Janela Poética - LAMENTO E REVOLTA DA NATUREZA

LAMENTO E REVOLTA DA NATUREZA

                                                  Educador Glauco César

ABIURANA vermelha,

ACAPURANA do mato,

ANDIROBAJARUBA,

ARARACANGA amarela.

Avermelhou CARIPIZEIRO

e a mata tornou-se

CINZEIRO ESCURO.

E o rio?

Fugiu pro mar,

procurou se afogar

pra não ver

a mata morrer

e queimar.

O vento correu,

o nativo fugiu,

a mata morreu

e a vida sumiu.

O sol rachou a terra

que lambeu as águas do rio.

O homem abandonou a gleba

e desesperado fugiu.

A mata inteira queimou,

a natureza se revoltou.

Ficou o lamento da mata,

o homem se arredou.

Fugiu.

Pra onde?

Pra quê?

Quer um lugar pra viver. . .

Pra matar. . .

Destruir. . .

Acabar. . .

Desfazer. . .

Arredar.

Só não sabe construir. . .

Refazer. . .

Transformar. . .

Arrumar. . .

Melhorar. . .

Melhorar pra quê?

Pra ver o lamento da mata,

a tristeza do ar,

convulsão desta terra,

abandono do mar,

a secura das águas,

desta terra a pobreza,

a revolta da natureza,

que não consegue se renovar?

GORABARANA vermelha,

JACAMIRANA amarela,

UCUUBARANA escura,

UMARIRANA avermelhada

pretificou PRACUUBA PRETA

e o GUAJARÁ-PIMENTA

ficou amarelo queimado.

E o rio?

Fugiu pro mar,

procurou se afogar

pra não ver

a mata morrer

e queimar!...

Janela Poética - ENCONTRO DAS ÁGUAS

ENCONTRO DAS ÁGUAS

Melodia e Letra: Educador Glauco César

O barco zingando no rio

as ondas tranquilas a rolar

leva-me ao “Encontro das Águas”

serenas do rio que parece um mar.

Biribá, tucumã, taperebá, picuí,

caboclo que bebe das águas

serenas, tranquilas,

jamais sai daqui.

Beba guaraná, coma buriti,
sinta o sabor do açaí.

Mirantã, com araçá,

Pacu, bodó com tacacá.

Caboclo sentado no barco,

olhando o sol declinar,

pescando e comendo dos frutos

bonitos e gostosos pra se alimentar.

Tucunaré, jaraqui,

cupuaçu, tambaqui,

caboclo que come dos frutos

da terra e da água jamais sai daqui.

Janela Filosófica - O UNIVERSO

O UNIVERSO
                                                                  Educador: Glauco César

Seria Deus, o grande poeta do Cosmo, tendo uma imaginação inspirada em Si mesmo?

Teria, o Escritor da grande Expansão, um devaneio no seu caráter idealista?

Sua escrita, grafada com as luzes da escuridão do abismo, pontilhada de lampejos flamejantes dos astros celestes, não seria uma quimera do grande Deus, decifrando o Seu ego?

O Universo, esse monstro fabuloso, com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão, não seria uma fantasia do próprio Pai da Eternidade, produto da imaginação Divina?

A cabeça de leão poderia ser emblema do Filho de Deus, o Leão da tribo de Judá?

Seria difícil identificar o copo de cabra, como uma representação vívida do Filho do Homem, como o Cordeiro de Deus?

Por que não imaginar o absurdo? Divisando, na cauda de dragão, um simbolismo do poder antagônico, daquele que batalha contra a Força Criativa, ou seja, o Dragão, a antiga serpente, o próprio inimigo, identificado como o Diabo, Satanás!?...

Sendo assim, seria isso, uma utopia de uma mente minúscula, que não entende a plenitude do universo? Não sei.

Contudo, sem fantasia, descubro que o Universo é a única poesia que rima com todas as possibilidades e, reúne todas as capacidades do Arquiteto Universal.

O Universo é, portanto, o único exemplo que concorda plenamente com Deus, pois, tem a extensão dEle... Eternidade.

Janela Poética - CÍCERA MARIA

CÍCERA MARIA

                                                   Educador Glauco César

Cícera Maria,

mulher q’eu nem sabia,

é feita de alegria,

é quem me faz sonhar!

Cícera Maria,

és linda melodia,

enche a vida de harmonia,

com teus filhos, faz meu lar!

Quero ter você

sempre a cada dia,

aceita esta oferenda

deste teu credor.

Fica ao meu lado,

põe-me em tua agenda,

receba meu amor,
Cícera Maria!

Janela Poética - CONTENTE!

CONTENTE!

                           Glauco César

Estou feliz,

amo minha vida,

esta vida ama você.

Por que?

Quero dar

a felicidade

para alguém

eu quero amar,

já sei!

Sinta a alegria

que eu sinto,

estou feliz e já não minto

pois, agora sei viver,

viver!

Encontrei

pra vida a beleza,

digo agora com certeza,

amo muito você

vem ver!

Sou feliz,

já encontrei na vida

a razão para viver,

contente!