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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

IDE - Expiação e a Iniciativa Divina - (Conclusão)



EXPIAÇÃO E A INICIATIVA DIVINA – (Conclusão)
Educador Glauco César

Para alguns pesquisadores é praticamente impossível compreender, de forma racional, sem se fazer uso de uma grande dosagem de fé, como foi possível Cristo ter morrido num mesmo evento, em quatro tempos cronológicos distintos!
Contudo, a Palavra de Deus, é realmente, Sua revelação!
Jesus, então, através de Sua Palavra, torna entendível, qualquer enunciado ambíguo ou velado, isto porque Ele é a descoberta reveladora da Divindade!
A parte crucial do mistério da expiação é justamente entender, racionalmente, o fato da múltipla morte de Cristo ser realmente, um único fato! Esse é o enigma a ser revelado!
Até então, muitos de nós, não tínhamos tal conhecimento e vivíamos no erro, justamente por não ter intimidade com as Escrituras, portanto, não conhecíamos as possibilidades do Grande Eu Sou.
Estávamos enquadrados na mesma condição dos saduceus, aos quais, noutra oportunidade, o Filho do homem, Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. Mateus 22: 29
É claro, que nenhuma pessoa deseja incorrer no mesmo erro dos saduceus! Por isso devemos recorrer às Escrituras, por conseguinte, ela nos esclarecerá e nos mostrará o grandioso poder de Deus!
Todavia, fica uma inquietação em nossa mente! Será que Cristo precisou morrer quatro vezes?
Para avivar a nossa mente, relembremos quando aconteceram esses fatos. 1- Na plenitude dos tempos, a dois mil anos, no monte chamado Caveira. (Lucas 23: 46) 2- Na fundação do Mundo. (Apocalipse 13: 8) 3- Antes da Fundação do Mundo. (I Pedro 1: 20) 4- Desde os séculos eternos. (II Timóteo 1: 9) 
A resposta a este questionamento está vívida na nossa mente, e todos responderíamos: certamente que não, Cristo padeceu uma única vez para perdoar os pecados, tanto os praticados na Terra quanto os do Céu! Pedro revela essa garantia! “Porque, também, Cristo padeceu uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.”      I Pedro 3: 18
Essa única vez que Jesus morreu, foi, justamente, desde os séculos eternos, isto, para alcançar tanto as coisas da Terra quanto as dos Céus!
Se a morte de Cristo, ocorrida, desde os séculos eternos, não foi simbólica, cremos que só foi possível, mediante o poder de Deus, que está embutido no principal atributo da Divindade!
São três os principais atributos de Deus: Onipresença, Onipotência e Onisciência. Atributos encontrados, tão somente, na Divindade.
A Onipresença é também conhecida como Ubiquidade.
Portanto, Deus na pessoa do Pai, Filho e Espírito, é o único ser, em todo o universo, que é ubíquo.
Quais são as características de um ser ubíquo? A resposta a este questionamento é singular, mas, decisiva para o nosso aprendizado. O ser ubíquo está no mesmo instante em toda parte. Isto quer dizer que a Divindade, está no mesmo momento, em todas as células, moléculas, localidades, pessoas, indistintamente.
Além de que, o ubíquo, está também, ao mesmo tempo, em todo tempo. Isto quer dizer, que em Jesus, o Deus Criador, está contido, no mesmo instante, tanto o presente, quanto o passado e o futuro!
Fato este, que torna Deus atemporal, nEle só existe o tempo presente. O que para nós é passado e futuro, para a Divindade, é parte integrante, portanto, insubstituível, do presente!
De posse desta capacidade, inerente ao próprio Deus, que, a meu ver, é o principal poder do Divino, pois, permite estar, confortando e vivificado a todos, indistintamente, sem perca de tempo. “Porque, assim diz o alto e o sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.” Isaías 57: 17
Entendemos que para Deus, todo tempo, tanto o presente, como o passado e futuro, fazem parte do presente da Divindade.
Este entendimento faz convergir em Cristo, todo tempo, em um só tempo, no caso especifico em estudo, ao tempo do século eterno!
Para a humanidade, porém, que está limitada ao tempo e ao espaço, a morte de Cristo ocorreu na plenitude dos tempos, no Calvário!
Sendo assim, todas as pessoas envolvidas direta e indiretamente no sacrifício de Jesus, na plenitude dos tempos, Deus trouxe à existência, no século eterno, essas pessoas, então, crucificaram a Jesus, conforme encontramos no relato bíblico.
Se aprofundarmos um pouco mais, vamos perceber que todas as pessoas, tanto as que já morreram quanto as que estão vivas e as que ainda não nasceram, participaram como testemunhas daquele evento!
Todas essas pessoas, no século eterno, quando o episódio de fato ocorreu, para nós humanos, não existiam!
Todavia, para Deus que é ubíquo, tudo existe e converge em Cristo, pois, em Jesus existem todas as coisas, de todos os tempos, num só tempo, que é o presente de Deus! “Porque nEle habita, corporalmente, toda a plenitude da divindade.” Colossenses 2: 9 “E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele; E Ele é a cabeça do corpo da igreja, é o princípio e o primogênito de entre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasse.” Colossenses 1: 17 – 19
O que mais me chama a atenção nesse texto, é que ele refere-se a Jesus, como o princípio, ou seja, o Criador.
Trata também a Cristo como o primogênito de entre os mortos, não com o sentido de o melhor de entre os mortos, mas, definitivamente como, de fato, o primeiro a morrer!
Isso é simplesmente fenomenal!
É exatamente esse poder de Deus, que Paulo, reportando aos romanos, esclarece: “O Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem.” Romanos 4: 17
Agora podemos concluir nosso raciocínio com firmeza racional embasado na Revelação Divina!
Com base nesses versos, deduzimos que Cristo morreu em plenitude, justamente no tempo do século eterno, antes de haver criado qualquer coisa, chamando à existência os fatos, que para nós, os humanos, ainda não existiam, e para que pudéssemos compreender, foi manifestado, na cruz do Calvário, em nosso tempo, aproximadamente a dois mil anos. Fato este, que nos faz entender em plenitude a profundidade do amor de Deus!
Assim, podemos perceber que nós os humanos, estamos limitados ao espaço e ao tempo, mas, no caso da Divindade, só existe o tempo presente!
Tudo converge para o presente de Cristo! Esta foi a iniciativa divina para remir o pecado!
Que Deus nos abençoe, e abra o nosso entendimento para compreendermos a altura, largura e profundidade desse tão grande amor!

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