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sábado, 25 de janeiro de 2014

IDE - Virtude, Não Suportar a Maldade

VIRTUDE – NÃO SUPORTAR A MALDADE
Educador Glauco César


NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.





E QUE NÃO PODES SUPORTAR HOMENS MAUS – Esta, talvez, tenha sido uma das mais importantes virtudes que os Efésios desenvolveram; não suportar homens maus. Qualidade esta, que fez com que Jesus elogiasse a ação da igreja nesse sentido.
             Para tornarmos desejável perante os olhos do Senhor, necessitamos, urgentemente, tomar uma postura de oposição, não aos falsos mestres, mas, sobretudo, às doutrinas inexatas que desencaminham as pessoas da rota que Deus propõe!
            Quando tal mestre tem firme convicção que aquilo que ele está divulgando é um embuste, então, é automaticamente identificado como falso mestre!
          Muitos mestres, nessa condição, estão perambulando em derredor da igreja, tentando atrair per si os que desejam manter uma experiência salvífica e vivificante com Cristo.
            Todavia, a igreja precisa estar atenta para fazer frente aos homens maus, que estão participando dentro do aprisco, ocupando posição de destaque, tendo acesso fácil para desencaminhar os membros na senda da fé.
        Urge, portanto, confirmar a falsidade das doutrinas apresentadas por tais pessoas! Façamos oposição aos ensinos errôneos dos falsos mestres. Temos de ser pacientes, mas, nunca, devemos suportar as doutrinas impostoras dos maus educadores.
      Agindo assim, com certeza, haverá prosperidade espiritual e numérica, na presente igreja, igualmente como houve na igreja apostólica.
             As Sagradas Escrituras relatam a presença de alguns homens maus, no período de Éfeso, inclusive, cita até seus nomes, para servir de exemplo, à igreja dos períodos subsequentes.
             Devemos também, semelhantes aos irmãos de Éfeso, desmistificar as doutrinas errôneas que estão transitando dentro da igreja, contudo, precisamos atrair tais mestres para a verdade e torna-los divulgadores do Princípio Eterno!
            Quando isso ocorrer, iremos presenciar, através da ação voluntariosa dessas pessoas transformadas, a ajuda em fazer discípulos para Cristo, ao invés de desencaminha-los!
            Todavia, ao fazermos tal profilaxia reflitamos o caráter amoroso de Cristo, induzindo-os à senda do bem. Só assim conseguiremos refrear o mal, bem como, conquistar tais mestres para as fileiras do Príncipe Emanuel.
            A igreja teve de enfrentar maus oponentes de fora dela, bem como, maus dentro de suas portas. Ananias e Safira foram os primeiros maus de dentro da igreja, que surgiram bem cedo e, por maquinarem a maldade, receberam não o castigo de Deus, mas, o salário do pecado, que é a morte, conforme relatado em Romanos 6: 23 que diz: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”.
              Assim, aprendemos que do Onipotente Pai só provém vida, e vida em abundância. Contudo, a prática do mal, desencadeia a perdição eterna.
         Alguns dos maus de dentro da igreja de Éfeso se tornaram conhecidos da irmandade, são eles: Himeneu e Alexandre, que foram rejeitados para evitar o naufrágio da fé de muitos. Confirme em I Timóteo 1: 20 que relata assim: “E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar”. Compare com II Timóteo 4: 14 e 15. “Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.”
                O próprio vidente de Patmos, o discípulo amado, faz referência a outra pessoa chamada de Diótrefes ao qual teve de enfrentar, está registrado no livro de III João 9 – 11, descreve desta maneira: “Tenho escrito à igreja, mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maldosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja. Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus.”
                   Inúmeros versículos mostram a luta que tiveram os cristãos da era apostólica a fim de impedir que fossem introduzidas doutrinas pagãs na igreja.
            A igreja de Éfeso, que representa o período apostólico, não pode suportar o mau exemplo desses homens, de dentro da igreja, pois estavam minando a verdade de Cristo, por isso, esses homens foram tachados de falsos apóstolos e falsificadores da Palavra. Confirme em II Coríntios 2: 17. Relata desta forma: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.”
               Alguns desses calouros do mal, e agentes do Inimigo, procuravam se apresentar como apóstolos de Cristo, no entanto, foram sumariamente advertidos. II Coríntios 11: 13 “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.”
       Essas pessoas com seus ensinamentos falsificados aproveitavam-se da inconstância infantil de alguns, que se deixam enganar por qualquer doutrina fútil, simplesmente por falta dum conhecimento mais aprofundado da vontade de Deus. Efésios 4: 14 “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”. Infelizmente, esse mal, ainda permanece infiltrado no seio da igreja da atualidade.
                Todos estes, e muitos outros mais foram, na verdade, instrumentos nas mãos do inimigo, com o único objetivo de transtornar o ambiente da igreja de Deus. Gálatas 1: 7. “Há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.”
                 Não podemos mais, suportar o mal, pois, se viermos a tolerar, pouco a pouco, nos adaptaríamos à maldade.
                Esta vil experiência, tem acontecido dentro da igreja de Cristo na atualidade.
                Ser bom é estar disposto a fazer a assepsia dentro da igreja, afastando os germes patogênicos da maldade de dentro do ser sem, contudo, ferir o pecador.
           Quando expulsamos o mal, daquele que peca, pela ação benevolente do amor, existe um aumento de qualidade no intelecto, que, automaticamente, devolve ao homem, o caráter aurífero de Deus; eleva ao Alto os nossos pensamentos, e burila a nossa vida numa vivência esplendorosa com o Onipotente.
             Querido leitor, você pode estar até se interrogando, como fazer a assepsia dentro da igreja, destruindo os germes da maldade sem, contudo, ferir o pecador?
             O próprio Paulo entregou os irmãos faltosos a Satanás, conforme registrado em I Timóteo 1: 20, que relata: “E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar”.
        Não lhe parece estranho Paulo entregar os transgressores nas mãos maliciosas de Satanás, ao invés de colocá-los nas mãos afáveis de Jesus?
                Será que Paulo, realmente, queria abandonar o débil pecador nas garras de Satanás? - Creio que não.
             Se a resposta a esta inquietante pergunta é não, então, o que Paulo realmente, estava propondo à Igreja?
               O que Paulo queria realmente comunicar, ao afirmar que, entregaria os blasfemadores a Satanás?
            Alguns bons estudiosos querem crer que em caso de indisciplina, é função da Igreja, castigar para corrigir os faltosos, ou até mesmo, privá-los do convívio da irmandade.
            Procedendo desta forma, normalmente, o que praticou a falha, sente-se extremamente envergonhado, e procura afastar-se da igreja e consequentemente, do cuidado de Deus.
        Dificilmente ele se sentirá atraído pelo amor benevolente do Pai Eterno.
              Entregar a Satanás, conforme a interpretação bíblica, não é desprezar, castigar, disciplinar, retaliar ou dispensar da sociedade cristã, pois, se assim fora, a Igreja estaria lançando fora o pecador, algo totalmente contrário aos princípios de Cristo, que Paulo tão bem conhecia.
                   O próprio Jesus, havia dito, sobre os pecadores que iam ao encontro dEle, que jamais os abandonaria ou os lançaria fora, mesmo que estes continuassem a não produzir os devidos frutos do bem. Ainda assim, deveriam permanecer em contato com Ele, para crescerem juntos com os demais irmãos. Confirme em João 6: 37, que relata dessa forma: “Todo o que o Pai me dá virá a Mim; e o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. Mateus, relata, no capítulo 13:30 pp., o complemento deste pensamento, através da palavra de Jesus: “Deixai crescer ambos juntos até a ceifa”.
               Na colheita, aquEle  que não pode errar, no caso Cristo, é quem fará a separação.
           Para melhor esclarecimento, procuremos, então, entender o que Paulo quer dizer com, entregar nas mãos de Satanás.
                Rebusquemos outro incidente em que Paulo faz a mesma conotação, está registrado em I Coríntios 5: 5, que relata: “Seja entregue a Satanás”.
             Neste episódio, Paulo que estava distante de Coríntios, ao ser informado da fornicação, ou seja, um filho coabitar e abusar da mulher de seu pai, diz então que o tal deveria ser entregue a Satanás.
                        E o que Paulo queria dizer, ao propor entregar a Satanás o irmão que cometera a fornicação?
                    Na verdade, Paulo estava procurando resguardar a integridade física e psicológica do culposo, imitando os passos do próprio Cristo, na pessoa de Deus, quando entregou Jó, nas mãos de Satanás. Naquela oportunidade Jesus ordena a Satanás para não estender sua mão contra Seu servo Jó.
                Esta deve ser a postura da Igreja, não estirar a mão contra o transgressor, pois, o mesmo já está entregue a Satanás.
           A misericórdia de Cristo é tamanha para com o pecador, pois, não permite que o inimigo o aflija a ponto de tirar-lhe a vida. O livro de Jó 2: 6 descreve dessa maneira: “E disse o Senhor a Satanás: Eis que Ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida”. Como cristãos, nunca devemos acusar ninguém, pois, o papel de acusador é do inimigo, e quando acusamos, estamos a fazer algo que agrada tão somente ao usurpador.
                   O papel da Igreja é o de restaurar, pois, essa função provém de Deus, contudo, quando o pecador cede ao usurpador, o Senhor diz ao inimigo, eis que ele está em teu poder, porém, “contra ele não estendas tua mão”. Jó 1: 12.
                 Isto sim, reflete a grandeza do amor, aquele amor que restaura e vivifica e, por fim, produzirá no tempo certo, seu fruto, devolvendo ao pecador penitente o convívio integral com a comunidade.
                Perceba, se a igreja, em resposta pelo mal praticado, reagir, impondo sobre o pecador, que também é uma vítima, a punição, este, jamais perceberá em tal ato, os atributos do amor, em consequência, se distanciará naturalmente de Deus.
             Ao passo que, se a Igreja agir com misericordiosa brandura, o oprimido pelo erro, perceberá em tal ato, o amor de Cristo. É exatamente isto que Davi está a nos esclarecer em Salmos 109: 5 que relata assim: “Retribuem-me o mal pelo bem, e o ódio pelo amor”.
             Todavia, Paulo solicita à igreja para entregar tal pessoa a Satanás, como que querendo dizer, deixe-a refletir em seus próprios pensamentos que ela ao sentir o amor da igreja, descobrirá o tamanho mal que fez.
                 É por isso que no verso seis, do capítulo cento e nove de Salmos, Davi nos esclarece: “Põe sobre ele um ímpio e um acusador estará à sua direita”. Observe que o acusador é um ímpio, nunca a irmandade.
                  Diz o ditado popular que a cura de um débil mental é outro em sua porta, e quem semeia ventos, colhe tempestades. Estes dois provérbios da sabedoria popular, estão em consonância com o pensamento de Davi.
             Quando praticamos um ato de impiedade, ou tomamos a liberdade de cercear a vida de quem quer que seja, estamos abrindo precedentes, para que os outros façam conosco o mesmo que fizemos com eles.
                    Se eu faço o mal aos meus semelhantes, estarei franqueando as portas da oportunidade para que os ímpios façam também o mesmo comigo. Assim, terei um acusador à minha direita, e eu mesmo perceberei o tamanho mal que pratiquei, fui, portanto, entregue a Satanás!
                    Quando a Igreja toma a justiça em suas próprias mãos, estará sujeita a tornar-se um instrumento de Satanás, absorvendo, na verdade, o caráter do acusador, fazendo a sua obra.
                       Quando Davi aconselha colocar um ímpio sobre o infrator, ele sabiamente está alertando que o pecado, uma vez praticado, proporciona uma continuidade, ou seja, abre um precedente aos outros ímpios.
                      Se eu posso fazer com ele, ele pode fazer comigo, gerando assim, uma continuidade de maus propósitos!
               Na verdade, entra em vigor outra lei de Deus, revelada por Nilton, que reza: “Para toda ação corresponde uma reação igual e em sentido contrário”. É justamente este sentido inverso que levará o ímpio a perceber a grandiosidade maléfica que praticou e, por certo, o induzirá à reflexão. Uma vez meditando, poderá se convencer do seu erro, e facilmente chegará ao arrependimento! Isto é ser entregue a Satanás, ou seja, à dura pena!
                   O que compreendemos até então, é que; por um ímpio acusador sobre alguém que deliberadamente errou, ou, entregar a Satanás, é algo que não pode ser desempenhado pela Igreja, uma vez que a irmandade deve ser justa como Jesus Cristo, nunca um ímpio acusador como Satanás.
                    Então, quando Paulo sugere aos irmãos entregar os culpados nas mãos de Satanás, ele está sugerindo à irmandade para não afligir os pecadores, adicionando um peso tamanho, que os impediria a desempenhar um perfeito raciocínio para o arrependimento!
                É bom lembrar que Deus não adiciona nenhum castigo ao pecado, além do seu próprio salário, que é a morte. O castigo que muitas vezes nós afirmamos vir de Deus é a consequência natural do próprio pecado.
                Qualquer peso a mais, fatalmente dificultaria ao pecador desenvolver o desejo de voltar ao convívio com Deus. Por isso, Deus dá uma trégua ao penitente para que ele conscientemente perceba que está no caminho errado e nutra o desejo sincero do regresso ao lar.
                  Por outro lado, muitos, encobertos pela suposta paz, preferem suportar os falsos ensinadores com seus ensinos errôneos, que rapidamente, são absorvidos pela irmandade e, logo, passam a praticar o erro.
            Infelizmente, os ministros da atualidade, com indescritível rapidez e total consciência, cederam aos reclamos do mundo, ensinando doutrinas aprazíveis, aos olhos; entendimento e prática. Tal qual relatado em Isaías 30: 10, que descreve: “Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos cousas aprazíveis, profetizai-nos ilusões”.
             Tudo isto acontece, porque as pessoas querem distância da sã doutrina e passam a seguir os falsos mestres com suas falsas doutrinas. II Timóteo 4: 3. “Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos ouvidos”.
               O interessante é que as pessoas sabem perfeitamente que seus desejos são simplesmente por bens materiais e, que não estão sequer importando com as coisas espirituais! Os mestres que estão atendendo ao pedido dos homens sabem que a mercadoria que eles estão doando é falsificada!
                 Este é o tempo em que os homens estão à procura de realizar suas próprias ambições, estão, portanto, distantes de Deus, em nada se preocupam com as coisas do Alto, senão, suas próprias ganâncias.
                 Por isso, é de vital importância, hoje, fazer uma clara distinção entre a verdade e o erro; Cristo e Satanás e a vontade de Deus da própria resolução.
                 Necessário se faz de tomar uma postura decisiva, clara e firme, contra todo erro. Esta deve ser nossa atitude, hoje, aqui e agora.
                   Não podemos, nem devemos, sequer, suportar os maus; os falsos mestres; os mentirosos; os enganadores; os hipócritas; os fingidos; os pérfidos e os dissimulados.
             Infelizmente, estas classes de pessoas, são abundantes nas congregações dos santos, e o que é pior, estão, em alguns casos, e momentaneamente, com as rédeas da direção da igreja, ao seu encargo.
                  Torna-se, imediatamente necessário e sem demora, lutar bravamente contra os erros dessas pessoas, não contra elas, combater suas doutrinas inexatas; suas condutas e suas crenças, que tanto tem obstado o progresso da causa de Deus.
                 Uma igreja que deseja ser vencedora com Cristo, não pode tolerar as ações dos malfeitores; dos falsos irmãos; dos falsos pastores e dos falsos mestres.
                O próprio Paulo alertava a igreja de Éfeso sobre homens maus, já nos seus dias. Confirme no livro de Atos 20: 29 e 30. Está relatado assim: “Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho; e que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”.
                 Cabe a cada um de nós, como membros integrantes, portanto, insubstituíveis, da congregação dos justos, aplicar em número, grau e gênero o conselho de Paulo, se quisermos ser vencedores.

               Sabemos que esta é uma tarefa árdua e perigosa, pois, os tais obreiros são fraudulentos, contudo, se assemelham aos apóstolos de Cristo, com o único objetivo de nos enganar, conforme descrito em II Coríntios 11: 13. “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.” 
                     Fiquemos, portanto, atentos.

sábado, 18 de janeiro de 2014

IDE - O Anjo da Igreja

O ANJO DA IGREJA

Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.



AO ANJO DA IGREJA – Jesus, por intermédio do Seu anjo Gabriel, notificou ao amigo e servo João e este nos revela que as sete estrelas, são os anjos das sete igrejas. Apocalipse 1: 20. “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.
                A palavra anjo, que provém do grego aggelos ou aggeloi, no Novo Testamento também é aplicada para designar uma pessoa ou mais, no sentido de ‘mensageiro’, ‘divulgador’, ‘emissário’ ou, responsável referencial de uma determinada comunidade envolvida em anunciar as boas novas de Cristo.
                   Não é possível, que a palavra anjo, neste texto, se refira a seres celestiais, uma vez que no Apocalipse consta a última mensagem de Deus, direcionada à humanidade, para que esta se arrependa das suas iniquidades.
                Desta maneira, seria improvável que Deus enviasse mensagens a anjos literais, uma vez que os anjos bons não necessitam de arrependimento, e muito menos os anjos maus, pois, estes perderam sua oportunidade, quando, da morte vicária de Cristo! Naquela oportunidade a porta da graça fechou-se para aquela terça parte de anjos que foram expulsos do paço celestial.
               Na visão em que Cristo caminha por entre os castiçais de ouro que  simbolizam as sete igrejas, portanto, são figuras de todas as pessoas de cada um dos sete períodos, este passear do Mestre, demonstra Sua relação com a igreja indivíduo, denotando Sua preocupação constante em comunicar-se com toda pessoa de cada período, evidenciando assim Seu auxílio exemplar em benefício de todos.
                      É desejo do Criador que Seus Filhos reproduzam um caráter aurífero, espelhando o proceder do Mestre, por isso, a substância modeladora do castiçal é ouro, pois, esse precioso metal é representativo do caráter do Onipotente, e o Divino deseja habitar nas pessoas que sejam um receptáculo de ouro, para que possam refletir mais nitidamente a claridade que emana do Trono Universal.
                      É de bom alvitre ter sempre em mente que cada uma das sete igrejas do Apocalipse representa um período de tempo ou, uma experiência de vida espiritual, nunca uma denominação em particular. Se assim fosse, em cada período descrito por essas igrejas, teria, necessariamente, uma nova instituição eclesiástica como sendo a ‘verdadeira igreja de Deus’!
                      Este trilhar do Senhor entre as igrejas, é também figura do desejo do Filho do Homem em estar cuidando, auxiliando e, sobretudo, acompanhando com Suas mãos protetoras àqueles que se deixam fazer mensageiros da Sua Palavra e se tornam, verdadeiramente, ministros de Deus, para refletir o resplendor da Glória num mundo enegrecido pelo pecado.
             Como todas as pessoas são possessão de Deus, portanto, faz parte de Seu povo, conforme o enunciado de Efésios 4: 5 e 6 que relata “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” Igualmente todo anjo, mensageiro, anunciante de Cristo, recebeu extraordinária responsabilidade, a incumbência de revelar a toda criatura humana, as suaves recomendações de Deus, o amor de Jesus.
                 É bom saber que as estrelas do céu estão no controle de Cristo. Jesus, a Estrela da Manhã, ilumina cada astro, dá um curso e uma rota a seguir.
                     Se as estrelas desviassem seus movimentos do plano traçado por Deus, com certeza cairiam.
               É isto um belo quadro dos mensageiros, anunciantes, educadores, dirigentes e, todos que se sintam responsáveis em transmitir as verdades de Cristo! Todos estes e outros tantos, são estrelas ou anjos ao amparo de Jesus.
                   Cada um deles deve ser instrumento nas mãos de Deus, refletindo a claridade do caráter do Onipotente, nutridos pela eficiência do perdão. Só assim, serão imitadores de Jesus Cristo.
            Pode acontecer que alguns dos mensageiros se esquivem desse entendimento, nesse caso, por certo escorregarão das mãos protetoras do Filho e, não conseguirão resplandecer! Certamente, em assim acontecendo, eles, como recipientes, estarão vazios da misericórdia de Deus.   
                    De João Batista é dito ser ele o ‘anjo’ (aggelos) que devia preparar o caminho para Jesus de quem era ele precursor. Mateus 11: 10. “Este é de quem está escrito: Eis aí Eu envio diante da tua face o Meu anjo (mensageiro), o qual preparará o Teu caminho diante de Ti.”
                       Igualmente, nas cartas simbólicas às sete igrejas, todo e qualquer mensageiro, anunciante, educador, ou todo aquele que se envolver em transmitir o desejo de Cristo, é chamado ‘anjo’.
                O anjo de uma igreja deve significar um mensageiro, ou anunciante, dessa igreja; e como cada uma destas igrejas abrange um período de tempo, o anjo de cada igreja deve significar todo que se envolva nessa missão durante o período abrangido por essa igreja.
                    As diferentes mensagens, posto que dirigidas aos mensageiros, não podem ser aplicáveis só a eles; mas, com propriedade, são dirigidas por meio deles a toda pessoa de cada período, pela igreja, abrangido!
                    Aos mensageiros é facultado o sagrado encargo de manter cada criatura num elevado estado espiritual, alimentá-lo devidamente com a pura e santa Palavra da Vida e vigiar o adversário para que ele não o macule de qualquer modo com falsos ensinos e com aquilo que é deste mundo.
                     Daí toda a negligência neste sentido ao rebanho do Senhor, Deus, o Todo Poderoso, pedirá conta, por ser essa uma sagrada incumbência de cada anjo.
                     Os cristãos, em geral, são aquilo que são os seus guias espirituais. As próprias Sagradas Escrituras dizem que o povo se identifica com os sacerdotes. Fiquemos atentos a Oséias 4: 4 e 9. “Todavia, ninguém contenda, ninguém repreenda; porque o teu povo é como os sacerdotes aos quais acusa... Por isso, como é o povo, assim é o sacerdote; castigá-lo-ei pelo seu procedimento e lhe darei o pago das suas obras.”
               Se a igreja em um dado período é pura e consagrada, é porque sua direção o é. Se noutro período ela não é inteiramente fiel aos seus compromissos espirituais, é porque sua direção também não o é à sua alta missão. 

ESCREVE: ISTO DIZ AQUELE QUE TEM NA SUA DESTRA AS SETE ESTRELAS, QUE ANDA NO MEIO DOS SETE CASTIÇAIS DE OURO.- É desta maneira diligente, abarcante e explicativa, que Cristo é apresentado ao servo João. Este, atende prontamente o pedido e escreve em um único livro, e envia às sete igrejas, para servirem de instrução, correção e repreensão.
                  Igualmente, Jesus se apresenta as igrejas de todos os períodos, a começar por Éfeso, como Senhor, e mantenedor de Sua Palavra e de Seu desejo para toda criatura que sabiamente se envolva na divulgação de Sua mensagem.
NA SUA DESTRA - O estar na destra do Senhor, ou seja, na Sua mão direita, não quer dizer, necessariamente, que esteja sob Seu poder, sob o Seu controle sob o Seu domínio. Isto, pelo simples fato de, mesmo estando sob a proteção de Cristo, eles permanecem com o sagrado livre arbítrio, doado pelo próprio Criador, e este, jamais retirará da humanidade, a menos que a porta da graça se feche! Isto não quer dizer que na eternidade não tenhamos a possibilidade de pecar! Teremos sim, contudo, em face de nossa experiência anterior, não daremos margem para que o pecado se levante outra vez!
                   Assim, quando Jesus afirma que os Seus anjos se mantêm na Sua mão direita, Ele está esclarecendo-nos, que Seus mensageiros, apesar de ter a liberdade de ir de encontro à vontade de Deus, não obstante, estão sob a supervisão do Onipotente, ou seja, ao alcance da visão que a tudo descortina com exata percepção aguda provinda do Alto. Confirme, em Hebreus 4: 13 descreve dessa maneira: “E não há criatura alguma encoberta diante dEle; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar.”

AS SETE ESTRELAS - Somente quando o ministrador, que é o anjo da igreja, ou as sete estrelas,  se torna fiel a Deus, como a agulha o é ao polo, é que será aferido, ou seja, ajustado ao arquétipo, uma vez que ao ser conferido é encontrado em harmonia com o padrão do Todo Poderoso, por isso recebe a marca de aferição dAquele que está assentado sobre o Trono Universal.
               Este conhecimento derrama luz sobre os mensageiros de Deus. São, portanto, os medianeiros de todas as denominações existentes em um determinado período. É interessante notar que todas as pessoas, indistintamente, foram agraciadas com a responsabilidade de descrever o real caráter de Deus e Seu propósito para com todos.
                   Todavia, se falharem no desempenho de suas tarefas, elas serão fatalmente banidas da mão de Jesus. Estas não receberão a aferição de Deus, conforme registrado em Apocalipse 2: 5 que relata: “Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.”
                      Cristo Jesus se apresenta como tendo em Sua mão os Seus mensageiros, não somente os do período apostólico, bem como dos períodos subsequentes, até ao Seu segundo advento.
                        Particularmente, no período de Éfeso é que esta mensagem foi anunciada, porém nos períodos subsequentes ganha maior sentido apelante, pois denota que os ministradores deviam depender somente de Cristo, pois em Apocalipse 1: 11, Cristo instrui João, através do anjo Gabriel, escrever num só livro, tudo o que ele viu e ouviu e enviar às sete igrejas, não somente a uma, mas, às sete, para servir de instrução, correção e apelo, para que todos pudessem seguir e alcançar um bom desempenho. “Que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia; a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laudicéia.” Apocalipse 1: 11.
             É evidente que os novos explanadores da palavra perderam o espírito apostólico, deixaram de fundamentar-se na revelação e no Revelador e arrastaram a igreja à frieza espiritual e à indiferença para com o zelo missionário herdado das testemunhas oculares do Salvador.
           O descaso dos que sucederam os apóstolos no ministério redundou, hoje, num cristianismo que, em alguns aspectos, abandonou os ensinos de Cristo.
               Contudo, e também, Jesus segurando as sete estrelas com a Sua mão direita, é figura de um belo e patente quadro de Sua pessoal preocupação por todos os divulgadores, que deveriam ser todas as pessoas, de todos os sete períodos, representados pelas sete igrejas, sustentando-as com o Seu braço forte. E, isto nos conforta, pois, não importa que perseguições as pessoas tenham tido de enfrentar, o Senhor tem estado com os Seus sofredores santos, sustentando-os, partilhando suas provações e sentindo cada ferida a eles infligida por seus inimigos.
                     Verdadeiramente, a introdução da carta de Cristo à igreja de Éfeso foi o Seu brado de alarme à Sua igreja em perigo.

QUE ANDA NO MEIO DOS SETE CASTIÇAIS DE OURO - Jesus Cristo também se apresenta às igrejas como que caminhando no meio dos sete castiçais de ouro, que maravilhosa e gratificante cena, o Filho do Homem é visto no meio dos castiçais ou igrejas, que são todas as pessoas, participando de suas experiências, compreendendo suas necessidades, ajudando-os, auxiliando-os, repreendendo-os, corrigindo-os, instruindo-os e vivificando-os.
                O caminhar de Cristo entre as pessoas/igrejas, ou seja, em todos os períodos, denota que, mesmo naqueles períodos, em que a igreja nos pareceu fracassada, ainda assim, Jesus estava vivo, atuando.
              Desta maneira, em todos os períodos da história eclesiástica, Deus sempre tem um remanescente fiel, que não se curva perante os interesses do mundo, somente aos desejos do Pai.
         Isto tem sido sempre uma fonte de conforto, especialmente em tempos de perseguição. Seja qual for a experiência pela qual o povo que aceitou ouvir os reclamos de Deus seja chamado a passar, pode estar certo de que o Senhor está com eles. Sua promessa de participação foi: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Mateus 28: 20.
                    É verdade! Cristo esteve com Seu povo em todos os períodos da história de Sua igreja, não somente na igreja de Éfeso, mas, principalmente, está conosco na Igreja de Laudicéia. Pois, é no período desta igreja que se dará a consumação dos séculos.
                Nós bem que precisamos do auxílio do Mestre nestes últimos dias, para passarmos sobranceiros pela grande crise espiritual que já está instalada e haverá de progredir nos derradeiros instantes da história deste mundo de pecados e miséria.
                         Fica, portanto, conosco, Jesus!

CONHEÇO AS TUAS OBRAS, TANTO O TEU LABOR COMO A TUA PERSEVERANÇA. – Em meio a tantas contradições, contratempos e contenda, ainda assim, o povo da igreja de Éfeso foi elogiado pelo seu inquebrantável zelo.
           Esta foi uma igreja operosa, que trabalhava arduamente por Deus, e o Pai reconhecia seus esforços, conforme predito por Paulo em sua carta aos Hebreus 4: 13 que relata: “E não há criatura que não seja manifesta na Sua presença pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos dAquele a quem temos de prestar contas.”
                       As obras de toda humanidade estão patentes aos vigilantes olhos do Onipotente. Por isso é impossível esconder do Senhor qualquer coisa que nos condene, logicamente, por haver praticado algo inconveniente! Nosso Deus sabe de tudo! Nada passa despercebido aos olhos do Onipotente! Portanto, cada seguidor de Cristo deve ter como incentivo e advertência, se apegar as boas obras, reprimindo, paulatinamente, os maus procedimentos morais.
                    Todo propósito, palavra e ação são distintamente observadas pelo Escrutinador do Universo, Deus tudo sabe. Contudo é importante lembrar que as obras não produzem amor, nem podem tomar o lugar do amor. As obras são apenas a evidência do amor.

EU CONHEÇO - Quando Jesus Cristo chega junto da pessoa penitente e diz conhecer seu desempenho, entendemos residir aí uma admoestação de Jesus, dizendo ser o Alguém que se acha plenamente relacionado com o pecador, por isso, Ele entende os problemas das pessoas.
               O Filho do Homem se apresenta, então, como a Solução dos problemas das pessoas, habilitando-as adequada e eficientemente para varrerem os entulhos do pecado, que ainda se acumulam nas vidas delas.
                     Cabe a cada um, fazer a profilaxia em sua própria vida, através da intervenção de Cristo, munido com o poder do Espírito Santo. Agindo assim, cada um será conhecido diante dos homens, esta experimentação fará cada pessoa ilustre diante de Deus, se tornando famosa, pois terá seu nome gravado nos livros dos recordes, o Livro da Vida, para serem celebres durante toda a eternidade, pois, esta é a vontade do Criador.

TUAS – É somente através de Jesus que Deus procura individualizar e personalizar Sua relação, estreitando de forma direta e pessoal o relacionamento com Seus amigos, não só deste período, como de todas as Épocas.

OBRAS – É importante lembrar que os símbolos usados em cada igreja, nos diversos períodos da história eclesiástica, revelam o estado espiritual e moral dos habitantes do mundo, de uma forma em geral, em cada período, não sendo verdadeira a colocação de que reflita somente a postura do povo que faz parte da suposta igreja de Deus.
                 Uma vez, que esta mensagem de arrependimento, força e fé, é destinada a todos, tanto aos que estão fora do redil, como para os que estão sob a proteção de Deus, para que todos se sintam, verdadeiramente, como são, filhos do mesmo Pai. É o que assevera Mateus 5: 45 descreve assim: “Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus, porque faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.” Como sabemos, e evidenciado está, em todos os períodos haviam bons e maus, justos e injustos, tanto dentro como fora da suposta igreja de Deus, como arvoram a maioria das denominações.
                          Não obstante, na época dos apóstolos, durante o século primeiro, houve um grande crescimento em número de conversos, pessoas com espiritualidade elevada.
                 Diz o historiador Edward Gibbon que nesse período, os cristãos acresceram assoberbadamente, atingindo o significante número de mais ou menos 6.000.000 de adeptos.
                     Os Apóstolos deixaram evidenciado e sem a menor sombra de dúvidas, a pura doutrina de Cristo, cujo ensinamento esclarece: “Todas as vossas coisas sejam feitas com amor.”    I Coríntios 16: 14.
                     Esta informação elucida-nos que as obras quando praticadas egoisticamente e desprovida de amor, são nulas, em nada progride.
                     Igualmente, temos ciência que as obras, por si sós, são mortas, e a Bíblia confirma em Tiago 2: 17 que relata: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” Sabemos que o inverso, também, é verdade. Compreendemos, da mesma forma, que as obras destituídas de amor, na maioria das vezes, servem somente, para nos condenar, principalmente, se as praticamos, com o objetivo, de extrair delas, a salvação.
                     Se assim agimos, no dia final, a nossa retribuição, será uma desagradável surpresa. Confira em Mateus 7: 21 – 23 que relata desta maneira: “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E em Teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade.”
                     Todavia, quando Cristo assevera que Conhece’ as nossas obras, Ele está a nos dizer, que tem conhecimento das nossas motivações. Jesus sabe, que estas obras foram operadas pelo amor que temos por Ele, sabe também, que estas obras, são as provas visíveis da Fé que Opera. Ou seja, são obras praticadas, não com o interesse de obter a salvação, mas, sobretudo, com o objetivo ímpar de levar outros, a tomar posse da Salvação.
                  Contudo, Deus está tranquilizando os que praticam tais obras, como que dizendo: Compreendo e aprovo tais procedimentos, pois, tiveram a aprovação e a intervenção do Alto, e como resultado, redundou no aperfeiçoamento do caráter do ser humano.
           Desta maneira, as obras são reconhecidas, os praticantes são conhecidos por terem nutrido uma amizade de amor com Jesus.
                  A maior obra pelos quais os Efésios foram elogiados foi, na verdade, sua intimidade e compromisso com o Amor. Eles eram caridosos.
                     Como sabemos, a caridade é o amor em exercício, é a exercitação da vontade de Deus por nosso intermédio.
            Sabemos também que o grande clamor da humanidade de hoje é: Demonstra-nos caridade, dá-nos amor.
                          Se esta é a necessidade atual, é por se ter falta dessa mercadoria nas prateleiras da estante da vida presente, tanto fora da igreja, como, principalmente, entre os professos amigos de Deus.
                   Precisamos amar urgentemente todas as criaturas, todas, indistintamente.
                   Amar aos irmãos da fé, chega a ser, até mais difícil que amar aqueles, por quem achamos que Cristo, também morreu por eles, contudo, ainda não O aceitaram.
              Precisamos estreitar os laços de amizade, amor e afeto, com os homens das trevas, contudo, nunca devemos nos comprometer com o mal. Isto só é possível, se refletirmos o caráter de Jesus.
                 O erro cometido pelos seguidores do mal é, às vezes, menos pernicioso, que os erros cometidos por aqueles que deveriam luzir para Cristo, e, no entanto, destoam de Sua sagrada missão ao se colocar em oposição aos que se preparam para levantar a tocha da verdade.
                Estes, não encontrando espaço nem recebendo oportunidade para desenvolver seus talentos, são desta forma, alijados do trabalho do Senhor, como consequência, é obliterado o traçado da Luz de Cristo.
                       Erro este, que além de arruinar os opressores, os falsos irmãos, dificultam o caminhar dos irmãos oprimidos, retardando o desenvolvimento da marcha do bem.
                        O verdadeiro cristão, não pode ser cortês com aqueles irmãos da fé, que estão fazendo oposição gratuita para com aqueles que diligentemente se preparam em amor, desejosos de transmitir a mensagem do Onipotente.
                    Contudo, aquele que é fiel, deve apontar de forma clara e amorosa, o desamor daqueles infiéis mestres e irmãos, seus enganos espirituais devem ser descobertos, para, se possível, ser corrigido. Agindo assim, o pecado, será fatalmente banido do seio da igreja.
                É desta forma que os detentores da verdadeira caridade e do verdadeiro amor devem proceder. Pautar sua vida em defesa de Cristo e do Onipotente.
                     Pois, obra alguma é capaz de produzir amor, ou substituir o amor. Contudo, o verdadeiro amor, produz boas obras que evidenciam o amor de Deus.
            Não basta estar ao lado da verdade, ter um sustentáculo seguro, estar empenhado na causa de Deus; quando na realidade falta-lhe a genuína razão, a autêntica motivação; o Amor.
                   Faltando o Amor, há ausência de tudo, existe carência de Deus, pois, “Deus é Amor.” I João 4: 8.

LABOR – Numa primeira olhada, nos parece estranho que o Senhor, conheça nossas obras e o nosso labor, pois, obras e labor são palavras semelhantes, quase sinônimas.
                     É justamente a pequena diversidade entre ambas, que faz a grande diferença, pois, a palavra labor pressupõe aquela parte das obras, que é direcionada ao operário como uma tarefa que deve ser executada com muita pressa, num verdadeiro trabalho ativo.
                  Observe que o labor não se refere à totalidade do trabalho, mas, apenas, a uma parte, ou seja, a uma tarefa. Tarefa esta, que se for desenvolvida por cada trabalhador, em pouco tempo, a obra total estará cumprida.
            É por isso que Jesus diz conhecer nosso labor, referendando aquilo que já houvera dito no passado, está relatado em Mateus 25: 21 e 23. “Disse-lhe o seu Senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do Teu Senhor.”
                     Assim, Cristo está a dizer ao servo bom e leal que a tarefa foi fielmente cumprida. O servo nem se preocupou com a canseira em meio a tantos dissabores. O serviço foi completado com o trabalho ativo e ágil, como o deve ser aos que têm pressa de estreitar ainda mais as relações de amizade, afeto e amor com Jesus.

PERSEVERANÇA – Apesar, do teu trabalho persistente, da constância em fazer o bem a todo instante e a todos, sendo mesmo até teimoso para não te desviares, nem para a direita nem para a esquerda, fugindo dos extremos perniciosos, sendo inalterável para com a verdade, imutável diante do perigo, incessante no combate ao erro, e até mesmo, invariável diante da morte, necessitas ainda assim, nutrir a virtude da paciência, sem a qual, não verás o Reino de Deus.
                  Observe atentamente a recompensa que Jesus oferece àqueles que são perseverantes, está registrado no verso dez, do capítulo três de Apocalipse, descreve assim: “Porque guardaste a palavra da Minha perseverança, também Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.”

                        Por se tornarem vencedores na experimentação de Deus, e passados sobranceiros na hora da provação, são tidos por aprovados. Deverão, então, guardar a sua conquista, para que ninguém tome a sua coroa da vitória. Confirme em Apocalipse 3: 11. “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” 
                  Esta é a nossa expectativa, é também o nosso desejo para toda pessoa que esteja envolvida em divulgar as boas novas de Jesus para este tempo!  

sábado, 11 de janeiro de 2014

IDE - As Sete Igrejas

CAPÍTULO II

AS SETE IGREJAS
  Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.



                
                 Jesus Cristo, através do timbre da voz do anjo Gabriel, revelou para João, os mistérios de Deus.
                O Criador pede para que o vidente de Patmos escrevesse num livro, as graciosas mensagens do Apocalipse, para que o mundo agonizante pudesse respirar o clima de confiança em conseguir o que Deus deseja para a humanidade e, pudesse reter a atmosfera de certeza, dum amanhã feliz.


                              Todo ser, que tiver o coração inteiramente voltado para fazer a vontade de Deus, sentirá um antegozo do governo celestial.
               A Verdade, a cada instante, ocupará os espaços vazios da mente do diligente pesquisador apocalíptico, capacitando-o a compreender os ensinos que promanam do Trono Universal.
                   Após João ter visto todas as coisas que brevemente deviam acontecer e ter escrito num só livro, ele é instruído a enviar às sete igrejas que se encontram na Ásia Menor, a moderna Turquia.
                   Essas mensagens às igrejas foram escritas para todo ser humano, em todas as épocas, desde o primeiro advento de Cristo até o Seu retorno em glória!
                Sabemos que o Apocalipse é a revelação das “coisas que brevemente devem ocorrer” Apocalipse 1: 1.
                       Informações das coisas que o Pai desejou levar ao conhecimento de Sua igreja, tanto a institucional quanto a pessoal, não somente da Ásia Menor, mas de todos os locais e períodos, uma vez que o número sete significa plenitude, e simboliza o fato de que as mensagens se estendem até o fim do tempo, e se cumprirá num futuro imediato, bem como no futuro eterno.
               Desta maneira, não só o Apocalipse, como a narrativa das sete igrejas em particular, esboça e descreve em rápidas linhas, a grande e milenar controvérsia entre a mensagem verdadeira e a falseada, que induz, em toda a Era Cristã, a humanidade ao erro ou ao acerto, desde o tempo que compreende a Igreja Apostólica até àquele tempo descrito como a Igreja que bradará em exclamação o grito da vitória final.
                       Portanto, as sete igrejas, simbolizam a história de toda a igreja universal em sete fases ou sete classes de cristãos.
                  As sete igrejas estão distribuídas ao longo da estrada imperial da Ásia Menor. Esta estrada aparece como símbolo da grande alameda ao longo do tempo, pela qual a igreja tem viajado, para no seu final, encontrar o Arquiteto do Universo.
                        No limitar de cada carta há um gracioso apelo da Divindade que enuncia: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Apocalipse 2: 7, 11, 17, 29; 3: 6, 13, 22. Conclui-se que as mensagens das cartas são aplicáveis a todas as pessoas, em todas as épocas, e em todos os lugares, principalmente para nós, hoje, pois temos ouvidos para ouvir o que o Espírito preceitua a igreja da atualidade.
                    Passemos, então, ao estudo destas cartas, ouvindo o que o Espírito Santo mostra para as igrejas, dando atenção à Palavra de Deus, obedecendo as Suas recomendações, sendo sensíveis aos Seus ensinos.

CARTA À IGREJA EM ÉFESO





¹ Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas cousas diz Aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:
2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
3 e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste.
4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.
6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais Eu também odeio.
7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.

                    Haveremos de compreender melhor essas cartas, se tivermos por pano de fundo, informações sobre as cidades a quem primeiramente foram enviadas.
          Semelhantemente, tendo por papel de parede informações sobre as igrejas e conhecendo um pouco do ambiente em que viviam os membros dessas igrejas, encontraremos um novo significado para muitas das expressões, ali contidas.
                  O certo é que estas sete igrejas foram escolhidas por Jesus, pelo fato de suas necessidades espirituais e condição em geral, muito se assemelhar à situação das diversas partes da igreja universal, daí ser representativa das pessoas, em qualquer tempo da história, compreendido desde o estabelecimento da Igreja através de Cristo, até o seu retorno majestoso nas nuvens, ao lado do Todo Poderoso.

CONHECENDO HISTORICAMENTE A CIDADE DE ÉFESO

                  A cidade de Éfeso estava situada na costa ocidental da Ásia Menor, na embocadura do rio Caÿstre, a poucos quilômetros do mar Egeu, próximo à costa do Mar Mediterrâneo.
            No continente, a cidade localizava-se no extremo ocidental da grande estrada, que atravessava a Ásia Menor, desde a Síria. Nesta localização geográfica desejável, fez dela um ponto focal de comércio.
                No seu apogeu, Éfeso teve a honra de ser uma das maiores e mais importantes cidades do mundo oriental durante o período do Império Romano.
          O nome Éfeso significa “desejável”. A cidade foi edificada no século XI a.C., num ponto geograficamente desejável.
              Este complexo demográfico tem sido chamado “Cidade mutável” ou “Cidade de mudança”, em virtude do caráter instável do sítio em que estava edificada. Estando, por isso mesma sujeita a grandes mutações geográficas, isto como resultado dos muitos terremotos a que estava passível!
                     Aquela urbe podia vangloriar-se de possuir um dos mais belos portos da Ásia Ocidental. Devido aos terremotos, o lugar de seu outrora famoso porto é hoje uma praia semelhante a uma lagoa, inútil para os navios. O porto foi abandonado no quarto século a.D.
            Éfeso alcançou ser a cidade comercial mais importante da Ásia Menor, sendo considerada ‘um dos olhos da Ásia’.
                Nos dias de seu apogeu era uma cidade bem edificada e de edifícios de apreciáveis proporções. O teatro comportava de 24.500 a 30.000 pessoas; o estádio era de 210m de comprimento por 62m de largura, se destacavam ainda os edifícios da grande biblioteca bem como do Fórum.
                         A cidade era adornada com templos formosos, e ali estava a sede do culto à deusa Artemisa, chamada Diana pelos romanos, cujo culto estava associado à degradante licenciosidade.
                        Alguns historiadores dizem que, o Artemisião, o Templo de Diana foi originalmente construído em 480 a.C., outros, asseveram ter sido edificado no ano 620 a.C.
                    O templo foi destruído por um incêndio em 35 a.C., segundo alguns historiadores, outros, porém, dizem ter sido destruído pelo fogo na noite do nascimento de Alexandre, em 356 a.C.
                         Toda a Ásia contribuiu para a sua reconstrução em mármore puríssimo; de cores diversas, tais como: vermelha, azul, amarela e branca, tendo sido gasto segundo alguns historiadores 120 anos, e, outros 220 anos para ser reconstruído.
                       Conta-se que a sua arquitetura era notabilíssima e de grande riqueza que Alexandre o Grande em vão ofereceu os espólios de suas campanhas orientais em troca da honra de ter seu nome gravado nas colunas do templo da deusa. Outros historiadores dizem que Alexandre ofereceu-se para reconstruí-lo a suas próprias expensas, mas a honra foi recusada. O certo é que o templo tornou-se então uma das sete maravilhas da antiguidade.
                      Através de sua história a cidade de Éfeso passou às mãos de vários conquistadores. Os jônios a tomaram no século XI a.C. e fizeram-na capital da Jônia. Cresso a submeteu em 555 e, com o correr do tempo, passou a pertencer a outros senhores. A cidade, porém, encontrou o seu fim.
                      Um terremoto a danificou seriamente em 29 a.D., sendo reconstruída por Tibério. Os godos, em 260, destruíram em parte, o famoso templo de Diana, tendo os citas, em 263, acabado de destruí-lo definitivamente. Constantino destruiu a cidade que ainda sobreviveu. Hoje, porém, não restam de Éfeso senão ruínas de vasta extensão, distinguindo-se claramente suas grandes obras que lhe deram em outros tempos fama e grandeza raramente igualada.

CONHECENDO A IGREJA DE ÉFESO




               Por não acharem respostas lógicas para alguns enunciados, propostos principalmente pelo Apocalipse, alguns estudiosos menos preparados, recorrem ao artifício de justificarem seu despreparo, fazendo uso de versos que ao serem manuseados, sugerem o não envolvimento do fiel pesquisador, com o problema proposto.
                 Fazem, geralmente, aplicação da declaração contida no livro de Deuteronômio 29:29 que descreve: “As cousas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.”  Querendo, desta maneira, afirmar que Deus quer nos deixar  alheio àquilo que Ele mesmo revelou, pois, se o assunto foi ventilado nas Escrituras, é por ser, de suma importância para Deus e, sobretudo para nós.
                    Nunca se deve esquecer que “Toda Escritura Divinamente inspirada é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. II Timóteo 3: 16 e 17.
                     Se por ventura, alguma parte da Revelação, se nos apresenta de forma não bastante clara, ou enuviada, busque do Revelador o entendimento, lembrando-se que Ele revela a quem quiser, e na maioria das vezes a iluminação chega aos receptáculos mais humildes, pois, os pequeninos por não nutrirem a amizade com o mundo, tornam-se amigos de Deus e de Cristo.
                  Assim, Jesus tem dado a conhecer os Seus mistérios, na maioria das vezes, aos seus ‘pequeninos’ amigos.
                    Coisas que os reis e profetas desejaram conhecer e entender e não lhes foi permitido, contudo, àqueles que se fizerem amigos de Cristo, haverão de ver, ouvir e sobretudo entender. Confirme em Lucas 10: 21, 22 e 24. “Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas cousas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. Tudo me foi entregue por Meu Pai, Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Pois Eu vos afirmo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram”.
                     Esse verso sugere em seu bojo, uma nova inquietação! Será que Cristo revela Suas verdades somente a alguns a quem Ele escolhe, ou Ele tira o véu a quantos, diligentemente, procuram o entendimento?
         João, o discípulo amado, mais uma vez se faz instrumentalidade do Revelador, relatando as palavras do Filho de Deus, descritas em João 15: 15, onde desmistifica esse novo entrave. Está narrado assim:  “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigo, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho dado a conhecer”.
                      Conheçamos, no entanto, um pouco sobre a Igreja de Éfeso.
                           Para compreendermos melhor a mensagem de Deus contida nas sete igrejas, precisamos levar em conta o contexto da história da igreja cristã, desde o século apostólico, perpassando pelo tempo presente, indo o seu envolvimento até o retorno de Cristo e vinda de Deus.
                        Agindo assim, notaremos como cada mensagem trata dos problemas específicos de determinados períodos, que nos auxiliam na compreensão da Verdade Presente e das necessidades espirituais da igreja mundial de hoje. Desta maneira, cada mensagem se aplica também a cada um de nós individualmente.
                  É provável, que Éfeso foi mencionada no Apocalipse como a primeira igreja, devido sua importância como cidade, pois, era a capital da província romana da Ásia, e residência dos procônsules, que eram os antigos magistrados romanos, com poder para governar e distribuir a justiça nas províncias.
                             A Igreja em Éfeso foi a primeira comunidade cristã estabelecida por Paulo na Ásia, no ano 52 a.D.
                             Conforme a tradição, o apóstolo João, fixou-se em Éfeso após a destruição de Jerusalém, no ano 68 ou 70 a.D., durante a guerra judaico-romana, tendo se tornado líder da congregação, e de lá foi deportado para Patmos, provavelmente entre 96 e 98 a.D.
                   O sentido simbólico do nome, desejável, favoreceu a escolha de Éfeso para representar a igreja primitiva ou apostólica.
                   Paulo estabeleceu em Éfeso, entre pessoas de viço inabalável nos ensinos de Cristo, reuniões onde era florescido o amor aos ensinamentos do Mestre.
                   João, o discípulo amado, ali viveu e ensinou algum tempo. A carta de Cristo dirigida ‘ao anjo da igreja que está em Éfeso’, não se relaciona somente com a igreja de Éfeso na Ásia Menor, mas, principalmente, com o primeiro período da igreja cristã, a igreja apostólica, que se estendeu desde o ano 31 até o ano 100, ao morrer o apóstolo João, a última testemunha pessoal de Jesus.
          Por estar situada na proximidade do Mar Mediterrâneo, faz com que Éfeso possua um clima relativamente suave, por isso mesmo os seus moradores desfrutavam de um clima agradável durante todo o ano. É isto figura, de que no período apostólico, a igreja, na pessoa de seus membros, refletia a suavidade da atmosfera celestial.  
                      Éfeso significa ‘desejável’. E em verdade a cidade de Éfeso estava localizada numa ‘ambicionável’ posição geográfica. Esta palavra descreve fielmente o caráter e a condição espiritual de cada pessoa da igreja cristã em sua primeira etapa.
                 Por muitas razões era a igreja apostólica ‘apetecível’ aos olhos de Deus:
1.     Foi estabelecida diretamente por Cristo, antes dEle subir ao céu, cujo ‘anjo da igreja’, seus primeiros mestres, vazios de ambições e sabedoria mundanas, aprenderam pessoalmente do ‘Pão da Vida’;
2.     Era fiel aos princípios fundamentais da sã doutrina ensinada por Cristo;
3.     Possuía o poder sem limites da Chuva Temporã – o Espírito Santo com Seus maravilhosos dons;
4.     Não faltaram em si grandes profetas;
5.     Maravilhosas obras de extraordinário poder eram manifestas em seu meio;
6.     Deu o mais fiel e eloquente testemunho em favor do Salvador;
7.     Suas obras missionárias eram inigualáveis e grandemente extensivas.
                     Sim, Éfeso, a igreja dos apóstolos, era deveras ‘desejável’, isto descreve o caráter e condição da igreja no seu primeiro estado.
                        Apesar de que a igreja de Éfeso seja uma alusão às pessoas do Período Apostólico, nada impede que a igreja de hoje, eu e você, tenhamos os atributos dessa igreja desejável! Esse, por sinal, é o desejo do Revelador, Jesus Cristo!
                 Os cristãos primitivos haviam recebido a doutrina de Cristo em sua pureza.  Eles gozaram os benefícios e bênçãos doadas do Espírito Santo. Eram notados pelas suas obras, trabalho e paciência.
                  Fiéis aos puros princípios ensinados por Cristo, não podiam suportar os que eram maus, e punha à prova as falsidades que, por ventura, os apóstolos viessem a desenvolver, examinavam, portanto, os seus verdadeiros caracteres e, achando algum deslize o denunciavam como incorreto.
               Isto era feito pela igreja cristã como um todo, naquele período, e essa era, aliás, uma obra que refletia, naquele tempo, o real propósito de Cristo para todas as épocas.
                        Naquele período desejável, os obreiros tocavam a obra avante com ímpeto. O mundo incrédulo, mas, sobressaltado, ouviram, a razão da certeza dos cristãos.
                      Éfeso tem sido chamada ‘cidade mutável’, devido ao seu caráter instável em que estava edificada. Ela podia perfeitamente representar o início da Era cristã, pois nenhum período na História testemunhou mudanças mais drásticas no pensamento humano.
                      Nada podia impedir o progresso do cristianismo. Pois, ele nasceu na agitada tempestade, alimentou-se no turbilhão em que o ar se precipita em círculos espiralados para dentro de uma área de baixa pressão, no caso a descrença, e lavou o pensamento dos homens com o Aguaceiro Forte, juntamente com grandes ondas de vento e trovoadas, a Água da Vida!
                          Portanto, Éfeso, a cidade mutável, simbolizava essa época em que houve enérgica mudança no pensamento e nas ações dos homens, iniciava-se, desta maneira, a era do cristianismo!
              Timóteo era, provavelmente, o mensageiro referencial da comunidade de Éfeso quando João estava exilado na ilha de Patmos. Esta igreja, representando as pessoas daquele memorável período, foi elogiada pelo seu inquebrantável zelo. Eram indivíduos operosos, que trabalhavam contínua e arduamente por Deus. Personagens leais às doutrinas; tinham posto à prova os seus mestres. A Palavra de Deus era a norma de fé dos cristãos desse primeiro período.
                      Contudo, o zelo desse povo tão operoso começou a esfriar, o amor a Deus e ao próximo começou a arrefecer e a mornidão espiritual a penetrar na igreja.
                   Eles, com certeza, em algum determinado instante deixaram de dar crédito a esta admoestação:”Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia.”  I Coríntios 10: 12. E eles caíram!
                    Os pais da fé foram martirizados, em seus lugares, tomaram os postos, obreiros jovens. Estes, porém, introduziram na igreja, pontos doutrinários agradáveis, mas, distantes da pura verdade de Cristo.
                    Já nesse tempo, o antigo amor era substituído por confusão e contendas, levando os cristãos, a desviar de Jesus o seu olhar. Agindo assim, perderam a primeira piedade, e o amor de Deus.
                   Quando João estava desterrado na ilha de Patmos, escrevendo as cartas para as igrejas da Ásia, Timóteo, era, provavelmente, o principal mensageiro ou ‘anjo da igreja’ de Éfeso.
             O período que a igreja de Éfeso representa, sob alguns aspectos, apesar de ter abandonado o primeiro amor, pode ser denominado; A Idade Da Pureza Apostólica.
               Foi naquele período que a Igreja, mais se assemelhou à Perfeição. As pessoas possuíam um caráter digno de ser seguido, por isso mesmo, eram desejáveis aos olhos de Deus.

                            No início daquele período, todos os apóstolos ainda viviam como testemunhas oculares da experiência com Cristo, eles podiam guiar e aconselhar os novos líderes, mas, no decorrer daquela época, pouco a pouco esses companheiros do Mestre foram sucumbindo, voltando ao pó de onde vieram!
                  O limitar daquela fase acontece quando o Discípulo Amando, que foi o último, dos doze seguidores de Cristo a devolver o fôlego a Deus, de quem recebera, pondo termo à sua vida, que coincide com o fim da era 'efésiana'!
                 Por tudo isso, faz desse primeiro período, desejável, em relação aos outros.