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terça-feira, 30 de agosto de 2016

IDE - O Mar de Cristal e as Quatro Criaturas Viventes!


O MAR DE CRISTAL E AS QUATRO CRIATURAS VIVENTES! 

Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que, uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento.




             Que descrição tão inusitada! Muito se tem falado sobre o mar de vidro. No entanto, a rigor, esta exposição circunstanciada feita pela palavra escrita, refletindo o pensamento do Revelador, é provável, não ser, necessariamente, uma alusão convicta, a um mar e, nem muito menos a vidro ou cristal!
                Se não é um mar de cristal, então, deve ter embutido outro significado, sendo, portanto, uma linguagem metafórica, como, igualmente simbólica é o restante do enunciado desses versos.
                O certo, é que a maneira como foi narrada essa cena, pinta-se um quadro digno de uma pessoa que se dedica às belas artes, no entanto, revela o sentimento de gênio talentoso, conhecedor das necessidades humanas, reveladas por Deus.
        Portanto, o complexo da obra, em sua totalidade, arremete, de forma arrojada, como sendo de lavor primoroso e original!
           Diante dessa visão tão surpreendente, quanto bela, nada mais a fazer, senão que conhecer os versos que serão decifrados no decorrer dessa análise! "Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás. O primeiro ser vivente é semelhante ao leão, o segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está voando. E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir." Apocalipse 4: 6 - 8. 

MAR DE CRISTAL

           Essa descrição do mar de vidro semelhante a cristal, me arremete, em lembrança, para uma cena que presenciei, algumas vezes, juntamente com meu pai, minha mãe e alguns irmãos, época em que veraneávamos na casa de meus tios, João Crisóstomos e Carmem, na Ilha de Itamaracá.
          Lembro-me perfeitamente, apesar de que na época eu tinha pouco tempo de vida, contando entre oito ou dez anos de idade. Mamãe motivava-nos a ver o sol em duplicidade ao nascer sobre o mar.
          Assim íamos, para a beira da praia, com o céu ainda escuro, e aos poucos ia se tingindo duma vermelhidão nas nuvens dando início a aurora, formando um lindo arrebol.
         O que ficou gravado em minha lembrança era que antes de se ver o círculo solar, no horizonte surgia uma grande claridade, que se refletia na lâmina da água, dando a impressão de um espelho, ou, a sensação de um grande mar de cristal de gelo que, em meu entendimento infantil, suportaria se caminhar sobre essa maravilhosa visão!
           A mesma cena vivenciada por João, também teve o profeta Daniel, no entanto, foi descrita, não como um mar de vido, mas, como um rio de fogo! "Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de dias se assentou... Um rio de fogo manava e saía de diante dEle..." Daniel 7: 9 e 10.
           O vocábulo grego utilizado por João para descrever o mar de vidro, foi krustallos, que era um mineral transparente, incolor, semelhante ao gelo.
          Na verdade, o vidente de Patmos, naquela visão, viu uma vasta extensão cintilante, refletindo gloriosamente o brilho vermelho e verde que rodeava o trono, que emanava dAquele que estava assentado na cadeira da Divindade, no caso, Deus o Pai.
              Ao tomar conhecimento dessas informações, conclui-se que esse mar de vidro semelhante a cristal é, certamente, "o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro(Apocalipse 22: 1), rio emblemático das beatitudes que a Divindade quer doar a cada pecador arrependido e perdoado que aceitou as oferendas do Onipotente!
            Sendo assim, tanto o mar de cristal quanto o rio da vida e também a árvore da vida, são emblemas de Cristo, a fonte da água da vida e o pão que desceu do céu. Em Jesus reside o esconderijo do poder de Deus para curar o pecador das mazelas do pecado.
             É por isso que durante a eternidade a criatura humana não praticará maldade, pois, contemplará a face de Deus que reinará pelos séculos dos séculos, através do Senhor Jesus, que será, de fato, Rei dos reis e Senhor dos senhores!

  OS QUATRO ANIMAIS RACIONAIS OU SERES HUMANOS VIVENTES

          Dentre os estudiosos do livro da Revelação, alguns analistas defendem que esses quatro animais seja uma alusão aos quatro aspectos de Cristo Jesus, conforme descrito nos quatro Evangelhos.
               Tomando por correta essa interpretação, na verdade, essas criaturas viventes, seria uma figuração de uma única pessoa, qual seja; o Soberano dos reis da terra, Jesus Cristo, numa visão explorada e relatada por cada um dos quatro apóstolos, Mateus, Marcos, Lucas e João.
           Mateus identifica o Rei dos reis e Senhor dos Senhores, descrevendo o caráter Real de Cristo, dando ênfase como Rei no Seu reino, simbolizando Sua coragem no empenho pela justiça e pelo juízo investigativo! 
            Daí caber a figuração do Leão, sendo, identificado como o Leão da tribo de Judá! Como leão, Jesus representa a pia qualidade da justiça corajosa. "Justiça e direito são o fundamento do Teu trono; graça e verdade te precedem." Salmos 89: 14.
             Por sua vez, Marcos aponta para o Cordeiro de Deus, como um novilho ou bezerro, identificando Cristo como um serviçal ao dispor da humanidade.
             Nesse caso, representaria a força e a energia dinâmica. "Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pela força do boi há abundância de colheitas." Provérbios 14: 4.
     O médico Lucas, aponta para Cristo numa visão humanística, daí o animal ter o rosto com semelhança humana e Jesus, como Filho do homem, representando o amor Divino,
             Sendo Cristo, o único ser terrestre híbrido, tendo uma natureza Divina e outra humana, possuindo, integralmente, a qualidade superlativa do Amor. "E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós, Deus é amor, e aquele que permanece no Amor permanece em Deus, e Deus, nele." I João 4: 16.
         O discípulo amado, João, destaca a deidade de Cristo como a Palavra Eterna, e, sendo, Ele próprio o Criador.
            A águia é uma ave conhecida pela sua capacidade visual e de alçar com rapidez as alturas!
             Essa ave é símbolo da sabedoria previdente e, seus olhos representam a largueza de visão.  Essas duas características encontramos em Jesus. "Porque o Senhor dá a sabedoria, e da Sua boca vem a inteligência e o conhecimento." Provérbios 2: 6. "A águia faz alto o seu ninho... Dali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe." Jó 39: 27 e 29.
               Nessa figuração os quatro animais são símbolos, primeiramente, da força e poder de Cristo, sendo retratado como o Leão da tribo de Judá.
           A figuração do novilho ressalta a lealdade perseverante e o espírito de sacrifício nutrido por Cristo, em relação à humanidade! "O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o Meu povo não entende," Isaías 1: 3.
                  Já o animal com rosto de homem seria emblema da inteligência de Cristo ao qualificar a criatura humana com o livre arbítrio.
                 A águia quando está voando, seria uma figuração da impetuosidade e rapidez que o tempo exige, para a divulgação dos reclamos de Cristo para alcançar a humanidade pecadora!
               Essa interpretação além de bela e racionalmente aceitável, não pode ser entendida como correta, pois, se são as funções que Cristo desempenha na Corte celestial, são, por isso mesmo, figuração do próprio Cordeiro, Filho de Deus, Jesus Cristo, nossa Salvação.   
             Justamente aí reside a fragilidade dessa compreensão, pois, no capítulo cinco ressalta que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, foi reverenciado por cada um dos quatro animais racionais, provando sua existência, daí prostrar-se em adoração, diante do Cordeiro!
           Outros comentadores concluem que essas criaturas viventes sejam querubins, pois, na arca do conserto, aparecem dois querubins sobre o propiciatório. 
        É certo que esta visão também está recheada de racionalidade interpretativa, no entanto, a mim, me parece um entendimento ainda carente dum terreno mais sólido e menos arenoso!

       Tenho um entendimento que a mim me parece convincente. Esses quatro animais, são seres humanos supervisionados por Deus, pois, mantém estreita ligação com o Trono da Divindade, ao tempo que mantém uma relação de humanidade com os problemas da terra.
            Não foi à toa que o Onipotente escolheu em minúcia essas quatro Criaturas humanas, pois, elas estão mais intimamente relacionadas com o Trono que os próprios vinte e quatro anciões, pois, estão no meio e em volta dele. (Apocalipse 4: 6)
              Essas criaturas humanas, em seu cântico ao Cordeiro, dão-Lhe louvor, justamente por tê-los remido da terra, não, necessariamente, que essa remissão tenha se realizado na ascensão de Cristo. "Quando Ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens." Efésios 4: 8.
               Pertencem, consequentemente, em parte, ao mesmo grupo e, representam uma parte daqueles que foram retirados do cativeiro do pecado e da morte, sendo conduzidos para o Alto, recebendo ali, atribuições no juízo investigativo, que, quando ali chegaram já estava em andamento, uma vez que o juízo investigativo entrou em pauta desde o advento do pecado!
      Portanto, essas criaturas humanas devem ser identificadas e, justificadas suas presenças naquele juízo, esclarecendo à humanidade a motivação divina para tal.
             A primeira inquietação é saber quando esses humanos subiram ao céu e, se foi em sua totalidade participar desse juízo num mesmo instante? Essas são inquietações que serão esclarecidas no decorrer desse trabalho!
          Comecemos, então, a identificar quem são essas pessoas, uma por uma, ao tempo em que veremos quando cada uma delas subiu aos céus e, como ali chegaram.
           O livro do Apocalipse descreve o primeiro animal racional tendo a aparência figurativa de um leão. 
               O primeiro ser humano a ser requisitado por Deus para compor o juízo investigativo, foi uma pessoa que pudesse entender em sua plenitude as dificuldades dos primeiros habitantes da terra, foi, portanto, um dos netos de Adão e, por mais paradoxal que possa parecer, essa pessoa era filha do primeiro homicida que foi Caim, que por sua vez era filho do primeiro casal, pois bem, Caim assassinou seu próprio irmão Abel.
                 Foi, justamente, Enoque o escolhido pela Divindade para ser o primeiro humano a ir ao Céu após a queda da humanidade. Essa escolha não foi feita de forma abrupta, uma vez que Enoque alcançou testemunho de que agradara Deus, por isso, foi trasladado vivo.
          Enoque é figura, portanto, das pessoas que não passarão pelo dessabor da morte, todavia, alcançarão a vida eterna, pois, serão arrebatadas! "Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus." Hebreus 11: 5. "Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor." I Tessalonicenses 4: 17.
           Como vimos, Enoque andou com Deus e o Onipotente tomou para Si, traladando-0. "Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para Si." Gênesis 5: 24.
             Enoque é, portanto, a pessoa representada como tendo a aparência de um leão, símbolo da força, nesse caso de Enoque, denota que ele teve a força de afeição nutrindo uma relação de amizade e companheirismo vivencial com Deus, por isso foi requisitado para fazer parte do juízo investigativo!
           Ao escolher Enoque, o filho do primeiro homicida que foi Caim, o Onipotente atesta através de Sua Onisciência que não importa quem foi nosso ancestral, pois, cada criatura pode ser escolhida para desempenhar uma importante missão, tudo depende da escolha que se faz.

             Num segundo instante, quando o povo criado para enaltecer o Deus Soberano, paulatinamente, foi se distanciando do caminho do bem, como consequência, se tornou escravo do pecado e da nação egípcia.
                Esse povo necessitava de alguém que tivesse passado pelo desfavor da escravidão para defendê-lo no juízo celestial, pessoa que compreendesse suas necessidades e provações.
            Para representar as criaturas daquele período e de épocas similares, o Onipotente resgatou da terra alguém que tivesse a predisposição de servi-LO, semelhante a um novilho, Deus, então, traz à tona o segundo ser humano, Moisés.                 
               Moisés foi uma pessoa tão especial para o Divino que quando deixou de existir, Deus mesmo o sepultou. "Assim, morreu ali Moisés, servo do SENHOR, na terra de Moabe, segundo a palavra do SENHOR. Este o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura." Deuteronômio 34: 5 e 6.
             Não foi à toa que o Onipotente Criador, após a morte de Moisés devolveu-lhe a animação de vida, tinha um propósito, ele deveria ser um representante da humanidade, logicamente, supervisionado por Deus Pai, pois, caminhara com o Divino no deserto, conduzindo o povo para Canaã.
           Todavia, Moisés não teve o privilégio de alcançar a terra prometida, Deus, então, escolheu Moisés para viver Consigo, para que, junto à Divindade, continuasse sendo um auxiliador no propósito de conduzir os humanos à Canaã celestial!
                 Se Moisés, na terra, foi um grande serviçal, a partir de então, se tornou, no céu, como membro do juízo investigativo, um ajudador do Cordeiro de Deus, na obra de bem servi-LO!
                Talvez esteja transitando na mente do leitor atento, a seguinte inquietação; por qual motivo Deus escolheria uma pessoa com antecedentes tão duvidosos?
                 Não resta dúvida que a escolha de Moisés, por Deus, na visão humana, tenha sido bastante descabida, senão, vejamos: Moisés, não foi descendente de homicida, mas, ele próprio era um assassino; "Naqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos e viu... que certo egípcio espancava um hebreu... e vendo que não havia ali ninguém. matou o egípcio, e o escondeu na areia." Êxodo 2: 11 e 12.
           Essa segunda Criatura resgatada por Deus para auxiliá-LO no tribunal Divino durante o juízo investigativo, além de ter nascido em escravidão, após a atitude inusitada e homicida, Moisés se refugia em Midiã, tentando fugir da consequência de sua irresponsabilidade!
          Apesar de sua iniciativa de fugir dos humanos, dos egípcios e, principalmente de Deus, ele foi encontrado pela Divindade Restauradora, que fala com Moisés através de uma sarça que ardia em fogo, mas, não se consumia. 
               A partir de então, Moisés travou um relacionamento salvífico e vivificante com Deus, tão íntimo, que o Pai Eterno o capacita para conduzir Seu povo escravizado para a libertação e, herdar a terra prometida que mana leite e mel.
            O desempenho de Moisés foi tão eficiente que o Criador do Universo deixou patenteado a seguinte declaração: "Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face." Deuteronômio 34: 10.
          Cristo Jesus demonstrando essa proximidade relacional, no monte da transfiguração, em glória desvelada, aparece a figura impoluta de Moisés. "E (Cristo) foi transfigurado diante deles; o Seu rosto resplandecia como o Sol, e as Suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ele." Mateus 17: 2 e 3.          
            Inequivocamente, Deus concedeu poderes para Moisés, tanto na terra do Egito, quanto, após sua ressurreição, quando Deus compra para Si mesmo, habilitando-o para servir no juízo investigativo.
               O novilho identificado como sendo Moisés, é símbolo de serviçal, lealdade, espírito de sacrifício e perseverança, qualidades fáceis de ser identificadas no viver de Moisés! "Pela fé, ele (Moisés) abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê Aquele que é invisível." Hebreus 11: 27.
             A ressurreição de Moisés e sua ida para o céu, é simbólica dos humanos que morreram e necessitarão da ressurreição para herdar a vida eterna.
                Moisés é, portanto, uma vívida figura de persistência e perseverança em levar avante os requisitos do dever, para herdar a eternidade!
                São dessas características que cada ser humano deve possuir, se quiser passar sobranceiro sobre esse período de justificação, no qual estamos vivenciando, o juízo investigativo!

          O terceiro ser humano subtraído da terra, comprado por Deus, dentre os pecadores para povoar o céu e usufruir da confiança de Cristo, foi o profeta Elias.
             A aparência vivencial de Elias foi tão sublime que se confunde em figuração com a do Príncipe dos príncipes, se fundindo com o próprio Cristo, por isso mesmo, esteve com Jesus no monte da transfiguração.
            Este é o humano que sempre usou a força da razão, por isso, Deus de forma racional, o arrebatou no redemoinho, assemelhado a um carro de fogo, tomando-o para Si. "Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho." II Reis 2: 11.
       A Criatura vivente com feições humanas, é uma inconteste figuração do amor divino, pois, representa o único ser terrestre criado à imagem e semelhança de Deus, por isso mesmo, adquiriu a qualidade superlativa do amor de Deus. "Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor." I João 4: 8.
            Por isso, Elias, o terceiro ser humano comprado por Deus dentre os mortais é ilustração da racionalização e compreensão da divina vontade do Onipotente! Não foi, pois, sem motivo, que o Imortal o escolheu para ser uma das quatro criaturas viventes.  
           Sintetizando, poder-se-ia concluir que o ser vivente com feições humanas é uma figuração da inteligência que cada indivíduo tem, associada à sua capacidade de escolha, conhecida como livre arbítrio!
             Por motivos semelhantes a este, no juízo investigativo, todo ser que queira herdar a vida eterna, terá que fazer uso da racionalidade, cultuando, a Divindade, com total compreensão, usando uma perfeita prática de vida, se deduzindo pela razão!

            O quarto ser humano que sensibilizou o Onisciente Pai, foi o mais messiânico dos profetas, Isaías.
          Em vida, ele nutriu uma intimidade relacional com a Divindade, a ponto da sua vida se assemelhar com a do Divino Filho de Deus, Cristo Jesus!
              Isaías, aqui na terra, ainda com animação de vida, fazia sempre o bem, praticava sempre o que era reto, ajudava os oprimidos, desenvolvia a justiça aos órfãos, cuidava das causas das viúvas. "Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito dos órfãos, pleiteai a causa das viúvas." Isaías 1: 17.
          Por isso, Cristo quando ressuscitou, orvalhou os ossos secos de Isaías, devolvendo-lhe a animação de vida. "Os teus mortos viverão, como também o meu corpo morto viverá, e assim ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o Teu orvalhoó Deus, será como o orvalho de vida, e a terra dará à luz os seus mortos." Isaías 26: 19 (grifo nosso).           
          Dentre os humanos ressuscitados quando Deus o Pai, devolveu a vida ao Filho Jesus Cristo, somente uma pessoa foi revelada como tendo recebido de Deus a animação de vida. 
          Essa pessoa foi o profeta Isaías, basta ficar atento ao enunciado de Isaías quando afirmou que o cadáver dele, no caso, de Isaías, reviveria!
              A motivação da ressurreição de Isaías, foi para que ele recebesse as credenciais de auxiliador do Rei do Universo, durante o juízo investigativo!
         Após a ressurreição de Cristo, o profeta Isaías, bem como as demais criaturas que ressurgiram juntamente com ele, passaram quarenta dias peregrinando na terra como troféu que comprovava a Divindade de Cristo.
          Foi, justamente, nesse intervalo de tempo que Isaías confirmou sua amizade com Cristo, para em seguida fazer parte da comitiva de humanos que Jesus conduziu para os céus; honrando-o, de tal maneira, que o colocou como o quarto ser humano que auxiliaria a pessoa do Salvador, Cristo Jesus, no juízo investigativo!
           Sendo assim, Isaías, figura da águia voando, representa a impetuosidade e rapidez em obedecer aos ditames da Divindade, para, desta maneira, herdar a vida eterna.
           Esta deve ser a postura de cada humano, se quiser obter a recompensa eternal!
                Assim, conhecemos as características individuais dos quatro seres viventes!
          Essas quatro criaturas humanas, estão diretamente envolvidas nas questões terrestres. Durante o juízo investigativo Cristo recebe do Onipotente Pai as diretrizes, que juntamente com o Espírito Santo transmite aos quatro animais racionais, que ministram em serviço aos humanos, levando para estes a compreensão da postura que cada pessoa deve ter para herdar a eternidade!


   CARACTERÍSTICAS COMUNS ÀS QUATRO CRIATURAS HUMANAS



          Toda pessoa tem ciência que os humanos não possuem asas, nem há evidência que os anjos tenham asas, pois, conforme o relato bíblico, quando eles visitavam os humanos o escritor jamais fez alusão a asas.
          Para confirmar essa afirmativa, basta procurar relatos na Bíblia, da visitação desses seres angelicais, onde, na descrição, em nenhum caso, faz alusão a seres alados.
            Para não tomar muito espaço, nem desperdiçar tempo, basta relembrar o fato de Hagar, serva de Sarai, quando teve um encontro com um ser angelical, esse ser foi descrito como uma criatura semelhante aos humanos, sem asas. Da mesma forma aconteceu quando anjos visitaram Ló, quando da destruição de Sodoma e Gomorra e, em muitas outras aparições.
         Faça, amigo leitor, uma pesquisa nas Escrituras e comprove este fato.  
           Obviamente, quando o escritor usa uma linguagem simbólica, aí sim, aparece a figura de asas. Portanto, nessas asas estão embutidas mensagens que devem ser decifradas.
               O livro da revelação descreve que os quatro animais racionais tinham, cada um deles, três pares de asas, ou seja, seis asas. Quais lições podemos extrair dessas asas?
                Essas asas, dão a entender que as quatro criaturas humanas, quando em serviço ao Trono, cada uma delas, executam suas tarefas, com a devida rapidez que sua função requer.
            O normal num ser alado é somente um par de asas, mas, nesse caso, cada animal racional, tem três pares de asas, o que sugere que a velocidade de suas ações, vai além da capacidade humana, mas, torna-se possível, pois, esses quatro humanos, foram fortificados pela força revitalizadora da Divindade!
                
           Simbolicamente essas quatro pessoas, resgatadas por Deus, para compor como assistentes no juízo investigativo, são descritas como tendo olhos por diante e por detrás, ao redor e por dentro.
           Esses olhos são figurativos, refletem a inteligência e incessante vigilância dos quatro seres humanos, comprados por Cristo para auxiliarem no juízo investigativo.
           É interessante perceber que o olhar dos quatro animais, cobrem visualmente, os trezentos e sessenta graus, ou seja, alcança toda redondeza da terra, demonstrando que eles estão atentos para atender a todo humano, daí, o olhar por diante, por detrás e ao redor.
           Certamente que esses animais são agradecidos à Divindade por tê-los escolhidos como auxiliares de Cristo, no tribunal Divino, no entanto, um fato que chama a atenção, é o olhar deles 'para dentro' de si mesmos.
            Esse olhar, é prova de que quando em exercício como auxiliadores, eles fazem uma reflexão das necessidades dos humanos, levando em consideração suas experiências, quando ainda militavam aqui nessa terra malsinada pelo pecado. Daí usarem de extrema destreza em levar cada caso, com a maior rapidez possível ao tribunal celestial!

          É por isso que se diz que essas quatro criaturas humanas não têm descanso, nem de dia, nem de noite, pois, desde que foram conduzidas a participar do tribunal divino, continuamente, eles se esmeram em atender aos humanos, enquanto tributam adoração ao grande Deus Criador.   
                  Apesar de que as quatro criaturas viventes sejam humanas, todavia, já estão glorificadas e, como tal, já não se fadigam, por isso mesmo, estão disponíveis ao Divino Mestre, ininterruptamente, pois, estão à disposição "dAquele que guarda Israel, não dormita nem dorme," Salmos 121: 4.
             Assim, se percebe que; o poder divino que sustenta o Universo nunca descansa, nem àqueles que estão ao Seu serviço, principalmente, nesse momento probante da história do pecado, conhecido como juízo investigativo.

           Não é sem motivo que as quatro criaturas humanas enaltecem Àquele que está assentado no trono, no caso, a Deus o Pai, a fonte de toda força e poder, diuturnamente; uma vez que Ele é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, daí ser justo o reconhecimento da Santidade do Pai, justificando ser Ele, a pessoa descrita como Aquele que é, que era, e que há de vir.
          Essa é uma expressão que significa completa eternidade, passada e futura, que é aplicável, neste verso, só a Deus Pai, não podendo ser uma alusão a Cristo, pois, Jesus, por um instante, deixou de existir, perdendo três dias de Sua eternidade.
             Desta maneira, este título não pode ser aplicado ao Filho de Deus, pois, o mesmo, por um instante deixou de ser, ou seja, perdeu três dias de Sua existência, ao permanecer inerte, sepultado, sem vida, no túmulo novo de José de Arimatéia, daí não caber a Jesus Cristo, o termo, Aquele que é e que era, por Ele não ter completa eternidade, pois, faltam-Lhe três dias, nos quais, Cristo passou em absoluto silêncio, na escuridão da morte!
            Sendo assim, Aquele que é que era e que há de vir, é uma inconteste alusão ao Todo-Poderoso, Deus o Pai que, com toda propriedade, assegura a todos que haverá de vir corporalmente, quando Cristo voltar, também de forma corpórea, juntamente com milhares de milhões, miríades de miríades de seres luminosos, anjos, arcanjos, querubins e guardiões! 
          Amigo leitor, as quatro criaturas humanas foram escolhidas por Deus, pelo desempenho deles, enquanto em vida, aqui na terra, por isso, Deus os escolheu. "Não fostes vós que escolhestes a mim, pelo contrário, Eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda." João 15: 16. 
            No juízo investigativo as quatro criaturas conduz as petições dos humanos para apreciação de Deus, para que a humanidade, pelo seu próprio desempenho, venha usufruir a vida eterna, que nada mais é que a reconciliação do humano com Deus, ou, a aceitação da reconciliação de Deus, que é a salvação na pessoa de Cristo, que produz a eternidade para o humano!

3 comentários:

  1. Comentário colhido no face, de minha amiga Iracema Miranda!

    Iracema Miranda Gomes - Caro amigo, essa é uma leitura bastante complexa. Penso que se traduz muito mais como um fato simbólico, riquíssimo em significados, do que um mero fato objetivo, que se poderia esgotar com uma simples reflexão. A Palavra de Deus é mesmo uma fonte inesgotável de conhecimento! Abraço.

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  2. Amiga Iracema, concordo contigo ao referir que a leitura deste meu texto é por demais complexa, contudo, é compreensível, pois, os três versos que foram analisados, são recheados de figurações, com muitos elementos e partes que foram analisados.
    Como sempre faço nos meus textos, costumo observar cada pormenor sob diversos aspectos, para fornecer aos meus leitores, a possibilidade de escolha e, ate mesmo, que eles possam expressar a opinião deles, concordando ou discordando do ponto de vista por mim defendido!
    Todavia, não creio que a complexidade do texto, seja sinônimo de confuso, nem mesmo complicado, como não é complicada a linguagem apocalíptica, pois, basta seguir o conselho de Jesus; 'examinai as escrituras'!
    Creio mesmo que a opinião por mim emitida, não seja conclusiva, nem se esgotará, uma vez que, sempre ventilo sobre temas eternais e, como tal, sua aplicação e entendimento é sempre inesgotável!
    Costumo sempre afirmar em sala de aula, que não havendo discordância, não haverá aprendizagem!
    O objetivo dos meus escritos é ressaltar meu entendimento, ponto de vista no qual creio, seja veiculado para a apreciação dos meus leitores, contudo, tenho ciência que não sou dono da verdade!
    Portanto, amiga, gostaria de sempre continuar contando contigo, pois, tua visão reflexiva só enaltece esse blog, abrindo outros entendimentos, facultando a mim e aos demais leitores, uma reflexão com maior embasamento!
    Agradeço-te pelo teu sincero comentário, que Deus continue te iluminando!
    Abraços!

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  3. O MAR DE CRISTAL E AS QUATRO CRIATURAS VIVENTES!

    Clauco boa noite, em um tópico futuro seria possível, desmistificar ou detalhar melhor a questão do juízo investigativo associado as criaturas, pois o desenrolar da identidade das criaturas realmente tem uma associação lógica e possível, utilizando as escrituras, pra min
    só faltou este detalhe, mesmo sabendo que é muito ruim de associar este ultimo parágrafo.

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