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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

IDE - Uma Visão de Sete Grandes Flagelos!

CAPÍTULO XV
UMA VISÃO DE SETE GRANDES FLAGELOS!

Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
Uma vez que, uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento. 


MAPEAMENTO SINÓPTICO DA PROFECIA



Sabe-se que o capítulo quinze não passa de um mapeamento sinóptico, ou seja, apresenta num relance profético vários acontecimentos que se darão durante o último ano de vida dos humanos, aqui na Terra, quando acontecerão os sete últimos flagelos! “Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos” Apocalipse 18: 8 (grifo nosso).
"O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do Seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos." Apocalipse 15: 8 (grifo nosso).
Nesse último ano de vivência da humanidade aqui no mundo de pecado, a Porta da Graça estará, totalmente, trancada, cuja atividade de escolha do humano, conhecida como livre arbítrio, foi suspensa de modo provisório, pois, a consequência da escolha de cada criatura humana, estará decidida, vida ou morte eterna! "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.
Eis que venho sem demora, e Comigo está o galardão que Tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras." Apocalipse 22: 11 e 12 (Grifo nosso).
O Livre Arbítrio só será restaurado durante a Eternidade!
Apesar de que, após a reativação, na humanidade, da capacidade de tomar suas próprias decisões durante a Eternidade, jamais, a humanidade decidirá pela prática do pecado, pois, sentiu na própria pele a consequência do mesmo!
Nessa apresentação concisa do conteúdo dessa visão em estudo, como um verdadeiro epítome, descreve em sequência, logo após os flagelos, qual a postura dos resgatados, tanto da grande multidão, quanto do Grupo Especial, que são aqueles que não conhecerão a morte e, são em número de cento e quarenta e quatro mil.
É certo que cada grupo entoará o hino de sua própria experiência. A grande multidão de ressuscitados entoará o cântico de Moisés, enquanto que o Grupo Especial que se tornará em Sacerdotes e Levitas, ensoará a  canção em louvor ao  Cordeiro, o Todo-Poderoso Rei das nações!
Após essa visão, o relato retorna num tom mais descritivo e esclarecedor, anunciando os sete flagelos que serão minunciosamente detalhados no capítulo subsequente!
De posse desse prenúncio, podem-se conhecer os versos que serão analisados com cautela! "Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus.
 Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus; e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!
Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só Tu És santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de Ti, porque os Teus atos de justiça se fizeram manifestos.
Depois destas cousas, olhei, e abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testamento, e os sete anjos que tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos ao peito com cintas de ouro.
Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus, que vive pelos séculos dos séculos.
O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do Seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos." Apocalipse 15: 1 - 8.

DEUS DECLARA SEUS DESÍGNIOS!



A interpretação da Bíblia, principalmente das profecias, é feita, habitualmente, utilizando-se da vala comum, ou seja, sua explicação tem por ponto de apoio o entendimento mais singelo, portanto, aceito pela maioria, no entanto, chegando perto da trivialidade, como algo vulgar ou mesmo ordinário!
É por isso que o livro da Revelação, muitas das vezes, é rejeitado pelos leitores cristãos, por se ter a impressão que ele trata da indignação dum Deus iracundo, transbordante do desejo de vingança.
Todavia, existe uma maneira mais racional e amorável de se perceber essa maravilhosa relíquia literária que foi recebida, pelo apóstolo João, na ilha de Patmos.
Ali, em isolamento, como instrumentalidade de Cristo, João sente em si o princípio, a origem e a causa do amor e da misericórdia de Deus para com a humanidade.
É por isso que para mim, o Apocalipse, não revela, simplesmente, uma descrição do colapso final e inevitável da humanidade, fato que tem gerado medo e, principalmente, pavor, no entanto, entendo, singelamente, como o Evangelho do Amor!
Boas Novas que retratam o derradeiro apelo de misericórdia, por parte do Divino para que a humanidade se posicione ao lado da Vida Eterna que é Cristo Jesus!
É por isso que ao se deparar com as profecias apocalípticas, cada pessoa fica sujeita a sentir, dentro de si, o brotar  do germe do entendimento que, semelhante a uma sinfonia, abrilhantará com tonalidades musicais que realça o grau de força, doçura e beleza, a musicalidade do caráter do Onipotente!
O leitor desatento, logo no início do capítulo em estudo, haverá de esbarrar no enunciado em que há figuras ou alegorias, mais conhecidas como metáforas ou tropologias, que, se mal interpretadas, dão a impressão de que Deus tenha produzido e reservado, para a humanidade nos últimos dias, pragas concebidas pela cólera que existe nEle próprio!
Ora, para se analisar com mais equidade e acerto, basta trocar o termo praga por flagelo, que é um sofrimento ou aflição, todavia, tal sofrimento é consequência inevitável das ações da humanidade, portanto, o próprio homem, é ao mesmo tempo, a causa e o instrumento da calamidade.
Todavia, a misericórdia de Deus tem retido nas mãos dos sete anjos, esses flagelos, cuja ação de benevolência do Altíssimo vem descrita na profecia como a cólera de Deus.
Sabe-se que cólera é um defeito de caráter que, normalmente,  reflete a ira, a raiva, o furor e a zanga de quem a possui. Neste caso, nenhum desses caracteres são atributos de Deus, senão Ele não seria o Amor Divino!
A figuração da cólera de Deus descreve o ímpeto e a determinação com que Deus, através de Sua misericórdia, tem retido, amoravelmente, as consequências mortíferas do pecado, para liberá-las, somente, quando tudo estiver cumprido. Esse é o exemplo do Deus amoroso que eu creio!

O MAR DE VIDRO


Para João a visão do mar com as pessoas que venceram o pecado em toda sua extensão, tornou-se num deslumbramento de felicidade!
Justamente aquela grande extensão de volume d'água que o separava, na Ilha de Patmos, da liberdade, seria o instrumento de sua transbordante alegria!
Imagino que João, numa outra visão, quando vê a Cidade Santa descendo com os justificados, ele observa também o novo céu e a nova terra e, não vê o mar, pelo menos, com o mesmo sentimento e compreensão que ele tinha, quando exilado na solitária Ilha do Mar Egeu!
Diferente daquele sentimento que o exílio lhe transmitia que, inclusive, fazia o Profeta se entristecer, João, nessa nova visão, percebe que o mar continuava existindo, contudo, era semelhante ao vidro polido, inflamado em glória, não se tornando, de forma alguma, num obstáculo para os justificados tomar posse da liberdade que há no Cordeiro de Deus!
Quero crer que João, naquele instante, lembrou-se que o Mar da Galileia, não fora obstáculo para Cristo, quando andou sobre ele! Semelhantemente também não será empecilho para os justificados!
Lembro-me que quando ainda criança, na Ilha de Itamaracá, minha saudosa mãe, num entardecer de janeiro, nos levou até aonde o mar se espraiava para vislumbrar o sol numa tonalidade vermelha alaranjada.
Quando o astro rei alcançou a linha do horizonte, observamos duas esferas, uma do sol, e a outra do reflexo dele sobre as águas.
Todavia, o que mais me chamou a atenção foi o colorido abrasador das nuvens dos céus, como se estivesse envolvendo as águas do oceano num fervente e ardoroso abraço!
Hoje, lembrando-me daquela cena, compreendo o Mar de Vidro, que não impedia que os justificados andassem sobre o mesmo, da mesma forma que Cristo andou e permitiu que Pedro também caminhasse sobre as águas!
Diferente daquilo que contemplei quando criança, ao invés do sol, um astro celestial, quem estava na linha do horizonte, na visão de João, era Jesus, o Sol da Justiça, com todo Seu resplendor, dando a impressão que o Oceano  havia se transformado num glorioso Mar de Vidro!
Sobre este suposto mar de vidro, os justificados munidos de instrumentos musicais, entoavam hinos de vitória!
Amigo leitor, você poderá estar com sua maviosa voz, entoando alternadamente, o cântico de Moisés, se você fizer parte da grande multidão ou, o louvor ao Cordeiro de Deus, se for um dos Cento e Quarenta e Quatro Mil!
Saiba, porém que, se você estiver entre os que entoarão o Cântico de Moisés, é prova de que em sua experiência terrena, você decidiu, no período da graça, ficar ao lado de Jesus, portanto, durante a graça você foi auxiliado e consolado pelo Espírito Santo, por isso mesmo, você entoará, com propriedade, aquele Cântico.
Todavia, se você estiver no Grupo que entoará a Cantata  ao Cordeiro, tua experiência foi mais probante, pois, enfrentaste o tempo denominado de Angústia de Jacó, te sentiste abandonado, contudo, não foste desprezado, mas, o Consolador, para teu próprio aprendizado, não te aliviou, nem suavizou tua aflição nem o teu sofrimento, pois, deverias ter uma experiência semelhante à de Cristo Jesus quando exclamou; "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mateus 27: 46.
Somente passando por esta experiência os Cento e Quarenta e Quatro Mil estariam aptos para serem Sacerdotes e Levitas, durante a Eternidade! "Também deles tomarei a alguns para sacerdotes e para levitas, diz o Senhor." Isaías 66: 21.
Você pode entoar qualquer um desses hinos de louvor, o que você não pode, é deixar de estar sobre o Mar de Vidro!
      Para tanto, você precisa, portanto, fazer a sua decisão ao lado do Sol da Justiça!

OS SETE FLAGELOS SERÃO LIBERADOS


João, ainda em êxtase e sobremodo enlevado, continuando sob o efeito do arrebatamento íntimo, observa no Paço Celestial, onde Deus administra e controla todo o Universo,  que sete anjos, com os sete flagelos, saíam do Santuário, que é o trono do Onipotente!
As vestimentas daqueles seres angelicais eram semelhantes à indumentária que o Sumo Sacerdote usava no dia da expiação, esse detalhe arremete-nos à compreensão que aquilo que a humanidade semear, isto também ceifará! "Não vos enganeis, de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna." Gálatas 6: 7 e 8.
Está subentendido na vestimenta desses anjos a figuração do dia da expiação, já no verso supracitado nos arremete que os flagelos ocorrerão no período de um dia profético, que corresponde a um ano literal, neste caso durante a Angústia de Jacó.
Tais flagelos foram produzidos pela própria humanidade, portanto, não foram gerados nem levados a efeito pela ira Divina.
Todavia, essas calamidades alcançarão somente aqueles que semearam para a própria destruição, elas não atingirão os que semearam para o Espírito! "Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás e verás o castigo dos ímpios." Salmos 91: 7 e 8.
É-nos informado que um dos quatro seres viventes faz a entrega das taças com os flagelos aos sete anjos.
Contudo, não se sabe qual Ser Vivente desempenhou essa tarefa?
Prefiro não conjecturar, pois, poderia ter sido Enoque, o primeiro ser vivente que ascendeu ao Paço Celestial, ou mesmo Moisés, o segundo Ser Vivente que, em sua experiência terrena, ajudou na libertação do povo de Israel, livrando-os da escravidão egípcia.
Se imaginássemos que foi Elias, certamente haveria subsídios para tal conjectura, pois, ele teve uma aprendizagem extraordinária, por isso, deveria estar preparado para auxiliar o cristão sincero a continuar servindo a Cristo sem passar pelo desfavor de cometer erros!
Por fim, esse Ser Vivente poderia ser Isaías, filho de Amós e tio de Amasias, rei de Judá, pois, foi um dos quatro profetas maiores.
Sinceramente não tenho certeza, no entanto, todos eles tinham intimidade com o Filho de Deus, por isso, qualquer um deles estava capacitado para entregar aos sete anjos as sete taças de ouro, repletas da misericórdia amorosa da Divindade que retribuiria a cada pessoa, a consequência de sua própria escolha!
Há de se perceber que o derradeiro verso do capítulo quinze, vislumbra a glória de Deus através de Seu imensurável poder, durante o período identificado como Angústia de Jacó, todavia, naquele período, ficará patente a todo o Universo que "Deus é Amor." I João 4: 8 up.
Por ser amor, Ele respeita toda e qualquer legítima escolha feita pela humanidade!
O amor de Deus é tão sublime e singular, que o Filho do Onipotente quando esteve incorporado da humanidade e, nela, lançou o grande desafio: "Que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos; se tiverdes amor uns aos outros." João 13: 34 e 35.
Que esta seja a minha e a tua experiência, amigo leitor!