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sábado, 11 de junho de 2016

IDE - Visibilidade do Paço Celestial


VISIBILIDADE DO PAÇO CELESTIAL

Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que, uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento.




          Repentinamente, após a descrição das sete igrejas, a atenção dos leitores é desviada para o Paço Celestial, tido como o centro da grande expansão ou ovo cósmico, o Universo.
            Nessa nova visão, o Revelador, através do anjo Gabriel, conduz o pensamento da humanidade a divisar de forma entendível o trono de Domínio Universal decifrando a Força Ativa que estabeleceu e conserva a ordem natural de tudo quanto existe, identificando quem é o Soberano que ocupa aquele lugar.
     No quarto capítulo do livro da Revelação aparecem informações inestimáveis sobre o caráter dAquele que é o cabeça  do Universo.           
          Ao ser remanejada a aplicação cuidadosa da mente para refletir sobre o Dominador e Suas funções, se apura de forma indelével, o trato do Onipotente, repleto do cuidado amoroso para com a humanidade.
       Este tratamento de intimidade familiar e conveniência induz nos seres angelicais, a vontade imperiosa de entoar cânticos que, na eternidade, repercutirão nos justificados como a base do louvor e adoração a Deus.  
        Esta visão nos assegura que Deus continua no controle do Universo e, jamais, abandonará a batalha contra o pecado.
            
          Baseado neste preambulo, podemos, então, conhecer o verso a ser analisado neste artigo. "Depois destas cousas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as cousas que depois destas devem acontecer." Apocalipse 4: 1.


DEPOIS DESTAS COISAS
                      
            Estamos adentrando no entendimento de uma nova visão, outra descoberta, em verdade, é o segundo aspecto que João toma conhecimento através de imagens, percebidas em sonhos ou mesmo quando o vidente estava acordado, em arrebatamento espiritual.
          Não é sabido se essa nova manifestação aconteceu naquele mesmo dia de Sábado ou, se o Revelador, através do anjo Gabriel, deu um espaço de tempo, para que o vidente de Patmos, no caso João, tivesse algum momento disponível para escrever num livro sua primeira visão.
           Nos três capítulos iniciais João descreve a primeira revelação, onde faz uma majestosa descrição do Filho do homem, enviando aquela mensagem para a humanidade, relatada de forma figurada, dividida em sete períodos, tendo por destino as sete igrejas emblemáticas da Ásia Menor!
           Nessa nova situação em lances, no decorrer do enredo é focalizada certa situação em que aparece a expressão depois destas coisas. Enunciado este que, necessária e certamente, não deve significar que o relato deste novo capítulo e os demais, teve lugar depois do total cumprimento do que foi relatado nos capítulos iniciais. Não é a continuidade da primeira revelação, portanto, não segue uma ordem cronológica.
            Se assim fora ou, se fosse a continuidade da primeira visão, o capítulo quatro, forçosamente, estaria descrevendo acontecimentos referentes à vida eterna!
             Na verdade, essa expressão depois dessas coisas, está a esclarecer que, após ter visto e ouvido aquela primeira visão, logo, depois dessas coisas, João teve esta nova cena que agora vai descrever!
           O objetivo primordial desta nova revelação foi conduzir a visão do leitor ao tempo do juízo. Como sabemos o juízo ou julgamento de Deus ocorre em três fases, que descreveremos de forma simplória, mas, racional.
              Antes que tudo, precisamos entender de forma clara o termo julgamento que, indubitavelmente, seria o ato de julgar através da apreciação do que está contido nos autos, para, então, ser pronunciada a sentença, onde o juiz decide, após ter formado sua concepção, anunciando nesse conceito se o réu é culpado ou inocente! "Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais cousas... que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento... porque para com Deus não há acepção de pessoas." Romanos 2: 2, 6 e 11. Assim, mais uma vez a Revelação reitera o entendimento do livre arbítrio.
           O julgamento divino é feito em três etapas distintas, que simploriamente pode ser dividido em investigativo, confirmativo e executivo.

              O juízo investigativo acontece enquanto o ser humano estiver vivenciando o reino da graça, enquanto em vida, este juízo é também denominado como préadvento, que acontece quando Cristo ainda disponibiliza a oportunidade de arrependimento, ou seja, enquanto a porta da graça estiver franqueada para a humanidade!
      Neste período, o juízo neste molde, não é Deus investigando a nossa vida, como possa parecer nas narrativas bíblicas, contudo, na verdade, é cada criatura, individualmente, investigando seu próprio procedimento, tendo como base o padrão que é a norma da Lei de Deus, que, por sua vez, é o transcrito do caráter da Divindade. Isto sim reflete o juízo investigativo! "Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus." Romanos 14: 12.
            Durante o período do juízo investigativo, época em que estamos vivendo, é proclamado, com intensa ênfase, a vinda de Deus e, volta de Cristo, em companhia da população celestial, na grande procissão Divina, fato que esvaziará o Paço Celestial durante o intervalo de sete dias.
              Enquanto estiver sendo disseminada tal mensagem, a população terrena demonstrará muita profissão de fé, no entanto, pouca religiosidade vital e verdadeira piedade.
            Por isso, cada dia, para cada pessoa, será o dia do juízo. Porque Cristo diz: "Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação." II Coríntios 6: 2. (grifo nosso)
         Portanto, no juízo investigativo, a Divindade não determinará quem irá herdar a Vida Eterna, nem quem irá perder a eternidade sendo, portanto, destruído pela morte eterna.
                 Certamente, Deus apenas indicará a decisão tomada em vida, por cada pessoa e, assim, quem O escolheu herdará a Vida e, aqueles que O rejeitaram permanecerão mortos, como que aguardando a ressurreição dos ímpios, para, então, ser consumidos pelo fogo eterno e se tornar cinzas debaixo dos pés dos justificados!
                Registre-se que o castigo eterno tem a duração da vida eterna, contudo, o tormento eterno se extingue com a morte eterna! "Os ímpios, no entanto, perecerão, e os inimigos do Senhor serão como o viço das pastagens; serão aniquilados e se desfarão em fumaça." Salmos 37: 20 (grifo nosso).
        Dessa maneira se percebe que nem todos viverão eternamente com a Divindade, mesmo sendo essa a vontade de Deus, pois, o Criador respeita cada indivíduo com suas escolhas, uma vez que, o livre arbítrio é a ferramenta providenciada por Deus que habilita a humanidade a aceitar ou rejeitar as dádivas celestiais!
   
               Já o juízo confirmativo, comprobatório ou milenar, tem por palco o próprio céu e, obviamente ocorrerá durante o período denominado de milênio.
           Durante o milênio, a Divindade vindicará Seu próprio caráter. Esta será a função primordial do milênio, assim, Deus trará a juízo todas as coisas praticadas pela humanidade, tanto as boas quanto as más, somente desta maneira as ações Divinas serão justificadas, defendidas e compreendidas pelo ser humano, então, a humanidade recuperará a imagem perdida de Deus, em sua própria vida! "Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más." Eclesiastes 12: 14.
           Por conseguinte, amigo leitor, se a pessoa não quiser passar por vexame universal, é bom, no tempo da oportunidade, refletir bastante e, escolher tomar a mais sábia postura!
     O certo é que aquele pecado que praticamos e imaginávamos que passaria despercebido por ter sido ocultado, até ele será revelado durante o milênio! "Portanto, não os temais; pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido." Mateus 10: 16.
                Não só as nossas ações serão descobertas, contudo, até as nossas motivações estarão patentes para todo o universo, cada pensamento que transitou em nossa mente, durante o tempo da oportunidade, será revelado durante o milênio, só assim o Universo saberá que pode confiar na Divindade, pois, Ela é justiça! "Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as cousas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus." I Coríntios 4: 5. (grifo nosso)
            Essa prestação de contas, tanto dos justificados quanto dos ímpios acontecerá no juízo confirmativo, comprobatório ou milenar, e terá por base as coisas preditas no evangelho, mediante a Lei de Deus. "Estes mostram a norma de lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se; no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o Meu evangelho." Romanos 2: 15 e 16.
               Só assim, a compreensão sobre o caráter de Deus será corrigida perante todo o Universo!
          
                 A terceira parte do julgamento divino, o Executivo, acontecerá na eternidade, este julgamento, por sua vez é dividido em duas partes; retribuitivo e punitivo.           
        O retribuitivo como a própria palavra sugere, recompensa àquelas pessoas que escolheram fazer a vontade do Onipotente, por isso, faz jus à Vida Eterna, por outro lado, o punitivo, como não pode ser diferente, submete a pena da morte eterna, sendo, consequentemente, o resultado e efeito inevitável do pecado. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a Vida Eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." Romanos 6: 23.

A PORTA ABERTA NO CÉU



               Tenho visto alguns comentaristas declarando que, por intermédio dessa porta, o Altíssimo tem levantado a cortina da invisibilidade, escancarando para a raça humana Seus passos em relação ao julgamento dos humanos.
              No passado alguns interpretes declararam que por intermédio dessa porta aberta, Cristo haveria de voltar, para aqui na Terra estabelecer Seu reino eterno.
               Essas opiniões não são diferentes do entendimento das pessoas que acreditam que o vidente de Patmos adentrou por aquela abertura para adquirir conhecimento da realidade celestial, através dessa atual revelação.
                  Enfim, o que significaria a porta aberta no céu?
          Antes que tudo, necessário se faz perceber que a referida porta foi aberta no céu, no interior dele, e não para o céu, onde por intermédio dela o habitante da terra poderia adentrar no Paço Celestial ou, os habitantes celestiais poderiam fazer uso daquela abertura para vir buscar os pecadores restaurados!
             Logo, não acredito que João estivesse absorto olhando para o céu e tenha visto uma porta e percebeu que a mesma estava aberta, consequentemente, ele ficou bastante curioso e desejoso de entrar por intermédio dela.
              O relato, na verdade, deixa transparecer que João, em estado de arrebatamento, vê uma porta aberta dentro do Céu, que dava acesso de um ambiente para outro compartimento, no esconderijo do Altíssimo e, por intermédio daquela abertura o apóstolo contempla o Trono, seu ocupante e, extasia-se ao ver uma gloriosa cena de adoração ao Criador do Universo!
           Assim, acredito que essa porta, no interior do céu, dava acesso à sala do Trono Universal e, foi relatado e mostrado a João que uma importante obra estava acontecendo naquele recinto. Ora, se ali era a sala do Trono Universal, não resta a menor dúvida ser uma alusão ao lugar Santíssimo do santuário celeste.
  
A PRIMEIRA VOZ

           Se observarmos com atenção, no primeiro capítulo introduzindo a visão de Jesus glorificado, João ouviu uma potente voz semelhante a trombeta. Coincidentemente, essa mesma voz, como de trombeta, continua assistindo o vidente, que, por sua vez, identifica aquela voz, como sendo a primeira voz que ele ouviu e, pasmem os senhores, ela introduz essa segunda visão!
            Esta não é a voz da Divindade falando ao homem. Como sabemos a Divindade é constituída de três pessoas Divinas, Deus identificado como o Pai, Cristo sendo representado pelo cognome de Filho e a terceira pessoa, o outro consolador o Espírito Santo.
            A Bíblia adianta que ninguém viu Deus, nem ouviu Sua voz. 
            Conforme o próprio livro da revelação, Deus confirma que fala com a humanidade através do Seu anjo (Apocalipse 1: 1) como se fora o próprio Deus.
        Note bem, meu caro leitor, não é por um anjo, mas, ‘pelo Seu anjo’, um anjo especial, que sempre é comissionado pelo Senhor para revelar coisas importantes. Este anjo é Gabriel.
            Ele assistiu a Daniel. “Gabriel dá a entender a este a visão”. Daniel 8: 16. Ele comunicou a Zacarias o nascimento de João Batista. “Eu sou Gabriel que assisto diante de Deus”. Lucas 1: 19. Ele prediz o nascimento de Jesus. “Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré... Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus”. Lucas 1: 26 – 31. E agora assiste a João.
            Na verdade, quando o profeta no passado, diz que viu Deus, ou ouviu a Sua voz; com certeza, ele via e ouvia a voz do anjo Gabriel, que assiste diante de Deus.
           Isto tem respaldo bíblico, pois, João descreve que: “Ninguém jamais viu Deus” I João 4: 12obviamente, após a entrada do pecado.
         O livro de João no capítulo cinco verso trinta e sete confirma que nenhum pecador “jamais tem ouvido a Sua voz, nem visto a Sua forma”.
         É fácil perceber que a raça caída, com o advento do pecado, não suporta ver a Glória de Deus, e nem sequer ouvir o timbre da voz do Todo Poderoso.
            Isto, pelo simples fato da degenerescência da estrutura humana, provocada pelo pecado.
       Sendo assim, Deus utiliza o anjo Gabriel, para dar autenticidade aos Seus pronunciamentos, para que a humanidade possa perceber a presença da Divindade em forma física, bem como, audível.
          Portanto, quando o profeta Moisés no passado diz que viu Deus, e ouviu a Sua voz, na verdade, ele via e ouvia o anjo Gabriel, mas, como uma verdadeira autenticidade do Todo Poderoso.
          O mesmo fato ocorre com João, o vidente de Patmos, quando confirma ter ouvido a voz de Cristo, como de trombeta, através do timbre da voz do anjo Gabriel!

SOBE, MOSTRAREI O QUE DEVE ACONTECER

           Quando Cristo, através do anjo Gabriel pede a João que suba, evidente e necessariamente João não foi até o céu corporalmente, mas, na forma de sonho e visão, mentalmente ele se transportou aos céus, através do poder do Espírito Santo.
           Nesse estado de arrebatamento espiritual o profeta, durante a visão, nada do ambiente terrestre tem poder de desviar sua percepção das coisas celestiais, que a Divindade o quer transmitir.  
         Quão extraordinária e solene cena João pode visualizar, foi desfraldado ao vidente acontecimentos que sucederiam às coisas anteriormente mostradas ao discípulo amado.
             Amigo leitor, Cristo nos tem convocado, através da voz do anjo Gabriel, soando semelhante a uma potente trombeta, a entrar no lugar mais santo de todo o vasto domínio da soberania de Deus.
                 Qual será a tua ação, após escutar este chamamento? Entras, ou permanecerás em letargia espiritual, sem certeza da Vida Eterna?
                 A decisão é somente tua!