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domingo, 22 de julho de 2012

Janela Poética - DISPARATE

DISPARATE - Glauco César
 
Teu amor, em mim, é um agasalho!
Febre que queima, ardor, fogaréu
escravo dos teus caprichos, um réu
em tuas mãos, quente faísca d’alho!

Vulcão que o sentimento abrasa,
chama para cozer a fogo lento,
ferve a emoção ao sabor do vento,
inflama o calor e o amor arrasa!

Meu amor, em ti, é uma friagem!
Inverno, frio que provoca nevada!
Um bater de dentes, noutra viagem!

Se meu amor não te faz incendiar,
arrepia-me saber; não sou nada
em vida, resta-me só hibernar!

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