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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

IDE - Pregação aos Mortos e Batismo Vicário (Terceira Parte)



PREGAÇÃO AOS MORTOS E BATISMO VICÁRIO
(Terceira Parte) – Educador: Glauco César


NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento. 

Existe um ditado popular que assevera que cada pessoa é, por assim dizer, um mundo!
Tomando por base que, cada cabeça tenha seu próprio pensamento, teríamos, sobre cada assunto, um universo de entendimento!
Estou fazendo esta conotação para demonstrar a complexidade ao tratar de compreensão, seja qual for o tema versado ou por versar!
É verdade que ao tratar de proposições espirituais, existe o senso comum de unificação, tendo por referencial as Sagradas Escrituras.
No entanto e, analogamente, usando um mesmo referencial, ainda assim, proliferam as desigualdades de pensamento!
Por isso, cada leitor, deve fazer sua analogia, para assim, chegar à sua própria conclusão, não devendo ficar, portanto, dependente de conclusões alheias!
 No que tange ao assunto da universalidade da pregação do Evangelho, também para os que se encontram nos sepulcros, resta-nos uma dúvida! De fato; o Evangelho é pregado também aos mortos?
Para responder essa inquietação, façamos uso do mesmo verso utilizado por aqueles que asseveram que sim!
“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.” João 5: 25
Concordamos, plenamente, que Jesus é a Verdade (João l4: 6), e como tal, a verdade não pode estar associada ao engano, por isso  mesmo, Cristo, nossa Verdade, com certeza, nos libertará de qualquer entendimento errôneo ou mesmo equivocado! “E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará.” João 8: 32
É de bom alvitre perceber que todas as pessoas acham que seu entendimento é o único verdadeiro, ou que a verdade está de posse da denominação que ele frequenta!
Será mesmo que podemos confiar em nosso senso pessoal, ou no senso comum?
O certo é que, só em Cristo podemos confiar, pois, sabemos que o mesmo é infalível, portanto, Seu testemunho é verdadeiro! “Jesus Cristo, é a fiel testemunha.” Apocalipse 1: 5 “Sabemos que o Seu testemunho é verdadeiro.” João 21: 24
Então, uma vez sabedor que podemos confiar nas proposições do Filho de Deus, tomemos, então, conhecimento das mesmas!
Jesus falou aos judeus que, vem a hora em que os mortos (v. 25), que estão no sepulcro (v. 28), ouvirão a voz do Filho de Deus. “Porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz.” João 5: 28
A mais lógica pergunta seria; os mortos vêem ou ouvem alguma coisa? Se a resposta for positiva, não existe nada mais a fazer, senão, concordar com ela! No entanto, se a resposta for negativa, com certeza existe uma verdade embutida nela, que Cristo, através de Sua Palavra, nos esclarecerá!
Se lermos, o verso 24, com cuidado redobrado, nós iremos perceber que, outra luz de entendimento nos é apresentado! “Na verdade, na verdade vos digo que, quem ouve a Minha Palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” João 5: 24
Tomei a liberdade de colocar em realce a parte que diz; quem ouve e crê na Palavra, tem a vida eterna. Será mesmo que os mortos ouvem e crêem? Ou essa é uma prerrogativa unicamente dos vivos?
Deixemos que Cristo Jesus nos conduza através de Sua Palavra, como fez certa feita, para defender que Ele era, na verdade, o Filho de Deus! “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras.” Lucas 24: 27
O profeta Isaías irá, então, nos ajudar; “Porque não pode louvar-Te a sepultura, nem a morte glorificar-Te: nem esperarão em Tua verdade os que descem à cova.” Isaías 38: 18 e 19
Por qual motivo a sepultura não pode esperar em Cristo, nem louvar a Deus? A resposta para essa pergunta seria; pelo motivo dos mortos não terem nenhum sentido e estarem inteiramente desfalecidos!
O que pude filtrar desse verso, leva-me a crer que, os que descem à sepultura, nem louvam nem glorificam a Deus, portanto, podemos concluir que, os mortos nem ouvem e nem crêem!
Somente os que estão em animação de vida, ouvem e crêem na Palavra de Deus, estes têm a garantia da vida eterna!
 Essa garantia é adquirida no exato momento em que a pessoa decide tomar posse da eternidade, em vida, nesse mesmo instante ela confessa Cristo como seu Salvador e Senhor, e passa da morte para a vida!
Analise esses versos, e tire suas próprias conclusões! “Portanto, qualquer que Me confessar diante dos homens, Eu o confessarei diante do Meu Pai que está nos céus. Mas, qualquer que me negar diante dos homens, Eu o negarei também diante do Meu Pai que está nos céus.” Mateus 10: 32 e 33
Essa mesma certeza, expressa por Cristo Jesus, está também registrada em Lucas 12: 8 e 9
Assim, os vivos têm a garantia de serem ligados, ou, automaticamente desligados do céu, no exato momento em que fizeram suas escolhas, em vida, não necessitando do tempo futuro, na sepultura!
Essa verdade, a opção que cada um tem de se conectar ou se desligar dos céus, encontramos com abundância no Novo Testamento, proferidas pelo próprio Filho de Deus! “E Eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Mateus 16: 19 “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.” Mateus 18: 18
Como podemos perceber, é facultado a cada pessoa a possibilidade de aceitar ou rejeitar a oferta da vida eterna! E Deus aceita a escolha que cada um faz, no instante em que cada ser humano fizer!
Essa escolha é feita em cada instante da vida de cada pessoa, não na sepultura, nem num futuro longínquo! “Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes, hoje, a Sua voz... Antes, exortai-vos, uns aos outros, todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça, pelo engano do pecado... Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação.” Hebreus 3: 7, 13 e 15
Não há motivos para temer, nem desacreditar, ou mesmo espernear, não é na sepultura que iremos decidir o nosso futuro eterno, é justamente no único instante aceitável de nossa débil vida, o agora! “Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável, e socorri-te no dia da salvação; eis aqui, agora, o tempo aceitável, eis aqui, agora, o dia da salvação.” II Coríntios 6: 2
Não existe outro tempo aceitável ou da salvação, senão o hoje, aqui, e agora! Esse é o mais solene e aceitável tempo, o instante de nossa salvação! É nele que decidiremos o que haveremos de ser na eternidade!
Volvamos, então, nosso pensamento para o trecho de João 5: 25 que relata, ‘ e agora é’ (Versão Revista e Corrigida na grafia simplificada, da tradução de João Ferreira de Almeida), ou ‘e já chegou’ (Edição Revista e Atualizada no Brasil, tradução de João Ferreira de Almeida).
Concordo plenamente que esses termos ‘e agora é’, ou, ‘já chegou’, sejam uma alusão à pessoa de Jesus. Reflete, na verdade, Cristo como sendo o Grande Eu Sou, por isso mesmo, Ele é nossa única garantia.
Encontramos no Relato, Cristo se identificando com a prerrogativa de que Ele é! “Disse-lhes Jesus: Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim.” João 14: 6
Noutra oportunidade o Mestre se ajusta com a definição de que nEle, havia chegado o reino de Deus! “Mas, se Eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o reino de Deus.” Lucas 11: 20
Na verdade, o texto de João nos esclarece que Jesus mesmo, é quem ressuscitará os mortos, pois, Ele é a vida! E após haver dado animação de vida, Ele haverá de conduzir cada pessoa até a presença impoluta do Pai!   
Quanto ao fato de que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, entendemos que o enunciado esteja afirmando que as pessoas que, agora, estão nos sepulcros, mortas, um dia, pelo poder da ressurreição, haverão de ouvir a voz do Filho de Deus!
Quando essas pessoas, que hoje estão mortas, chegarem a ouvir o timbre da voz de Cristo, é por não estarem mais mortas, pois, experimentaram a ressurreição, estão, portanto, vivas! E nessa condição, poderão ouvir a voz do Filho de Deus!
Assim como Cristo foi ressuscitado pelo Pai, os mortos serão ressuscitados por Jesus e, quando estiverem vivos, ouvirão a doce voz do Mestre, chamando cada um pelo seu próprio nome!
Essa interpretação tem total e absoluta consonância, ou seja, está em conformidade com todo ensinamento bíblico em relação ao estado dos mortos!
O relato bíblico esclarece que os que desceram ao sepulcro, não ouvem! Quando os mortos ouvirem, é justamente pelo motivo de já estarem vivificados por intermédio da ressurreição! “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação.” João 5: 21 e 29
No entanto, mesmo com toda coerência dessa explicação, ainda assim, fica a interrogação, Cristo pregou ou não, naqueles três dias em que esteve no sepulcro, aos mortos?
O enunciado de Pedro, no molde interpretativo dos que crêem que sim, nos parece ser muito consistente, por isso, a dúvida ainda persiste!
Volvendo, então, ao enunciado de Pedro, no capítulo três, no verso dezoito, está escrito: “Porque, também, Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.
Não resta a menor dúvida que quando o verso relata que Jesus estava mortificado na carne, significava que Ele realmente estava morto!
No entanto, na Edição Revista e Atualizada no Brasil, ao invés de relatar vivificado pelo Espírito, ou seja, ressuscitado por Deus, está escrito; vivificado no espírito, o que quer dizer, vivo em espírito! Colocando um hiato entre as duas interpretações!
Na segunda interpretação, Cristo estava morto na carne, contudo, vivo em espírito! Uma vez vivo em espírito, Ele mantinha viva Sua lembrança; Seu pensamento; Seu amor; Sua memória; Seu ódio e até mesmo Sua inveja! Nessa condição, Cristo poderia pregar aos mortos!
Se essa era a realidade de Jesus morto, essa deve ser também a verdade em relação aos demais mortos! Se, no entanto, não é essa a realidade de qualquer morto, também não foi aquilo que existiu efetivamente na morte de Cristo!
O que a Palavra de Deus nos esclarece sobre as condições dos que já morreram? Lembrando que, essas condições não foram diferentes em Cristo Jesus, morto!
Confirmemos a condição de Jesus quando esteve morto!
Se Cristo estava morto, Ele não tinha lembrança alguma, nem louvava mais, como pode, então, pregar aos mortos? “Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro, quem te louvará?” Salmos 6: 5
Deus só recebe louvores dos vivos, pois Ele não é Deus de mortos, pois nos mortos já pereceram, inclusive seus pensamentos! Essa era também a condição de Cristo quanto esteve morto! “Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto viver. Sai-lhes o espírito e eles tornam-se em sua terra: naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos. Salmos 146: 2 e 4
Portanto, Cristo, nosso Salvador, quando inanimado, não tinha amor; nem memória; nem ódio ou inveja! Como poderia ter pregado aos mortos? “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem, tão pouco, eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, seu ódio e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque, na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.” Eclesiastes 9: 5, 6 e 10
Como nos foi confirmado pelo relato bíblico, Cristo não poderia ter pregado o Evangelho aos que estavam na sepultura! Portanto, fica demonstrado claramente que Cristo não estava vivificado em espírito, pois, este estava absolutamente inanimado!
Verifiquemos, então, se a Bíblia confirma se Cristo foi ressuscitado por Deus, como reza o texto, se Ele foi vivificado pelo Espírito!
Sem muita delonga vamos demonstrar que, verdadeiramente, Deus O ressuscitou, e desse fato, poucos são os que discordam! “E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos, do que nós somos testemunhas.” Atos 3: 15
“E nós vos anunciamos que a promessa, que foi feita aos pais, Deus a cumpriu, a nós, seus filhos, ressuscitando Jesus.” Atos 13: 32
Não resta a menor dúvida que a versão Revista e Corrigida na grafia simplificada, da tradução de João Ferreira de Almeida, condiz melhor com a realidade dos fatos!
Desta maneira não fica dúvida, Cristo foi vivificado pelo Espírito, e não, vivificado em espírito!  

Na próxima semana estaremos concluindo nossa análise sobre a Pregação aos Mortos e Batismo Vicário!
Que Deus, então, continue nos abençoando! Amém!

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