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terça-feira, 31 de julho de 2012

Janela Poética - SAUDOSA DESPEDIDA


SAUDOSA DESPEDIDA Glauco César - Em homenagem a minha querida mãe, Gláucia, que nos (abandonou) no dia 27.01.99. Ao debruçar-se sobre o caixão, o autor encontrou sobre o féretro uma mecha de cabelo, tendo recebido como última lembrança de sua amada mãe. – 31.01.99. 




Quão doce assentarmos junto aos teus pés,
ouvir de tua voz meiga e suave; conselhos,
sentir o toque de tuas mãos, olhar nos espelhos
da mente, e lembrar de não esquecer quem tu és!

Fazer afago em tua cabeça até cansava,
quisera que o tempo pudesse parar
os segundos e, nos devolvesse o ar,
ao saber que o destino uma peça pregava!

Furtou a todos e, subornou num momento,
sem querer fazer nem mesmo uma intriga!
Maltrata e macula todo um sentimento!

Sentir num segundo, o instante derradeiro,
roubar o que de melhor lhe restava, a vida!
Deixando somente uma mecha de cabelo!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Janela Poética - CADAFALSO


CADAFALSO - Glauco César      

Farei um furo no cadafalso falso,
em cada falso, faço um furo fácil.
Foi fácil, em cada qual, furar um furo ágil,
presto, fulmíneo o furor, fugaz, no falto!

Falta fulgor, o ágio da cintilação!
Sentir sentado a sentença do sensato,
seu ato, em transe é transmudação! Cordato!
A cor do ato acorda-o e muda a direção!

Sem delonga, é longa a força que delega
demoradamente, a mente a mim não mente
que o mentecapto é apto, isto nega!

A negra forca, forma o desatino,
quem perde o tino, é tido por demente,
brevemente, o passamento é seu destino!

domingo, 29 de julho de 2012

Janela Poética - VINDE

VINDE - Glauco César      

Vinde a mim, indicar a certeza ao menos párvula,
que a vida, mostra a divina morte e, transige
que ela parta e vá embora, embora exige
d’alma, a união da vida e morte, que se oscula!

Prenda, o algoz que está preso à minha mente!
Diga-me que está longe a tormenta agoureira,
que é alterada e exige vida passageira,
que firme ergue a chama da ruína. . . A mim não mente!

Acoime de despretensioso, errado!. . .
Quando reconheço em mim, uma nulidade,
recebo desprezo, de tolo sou tachado!

Contudo, fato patente, incide imperiosa,
a ruína seduz um espaço de verdade!
Aqui jaz, repousa! Quero vida, pulcrosa!

sábado, 28 de julho de 2012

Janela Poética - EU, SIMPLESMENTE

EU, SIMPLESMENTE - Glauco César

Honro sobretudo minha honra! Não procuro
afrontar a má fama, dos meus sentimentos,
trago descrença, batalha de pensamentos;
efêmeros, irrenunciáveis! Obscuro!

Os Combates que suscitam, vou cercear!
Os homens discriminam o que se viveu,
minha vida, na história, já padeceu!
Tento a conciliação! Ajustar, resignar?!...

Este é o sestro gládio que apunhala o seio
dos amantes, com um impulso determinante,
viril, que s'externa rígido, sem receio!

É tempo de agir co'audácia inteligente,
banir o sonho de verdade horripilante!
Minha ambição, jaz só e harmoniosamente!...

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Janela Poética - VIRAÇÃO

VIRAÇÃO - Glauco César

O dia foge dolente, no leito do rio,
as águas turvas, todas, banhadas em cor,
as nuvens deslocam-se e chega o frescor,
o queimor, dessas tardes, transmuda-se em frio!

A canoa desliza, empurrando as horas,
espantando as aves, que ligeiras voarão;
o sol fixa na água, seu último clarão,
finda na noite, para abrir noutras auroras!

Minha vida, sem controle nem leme na mão,
afoga minhas mágoas, como quem sabia,
o pardo da noite, é cor, na iluminação!

Busco contentamento, desperto em açoite,
a felicidade, tenho durante o dia,
amordaçada na monotonia da noite!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Janela Poética - ALGUÉM

ALGUÉM - Glauco César    

Ninguém erra porque quer,
nem  acerta sem querer,
se faz o mal é por crer
que o bem está em qualquer,

que queira ser como quis!
Então, caí sem errar,
só por querer acertar,
é assim que a vida me diz!

Alguém então segredou,
falhei, jamais vou negar,
o que é meu eu te dou,

tropeço que eu mesma quis,
será que vão perdoar?
Errei!?... Só pra ser feliz!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Janela Poética - SONIAL

SONIAL - Glauco César
                             
Grandioso é o nosso sentimento,
robusto e por demais envolvente,
que ocupa todo espaço da mente,
com desdém despreza o passamento!

Exalado no aurorescer da vida,
por décadas ofusca e hiberna,
sem perceber que’afeição é eterna,
a cada instante deve ser vivida!

Somente ao anoitecer da existência,
vê eclodir das cinzas do passado
o fluído incandescente da decência!

Paixão: Amor sem rédea, com guarida,
preso no desejo do seu amado,
que evoca e cobiça sua querida!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Janela Poética - TRANSPOSIÇÃO



TRANSPOSIÇÃO - Glauco César

Sozinho em meio à multidão da rua,
Zango-me, a mim xingam, reclamo: maldade!
Quisera poder sair desta cidade,
encontrar a felicidade, que é sua!

Verdade: alegria é um artifício,
engano, metáfora, duro cansaço,
um sonho perdido em meio ao espaço,
que evola do pensamento, um suplício!

Às vezes, sou o meu próprio conselheiro. . .
Melhor tirar o coração e morrer!
Confesso, estou sendo mais que verdadeiro.

No entanto, nunca pensei desertar,
o que mais quero é contigo viver,
e no coração, o amor enxertar!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Janela Poética - CATIVO


CATIVO - Glauco César
 
Tal qual minha sombra, ermo numa gruta,
onde descabido meu olhar se afasta,
a escuridão me prostra e me arrasta
para o sonho pardo no negror da luta!

Resta-me a voz lúgubre do meu luto,
fujo, feito fera ferida e fedenta,
cambaleio, tremo, a fé não aguenta
a ofuscação desse meu usufruto!

Abençoada és, pois, fazes cintilar
meus olhos, anuviados por um véu.
Aclara meus sonhos, faz-me flamejar.

Na fúlgida fuga não mais denegrir,
tornaram-se nítidos; fulgor do céu.
Ofuscou a sombra, latão a luzir!

domingo, 22 de julho de 2012

Janela Poética - DISPARATE

DISPARATE - Glauco César
 
Teu amor, em mim, é um agasalho!
Febre que queima, ardor, fogaréu
escravo dos teus caprichos, um réu
em tuas mãos, quente faísca d’alho!

Vulcão que o sentimento abrasa,
chama para cozer a fogo lento,
ferve a emoção ao sabor do vento,
inflama o calor e o amor arrasa!

Meu amor, em ti, é uma friagem!
Inverno, frio que provoca nevada!
Um bater de dentes, noutra viagem!

Se meu amor não te faz incendiar,
arrepia-me saber; não sou nada
em vida, resta-me só hibernar!

sábado, 21 de julho de 2012

Janela Poética - CONJUGAÇÃO

CONJUGAÇÃO - Glauco César
 
Eu sou aquele que deseja amar-te,
quero neste meu futuro presente
encontrar aquela, que me é ausente!
Estás no meu imaginário, em Marte?

És um asteróide esmo, em minha vida,
distante. Que logo a mim mortifica!
Eu, cometa errante, digo: Fica
só um instante, retarda tua partida!...

Quisera ser Deus, fazer infinito
o momento e, urgente perpetuar
o que a vida tem de mais bonito;

o anseio deste teu coração!
O amor em nós, jamais vai se eclipsar,
a atração normal, deduz eclosão!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Janela Poética - CONCRETO


CONCRETO

                                             Melodia e Letra - Educador Glauco César





A lua surge por detrás dum prédio
mas, como vê-la, se o concreto ofusca?
Para enxergá-la, forjo minha busca,
formo fuga, senão morro de tédio!

Quero viver em meio à claridade
que é qual plasma, me faz sobreviver!
Sem ela, por certo, irei sofrer,
envolto na chama desta saudade!

Meus olhos, embotados num momento,
para os fatos, busco explicação,
quero razão, se negas sentimento!?...

E em tormento, ficarás sozinha!
Repensa esta tua decisão,
vem aquecer-te... E serás só minha!













quinta-feira, 19 de julho de 2012

Janela Poética - DUVIDAS?

 DUVIDAS? - Glauco César

Lanço para o alto a desgraça
e, escuto de dentre a neblina,
o ruído mudo que não desafina,
ardil da preguiça, uma calaça!

Calado, ouço murmúrio de alguém:
-      Eu quis mais amor, não destes, clemência!...
-      Engano seu, perceba a demência,
pois, achei defeito em quem não mais tem!

Carente desse reconhecimento,
de repente, cadente mesmo, agora,
vejo no orvalho meu padecimento.

És mui bela, fiel, mulher formosa,
com prece eu rogo mesmo, na hora.
Dá-me teu amor, te dou esta rosa!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Janela Poética - AFAGO


AFAGO - Glauco César
                          
O abandonado abdica a arrogância,
o andarilho apercebe-se a amadurar,
com astúcia e aversão, quer alimentar
o aliado amor ao alcance da abundância!

Enquanto ébrio, o efêmero emprisiona
o ermo, qu'envolve, no engano do seu embate.
No empenho de emolir, sem emperrar o empate,
emolda o embuste com emoção sem embroma.

Seu ideal impõe a importante ilusão
que já implanta, sua impotente inveja
qu'é inumada, de imediato, sem invenção.

Opta por oscular o oportuno otimismo,
ocorre que o seu oponente, objeta
obliterar o ocluso no seu utopismo!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Janela Poética - QUERIDA


QUERIDA - Glauco César


Providência dada pelo Céu,
abrigo de sonho e de amor
que surpreende e faz-me o favor
de chutar todas as tristezas ao léu!

Devolve-me o prazer de viver,
de amar, de chorar e de sorrir.
Nunca, jamais quero lhe ver partir,
pois, assim, preferiria morrer!

Não minto, se morro é do prazer
que faz lembrar e até transformar
o amor, que germina faz reviver

em mim, aquele ser apaixonado
que nunca se cansa de afirmar:
Sou feliz, só por ser teu namorado!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Janela Poética - CONGRATULAÇÕES


CONGRATULAÇÕES - Glauco César

Viva feliz nessa nova idade,
pois, essa época é bem faceira,
a vida é fútil e mui passageira!
Não perca a sua felicidade!

Segure-a bem junto ao seu peito
e entrelace-a com emoção,
cole e pregue-a ao coração,
para a vida ficar sem defeito.

Com graça, estima ou sem mais nada,
Mostre-se grata, pelos dias seus!
Deus fez você uma apaixonada!

O amor trará muitas recordações,
todas providenciadas por Deus,
juntas com minhas congratulações!

domingo, 15 de julho de 2012

Janela Poética - CERTEZA


CERTEZA - Glauco César
 
Se aflita, olhares ao teu redor
e sentires sozinha na multidão,
abandonada, despercebida e não
esperares da vida o seu melhor!

Se, pois, só desejares ter ao teu lado;
respeito e compreensão de alguém
que sofre as mágoas, mas afeto, tem!
E se tudo isto já te foi negado?!. . .

Não desanimes! Foge da melania
pois, eu posso ser o teu contentamento,
e tenho certeza, disso tu sabias!. . .

O que tenho pra ti, não causa pavor;
brota do íntimo, um estreitamento
de afeto! É a pura expressão do amor!

sábado, 14 de julho de 2012

Janela Poética - O ADEUS

O ADEUS - Glauco César
A noite dorme, a esperança cochila,
pesam-lhes as pálpebras, pois o sono furtou
a certeza, feita no sonho que pensou
permanecer consigo por toda sua vida!

Os mesmos olhos serenam, regam meu rosto
crespo e marcado pela desilusão!
As algemas?!. . . Nunca jamais funcionarão. . .
A corrente enferrujou-se de desgosto!

Sem gosto, sem vida, sem amor. . . E sem nada!
O coração machucado. . .  não resistiu!
Correu, partiu, adeus. Não?! Que é de minha amada?!

Sufocado lhe roubam a respiração!
Tudo se foi, voou, evolou-se, fugiu!
Diluiu-se no ar?!. . . Padece a ilusão!