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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

IDE - Pregação aos Mortos e Batismo Vicário (Conclusão)



PREGAÇÃO AOS MORTOS E BATISMO VICÁRIO
(Conclusão) – Educador: Glauco César


NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento. 

Será mesmo que o Evangelho foi pregado aos mortos?
Muitos bons cristãos não têm dificuldades em crer dessa forma, pois, acreditam que o homem é formado de uma parte mortal, no caso o corpo, e outra parte imortal, nesse caso, o espírito.
Nessa condição haveria a possibilidade do Evangelho ser disseminado na sepultura, uma vez que o espírito seria a sede de todo entendimento, que é a faculdade de compreender, de pensar ou de conhecer.
No entanto, nos versos que foram mostrados, vimos que, o homem quando morre, perecem todos seus atos, todas suas percepções!
Por estarem mortos, não têm mais lembrança; nem pensamento; nem memória; nem amor; nem ódio; nem inveja!
Pois, todas essas qualidades, jazem no esquecimento!
Todavia, o texto proposto pelos que acreditam que Jesus pregou aos mortos, se baseia no fragmento que relata: “e pregou aos espíritos em prisão.” I Pedro 3: 19
Esse termo, espíritos em prisão, só aparece na Bíblia nesse texto. Por qual motivo deveria interpretá-lo como uma referência à morte, ou àqueles que já morreram?
Poder-se-ia também ser compreendido como; homens reféns do pecado! Essa é a maneira como costumo interpretar, principalmente pelo motivo descrito anteriormente!
Existe uma coerência assoberbada quando se identifica espíritos em prisão por homens reféns do pecado! O verso seguinte passa a ser prego batido e ponta virada, pois, ele sintetiza bem esse entendimento!
Certamente fica evidenciado que, Jesus pregou a homens reféns do pecado (espírito em prisão)!
Obviamente, Cristo não pregou quando esteve morto, pelos motivos supracitados, contudo, Ele pregou noutro tempo!
E que tempo foi esse? O relato esclarece muito bem! Quando esses homens, em vida, foram rebeldes!
E quando isso aconteceu? Quando essas criaturas humanas, reféns do pecado, preparavam a arca, nos dias de Noé!
Foi nesse tempo, que Cristo Jesus, através do Patriarca Noé, pregou aos espíritos em prisão, homens reféns do pecado! “Os quais, noutro tempo, foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucas (isto é oito) almas se salvaram pela água.” I Pedro 3: 20
Assim fica claro que, Jesus pregou quando eles estavam vivos, pois, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos! “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, e o Deus de Jacó? Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.” Mateus 22: 32
Sendo Deus o Deus dos vivos, Ele, através da vontade de Cristo, utilizando o Patriarca Noé, enquanto os construtores edificavam a arca, no pouco tempo que restava na carne, pregou aos espíritos em prisão, homens reféns do pecado! “Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.” I Pedro 4: 2  
Aquele era o tempo aceitável para aquelas pessoas, para que elas, ao ouvirem os reclamos de Deus, tivessem oportunidade de, em tempo hábil, corrigir seus relacionamentos, com elas mesmas, com seus semelhantes e, principalmente com o Eterno!
Não seria no futuro, no sepulcro que elas iriam corrigir suas vidas, mas, no tempo passado de suas vidas! “Porque é bastante que, no tempo passado da vida, fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias.” I Pedro 4: 3
Além de que, Deus não precisaria pregar aos mortos, uma vez que, Ele não leva em conta o tempo da ignorância!  “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia, agora, a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam.” Atos 17: 30
Esse verso é muito significativo, uma vez que ele confirma que o sacrifício de Cristo salvou a todos, sendo assim, todos receberam gratuitamente a Salvação, que é Jesus Cristo, contudo, Deus pede a todos que façam uso de seu livre arbítrio e, se arrependam para assim, receber de volta, aquilo que se perdeu ao pecar, a eternidade! “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” João 3: 21
Como podemos perceber, o homem foi formado à imagem e semelhança de Deus, e como tal, a humanidade era propensa a viver eternamente, se não cedesse ao pecado!
Uma vez que o pecado adentrou na raça humana, esta perde a imortalidade e, por conseguinte, torna-se inteiramente mortal! Essa é a condição atual da humanidade!
O apóstolo Paulo, então, faz uma reflexão, afirmando que, se a nossa experiência se resume tão somente a essa vida mortal, seríamos os mais miseráveis de todos os homens! “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Coríntio 1: 19
Ele tinha a convicção de que a ressurreição vivenciada por Cristo nos garantia a certeza, que nós seres humanos, poderíamos aguardar dias, infinitamente melhores, após passarmos pela experiência da ressurreição, que nos assegurará uma eternidade gloriosa com Jesus!
“Ora, se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns de entre vós (os saduceus) que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou; e, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé. E assim somos, também, considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou; e, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” I Coríntios 15: 12 – 17
Na visão de Paulo, quando ele afirma ser o mais miserável dos homens, ele não estava fazendo uma alusão à pregação aos mortos, na verdade, ele estava fazendo uma referência à ressurreição, como vimos nos versos anteriores.
Pelo simples fato de se encontrar grafado nas escrituras menção sobre o batismo pelos mortos, não quer dizer que essa insinuação faça dele uma doutrina bíblica!
Na verdade, essas referências contidas na Bíblia, foram postadas para demonstrar a fragilidade e incoerência da doutrina defendida, na época, pelos saduceus! “De outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles, então, pelos mortos?” I Coríntios 15: 29
Essas mesmas contradições permanecem válidas para os nossos dias, pois, a verdade de Deus continua inabalável, invariável e lógica.
Aos que hoje defendem essa mesma propositura, Paulo continuaria fazendo a mesma pergunta: por qual motivo se batizam pelos mortos?
Portanto, nada que esteja em desarmonia com Cristo e Seu caráter pode permanecer inflexível!
Pois bem, os ardentes, vivos e intensamente enérgicos defensores do batismo pelos mortos, se agarram veementemente na asseveração de que todo joelho (quando se diz todo, compreenda-se de vivos e mortos), haverá de dobrar-se e, toda língua confessará! “Para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” Filipenses 2: 10 e 11
Quando um defensor de um determinado ponto de vista, sente-se em desvantagem, geralmente ele recorre ao que chamamos de defesa rotativa, que consiste em remoer o assunto, num verdadeiro ato contínuo, semelhante a uma roda gigante, indo e voltando aos mesmos pontos já discutidos.
Pois bem, para cada assunto já ventilado, nada melhor que se repetir o antídoto que corrige o equívoco. Então repitamos a dosagem e deixemos patente que; só os vivos se movem só os que estão em animação de vida têm a faculdade da fala! “Porque não pode louvar-te a sepultura, nem a morte glorificar-te: nem esperarão em tua verdade os que descem à cova. Os vivos, os vivos, esses te louvarão, como eu hoje faço: o pai aos filhos fará notória a tua verdade.” Isaías 38: 18 e 19
Não é necessário dizer mais nada, pois, o verso é suficiente para desfazer qualquer dúvida!
Para concluir essa asserção fixemos na mente que “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.” Mateus 22: 32
É meu desejo que todos que entrarem em contato com tudo que aqui foi postado, tenham a coerência de reter tudo que achar de bom e, automaticamente, desprezar aquilo que não tenha nenhuma valia.
Que Deus continue abençoando a todos nós! Essa é a minha firme anuência! Que assim seja!

6 comentários:

  1. Caríssimo Gluaco

    “Além de que, Deus não precisaria pregar aos mortos, uma vez que, Ele não leva em conta o tempo da ignorância! “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia, agora, a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam.” Atos 17: 30

    Esse verso é muito significativo, uma vez que ele confirma que o sacrifício de Cristo salvou a todos, sendo assim, todos receberam gratuitamente a Salvação, que é Jesus Cristo, contudo, Deus pede a todos que façam uso de seu livre arbítrio e, se arrependam para assim, receber de volta, aquilo que se perdeu ao pecar, a eternidade! “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” João 3: 21”

    Muito boa a sua análise mostrando, inicialmente, o entendimento doutrinário de outrem, em relação ao tema abordado, e finalmente o seu. Gostei muito!

    Agora, dá para ajudar-me a entender em que parte do verso acima citado encontra-se o pedido de Deus para que “todos façam uso de seu livre arbítrio e, se arrependam... “?

    O meu entendimento é de que a mensagem “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia, agora, a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam.” está dizendo que os erros cometidos no tempo da ignorância não serão levados em conta, e que, agora, que as pessoas estão tendo a oportunidade de conhecer a verdade, adotem outro comportamento.

    Então, na verdade, o diferencial está no conhecimento de causa que tenha cada um. Não vejo nenhuma relação ao atributo do livre arbítrio, embora ele seja exercido, fundamentalmente, com base no conhecimento que se tem.

    Um abraço

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    1. Na verdade, o objetivo desse blog não é fazer dele um veículo de debate, mas, abrir janelas, para que um mesmo tema seja ventilado por dois ou mais entendimentos, para que, os leitores possam ter referenciais para se posicionar, de um lado ou do outro, ou ainda, não concordar com nenhum!
      Quanto a ajuda solicitada, não sei se serei capaz de fazê-lo ver, o que para mim, está patente! Contudo, tentarei ser o mais lúcido possível. O verso em pauta, Atos 17: 30, a mim me parece que é composto de dois tempos. Num primeiro momento denota que os pecados cometidos por falta de conhecimento, não são levados em conta por Deus. Fica então patenteado que os pecados só são computados por Deus, quando nós temos conciência de que o ato praticado é um agravo contra a própria pessoa, contra a sociedade ou contra a Divindade, e mesmo assim, sabedor dessa verdade, usando o livre arbítrio, a pessoa decide, cometê-lo. Nessa parte do verso, Deus está reportando ao tempo passado!
      Já na segundo instância, no complemento do verso, Deus está fazendo alusão ao tempo presente, como se estivera dizendo: "contudo, neste instante, Eu anuncio a todos os homens, de todos os lugares, que se arrependam"
      Fica claro que o arrependimento só é possível quando a pessoa tem ciência de que cometeu algum deslize! O ato de se arrepender ou não, é resultado da escolha pessoal, o que julgamos ser sinônimo de livre arbítrio!
      Esse é o meu sincero entendimento, havendo algum erro, pois sou propenso a tal, me perdoe, pois é um equivoco por ignorância, e Deus não leva em conta, portanto, entendo que Ele já me perdoou!
      Que Deus continue nos abençoando!

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  2. Irmão César

    “Quando um defensor de um determinado ponto de vista, sente-se em desvantagem, geralmente ele recorre ao que chamamos de defesa rotativa, que consiste em remoer o assunto, num verdadeiro ato contínuo, semelhante a uma roda gigante, indo e voltando aos mesmos pontos já discutidos.”


    Eu diria que: quando o defensor de um determinado ponto de vista está convicto do seu entendimento, ele aproveita cada nova oportunidade para tentar expressar, com argumentos mais convincentes, as razões que dão sustentação à sua convicção.

    Afinal de contas, o que você chama de “defesa rotativa” é a tecla mestra de cada uma das instituições religiosas, em defesa das suas doutrinas, de sorte que, este procedimento, a meu ver, não deve ser apontado como clichê particular de “um determinado defensor”, e sim, dos religiosos em geral.

    Fraternalmente.

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  3. Concordo também com seu pensamento! Ao que qualifiquei de defesa rotativa, ela cai bem, em todos os defensores, não especificamente aos que defendem a Pregação universal aos mortos, mas a todos,quer sejam pessoas, instituições, e principalmente à minha própria pessoa, também sou humano e, como tal, propenso ao erro! Só um não erra, Aquele que é a verdade, no caso, Jesus Cristo, o Filho de Deus! Obrigado pelo seu comentário!

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  4. Glauco, você falou baseado na leitura Bíblica, sem retoques.
    Esse assunto na Bíblia é claro como a luz do sol.

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  5. Obrigado, Adeilton, para mim entendo também que ele é bastante evidente, no entanto, para muitos, como vimos, ainda é algo para motivo de estudos! Portanto, esperemos que os mesmos cheguem a um denominador comum!

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