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sábado, 20 de outubro de 2012

Janela Poética - SAUDADES



SAUDADES
                      Glauco César


Que saudades imensas
que sinto no meu coração.
Meu ser está vazio,
meu coração tem uma ruptura
que perdura, e fura
até o âmago de minh’alma.
Ao longe músicas suaves,
lentas e saudosas.
Tão suaves, que até
dá vontade de embalá-las.
Tão lentas que perco a paciência
e, fico com vontade de apressá-las.
Tão saudosas que me lembro de você.
Aí é que sinto sua ausência e,
perco outra vez a paciência,
pensando que você não vai voltar.
Mas, é bom eu notar,
quanto te quero, quanto te amo,
quanto estou em você e você em mim.
Quero-te ao meu lado,
aqui e agora.
A chuva está caindo,
molhando tudo em volta
e meu coração está encharcado,
meu pensamento ensopado,
meu corpo molhado.
É tanto água,
que sinto que meu coração se afoga,
não na água,
na saudade de você.

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