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segunda-feira, 28 de julho de 2014

IDE - Como Cristo se Apresenta à Igreja de Tiatira

COMO CRISTO SE APRESENTA À IGREJA DE TIATIRA

Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.


AO ANJO DA IGREJA DE TIATIRA - Como não podia ser diferente, Cristo, falando através do anjo Gabriel, reporta a todas as pessoas, que viveram no período de Tiatira e, entraram ou não, em estreito relacionamento com a Divindade, como um único ser indivisível, que usando dos atributos da espiritualidade, deveria exercer o ofício de mensageiro entre Deus e seus semelhantes, ou seja, um anjo!
Diferente da compreensão dos demais intérpretes que, entendem que esse anjo a quem a mensagem foi direcionada, seja, tão somente, a direção responsável pela igreja ou, uma junta diretiva.
No nosso entendimento, à medida que uma pessoa se envolve numa relação de conhecimento e intimidade com Cristo, automaticamente, ela passa a ser mais um canal de divulgação das boas novas, ou seja, mais um a participar do exército do IDE, recrutado por Jesus, com a incumbência de divulgar aos que ainda não tiveram essa experiência gratificante com a Divindade!
Esse entendimento está respaldado na declaração encontrada no final de cada carta, onde se acha uma assertiva afirmando que todos que tenham aparelho auditivo, deveriam estar atentos às pronunciações do Espírito para todas as igrejas.
Como bem sabemos, não são, unicamente, os membros da junta diretiva que possuem ouvidos para ouvir. Todas as pessoas possuem. Além de que o Espírito fala para as igrejas e, não, meramente, para uma parte dela. Daí acreditar-se que esse anjo seja figura de toda criatura que esteja predisposta a ser instrumentalidade nas mãos de Cristo.
Diferentemente dessa visão, alguns comentadores afirmam que o anjo de Tiatira foi acusado do crime de conivência, onde esse anjo finge não ver, ao tempo em que encobre os atos perniciosos da igreja dominante! Por isso mesmo, Cristo não tolera nem vê com bons olhos o anjo irresponsável!
A inquietação que surge nesse modo de entendimento é que, essa carta passaria a ser um instrumento de acusação, ao invés de, conter informações com a finalidade de instruir e, se possível, a depender da postura de cada indivíduo desse período, modificar a maneira de agir.
Uma carta nesse molde criaria uma barreira intransponível entre a Divindade e o pecador. Ela criaria repulsa na pessoa faltosa e, não transmitiria o amor de Deus. Em sendo assim, dificilmente a pessoa culpada, reveria seus atos!

ISTO DIZ O FILHO DE DEUS – Havia transcorrido um pouco mais de sessenta e poucos anos, quando Jesus Cristo tinha sido levado ao sinédrio, naquele momento o Sumo sacerdote, apreensivo e repleto de dúvidas, perguntava se o Filho do homem era, de fato, Filho do Deus Bendito!
Aquela pergunta permaneceu como uma incógnita por muito tempo, obliterando, até mesmo, a capacidade de ponderação de muitas pessoas.
Passado essa quantidade de tempo, em carta a Igreja de Tiatira, Jesus se apresenta como sendo, indubitavelmente, o Filho de Deus.
Essa foi a única vez, em todo livro do Apocalipse que, Cristo se revela como sendo o amado Filho do Onipotente. Esse título Lhe confere a unidade com o Eterno, é Ele confirmando o que houvera dito no passado; “Eu e o Pai Somos um”. João 10: 30
Esta declaração de Jesus identifica-O como membro da Divindade e, coloca sobre Ele todos os atributos do Pai, tais como: onisciência, onipresença e onipotência! Sendo assim, o Salvador se revela como sendo Aquele que tudo vê, tudo penetra e tudo possibilita, “porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”. Colossenses 2: 9
É fácil entender por qual motivo Cristo se apresenta, uma única vez, no Apocalipse, como sendo Filho de Deus. Ele é tido como nossa única referencia, e como Aquele que ‘saiu vitorioso, e para vencer ‘ Apocalipse 6: 2.
Ficaria fácil o pecador justificar o seu fracasso, ele poderia argumentar que Cristo venceu, só pelo fato de ser Divino, se fosse humano, certamente não haveria de vencer!
Contudo, Jesus venceu o pecado, como humano, Ele nunca usou na Terra, Sua parte Divina, em benefício próprio. No entanto, Sua morte redentora, como humano, não salvaria a humanidade, foi preciso que Cristo morresse como Divino para salvar o humano!
A prova dessa assertiva é que Ele, a segunda pessoa da Divindade, ficou totalmente dependente do Pai, pois, tanto como Divino, quanto como humano, permaneceu morto no período de três dias. Jesus mesmo atesta com firmeza isto, quando se revela como Filho de Deus, afirmando: “Eu Sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui Estou vivo para todo o sempre” Apocalipse 1: 17 e 18.
Se Ele, como parte da Divindade, não tivesse morrido, não necessitaria de ter sido ressuscitado pelo Pai! “E matastes o Príncipe da Vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos.” Atos 3: 15
Por isso, na Revelação, só uma vez Ele se identifica como o Filho de Deus. Todavia, por ser mencionado como vencedor, nesse livro, normalmente, Ele se apresenta como Filho do homem para, como humano, ser a nossa referência.
Assim, o pecador, encontra estímulo, na pessoa de Cristo, para também, vencer as mazelas do pecado!




QUE TEM SEUS OLHOS COMO CHAMA DE FOGO – É comum se fazer uma analogia aos olhos de Cristo, neste contexto, como sendo um rigoroso aviso aos cristãos, não só daquela época, mas, de todas as eras por vir, de que os olhos perscrutadores do Onipotente, não titubearão ao fazer o julgamento do povo, com ardorosa severidade, e que os profanadores da congregação dos justos, serão irremediavelmente fulminados, pela ação corretiva de Jesus!
Que visão estonteante sobre Cristo, Sua Divindade e complacência! Esse seria um Deus sem reserva de bondade. Se Jesus tivesse este aspecto, só beneficiaria o Inimigo. Pois, é de uma Entidade Espiritual com essa característica que o Falsário gostaria de ter como adversário, uma vez que, nem precisaria falsificar a imagem de Jesus, esta particularidade seria suficiente para o Impostor sair vitorioso nesse embate! 
Se essa não é a figuração dos olhos como chama de fogo, como devemos, então, fazer uma aplicação condizente com o caráter do Filho de Deus?
Assevera o ditado popular que os olhos são espelho da alma, eles denunciam se uma pessoa está sendo franca ou, se está usando de fingimento! O texto relata que os olhos de Cristo eram como chama de fogo. O que quer dizer que nem era chama nem muito menos fogo. Portanto, era semelhante ou, tinha a aparência de chama de fogo.
Esse detalhe nos informa que, para entender essa afirmação, precisamos compreender o que vem a ser uma chama. Após ter ciência do que esse verbete representa, precisamos conhecer o que significaria, conforme proposto no texto.
 Inicialmente uma chama é a mistura de gases incandescentes que formam uma labareda, provocando uma intensa claridade, podendo ser sinônimo de luz ou conhecimento. Chama também pode ser figura de uma coisa feita com zelo e ardor, numa entrega totalmente altruísta.
Eis aí uma figuração que se encaixa perfeitamente com Cristo, Seu altruísmo é capaz de unir os gases putrefatos exalados pela humanidade em pecado, com o fluido incandescente do amor de Deus, fazendo com que a humanidade se prostre e, se converta numa tocha de luz, capaz de ter conhecimento do pecado e, queira abandonar o mesmo. Essa chama reflete todo o zelo e o ardor com que Jesus, altruisticamente se entregou na cruz do Calvário, refletindo o amor de Deus!
Assim, os olhos de Cristo são também fogo, não aquele tipo de fogo que simplesmente destrói e desintegra todo material que tenha combustão, provocando uma verdadeira calamidade!
O fogo não serve somente para a destruição, é certo que ele também tem seu lado benéfico. Apenas para a nossa informação, uma chama, necessariamente, não é fogo, ela pode até conter fogo, mas o ter, não indica que seja fogo.
Este, por sua vez, é o desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de matérias inflamáveis. Baseada nessa descrição poderá, então, entender com maior profundidade a figuração dos olhos como chama de fogo.
Certamente, esse simbolismo, tem por finalidade descrever o calor relacional entre o Divino e o humano, com o objetivo de derramar luz, que é figura de conhecimento e entendimento, para clarear o trajeto do cristão em meio ao mundo escurecido pelo pecado!
O fogo quando acontece em meio a grande quantidade de vegetação, enquanto tiver material de combustão, ele prossegue devastando. Esta figuração representa a pessoa que tem a chama do evangelho de Cristo, em existindo material de combustão, ou seja, pessoas com a mente aberta ao entendimento, o ímpeto do fogo da verdade, alcançará essas pessoas, por estar dispostas a ser purificadas pela ação do fogo de Deus. “Sabe, pois, hoje que o Senhor teu Deus que passa diante de ti, é fogo consumidor”. Deuteronômio 9: 3
Além de que o fogo, também serve para aquecer, daí o termo lar, que é o lugar da cozinha onde se acende o fogo, que por analogia, aproxima as pessoas duma mesma família, aquecendo e iluminando.
Essa figuração demonstra o quanto Cristo está interessado em participar da família humana para que, esta, desenvolva o desejo de fazer parte da família divina!

E OS PÉS SEMELHANTES AO LATÃO RELUZENTE – Alguns comentaristas fazem uma junção de pontos semelhantes entre coisas diferentes que são antagônicas em relação ao caráter de Deus.
Ao fazer uso de analogia com essa característica, tais analistas pintam um quadro que dá sensação arrepiante de medo, de pavor, chegando a incutir, no homem, uma repulsa ou mesmo, uma aversão deste, em relação à Divindade.
Entre estes analisadores existem os que defendem que esses pés semelhantes a ferro em brasa, tem por finalidade, sujeitar as pessoas, ou seja, torna-las dependentes, através da coação e do medo, para que assim, essas criaturas, rendam-se à vontade da lei, e do próprio Deus. “Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito” Hebreus 2: 8.
A mim me parece irracional acreditar que a Divindade sinta-se gratificada pela obediência forçada! Uma obediência nesse molde, não satisfaria o Criador, nem a humanidade, e estaria anulado por completo o sagrado livre arbítrio!
No entanto, essa postura, até um pouco irrefletida, é justificada e sustentada com razões e argumentos bíblicos, tal qual o registrado no próprio Apocalipse 2:27; “E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro.” Esses comentadores lançam mão da própria declaração de Cristo, demonstrando assim que Jesus referenda o entendimento desses analistas. “Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra” São Mateus 28: 18.
Arrematando essa percepção eles concluem; contra fatos não há argumentos. Por isso mesmo, os pés semelhantes ao latão reluzente, são figuras inequívocas da sujeição do homem em relação a Deus.
Todo transgressor que não dobrar sua própria vontade, este, sentirá a ira de Cristo, será pisoteado pela vara fumegante que são os pés de Jesus, que reduzirá cada faltoso em resíduos da combustão das substâncias do pecado.
Por certo, deve haver outra compreensão sobre os pés semelhantes ao latão reluzente.
Para tanto, precisamos de informações sobre coisas simples, que no cotidiano, achamos conhecer plenamente!
Todavia, como cristão não conhecemos o largo nem o profundo das possibilidades de Deus, portanto, necessitamos dEle, o entendimento!
Por isso, devemos trilhar o caminho percorrido por Cristo e, se possível, imitar todo Seu trajeto.
Que tal começar pelos pés? Quando Jesus esteve na região da Palestina, era comum se observar Seus pés empeirados.  No entanto, na ilha de Patmos, o vidente vê os pés do Filho do homem, numa condição bem mais apresentável.
Conforme Aurélio Buarque de Holanda, pé, seria a parte inferior da perna, que se articula com esta, assentando por completo no chão, e que permite a postura vertical e o andar. Podendo também ser a parte inferior de um objeto, por meio da qual ele se sustenta.
Essas definições do dicionarista Buarque, faz desse lexicógrafo, quase um perito em interpretação, deste texto apocalíptico, mesmo que, de forma não intencional.
Portanto, esta figuração dos pés semelhante ao bronze polido ou latão reluzente, agora, ganha um significado totalmente diferente, sendo muito mais Cristocentrico!
Nessa visão, Cristo deixa o Céu, vem para a parte inferior, no caso, a Terra, se identificando por completo com ela ou, se assentando no chão, onde, aqui, o Divino articula com o humano, a maneira de possibilitar a este, que se levante do lamaçal do pecado, imitando a postura ereta do Filho de Deus, para andar conforme o Filho do homem, aqui andou!
Nessa figuração, sentimos o envolvimento da Divindade em auxiliar o homem fracassado, levantando-o e, possibilitando seu retorno à Eternidade!
Definição esta, onde percebemos que Cristo se humilha, tornando-se, por assim dizer, a parte inferior do homem, mas, que dá sustentáculo a ele, é, portanto, o que dá suporte ao homem e o mantém de pé! Jesus é o exemplo a ser seguido! “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achando na forma de homem, humilhou-se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus O exaltou soberanamente, e Lhe deu um nome que é sobre todo o nome” Filipenses 2: 5 – 9.
Agora temos motivos coerentes para seguir a pisada de Jesus e, todo que queira retomar a Eternidade terá que fazê-lo! “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as Suas pisadas” I Pedro 2: 21.
Que esta seja a minha e a tua postura, meu amigo leitor!

4 comentários:

  1. Comentário de minha amiga Kátia Sitônio, leitora assídua, colhido no face!

    Katia Sitônio Mesquita - Fiz meu comentário no blog, não sei se foi.Minha conclusão é que Jesus é puro amor, veio ensinar a lei do amor, amor ao PAI, concluindo que ELE não tem olhar de opressão, temos que comparar sua conduta com a que nós conhecemos DELE. Não usar força de expressão, que as vezes escrevem . Só não sei o que é anjo de Tiatira, gostaria de saber!

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    1. Amiga Katia, você não pode comensurar como é gratificante esse nosso contato semanal em torno de assuntos espirituais!
      Fico bastante gratificado com sua participação enriquecedora! Estou convicto que você é uma pessoa com entendimento afinado e iluminado!
      Tentando responder sua pergunta e, repassando minha compreensão, eu poderia resumir da seguinte forma.
      Quando a Bíblia, principalmente nos textos proféticos, faz alusão a anjo, nem sempre está se referindo a um ser celestial. Pois, anjo é símbolo de Mensageiro, ou seja, um ser humano, que se predispõe a divulgar a mensagem de Cristo! Sendo assim, todo ser humano que queira ser um instrumento nas mãos de Deus, pode ser tratado como um anjo.
      Nesse caso, anjo de Tiatira, está fazendo alusão as pessoas que viveram no período histórico que representa a Igreja de Tiatira. Portanto, Tiatira representa o período da Idade Escura, ou Idade Média, que corresponde aproximadamente de 538 AD até 1798 AD. Nos próximos textos estarei comentando com mais detalhes. Aguarde!
      Que Deus continue abençoando a você e toda sua família!

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    2. Resposta de minha amiga Katia, colhido no face!

      Katia Sitônio Mesquita - Muito obrigada por me culturar evangelicamente!

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  2. Amiga Maria Silva, te agradeço pelo compartilhamento deste singelo artigo. Tenho certeza que os olhos do misericordioso amigo, companheiro e Salvador, estão voltados para ti, cada vez mais, refinando tua vida espiritual

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