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domingo, 19 de abril de 2015

IDE - O Anjo da Igreja de Filadélfia

O ANJO DA IGREJA DE FILADÉLFIA 
Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.


AO ANJO DA IGREJA DE FILADÉLFIA



                 É comum, e até mesmo generalizado, o entendimento que, chega a ser de domínio público, a definição do termo anjo. As grandes religiões, tanto o cristianismo, quanto o judaísmo e, também o islamismo, define como sendo um ser espiritual, portanto, celeste, que serve de mensageiro entre Deus e a humanidade!
           Qualquer pessoa de bom senso terá que admitir como verdadeira essa explicação, até mesmo, muito precisa.
            No entanto, a mim me parece que, no Apocalipse, João o discípulo amado, que se emprestou como instrumentalidade nas mãos do Revelador, Jesus Cristo, dá outra conotação ao termo, quando se refere às igrejas, ele usa o verbete anjo, de forma figurativa.
           Nessa figuração, anjo, ganha um sentido diferenciado e, precisamos entender o propósito desta palavra, o que representa e, qual o significado! 
            A maior parte das pessoas que usam o termo de forma simbólica, é unânime em afirmar que anjo, nesse caso, simboliza o corpo de ministros, ou mesmo, uma comissão diretiva que tem a responsabilidade de conduzir a igreja, induzindo-a a aceitar as mensagens conforme o entendimento desse grupo de pessoas incumbidas de tratar dos assuntos espirituais, principalmente, os de difícil entendimento.
            Por certo, essa definição está embasada no sentido de que anjo, é figuração de pessoa bondosa, portanto, ficaria justificado tal entendimento.
          Para o pesquisador cuidadoso, aplicado, ponderado e respeitoso, não se justifica que só exista pessoas bondosas nas comissões diretivas, ou mesmo, entre o corpo de ministros.
           É verdade que encontramos esse tipo de pessoas nesses grupos, no entanto, indivíduos maus, também se alocam nessas associações e, por incrível que pareça, numa quantidade tão grande, que deixa a comunidade cristã, muito perplexa!
           Por outro lado, anjo com o sentido de pessoa bondosa, ganha uma dimensão muito abarcante, mas, excluiria outras criaturas que, no julgamento das denominações, não refletem, com clareza a bondade de Cristo.
        Por isso mesmo, entendo que anjo, nesse caso, representa toda pessoa com animação de vida, que vivenciou o período representado pela Igreja de Filadélfia, que de uma forma ou de outra, tenha se envolvido com a disseminação do Evangelho de Cristo, atendendo, positivamente à comissão proposta pelo IDE!
         É sempre de bom alvitre esclarecer que o IDE comissiona todos os indivíduos a ir a todo mundo anunciando Cristo! 
                O IDE está no imperativo afirmativo, é Jesus Cristo comissionando a todo humano para anunciá-Lo. Perceba que o verbo no Imperativo não consta a primeira pessoa, o eu, portanto, não é missão de Cristo, nem dos outros dois membros da Divindade, nem muito menos dos demais seres celestiais, pois, foi Jesus quem comissionou!
            Por conseguinte, Jesus, também não comissionou uma só pessoa, nem uma única classe social ou eclesiástica, por isso, nesse encargo, Ele não usa a segunda ou terceira pessoa do singular, senão, imperiosamente, Ele teria dito; - vai (tu) ou, vá (você).
              O mais importante nessa incumbência de Cristo, é que Ele não utilizou a primeira pessoa do plural [vamos (nós)], o que quer dizer que Ele não está incluído nessa comissão, conjuntamente com os humanos. O que isso significa? É que cada indivíduo deve apresentar a pessoa de Cristo conforme seu próprio entendimento ou discernimento!
                Por isso mesmo, Jesus Cristo, usou a segunda pessoa do plural [ide (vós)], sendo assim, Ele comissionou a todos, nesse caso, toda pessoa do período de Filadélfia para sair pregando a toda gente, mostrando ser Jesus o Messias prometido e, que em breve, retornaria para buscar os que quisessem viver eternamente com Ele.
              Assim, as pessoas que tomavam conhecimento de que Jesus era a verdade, saiam anunciando a todos que pudessem alcançar, na forma como elas perceberam, ou seja, conforme a visão ou entendimento pessoal. 
       Dessa forma, toda pessoa procurou pregar a tantos quantos pudessem! Supondo que todos pregaram a todos, evidenciado está que, todos ouviram de todos, são, portanto, muitos entendimentos levado ao conhecimento de todos. 
           Jesus, então, nos ensina como fazer a triagem, a Sua Palavra demonstra como proceder; "examinai tudo. Retende somente o que for bom. Abstende-vos de toda aparência do mal" I Tessalonicenses 5: 21 e 22.
    Fica evidenciado que, toda pessoa ou, mesmo denominação, tem algo bom para ser retido, sendo verdadeiro também o outro lado da moeda, ou seja, todos que anunciam o Evangelho de Jesus, dando ênfase para a vinda de Deus e volta de Cristo, no bojo de suas mensagens, constam algumas coisas que devem ser rejeitadas!
         O que mais chama a atenção nessa citação, é que o conselho é para reter o que for bom e não a verdade. Existe uma explicação para esse fato, é que todos se arvoram donos da verdade, portanto, não dariam valor sobre a opinião do seu semelhante. 
              Daí o conselho para reter somente o que for bom, pois, na esfera terrena, só um é considerado bom, Jesus Cristo.
                  O Filho de Deus orienta o ser humano a pesquisar a Sua Palavra para assim, chegar a conclusões coerentes sobre Deus, Seu propósito, Seu Filho e Sua verdade! "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam" São João 5: 39.
       Na verdade, num primeiro momento, as pessoas do período de Filadélfia, foram nobres, semelhantes aos habitantes de Beréia, "porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim" Atos 17: 11.
             Esse foi o segredo do bom desempenho dos habitantes do período da igreja de Filadélfia. Se você, amigo leitor, quiser ter um desempenho aceitável perante Deus, aja conforme esse entendimento!
            Portanto, seja também um mensageiro de Cristo, com todas as prerrogativas de um ser luminoso, que difunde a verdade em Cristo Jesus, seja, verdadeiramente, Seu anjo, hoje, aqui e agora! 

COMO CRISTO SE APRESENTA À IGREJA DE FILADÉLFIA


                  Poucas vezes Cristo, enquanto esteve peregrinando nas terras da Palestina, no espaço aproximado de trinta anos, fez revelações tão precisas de Sua divindade, quanto O fez ao se reportar para a Igreja de Filadélfia!
                 Normalmente, como era comum em suas atitudes, Ele sempre transferia todos os adjetivos que definiam a Divindade para a pessoa do Pai. Fato que deixava transparecer ao pesquisador incauto a dúvida; se, na realidade Ele era, verdadeiramente, o Deus do Universo ou, simplesmente o filho do Deus Eterno?
                    Para exemplificar essa postura de Cristo, tomemos por base esta declaração: "Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o Meu juízo é justo, porque não busco a Minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou" São João 5: 30. 
           Perceba que Cristo se coloca numa posição de dependência do Pai, certamente com o intuito de ensinar a humildade e, demonstrar que, mesmo entre a Divindade existe uma hierarquia a ser respeitada!
         Mais adiante Ele complementa seu raciocínio afirmando; "Se eu testifico de Mim mesmo, o Meu testemunho não é verdadeiro" São João 5: 32.
          Nesta fala o Filho de Deus estava ensinando a importância de ser altruísta, demonstrando que a humanidade, não tem motivo algum, para ser soberbo ou orgulhoso ao extremo, se vangloriando, por ser cristão. Esse fato, não lhe dá direito de ser arrogante, pois, o próprio Filho de Deus, como Criador do Universo, demonstrou que a humildade deve sempre sobrepor ante o egoísmo!
                A depender do público alvo, a dialética de Cristo vinha mais repleta da arte de discursar, confirme no diálogo que Ele teve com os fariseus; "Falou-lhes pois Jesus oura vez, dizendo: Eu Sou a luz do mundo; quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Disseram-lhe pois os fariseus: Tu testificas de Ti mesmo, o Teu testemunho não é verdadeiro. Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que Eu testifique de Mim mesmo, o Meu testemunho é verdadeiro,... porque não sou Eu só, mas Eu e o Pai que Me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu Sou o que testifico de Mim mesmo, e de Mim testifica também o Pai que Me enviou" São João 8: 12 - 14 e 16 - 18.
                Faz-se necessário analisar a Palavra de Deus com extrema cautela, para não incorrer em conclusões errôneas sobre Cristo e Sua verdade!

ISTO DIZ O QUE É SANTO - Todavia, na ilha de Patmos, Jesus, ao falar com o discípulo amado, retira o véu que repousava sobre Si mesmo e, faz reconhecer, por revelação, ao vidente, para este transmitir à Igreja de Filadélfia, demonstrando, verdadeiramente, ser Aquele que é Santo.
              Ao fazer essa descoberta surpreendente, não menos espantosa e notável sobre Si mesmo, descortinando com todas as nuances os atributos da Divindade entre os cristãos, demonstrando para a humanidade que Ele é o Santo e, nessa ação Divina, comunica aos homens Seus desígnios Divinos e a verdade que a Ele envolve, denunciando que não mais seria trocado por um ladrão homicida. "Mas vós negastes o Santo e o Justo e pedistes que se vos desse um homem homicida" Atos 3: 14.
           Este título 'o Santo' é a mesma denominação honorífica que tem identificado Deus, pelos profetas, tantas vezes no Velho Testamento. "A quem pois Me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? - diz o Santo" Isaías 40: 25.
            Este mesmo sentimento tem sido referendado no Novo Testamento aplicado a Cristo, realçando nEle a Sua Divindade. "E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" Lucas 1: 35 (grifo nosso).
     Esse verso, extraído do livro de Lucas, é bastante significativo, uma vez que desmistifica Cristo, como sendo, simplesmente, Filho de Deus.
        Na verdade, Filho de Deus é apenas a forma de identificar a Segunda Pessoa da Divindade, uma vez que Cristo, o Verbo, Ele é o próprio Criador, não tendo princípio nem fim, tem, contudo, eternidade passada e futura, perdendo, por amor ao ser humano, a completa eternidade, pois, com Sua morte, foi subtraído apenas três dias de Sua eternidade, para assim, devolver ao pecador a possibilidade de viver eternamente!
                  Por esse motivo é que Jesus, com propriedade, se apresenta para a igreja de Filadélfia e, também às demais igrejas com o título sublime 'o Santo'!
            Na força desse título Ele convoca toda criatura humana a ser Seu imitador. "Mas, como é Santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" I Pedro 1: 15.
           Amigo leitor, você não gostaria também ser identificado como propriedade exclusiva de Cristo Jesus, tendo uma maneira santa e agradável de viver?
                Então te achega a Ele, pois, Jesus nunca te lançará fora, nem te abandonará!

O QUE É VERDADEIRO - Alguns anos antes, João presenciara o Messias afirmar que Ele não possuía a verdade, mas, positivamente, era a própria verdade; "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim" São João 14: 6.
           Agora, fazendo uso de Sua sinceridade, Ele confirma ser autêntico e sincero, portanto, nEle podemos confiar, pois, não existe na Sua pessoa, fingimento, portanto, é verdadeiro.
            Por ser verdadeiro, Cristo venceu o mundo e as hostes satânicas, por isso mesmo, é digno de nossa confiança, respeito e louvor.
              Cada pessoa deve imitar Cristo, para poder ser santo e verdadeiro, contudo, isso só será possível, se a criatura humana estiver com Jesus, pois, sabemos que Ele está conosco todos os dias. "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado, e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" Mateus 28: 20. 



O QUE TEM A CHAVE DE DAVI -  Jesus afirma para o profeta João, que está de posse da Chave de Davi, esse verso arremete o estudante para a profecia de Isaías, que trata a respeito de Eliaquim.
        Conforme a história eclesiástica, o Senhor destituiu de forma ignominiosa a Sebna, tesoureiro e mordomo, colocando em seu lugar Eliaquim.
          Os pertences de Sebna, a túnica,  símbolo do poder, bem como a correia, à qual se prende a espada, e se firma a haste da bandeira, foram colocadas sobre Eliaquim, repassando para este servo do Senhor, o domínio sobre Jerusalém e Judá.
              Então, foi colocada a chave da casa de Davi sobre sua responsabilidade, com essa chave, o que Eliaquim viesse a abrir, ninguém fecharia, e o que ele fechasse, ninguém abriria.
         A posse dessa chave nas mãos de Jesus é prova da garantia que a porta que Ele abriu no Calvário, enquanto em período de graça, ninguém, nem poder algum, seja por parte da humanidade ou das hostes satânicas, haverá de fechar.
               Nem quando a porta da graça se fechar, seja de forma individual, através da morte, ou mesmo de forma geral, a escolha que cada criatura tomar em vida, estará assegurada, seja para a morte, ou vida eterna, pois, Cristo está de posse da chave de Davi!
              A chave de Davi é símbolo do poder de Cristo de abrir e fechar a porta do reino, levando em consideração a escolha que cada ser humano faz, vida ou morte, no entanto a orientação de Cristo é para se escolher a vida para viver eternamente! "Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente" Deuteronômio 30: 19. 



O QUE ABRE, E NINGUÉM FECHA, E FECHA, E NINGUÉM ABRE - Tem-se falado muito entre as denominações que Cristo, de posse da chave de Davi, tem autoridade para abrir, fechar e conduzir com sucesso o plano da redenção.
                    No entanto, da forma que algumas denominações têm divulgado, deixa um estranho odor, que Jesus manuseia a maçaneta da porta da oportunidade de cada indivíduo, conforme Seu bel-prazer, eliminando da criatura humana, seu livre arbítrio!
          Contudo, a mim me parece que este não é o ensinamento contido nas Escrituras Sagradas, Cristo mesmo enfatizou a João que, apesar de ter a chave que tudo abre e, tudo fecha, Ele, todavia, apenas bate na porta do nosso entendimento e, espera que cada criatura humana, abra ou, fique conversando com Jesus, mas não dê entrada ao Mestre! "Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele Comigo" Apocalipse 3: 20.
         A chave de Davi, não tira de Cristo Jesus a Sua coerência, como franquear a entrada para alguém que não queira a eternidade, nem vetar o acesso para quem faz por onde!
               Nenhum poder se antepõe à nossa escolha, pois, faz parte do querer da Divindade, quando no princípio, nos capacitou para que pudéssemos decidir sobre a nossa condição espiritual!
                Essa porta só se fecha com a permissão de Cristo, ela tem sido obstruída, sempre quando alguém morre, pois, para essa pessoa, sua porta da oportunidade foi trancada. No entanto, ela se fechará de forma geral, antes da volta de Cristo, conforme a parábola das dez virgens! "E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta" Mateus 25: 10. 
                Querido leitor, infelizmente não sabemos a que hora a nossa porta da graça se fecha, por isso mesmo, o Oráculo Revelado de Deus aos Homens, as Sagradas Escrituras, nos orienta a estar, constantemente, interligado com Cristo, para quando a nossa porta da graça se fechar, possamos estar preparados para o encontro com Deus e Jesus nos ares! "Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação: eis aqui, agora o tempo aceitável, eis aqui, agora o dia da salvação" II Coríntios 6: 2.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

IDE - Carta à Igreja de Filadélfia

CARTA À IGREJA DE FILADÉLFIA

Educador Glauco César


NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.


                
              Uma vez observada com minúcia, examinando cada parte constituinte do período representado pela igreja de Sardo, necessário se fazer o devido exame de cada porção da fase subsequente, que sintetiza a postura espiritual de cada indivíduo que vivenciou aquela época, para assim se inteirar das forças que influenciaram de forma positiva e, ou negativa, que justifique a tomada de posição de cada criatura, compreendendo sua natureza e suas funções em meio à capacidade de poder interferir no comportamento e desenvolvimento da sua vida e dos semelhantes.
                Para tanto, necessário se faz conhecer os versos a serem analisados; "E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre; 8 Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a Minha Palavra, e não negaste o Meu nome.9 Eis que Eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem; eis que Eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés e saibam que Eu te amo. 10 Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. 11 Eis que Eu venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. 12 A quem vencer, Eu o farei coluna no templo do Meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do Meu Deus, e o nome da cidade do Meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do Meu Deus, e também o Meu novo nome. 13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" Apocalipse 3: 7 - 13.            



CONHECENDO HISTORICAMENTE A CIDADE DE
FILADÉLFIA




          Retrocedendo vinte e um séculos, continuemos nossa viagem imaginária, utilizando a estrada imperial, na Ásia Menor, rumo a Filadélfia, que era uma antiga cidade da Lídia, situada a duzentos metros do nível do Mediterrâneo.
          Será, uma caminhada, conforme nosso cicerone, repleta de belas paisagens, onde percorreremos a pé, cerca de vinte e sete milhas!
   Após essa informação, procurei, imediatamente, transformar milhas em quilômetros, ao descobrir, procurei dosar minhas forças, pois, teríamos um pouco mais de quarenta e três quilômetros a avançar até nosso objetivo.
             Ao nos aproximar de Filadélfia, nome que significa 'amor fraternal', nosso guia, de forma prestativa, nos informa que, a mesma, foi edificada sobre uma parte do monte Tmulos. 
            Pudemos confirmar com os nossos próprios olhos que ela foi construída na bela, fértil e bem regada planície do Hermus.
              Essa cidade foi idealizada por Átalo Filadelfo, rei de Pérgamo, para difundir a cultura grega na Lídia e na Frígia. Ela foi fundada por volta de 150 a.C.
              Rapidamente ela se notabilizou, por ser bem edificada e se destacar comercialmente, ficou conhecida pelo epíteto de Pequena Atenas.
        Filadélfia recebeu esse nome em homenagem à lealdade do Rei Átalo a seu irmão mais velho, Eumenes II, que o precedera no trono de Pérgamo. Essa cidade celebrizou-se pela sua religiosidade, destacava-se o culto pagão ao sol, que detinha altares e templos.
       Quando João, o vidente de Patmos, escreveu o Apocalipse, no limitar do século I, o cristianismo estava em franca efervescência nessa localidade!
       Filadélfia foi edificada numa região propensa a terremotos, tornando-os um fato comum e ocorriam amiudadamente repetido.
              Um destes terremotos, no ano dezessete da nossa era, que a destruiu quase que totalmente, causou tanto pânico a seus habitantes que muitos deles se evadiram vivendo fora de seus muros e, não mais voltando. O interessante nesse incidente, é que em meio às ruínas, uma solitária coluna, permaneceu incólume de pé.
           Somente com a intervenção de Tibério que reedificou a cidade, fez com que uma grande parte de seus habitantes voltasse a ocupar o local como sua residência.
    Além dos terremotos naturais, Filadélfia foi tremendamente abalada no século XV, mais precisamente em 1402, por Tamerlão, que a destruiu, contudo, essa cidade conseguiu escapar, superando os obstáculos.
                Seu poder de sobrevivência era tamanho, que ela foi a última cidade da Ásia Menor a cair nas mãos dos turcos, isso em 1390.
                Na atualidade a cidade de Filadélfia é conhecida pelo nome turco de Allah-Shehr, que significa Cidade de Deus, no entanto, há quem afirme que esse nome exprime 'a cidade avermelhada', por conta do solo vulcânico de cor vermelha, em que a cidade foi edificada!        


CONHECENDO A IGREJA DE FILADÉLFIA




          A Comunidade Cristã de Filadélfia, conjuntamente com a Igreja de Sardo, só foi mencionada no Oráculo Revelado de Deus, pelo discípulo amado, João, o profeta do Apocalipse.
     Em nenhum outro livro das Sagradas Escrituras, se encontra referência sobre essas duas Igrejas, o que leva a crer que o cristianismo alcançou o corpo social dessas cidades, após o derramamento do Espírito Santo sobre os apóstolos e, discípulos de Cristo!
         Provavelmente como fruto das viagens missionárias do apóstolo Paulo. Isto, pelo fato da inexistência de informação de que Cristo tenha visitado estas duas comunidades, quando esteve peregrinando na região da Palestina!
        Como não existe alusão, ou mesmo referência vaga ou indireta sobre o comportamento espiritual ou, mesmo moral, das criaturas humanas dessa igreja em estudo, resta-nos comentarmos a desenvoltura dos cristãos que vivenciaram o período representado pela Igreja de Filadélfia!
           Essa carta cobre o sexto período da igreja cristã, que vai desde a queda das estrelas, que pode simbolizar o fim do período de supremacia papal, que é o início do fim, no ano de 1833 até o ano de 1844. Certamente existem diversas outras datas limítrofes, para esse período, variando, conforme a explicação de cada intérprete do tempo!
           Como se percebe, nesta fase, os seres humanos se envolveram por completo no estudo das profecias bíblicas, fato que gerou do Senhor apenas conselhos e promessas, não encontrando nenhuma reprimenda nem reprovação, como aconteceu também com a época representada pela igreja de Esmirna.
           Fica bastante evidenciado que este foi o menor período de tempo, dentre todas as igrejas, o que pressupõe, que passado esse curto espaço de interesse coletivo, algo marcante aconteceu, que mudou a atitude da maioria dos cristãos, delimitando essa faixa cronológica!    
          A Igreja de Filadélfia foi alvo, por parte do Senhor Jesus, o Revelador do Apocalipse, de rasgados elogios, contudo, Cristo dá-se a conhecer de forma muito solene e sublime, demonstrando a imponência majestosa, enfática e, não menos pomposa de Sua pessoa.
        Por um momento, ou seja, durante esse diminuto período de tempo, os seres humanos atenderam positivamente aos reclamos do Senhor, abandonando a apostasia, havendo assim, um visível crescimento espiritual.
          Filadélfia, que significa Amor Fraternal, encaixa-se, perfeitamente, com o sentimento nutrido pela grande maioria da população que, expressava uma estreita e indivisível amizade entre as pessoas, demonstrado que o sentimento geral era de uma excelente irmandade!
          Essa época foi um sinal distintivo de função, dignidade, nobreza e irmandade, que se harmonizava integralmente com o caráter das pessoas, que vivenciavam e estremeciam de copioso amor mútuo, ansiando, principalmente, o retorno de Jesus Cristo.
        Povo que tinha ímpeto e ardor fervoroso pelos pecadores e, erguia a voz clamando e alardeando com veemência, fazendo ver que era necessário um rigoroso e completo preparo para receber o Senhor da glória, que viria comandando a grande procissão celestial, para buscar os Seus!
         Assim, paulatinamente ia engrossando as fileiras daqueles que estraçalhavam seus próprios corações, para descobrir seus defeitos, buscando em Jesus, um coração puro com espírito inabalável, fato que os entornava de paz, amor e gozo! Este era o sentimento do povo; "cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito inabalável" Salmos 51: 10.
          Naquele período se verificou a mais extraordinária demonstração de reavivamento, jamais experimentado na história da humanidade!
            Que algo semelhante possa estar acontecendo conosco, nesse exato momento e, possamos, na iminência da vinda de Deus e volta de Jesus, alçar bem alto as nossas vozes declarando; "eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos" Isaías 25: 9.
                   Que assim seja, e Deus nos abençoe!