No
momento em que o ser humano encontra-se com Jesus, ele imagina que
Cristo fará uma série de proibições, ou mesmo, exija um comportamento
exemplar, para ter direito à eternidade, essa pessoa, no entanto,
surpreende-se com a postura de Cristo!
Ao invés do Filho de Deus se colocar como o único referencial, digno de ser seguido, Ele indica um guia seguro para o pecador.
Talvez,
para evitar interpretações dúbias, para não deixar transparecer aos
humanos, uma pitada sequer de egoísmo, ao tempo em que elimina também,
do próprio ser humano, ou, das organizações destes, a possibilidade de
consistir como uma referência a ser seguida.
É interessante notar a profundidade da declaração de Jesus, relatada no livro de João no capítulo 5: 30 – 32 e 34 “Eu
não posso, de Mim mesmo, fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, e o Meu juízo é justo, porque não busco a Minha vontade, mas a vontade do
Pai que Me enviou. Se Eu testifico de Mim mesmo, o Meu testemunho não é
verdadeiro. Há outro que testifica de Mim, e sei que o testemunho que Ele dá de Mim é verdadeiro. Eu, porém, não recebo testemunho do homem;
mas digo isto, para que vos salveis.”
O
que podemos filtrar numa análise, um tanto superficial, é que Cristo
está intimamente informando à pessoa pecadora, que ela não deve estar
atrelada às informações humanas nem sequer, dependente das instruções de
estabelecimentos de homens!
Para
que o pecador possa entender com mais profundidade, Jesus faz ver que,
quem testemunha deve fazê-lo de outrem e não de si próprio! Isto nos
remete a perceber que, na sua maioria, as denominações religiosas, se
colocam mais, como referências, que, propriamente apontam para o
referencial que é Cristo.
O
Filho do Homem, demonstrando uma humildade ímpar, além de apontar para o
Pai, Ele, então, revela para a humanidade, o único guia seguro, em meio
aos homens, que indica o caminho a ser seguido, Sua Palavra, A Bíblia.
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam” João 5: 39. Arrematando, então Cristo complementa: “Eu não recebo glória dos homens.” João
5: 41. Demonstrando, mais uma vez, ser Ele o único referencial, e não a
Instituição Religiosa, como muitos gostariam que fosse!
Quando
o Filho de Deus afirma que não recebe o testemunho do homem, Ele,
automaticamente esclarece o motivo, o homem, fatalmente não receberia a
eternidade, uma vez que, sua confiança estaria depositada na
instituição, que é algo humano, ao invés de estar firmada no Cordeiro,
que é divino.
Quando
o pecador chega até Jesus, e este, arremete-o para a Bíblia, passa a
existir uma relação íntima de afeto, entre Criador e criatura, a ponto
desta procurar entender, diariamente, a vontade dAquele que os criou,
através da Bíblia.
Foi
essa a experiência que ocorreu com os moradores da cidade de Bereia,
essa deve ser também a atitude de cada pessoa ao ouvir, qualquer
explicação sobre a doutrina de Deus, para desta forma, tirar as suas
conclusões!
Observe atentamente esse relato: “Ora
estes de Beréia foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica,
porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia, nas
Escrituras, se estas coisas eram de fato assim.” Atos 17: 11.
Quando
a pessoa não entra, diariamente, em estreito relacionamento com as
Escrituras, esse indivíduo, paulatinamente, vai se distanciando de Jesus
e, ao invés de refletir o altruísmo, peculiar do Mestre, passa a
adquirir o egoísmo desenvolvendo o ciúme!
Esse
ciúme embota o entendimento, privando até, de certa forma, que ela veja
claramente, sua efetiva condição espiritual! Foi o que aconteceu com
João, o discípulo amado, dentre os seguidores de Cristo, talvez, o que
mais se identificava com o mestre. Mesmo assim, ele não se viu privado
dessa triste experiência!
“E,
respondendo João, disse: Mestre, vimos um que, em Teu nome, expulsava
os demônios, e lho proibimos, porque não Te segue conosco. E Jesus lhes
disse: Não o proibais, porque, quem não é contra nós é por nós.” Lucas 9: 49, 50. Que extraordinário ensinamento deixado por Cristo!
Podemos
claramente identificar a característica de João, nesse incidente, com a
postura das denominações de hoje em dia, acham-se intimamente ligadas
com Jesus, arvoram-se como “igreja amada”, no entanto, estão com um
procedimento, totalmente exclusivistas!
Precisamos ter bastante cuidado, com nossa postura, pois, somos um com Cristo, nunca, o único que Jesus confia!
O
grande problema da igreja egoísta, é que ela está sempre enaltecendo
sua organização, sua postura, seu entendimento, sua pessoa, sendo ela
própria a grande referencial, e não Cristo.
Os
membros de igrejas com estas características estão sempre,
orgulhosamente, demonstrando quem ele é, e bradam altíssonantemente: ‘Eu
sou’ um fiel membro da igreja, tal... Esse é um grande problema!
As
pessoas se preocupam em demonstrar de qual denominação elas são,
quando, na verdade, deveriam demonstrar de quem elas são! Quiçá, que
todas as pessoas pudessem demonstrar que seguem a Jesus.
Os
que não seguem a Cristo demonstram por suas próprias ações, que estão
abandonando seu Senhor, retirando, por sua própria escolha, a
eternidade, por não mais querer andar com Cristo!
Já nos dias de Cristo este procedimento era comum! “Desde
então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam
com Ele. Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também, retirar-vos?
Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens
as palavras da vida eterna.” João 6: 66 – 68.
As
denominações não se aperceberam que Cristo é que é tudo em todos, e não
elas! Sábia foi a dedução de Pedro, ao reconhecer que somente Cristo, e
não a igreja, é o caminho para a vida eterna, como o próprio Jesus
esclareceu posteriormente, ao afirmar: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim.” João 14: 6.
Com o entendimento que toda humanidade pertence a Jesus, conforme compreensão do salmista Davi, que assevera: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” Salmos 24: 1
Pode-se chegar facilmente à conclusão que toda igreja/pessoa é de Cristo. Sendo,
portanto, igreja verdadeira de Jesus, podendo, como é natural, seu
juízo em relação às coisas referentes a Deus, estar correto ou,
incorreto!
Contudo,
Deus, franqueou a todos a oportunidade em Seu serviço, como
igreja/indivíduo para apontar para Cristo Jesus, o único caminho de
retorno a Deus!
Sendo
assim, não existe motivo plausível para se nutrir o espírito de
exclusivismo, que tem gerado tanto rancor entre as facções religiosas.
O
que se pode observar é que nossos irmãos, de outras denominações,
aceitaram a comissão de ir a todos, eles estão, ao modo deles,
anunciando para a humanidade carente, a pessoa de Jesus, como a única
solução dos problemas que afligem a alma humana!
Ao
invés das outras facções religiosas, através de sua irmandade, ficarem
agradecidas pelo cumprimento desse dever, eles preferem nutrir um
sentimento de pesar e deixam que a inveja tome conta do ser, afirmando
até, que esse labor foi em vão.
Por
qual motivo é que se insiste em não reconhecer o labor de cada igreja,
se o próprio Jesus é quem comissionou e, aceita o trabalho de cada um?
Importante é a declaração de Cristo, afirmando que aceita e espera que cada pessoa/igreja faça o que lhe compete!
Quão
deleitoso é, saber que Jesus aceita o trabalho de todos e quer ter a
todos junto a Si, e de forma nenhuma Ele rejeita o labor, nem muito
menos a pessoa que queira caminhar junto a Ele! “Todo o que o Pai Me dá virá a Mim; e o que vem a Mim, de maneira nenhuma o lançarei fora.” João 6: 37
Assim
concluímos que o dever das denominações bem como de cada indivíduo é,
basicamente, anunciar ao mudo, a pessoa de Jesus, Ele é tudo e, satisfaz
plenamente!
Compreendemos
também que cada pessoa será recompensada, não pelo entendimento do bojo
doutrinário que defendem, mas somente por aquilo que de Cristo ouvir! “E
diziam à mulher (igreja): já não é pelo teu dito que nós cremos; porque
nós mesmos O temos ouvido, e sabemos que Este é, verdadeiramente, o
Cristo, o Salvador do mundo.” João 4: 42.
Concluímos
também, que a missão de cada um de nós, é semear ou, conduzir a
humanidade até a pessoa de Cristo, o Filho amado de Deus!
Deve-se
entender que essa missão é supervisionada pelo Espírito Santo! É esse
Espírito que tem a capacidade de convencer a cada um do seu “pecado, e da justiça e o juízo.” João 16:8.
O
convencimento, portanto, não é atribuição humana, cabe ao Espírito,
porém, o Espírito Santo só realizará a Sua parte, se o pecador permitir,
pois, no princípio, Deus dotou o homem de livre arbítrio, e aquilo que
Deus dá, Ele afirma: “de maneira nenhuma o lançarei fora.” João 6: 37. Essa é a nossa garantia!
Sendo assim, ninguém é forçado a aceitar coisa nenhuma de Deus, se não o fizer conscientemente: “Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” Zacarias 4: 6.
Resumindo,
é dever de cada cristão, examinar cautelosamente as Escrituras, para
não incorrer no erro descrito por Cristo aos saduceus, quando afirmou; “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” Mateus 22: 29.
Esse é o nosso entendimento! Que assim seja!
É isso aí meu amigo!!!
ResponderExcluirAldery
Comentário colhido no face de minha amiga Iracema Miranda!
ResponderExcluirIracema Miranda Gomes - Caro amigo vou ficar com essa reflexão: "Essa é a vontade do meu Pai: Que todo homem que vê o Filho e Nele acredita, tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no ultimo dia." (jo 6: 40) e "EU garanto a vocês quem acredita possui a vida eterna" (Jo 6: 47) Portanto não se trata de instituições e denominações, mas de compreensão e essa vem na busca do homem em encontra-Lo e Nele permanecer. Mas o homem por si só não é capaz de o buscar sem o auxilio da pregação do anuncio e esse anuncio vem através das pessoas que se constitui a igreja.
Amiga Iracema, como você bem relembrou, Cristo ressuscitará no último dia, aquelas pessoas que conhecem e creem em Jesus, conforme relatado em João 6: 40.
ExcluirPortanto, para ter a vida eterna, basta crer em Jesus, é o que está comprovado em João 6: 47.
Como vimos, independe de quem seja o catequista, ou qual a instituição ou denominação que o instruiu nas matérias religiosas.
Concordo plenamente que independe de instituições e denominações, se bem que, estas se enquadram na responsabilidade de divulgar e instruir o único caminho que conduz para a vida eterna, que é Jesus Cristo.
Acredito também que o homem, por si só, dificilmente, sem o auxílio do Espírito Santo e das Escrituras Sagradas, divulgaria a Palavra, nem sequer apontaria para Cristo como o verdadeiro caminho a ser seguido, para conseguir a vida eterna.
Porém, entendo que o ponto focal é Cristo e não os pregadores nem as instituições, todavia, Cristo conta, justamente com a disponibilidade das instituições e das pessoas para a divulgação, mas, o que elas devem apontar como caminho é Cristo, tendo como base as Escrituras Sagradas. "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5: 39.
No meu texto, enalteço as instituições como franqueadas por Deus, tendo por objetivo apontar para Cristo como o único caminho de retorno à Deus!
Demonstro também que Cristo aceita o trabalho de todo operário comissionado por Ele, ou seja, as pessoas, pois, Jesus aceita o labor de cada um, e todos devem fazer a parte que lhe compete!
Concluo, então, afirmando que o dever das denominações e das pessoas é anunciar ao mundo a pessoa de Jesus Cristo, pois, Ele é tudo e satisfaz plenamente!
Grato pelo teu oportuno comentário.
Que a Santíssima Trindade continue te fortalecendo em amor, compreensão e discernimento!