A BUSCA - Glauco César
Procura prender no teu peito o amor, como um detento,
tendo no exílio a liberdade coberta com um manto
que aconchega a alegria, transformando-a num só pranto,
irrigando toda a su'alma do mais nobre sentimento.
Não te acanhes d’orvalho íntimo, que rega a tua face,
e faze brotar do intrínseco o que é teu, a tua aurora,
agradece por gerar recompensa qu’é tua agora,
pois, se te apresares a quem amas!? E se te amasse? !
Premiaria sua própria vida, seria um mor presente.
Como um moribundo terias no derradeiro instante,
encarcerado o amor preso ao peito no tempo infinito.
Por certo, fugiria da mente, o desejo incontido
de ter achado o olhar sereno, deste que é um errante,
e ter encontrado, aquele que nunca esteve ausente.
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