desesperada ofensiva, com a ajuda de todos os perdidos, desde quando entrou o pecado até o último elemento que tombou. Isto, na tentativa de destronar os herdeiros da Cidade Santa, para ocupar os seus lugares!
            Naquele instante, ante a impossibilidade de conquista, Satanás vê sair dele mesmo, um fogo devorador que o consome juntamente a seus seguidores. "Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; Eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre terra, aos olhos de todos os que te vêem". Ezequiel 28: 18.
           Deus estão faz descer do céu o fogo purificador que restaura esta terra, devolvendo-a a forma edênica!
        Naquele instante, a Divindade, então, apagará das mentes dos justificados, tudo que é proveniente do mal, para que eles pudessem, finalmente, respirar a felicidade! "E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem prato, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas". Apocalipse 21: 4.
          Aquele novo amigo preletor nos explicou que o termo Laodicéia é composto de dois vocábulos gregos combinados, LAOS e DIKE que significam, respectivamente, povo e juízo. Assim descobrimos o verdadeiro significado da palavra Laodicéia: Povo do Juízo.
        Este último período da história eclesiástica, pode também, ser identificado pelo grau de conhecimento e informações nele contido. Em nenhum período da história universal, existiram tantas instruções direcionadas, nem fontes noticiosas à disposição da humanidade, quanto hoje.
               Nesse foco, poder-se-ia, até identificar esta etapa da história como o período de luz, conhecimento e informações, em meio às trevas espirituais! Por isso, cada habitante da Terra, tem em suas mãos toda ferramenta para fazer juízo de sua vida, em relação à eternidade! 
          Verdadeiramente Laodicéia significa Povo do Juízo, pois, na época da igreja de Filadélfia, pouco a pouco, a verdade de Deus, que houvera sido pisoteada, no período inquisitivo, pelas hostes de Satanás, foi gradativamente restaurada, até que todas as facetas da verdade ressurgiram com a restituição das Sagradas Escrituras, assim, a partir de então, como diz a própria Bíblia, "vinda é a hora do Seu juízo", Apocalipse 14: 7.
              Agora sim, a partir daquele momento, a humanidade, de posse da Bíblia, tendo em mãos a norma do juízo, ou seja, os Mandamentos de Deus pôde fazer ponderação de sua própria vida, para herdar, ou não, a eternidade! 
          Nos dias em que vivemos, a tônica de todo fiel cristão que queira herdar a eternidade, deveria ser a de nutrir um zelo extremoso pela justa e santa lei de Deus (que é o transcrito do caráter da própria Divindade), como sua regra de vida, só assim, esse povo que anseia com extrema expectativa o encontro com Jesus nos ares e, também poder abraçar o Pai Eterno, verá a concretização desse desejo inaudito!
           Que eu e você, caro leitor, possamos fazer parte do povo que herdará a vida eterna!
              

sábado, 19 de dezembro de 2015

IDE - Venho Sem Demora; Guarda o Que Tens, Para Não Perder a Tua Coroa.

VENHO SEM DEMORA; GUARDA O QUE TENS, NÃO PERCA A TUA COROA
Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.



           Estamos chegando ao epílogo da narrativa para a igreja de Filadélfia, nesse fecho, a nossa fala final tem por objetivo explanar, conforme nosso entendimento, as intenções do Divino Autor, assim, iremos sintetizar, ainda que de forma analítica, os derradeiros versos que arrematam as últimas cenas daquela visão profética, relatada em Apocalipse 3: 11 - 13, que descreve assim: "¹¹ Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. ¹² A quem vencer, Eu o farei coluna no templo do Meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do Meu Deus, e o nome da cidade do Meu Deus, a Nova Jerusalém, que desce do Céu, do Meu Deus, e também o Meu novo nome. ¹³ Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." 

          Comecemos, então, nossa decomposição deste todo em suas partes constituintes. Nesse exame, pretendemos conhecer, sobretudo, a natureza, proporções, funções e relações, por ventura embutidos nesses versos!

EIS QUE VENHO SEM DEMORA - Pelo que nos foi até agora desfraldado, fica bastante evidente que ante a não concretização da volta de Cristo Jesus e vinda de Deus Pai acompanhado pelos Seus anjos, guardiões, arcanjos, querubins, serafins e, todos os demais seres celestiais, o Filho de Deus, então evidencia que a demora não seria por muito tempo, em breve, a comitiva Divina haveria de realizar esse feito, contudo, não naquele período, mas, aquelas pessoas deveriam ter a certeza solidificada e completa que, no devido tempo, esse fato haveria de acontecer para felicidade geral daqueles que divulgaram e creram nessa bendita certeza! "Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá. Se tardar, espera-O; porque certamente virá, não tardará".
Habacuque 2: 3.
           
GUARDA O QUE TENS - A verdade é que aquelas pessoas que anunciaram a volta de Cristo, para aquele período, estavam convictas que Ele, de fato, viria naquela época, no entanto, ao experimentar a desilusão, ante aquela surpresa desagradável, titubearam, chegando mesmo até a vacilar.
          Para fortalecê-los, Jesus em Sua amorável bondade consola-os, fazendo ver que aquilo que eles tinham, aquela inegável certeza da breve volta de Cristo, deveria ser guardada no íntimo de sua mente, crendo de maneira convicta, que mesmo se a morte os levasse, como de fato os levou, a sua recompensa estaria garantida e, a Comitiva Celestial, no devido tempo, viria à Terra, momento em que, o Filho do homem os ressuscitaria, para o encontro com Cristo nos ares, para enfim, ter o auspicioso contacto com o Pai. 
            Todavia, isto só seria possível, se eles morressem com a certeza plena do retorno de Jesus, para que suas obras, aquela mesma convicção inabalável os seguisse, na ressurreição dos justificados. "E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam." Apocalipse 14: 13 (grifo nosso).
          O verbete ventura, que no original grego vem grafado como macário, pode significar felicidade, nesse texto apocalíptico está sugerindo que os mortos ao ressuscitarem serão muito felizes, que no superlativo absoluto sintético, seria felicíssimo, por ter descido à sepultura com a convicção plena do retorno de Cristo, não desacreditando, enquanto em vida, um só instante, isto fará a total diferença quando esse acontecimento, finalmente, se concretizar. 
        Você, meu amado leitor, não gostaria também de usufruir da felicidade provinda do céu, para deixar extrapolar, naquele glorioso dia, a alegria de ser contado como uma das muitas pessoas que se tornarão felicíssimas por ter adquirido o direito de confirmar sua participação na família celestial e, viver eternamente com Cristo, sentido o amor enternecedor do Pai e a companhia benfazeja do Espírito Santo? 
            Então, não te envergonhes de ser um autentico cristão, pois, Deus não te decepcionará!




NINGUÉM TOME A TUA COROA - Muitas pessoas admitem e apregoam que essa coroa seja apenas um simples ornato circular com que se cinge a cabeça, para tanto, acreditam que no céu existem tábuas horizontais no interior dos armários ou estantes, com a finalidade de cada pessoa salva, que adquiriu a eternidade, possa guardar sua coroa, colocando-a na prateleira.
        No entanto, acredito mesmo que essa coroa não seja apenas um objeto de ouro puro, contudo, creio piamente que seja mais uma simbologia.
             O que, na verdade, essa figuração representa?
             Analogamente podemos traçar pontos de semelhanças entre coisas diferentes. Nessa similitude entendemos a coroa, como um objeto afeito para ser colocado na cabeça de um rei ou imperador, simbolizando, assim, nessa parecença o poder, ou mesmo, dignidade real, ou ainda a própria realeza. 
          Naquela visão, conforme o relato da igreja de Filadélfia, as criaturas divulgadoras da mensagem da volta de Cristo, deveriam estar atentas, para que pessoas outras, de forma descabida, não os privassem, da dignidade real, aqueles divulgadores deveriam permanecer firmes na realeza de Cristo Jesus. "Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão". Colossenses 2: 18. 
           Existe uma segunda medida interpretativa na qual o verbete coroa (grego koró/latim corona) pode representar um premio merecido, ou mesmo uma recompensa meritória, ou ainda uma glória adquirida, que o habilita para a coroa da vitória, que é, na verdade, a recompensa da vida eterna. Esta é, realmente, a coroa descrita no verso citado. "Para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3: 15.
          O investigador atento da Palavra de Deus, não terá dificuldades em relacionar a coroa como simbologia da eternidade, ou mesmo da vida eterna. Basta observar que toda coroa é circular, e como tal, não tem começo nem fim, sendo, indubitavelmente, símbolo da eternidade!
          Assim, como havia uma coroa reservada para cada cristão fiel da igreja de Filadélfia, que era, na verdade, a recompensa da vida eterna, semelhantemente, para cada verdadeiro cristão de todos os períodos representados pelas sete igrejas apocalípticas, também existe a promessa de cada pessoa tomar posse da sua coroa, que é de glória incorruptível, a vida eterna!
          Responda com um efusivo sim, aos graciosos apelos de Cristo Jesus, só assim você tomará posse da Vida Eterna!   
           
AO VENCEDOR - É de conhecimento geral que o ponto a que se dá maior realce, no livro da Revelação, é o segundo advento de Cristo Jesus, no entanto, no período referente à Igreja de Filadélfia, a proposição que mais marcou aquele espaço de tempo, não foi, necessariamente, o retorno de Jesus, e sim, o grande desapontamento gerado pela não concretização daquele fato notável.
          É sabido que muitas pessoas se renderam à racionalidade dos cálculos proféticos que indicavam o iminente retorno de Cristo para aquele período. Esses mesmos indivíduos, com a mesma presteza, ante a não concretização do fato, passaram a ridicularizar e espoliar as criaturas que insistiam em permanecer convictas de que, Cristo em breve retornaria à Terra, senão naquele tempo, mas, com toda certeza, cedo viria! "Eis que presto venho". Apocalipse 22: 7 pp.
          A todo fiel que persistiu em continuar inabalável ao lado da verdade, o Escrutinador do Universo, taxava-o de vencedor, deixando uma mensagem de confiança, descrita assim: "Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro". Apocalipse 22: 7 up. 
           

EU O FAREI COLUNA NO TEMPLO DO MEU DEUS - Filadélfia, em sua época, era uma próspera cidade, por isso mesmo, era reconhecida como "Pequena Atenas". Contudo estava sujeita a frequentes terremotos, sua população sempre temia uma tragédia.
      No ano 17 de nossa era, um terremoto quase a destruiu totalmente, no entanto, em meio aos escombros, uma solitária coluna, permaneceu como sentinela, através dos séculos.
        Provavelmente, o Escrutinador do Universo, utilizou essa coluna como figura metafórica do vencedor.
       Portanto, cada pessoa do período de Filadélfia, que não se dobrou ante o peso da descrença e, permaneceu 'fiel até a morte' Apocalipse 2: 10 up., Cristo prometeu torná-la 'coluna' no Templo de Deus. 
  Metaforicamente uma coluna é símbolo de força, estabilidade e, sobretudo, vitória. Essas características batem justo com o caráter dos cristãos vencedores do período de Filadélfia, por isso mesmo, os vitoriosos daquele período, devido sua fidelidade ao serviço de Deus, terão o privilégio de herdar a eternidade!
      Essa é uma extraordinária figuração, os fiéis daquela época foram firmes em suas convicções, apesar de que suas predições não se realizaram naquele tempo, no entanto, ainda assim, eles permaneceram em equilíbrio com o propósito do Deus a quem serviam, justamente aí residia a sua força, por isso mesmo, foram vitoriosos, se tornando colunas vivas, no Santuário de Deus, que é a própria igreja viva, neste caso o ser humano. "Porque vós sois santuário do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo". II Coríntios 6: 16 (grifo nosso). 

E DELE NUNCA SAIRÁ; E ESCREVEREI SOBRE ELE O NOME DO MEU DEUS, DA CIDADE DO MEU DEUS E O MEU NOVO NOME - Aos vitoriosos do período de Filadélfia foi prometida a garantia de que eles, jamais, por vontade própria, ou não, renunciariam a vida eterna!
          Isto não quer dizer que na eternidade, a possibilidade de abandonar o convívio com a Divindade seja nula, no entanto, ante a experiência vivenciada por cada indivíduo, e a convivência com o Remidor, ninguém escolherá sair da redoma Divina! 
        Cristo garantiu aos filadelfienses que escreveria sobre cada vencedor daquele período, o nome de Deus, justificando, desta forma, o motivo pelo qual, nenhuma pessoa daquela época ou de outra qualquer, desejará abandonar as benesses da Eternidade.
          Isto quer dizer que a imagem do Deus Criador, que o homem perdeu ao pecar, será automática e plenamente restabelecida no caráter de cada vencedor, não somente dos filadelfienses, como dos demais vencedores de cada período.
        Metaforicamente o nome de Deus gravado na testa é figuração de que em vida, a pessoa entregou a sua mente a uma obediência racional, inteligente, sincera, franca e honesta a todos os reclamos de Deus seguindo de forma amorável todas as normas, regras e mandamentos do Autor, Mantenedor e Redentor da Vida!
         Muitos bons cristãos asseveram piamente que não são desta terra, aqui eles são apenas forasteiros, pois, na verdade, são cidadãos celestiais.
         Certamente, todo vencedor terá direito de viver, durante o período de mil anos, na Nova Jerusalém, ganhando o título de cidadão celestial.
        Passado esse período de tempo, a nova Jerusalém descerá do Céu, com todos esses justificados. "E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o Tabernáculo de Deus com os homens, pois, com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus". Apocalipse 21: 2 e 3. 
          A eternidade será vivenciada aqui na Terra, pois, como disse Jesus, "Bem-aventurado os mansos, porque eles herdarão a terra" (Mateus 5: 5) e, este mundo, anteriormente malsinado pelo pecado, será, finalmente, a moradia dos justificados, bem como, o centro do Universo, pois, aqui será, por toda eternidade, o Esconderijo do Altíssimo!
          Nas testas dos filadelfienses, e nos vencedores dos demais períodos estará escrito o novo nome de Jesus.

             Possivelmente esse novo nome não será o nome que Ele detinha no Santuário Celestial antes da Sua encarnação aqui na Terra, senão não seria um novo nome.
       Aqui no nosso planeta Ele foi anunciado como: "Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" Isaías 9: 6, já em Sua fase adulta o Salvador foi identificado por outros títulos como: O Nazareno, Mestre, Jesus Cristo, o Messias e tantos outros cognomes, contudo nenhum destes estará gravado na mente dos justificados.
             Acredito mesmo que esse novo nome, tem tudo haver com a nossa íntima experiência com o Salvador.
     Jeremias, no passado, concebeu uma profecia messiânica, na qual comentou que o povo haveria de estar salvo e seguro, este fato se concretizará na eternidade e, naquela época porvir, cada vencedor trataria a Jesus da seguinte forma; "Este será o Seu nome com que O nomearão: O Senhor Justiça Nossa". Jeremias 23:6.

QUEM TEM OUVIDOS OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS - Esta é uma mensagem especial para as pessoas que vivenciaram o período da Igreja de Filadélfia, as palavras do Revelador denota a presteza e universalidade da mensagem para o sexto período da história eclesiástica, no entanto, a conotação final demonstra claramente que toda criatura, não só daquele período, como das demais igrejas, deveria estar atenta para ouvir o que o Espírito Santo tem para revelar a toda pessoa que esteja viva, pois, "Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos" (Mateus 22: 32up.), por isso mesmo é uma mensagem atual e benéfica para a sociedade moderna!
             Que Deus continue nos abençoando!