PREGAÇÃO
AOS MORTOS E BATISMO VICÁRIO
(Terceira
Parte) – Educador: Glauco César
NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.
Existe um
ditado popular que assevera que cada pessoa é, por assim dizer, um mundo!
Tomando
por base que, cada cabeça tenha seu próprio pensamento, teríamos, sobre cada
assunto, um universo de entendimento!
Estou fazendo
esta conotação para demonstrar a complexidade ao tratar de compreensão, seja qual for o tema versado ou por versar!
É verdade
que ao tratar de proposições espirituais, existe o senso comum de unificação,
tendo por referencial as Sagradas Escrituras.
No
entanto e, analogamente, usando um mesmo referencial, ainda assim, proliferam
as desigualdades de pensamento!
Por isso,
cada leitor, deve fazer sua analogia, para assim, chegar à sua própria
conclusão, não devendo ficar, portanto, dependente de conclusões alheias!
No que tange ao assunto da universalidade da
pregação do Evangelho, também para os que se encontram nos sepulcros, resta-nos
uma dúvida! De fato; o Evangelho é pregado também aos mortos?
Para
responder essa inquietação, façamos uso do mesmo verso utilizado por aqueles
que asseveram que sim!
“Em verdade, em verdade vos digo que vem a
hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a
ouvirem viverão.” João 5: 25
Concordamos,
plenamente, que Jesus é a Verdade
(João l4: 6), e como tal, a verdade
não pode estar associada ao engano, por isso
mesmo, Cristo, nossa Verdade,
com certeza, nos libertará de qualquer entendimento errôneo ou mesmo
equivocado! “E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará.” João 8: 32
É de bom
alvitre perceber que todas as pessoas acham que seu entendimento é o único
verdadeiro, ou que a verdade está de posse da denominação que ele frequenta!
Será
mesmo que podemos confiar em nosso senso pessoal, ou no senso comum?
O certo é
que, só em Cristo podemos confiar, pois, sabemos que o mesmo é infalível,
portanto, Seu testemunho é verdadeiro! “Jesus
Cristo, é a fiel testemunha.” Apocalipse 1: 5 “Sabemos que o Seu testemunho é verdadeiro.” João 21: 24
Então,
uma vez sabedor que podemos confiar nas proposições do Filho de Deus, tomemos,
então, conhecimento das mesmas!
Jesus
falou aos judeus que, vem a hora em que os mortos (v. 25), que estão no
sepulcro (v. 28), ouvirão a voz do Filho de Deus. “Porque vem a hora em que todos
os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz.” João 5: 28
A mais
lógica pergunta seria; os mortos vêem ou ouvem alguma coisa? Se a resposta for
positiva, não existe nada mais a fazer, senão, concordar com ela! No entanto,
se a resposta for negativa, com certeza existe uma verdade embutida nela, que
Cristo, através de Sua Palavra, nos esclarecerá!
Se lermos,
o verso 24, com cuidado redobrado, nós iremos perceber que, outra luz de
entendimento nos é apresentado! “Na
verdade, na verdade vos digo que, quem
ouve a Minha Palavra, e crê
naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas
passou da morte para a vida.” João 5: 24
Tomei a
liberdade de colocar em realce a parte que diz; quem ouve e crê na
Palavra, tem a vida eterna. Será mesmo que os mortos ouvem e crêem? Ou essa é
uma prerrogativa unicamente dos vivos?
Deixemos
que Cristo Jesus nos conduza através de Sua Palavra, como fez certa feita, para
defender que Ele era, na verdade, o Filho de Deus! “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que
dEle se achava em todas as Escrituras.” Lucas 24: 27
O profeta
Isaías irá, então, nos ajudar; “Porque
não pode louvar-Te a sepultura, nem a morte glorificar-Te: nem esperarão em Tua
verdade os que descem à cova.” Isaías 38: 18 e 19
Por qual
motivo a sepultura não pode esperar em Cristo, nem louvar a Deus? A resposta
para essa pergunta seria; pelo motivo dos mortos não terem nenhum sentido e estarem
inteiramente desfalecidos!
O que
pude filtrar desse verso, leva-me a crer que, os que descem à sepultura, nem
louvam nem glorificam a Deus, portanto, podemos concluir que, os mortos nem
ouvem e nem crêem!
Somente
os que estão em animação de vida, ouvem e crêem na Palavra de Deus, estes têm a
garantia da vida eterna!
Essa garantia é adquirida no exato momento em
que a pessoa decide tomar posse da eternidade, em vida, nesse mesmo instante
ela confessa Cristo como seu Salvador e Senhor, e passa da morte para a vida!
Analise
esses versos, e tire suas próprias conclusões! “Portanto, qualquer que Me confessar diante dos homens, Eu o
confessarei diante do Meu Pai que está nos céus. Mas, qualquer que me negar
diante dos homens, Eu o negarei também diante do Meu Pai que está nos céus.”
Mateus 10: 32 e 33
Assim,
os vivos têm a garantia de serem ligados, ou, automaticamente desligados do
céu, no exato momento em que fizeram suas escolhas, em vida, não necessitando
do tempo futuro, na sepultura!
Essa
verdade, a opção que cada um tem de se conectar ou se desligar dos céus,
encontramos com abundância no Novo Testamento, proferidas pelo próprio Filho de
Deus! “E Eu te darei as chaves do reino
dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares
na terra será desligado nos céus.” Mateus 16: 19 “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no
céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.” Mateus 18:
18
Como
podemos perceber, é facultado a cada pessoa a possibilidade de aceitar ou
rejeitar a oferta da vida eterna! E Deus aceita a escolha que cada um faz, no
instante em que cada ser humano fizer!
Essa
escolha é feita em cada instante da vida de cada pessoa, não na sepultura, nem
num futuro longínquo! “Portanto, como
diz o Espírito Santo, se ouvirdes, hoje,
a Sua voz... Antes, exortai-vos, uns aos outros, todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para
que nenhum de vós se endureça, pelo engano do pecado... Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não
endureçais os vossos corações, como na provocação.” Hebreus 3: 7, 13 e 15
Não
há motivos para temer, nem desacreditar, ou mesmo espernear, não é na sepultura
que iremos decidir o nosso futuro eterno, é justamente no único instante
aceitável de nossa débil vida, o agora! “Porque
diz: Ouvi-te em tempo aceitável, e socorri-te no dia da salvação; eis aqui, agora, o tempo aceitável, eis aqui, agora, o dia da salvação.”
II Coríntios 6: 2
Não
existe outro tempo aceitável ou da salvação, senão o hoje, aqui, e agora! Esse
é o mais solene e aceitável tempo, o instante de nossa salvação! É nele que
decidiremos o que haveremos de ser na eternidade!
Volvamos,
então, nosso pensamento para o trecho de João 5: 25 que relata, ‘ e agora é’ (Versão Revista e Corrigida
na grafia simplificada, da tradução de João Ferreira de Almeida), ou ‘e já chegou’ (Edição Revista e
Atualizada no Brasil, tradução de João Ferreira de Almeida).
Concordo
plenamente que esses termos ‘e agora é’, ou, ‘já chegou’, sejam uma alusão à
pessoa de Jesus. Reflete, na verdade, Cristo como sendo o Grande Eu Sou, por
isso mesmo, Ele é nossa única garantia.
Encontramos
no Relato, Cristo se identificando com a prerrogativa de que Ele é! “Disse-lhes Jesus: Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão
por Mim.” João 14: 6
Noutra
oportunidade o Mestre se ajusta com a definição de que nEle, havia chegado o reino de Deus! “Mas, se Eu expulso os demônios pelo dedo
de Deus, certamente a vós é chegado o
reino de Deus.” Lucas 11: 20
Na
verdade, o texto de João nos esclarece que Jesus mesmo, é quem ressuscitará os
mortos, pois, Ele é a vida! E após haver dado animação de vida, Ele haverá de
conduzir cada pessoa até a presença impoluta do Pai!
Quanto
ao fato de que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, entendemos que o
enunciado esteja afirmando que as pessoas que, agora, estão nos sepulcros,
mortas, um dia, pelo poder da ressurreição, haverão de ouvir a voz do Filho de
Deus!
Quando
essas pessoas, que hoje estão mortas, chegarem a ouvir o timbre da voz de
Cristo, é por não estarem mais mortas, pois, experimentaram a ressurreição, estão,
portanto, vivas! E nessa condição, poderão ouvir a voz do Filho de Deus!
Assim
como Cristo foi ressuscitado pelo Pai, os mortos serão ressuscitados por Jesus
e, quando estiverem vivos, ouvirão a doce voz do Mestre, chamando cada um pelo
seu próprio nome!
Essa
interpretação tem total e absoluta consonância, ou seja, está em conformidade
com todo ensinamento bíblico em relação ao estado dos mortos!
O
relato bíblico esclarece que os que desceram ao sepulcro, não ouvem! Quando os
mortos ouvirem, é justamente pelo motivo de já estarem vivificados por
intermédio da ressurreição! “Pois, assim
como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica
aqueles que quer. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e
os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação.” João 5: 21 e 29
No
entanto, mesmo com toda coerência dessa explicação, ainda assim, fica a
interrogação, Cristo pregou ou não, naqueles três dias em que esteve no
sepulcro, aos mortos?
O
enunciado de Pedro, no molde interpretativo dos que crêem que sim, nos parece
ser muito consistente, por isso, a dúvida ainda persiste!
Volvendo,
então, ao enunciado de Pedro, no capítulo três, no verso dezoito, está escrito:
“Porque, também, Cristo padeceu uma vez
pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas
vivificado pelo Espírito.”
Não
resta a menor dúvida que quando o verso relata que Jesus estava mortificado na
carne, significava que Ele realmente estava morto!
No
entanto, na Edição Revista e Atualizada no Brasil, ao invés de relatar
vivificado pelo Espírito, ou seja,
ressuscitado por Deus, está escrito; vivificado no espírito, o que quer dizer, vivo em espírito! Colocando um hiato
entre as duas interpretações!
Na
segunda interpretação, Cristo estava morto na carne, contudo, vivo em espírito!
Uma vez vivo em espírito, Ele mantinha viva Sua lembrança; Seu pensamento; Seu
amor; Sua memória; Seu ódio e até mesmo Sua inveja! Nessa condição, Cristo
poderia pregar aos mortos!
Se
essa era a realidade de Jesus morto, essa deve ser também a verdade em relação
aos demais mortos! Se, no entanto, não é essa a realidade de qualquer morto,
também não foi aquilo que existiu efetivamente na morte de Cristo!
O
que a Palavra de Deus nos esclarece sobre as condições dos que já morreram?
Lembrando que, essas condições não foram diferentes em Cristo Jesus, morto!
Confirmemos
a condição de Jesus quando esteve morto!
Se
Cristo estava morto, Ele não tinha lembrança alguma, nem louvava mais, como
pode, então, pregar aos mortos? “Porque
na morte não há lembrança de ti; no
sepulcro, quem te louvará?” Salmos 6: 5
Deus
só recebe louvores dos vivos, pois Ele não é Deus de mortos, pois nos mortos já
pereceram, inclusive seus pensamentos! Essa era também a condição de Cristo
quanto esteve morto! “Louvarei ao Senhor
durante a minha vida; cantarei
louvores ao meu Deus, enquanto viver.
Sai-lhes o espírito e eles tornam-se em sua terra: naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.” Salmos 146: 2 e
4
Portanto,
Cristo, nosso Salvador, quando inanimado, não tinha amor; nem memória; nem ódio
ou inveja! Como poderia ter pregado aos mortos? “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem, tão pouco, eles têm jamais
recompensa, mas a sua memória ficou
entregue ao esquecimento. Até o seu
amor, seu ódio e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma neste
século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão
para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque, na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.”
Eclesiastes 9: 5, 6 e 10
Como
nos foi confirmado pelo relato bíblico, Cristo não poderia ter pregado o
Evangelho aos que estavam na sepultura! Portanto, fica demonstrado claramente
que Cristo não estava vivificado em espírito, pois, este estava absolutamente
inanimado!
Verifiquemos,
então, se a Bíblia confirma se Cristo foi ressuscitado por Deus, como reza o
texto, se Ele foi vivificado pelo Espírito!
Sem
muita delonga vamos demonstrar que, verdadeiramente, Deus O ressuscitou, e
desse fato, poucos são os que discordam! “E matastes o
Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos, do que nós somos testemunhas.” Atos 3: 15
“E
nós vos anunciamos que a promessa, que foi feita aos pais, Deus a cumpriu, a nós, seus filhos, ressuscitando Jesus.” Atos 13: 32
Não
resta a menor dúvida que a versão Revista e Corrigida na grafia simplificada,
da tradução de João Ferreira de Almeida, condiz melhor com a realidade dos
fatos!
Desta
maneira não fica dúvida, Cristo foi vivificado pelo Espírito, e não, vivificado em espírito!
Na
próxima semana estaremos concluindo nossa análise sobre a Pregação aos Mortos e
Batismo Vicário!
Que
Deus, então, continue nos abençoando! Amém!
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