LAMENTO
E REVOLTA DA NATUREZA
Educador Glauco César
ABIURANA vermelha,
ANDIROBAJARUBA,
ARARACANGA amarela.
Avermelhou CARIPIZEIRO
e a mata
tornou-se
CINZEIRO ESCURO.
E o rio?
Fugiu pro mar,
procurou se
afogar
pra não ver
a mata morrer
e queimar.
O vento correu,
o nativo fugiu,
a mata morreu
e a vida sumiu.
O sol rachou a
terra
que lambeu as
águas do rio.
O homem
abandonou a gleba
e desesperado
fugiu.
A mata inteira
queimou,
a natureza se
revoltou.
Ficou o lamento
da mata,
o homem se
arredou.
Fugiu.
Pra onde?
Pra quê?
Quer um lugar
pra viver. . .
Pra matar. . .
Destruir. . .
Acabar. . .
Desfazer. . .
Arredar.
Só não sabe
construir. . .
Refazer. . .
Transformar. .
.
Arrumar. . .
Melhorar. . .
Melhorar pra
quê?
a tristeza do
ar,
convulsão desta
terra,
abandono do
mar,
a secura das águas,
desta terra a
pobreza,
a revolta da
natureza,
que não
consegue se renovar?
GORABARANA vermelha,
JACAMIRANA amarela,
UCUUBARANA escura,
UMARIRANA avermelhada
pretificou PRACUUBA PRETA
e o GUAJARÁ-PIMENTA
ficou amarelo
queimado.
E o rio?
Fugiu pro mar,
procurou se
afogar
pra não ver
a mata morrer
e queimar!...
Eita brucuta que coisa bonita!
ResponderExcluirComentário colhido no face, de Benilda Silva, minha amiga dos tempos que estudávamos no Colégio Estadual de Caruaru, na saudosa década de setenta!
ResponderExcluirBenilda Silva - Coisa mais linda, amigo!