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sábado, 25 de janeiro de 2014

IDE - Virtude, Não Suportar a Maldade

VIRTUDE – NÃO SUPORTAR A MALDADE
Educador Glauco César


NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.





E QUE NÃO PODES SUPORTAR HOMENS MAUS – Esta, talvez, tenha sido uma das mais importantes virtudes que os Efésios desenvolveram; não suportar homens maus. Qualidade esta, que fez com que Jesus elogiasse a ação da igreja nesse sentido.
             Para tornarmos desejável perante os olhos do Senhor, necessitamos, urgentemente, tomar uma postura de oposição, não aos falsos mestres, mas, sobretudo, às doutrinas inexatas que desencaminham as pessoas da rota que Deus propõe!
            Quando tal mestre tem firme convicção que aquilo que ele está divulgando é um embuste, então, é automaticamente identificado como falso mestre!
          Muitos mestres, nessa condição, estão perambulando em derredor da igreja, tentando atrair per si os que desejam manter uma experiência salvífica e vivificante com Cristo.
            Todavia, a igreja precisa estar atenta para fazer frente aos homens maus, que estão participando dentro do aprisco, ocupando posição de destaque, tendo acesso fácil para desencaminhar os membros na senda da fé.
        Urge, portanto, confirmar a falsidade das doutrinas apresentadas por tais pessoas! Façamos oposição aos ensinos errôneos dos falsos mestres. Temos de ser pacientes, mas, nunca, devemos suportar as doutrinas impostoras dos maus educadores.
      Agindo assim, com certeza, haverá prosperidade espiritual e numérica, na presente igreja, igualmente como houve na igreja apostólica.
             As Sagradas Escrituras relatam a presença de alguns homens maus, no período de Éfeso, inclusive, cita até seus nomes, para servir de exemplo, à igreja dos períodos subsequentes.
             Devemos também, semelhantes aos irmãos de Éfeso, desmistificar as doutrinas errôneas que estão transitando dentro da igreja, contudo, precisamos atrair tais mestres para a verdade e torna-los divulgadores do Princípio Eterno!
            Quando isso ocorrer, iremos presenciar, através da ação voluntariosa dessas pessoas transformadas, a ajuda em fazer discípulos para Cristo, ao invés de desencaminha-los!
            Todavia, ao fazermos tal profilaxia reflitamos o caráter amoroso de Cristo, induzindo-os à senda do bem. Só assim conseguiremos refrear o mal, bem como, conquistar tais mestres para as fileiras do Príncipe Emanuel.
            A igreja teve de enfrentar maus oponentes de fora dela, bem como, maus dentro de suas portas. Ananias e Safira foram os primeiros maus de dentro da igreja, que surgiram bem cedo e, por maquinarem a maldade, receberam não o castigo de Deus, mas, o salário do pecado, que é a morte, conforme relatado em Romanos 6: 23 que diz: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”.
              Assim, aprendemos que do Onipotente Pai só provém vida, e vida em abundância. Contudo, a prática do mal, desencadeia a perdição eterna.
         Alguns dos maus de dentro da igreja de Éfeso se tornaram conhecidos da irmandade, são eles: Himeneu e Alexandre, que foram rejeitados para evitar o naufrágio da fé de muitos. Confirme em I Timóteo 1: 20 que relata assim: “E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar”. Compare com II Timóteo 4: 14 e 15. “Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.”
                O próprio vidente de Patmos, o discípulo amado, faz referência a outra pessoa chamada de Diótrefes ao qual teve de enfrentar, está registrado no livro de III João 9 – 11, descreve desta maneira: “Tenho escrito à igreja, mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maldosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja. Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus.”
                   Inúmeros versículos mostram a luta que tiveram os cristãos da era apostólica a fim de impedir que fossem introduzidas doutrinas pagãs na igreja.
            A igreja de Éfeso, que representa o período apostólico, não pode suportar o mau exemplo desses homens, de dentro da igreja, pois estavam minando a verdade de Cristo, por isso, esses homens foram tachados de falsos apóstolos e falsificadores da Palavra. Confirme em II Coríntios 2: 17. Relata desta forma: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.”
               Alguns desses calouros do mal, e agentes do Inimigo, procuravam se apresentar como apóstolos de Cristo, no entanto, foram sumariamente advertidos. II Coríntios 11: 13 “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.”
       Essas pessoas com seus ensinamentos falsificados aproveitavam-se da inconstância infantil de alguns, que se deixam enganar por qualquer doutrina fútil, simplesmente por falta dum conhecimento mais aprofundado da vontade de Deus. Efésios 4: 14 “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”. Infelizmente, esse mal, ainda permanece infiltrado no seio da igreja da atualidade.
                Todos estes, e muitos outros mais foram, na verdade, instrumentos nas mãos do inimigo, com o único objetivo de transtornar o ambiente da igreja de Deus. Gálatas 1: 7. “Há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.”
                 Não podemos mais, suportar o mal, pois, se viermos a tolerar, pouco a pouco, nos adaptaríamos à maldade.
                Esta vil experiência, tem acontecido dentro da igreja de Cristo na atualidade.
                Ser bom é estar disposto a fazer a assepsia dentro da igreja, afastando os germes patogênicos da maldade de dentro do ser sem, contudo, ferir o pecador.
           Quando expulsamos o mal, daquele que peca, pela ação benevolente do amor, existe um aumento de qualidade no intelecto, que, automaticamente, devolve ao homem, o caráter aurífero de Deus; eleva ao Alto os nossos pensamentos, e burila a nossa vida numa vivência esplendorosa com o Onipotente.
             Querido leitor, você pode estar até se interrogando, como fazer a assepsia dentro da igreja, destruindo os germes da maldade sem, contudo, ferir o pecador?
             O próprio Paulo entregou os irmãos faltosos a Satanás, conforme registrado em I Timóteo 1: 20, que relata: “E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar”.
        Não lhe parece estranho Paulo entregar os transgressores nas mãos maliciosas de Satanás, ao invés de colocá-los nas mãos afáveis de Jesus?
                Será que Paulo, realmente, queria abandonar o débil pecador nas garras de Satanás? - Creio que não.
             Se a resposta a esta inquietante pergunta é não, então, o que Paulo realmente, estava propondo à Igreja?
               O que Paulo queria realmente comunicar, ao afirmar que, entregaria os blasfemadores a Satanás?
            Alguns bons estudiosos querem crer que em caso de indisciplina, é função da Igreja, castigar para corrigir os faltosos, ou até mesmo, privá-los do convívio da irmandade.
            Procedendo desta forma, normalmente, o que praticou a falha, sente-se extremamente envergonhado, e procura afastar-se da igreja e consequentemente, do cuidado de Deus.
        Dificilmente ele se sentirá atraído pelo amor benevolente do Pai Eterno.
              Entregar a Satanás, conforme a interpretação bíblica, não é desprezar, castigar, disciplinar, retaliar ou dispensar da sociedade cristã, pois, se assim fora, a Igreja estaria lançando fora o pecador, algo totalmente contrário aos princípios de Cristo, que Paulo tão bem conhecia.
                   O próprio Jesus, havia dito, sobre os pecadores que iam ao encontro dEle, que jamais os abandonaria ou os lançaria fora, mesmo que estes continuassem a não produzir os devidos frutos do bem. Ainda assim, deveriam permanecer em contato com Ele, para crescerem juntos com os demais irmãos. Confirme em João 6: 37, que relata dessa forma: “Todo o que o Pai me dá virá a Mim; e o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. Mateus, relata, no capítulo 13:30 pp., o complemento deste pensamento, através da palavra de Jesus: “Deixai crescer ambos juntos até a ceifa”.
               Na colheita, aquEle  que não pode errar, no caso Cristo, é quem fará a separação.
           Para melhor esclarecimento, procuremos, então, entender o que Paulo quer dizer com, entregar nas mãos de Satanás.
                Rebusquemos outro incidente em que Paulo faz a mesma conotação, está registrado em I Coríntios 5: 5, que relata: “Seja entregue a Satanás”.
             Neste episódio, Paulo que estava distante de Coríntios, ao ser informado da fornicação, ou seja, um filho coabitar e abusar da mulher de seu pai, diz então que o tal deveria ser entregue a Satanás.
                        E o que Paulo queria dizer, ao propor entregar a Satanás o irmão que cometera a fornicação?
                    Na verdade, Paulo estava procurando resguardar a integridade física e psicológica do culposo, imitando os passos do próprio Cristo, na pessoa de Deus, quando entregou Jó, nas mãos de Satanás. Naquela oportunidade Jesus ordena a Satanás para não estender sua mão contra Seu servo Jó.
                Esta deve ser a postura da Igreja, não estirar a mão contra o transgressor, pois, o mesmo já está entregue a Satanás.
           A misericórdia de Cristo é tamanha para com o pecador, pois, não permite que o inimigo o aflija a ponto de tirar-lhe a vida. O livro de Jó 2: 6 descreve dessa maneira: “E disse o Senhor a Satanás: Eis que Ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida”. Como cristãos, nunca devemos acusar ninguém, pois, o papel de acusador é do inimigo, e quando acusamos, estamos a fazer algo que agrada tão somente ao usurpador.
                   O papel da Igreja é o de restaurar, pois, essa função provém de Deus, contudo, quando o pecador cede ao usurpador, o Senhor diz ao inimigo, eis que ele está em teu poder, porém, “contra ele não estendas tua mão”. Jó 1: 12.
                 Isto sim, reflete a grandeza do amor, aquele amor que restaura e vivifica e, por fim, produzirá no tempo certo, seu fruto, devolvendo ao pecador penitente o convívio integral com a comunidade.
                Perceba, se a igreja, em resposta pelo mal praticado, reagir, impondo sobre o pecador, que também é uma vítima, a punição, este, jamais perceberá em tal ato, os atributos do amor, em consequência, se distanciará naturalmente de Deus.
             Ao passo que, se a Igreja agir com misericordiosa brandura, o oprimido pelo erro, perceberá em tal ato, o amor de Cristo. É exatamente isto que Davi está a nos esclarecer em Salmos 109: 5 que relata assim: “Retribuem-me o mal pelo bem, e o ódio pelo amor”.
             Todavia, Paulo solicita à igreja para entregar tal pessoa a Satanás, como que querendo dizer, deixe-a refletir em seus próprios pensamentos que ela ao sentir o amor da igreja, descobrirá o tamanho mal que fez.
                 É por isso que no verso seis, do capítulo cento e nove de Salmos, Davi nos esclarece: “Põe sobre ele um ímpio e um acusador estará à sua direita”. Observe que o acusador é um ímpio, nunca a irmandade.
                  Diz o ditado popular que a cura de um débil mental é outro em sua porta, e quem semeia ventos, colhe tempestades. Estes dois provérbios da sabedoria popular, estão em consonância com o pensamento de Davi.
             Quando praticamos um ato de impiedade, ou tomamos a liberdade de cercear a vida de quem quer que seja, estamos abrindo precedentes, para que os outros façam conosco o mesmo que fizemos com eles.
                    Se eu faço o mal aos meus semelhantes, estarei franqueando as portas da oportunidade para que os ímpios façam também o mesmo comigo. Assim, terei um acusador à minha direita, e eu mesmo perceberei o tamanho mal que pratiquei, fui, portanto, entregue a Satanás!
                    Quando a Igreja toma a justiça em suas próprias mãos, estará sujeita a tornar-se um instrumento de Satanás, absorvendo, na verdade, o caráter do acusador, fazendo a sua obra.
                       Quando Davi aconselha colocar um ímpio sobre o infrator, ele sabiamente está alertando que o pecado, uma vez praticado, proporciona uma continuidade, ou seja, abre um precedente aos outros ímpios.
                      Se eu posso fazer com ele, ele pode fazer comigo, gerando assim, uma continuidade de maus propósitos!
               Na verdade, entra em vigor outra lei de Deus, revelada por Nilton, que reza: “Para toda ação corresponde uma reação igual e em sentido contrário”. É justamente este sentido inverso que levará o ímpio a perceber a grandiosidade maléfica que praticou e, por certo, o induzirá à reflexão. Uma vez meditando, poderá se convencer do seu erro, e facilmente chegará ao arrependimento! Isto é ser entregue a Satanás, ou seja, à dura pena!
                   O que compreendemos até então, é que; por um ímpio acusador sobre alguém que deliberadamente errou, ou, entregar a Satanás, é algo que não pode ser desempenhado pela Igreja, uma vez que a irmandade deve ser justa como Jesus Cristo, nunca um ímpio acusador como Satanás.
                    Então, quando Paulo sugere aos irmãos entregar os culpados nas mãos de Satanás, ele está sugerindo à irmandade para não afligir os pecadores, adicionando um peso tamanho, que os impediria a desempenhar um perfeito raciocínio para o arrependimento!
                É bom lembrar que Deus não adiciona nenhum castigo ao pecado, além do seu próprio salário, que é a morte. O castigo que muitas vezes nós afirmamos vir de Deus é a consequência natural do próprio pecado.
                Qualquer peso a mais, fatalmente dificultaria ao pecador desenvolver o desejo de voltar ao convívio com Deus. Por isso, Deus dá uma trégua ao penitente para que ele conscientemente perceba que está no caminho errado e nutra o desejo sincero do regresso ao lar.
                  Por outro lado, muitos, encobertos pela suposta paz, preferem suportar os falsos ensinadores com seus ensinos errôneos, que rapidamente, são absorvidos pela irmandade e, logo, passam a praticar o erro.
            Infelizmente, os ministros da atualidade, com indescritível rapidez e total consciência, cederam aos reclamos do mundo, ensinando doutrinas aprazíveis, aos olhos; entendimento e prática. Tal qual relatado em Isaías 30: 10, que descreve: “Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos cousas aprazíveis, profetizai-nos ilusões”.
             Tudo isto acontece, porque as pessoas querem distância da sã doutrina e passam a seguir os falsos mestres com suas falsas doutrinas. II Timóteo 4: 3. “Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos ouvidos”.
               O interessante é que as pessoas sabem perfeitamente que seus desejos são simplesmente por bens materiais e, que não estão sequer importando com as coisas espirituais! Os mestres que estão atendendo ao pedido dos homens sabem que a mercadoria que eles estão doando é falsificada!
                 Este é o tempo em que os homens estão à procura de realizar suas próprias ambições, estão, portanto, distantes de Deus, em nada se preocupam com as coisas do Alto, senão, suas próprias ganâncias.
                 Por isso, é de vital importância, hoje, fazer uma clara distinção entre a verdade e o erro; Cristo e Satanás e a vontade de Deus da própria resolução.
                 Necessário se faz de tomar uma postura decisiva, clara e firme, contra todo erro. Esta deve ser nossa atitude, hoje, aqui e agora.
                   Não podemos, nem devemos, sequer, suportar os maus; os falsos mestres; os mentirosos; os enganadores; os hipócritas; os fingidos; os pérfidos e os dissimulados.
             Infelizmente, estas classes de pessoas, são abundantes nas congregações dos santos, e o que é pior, estão, em alguns casos, e momentaneamente, com as rédeas da direção da igreja, ao seu encargo.
                  Torna-se, imediatamente necessário e sem demora, lutar bravamente contra os erros dessas pessoas, não contra elas, combater suas doutrinas inexatas; suas condutas e suas crenças, que tanto tem obstado o progresso da causa de Deus.
                 Uma igreja que deseja ser vencedora com Cristo, não pode tolerar as ações dos malfeitores; dos falsos irmãos; dos falsos pastores e dos falsos mestres.
                O próprio Paulo alertava a igreja de Éfeso sobre homens maus, já nos seus dias. Confirme no livro de Atos 20: 29 e 30. Está relatado assim: “Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho; e que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”.
                 Cabe a cada um de nós, como membros integrantes, portanto, insubstituíveis, da congregação dos justos, aplicar em número, grau e gênero o conselho de Paulo, se quisermos ser vencedores.

               Sabemos que esta é uma tarefa árdua e perigosa, pois, os tais obreiros são fraudulentos, contudo, se assemelham aos apóstolos de Cristo, com o único objetivo de nos enganar, conforme descrito em II Coríntios 11: 13. “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.” 
                     Fiquemos, portanto, atentos.

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