IDE - O Anjo Apresenta Cristo à Igreja de Pérgamo

O ANJO APRESENTA CRISTO À IGREJA DE PÉRGAMO

Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com

        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.

E AO ANJO DA IGREJA QUE ESTÁ EM PÉRGAMO – Reiteradas vezes, ao certo, na totalidade de sete, sendo uma em cada carta, sempre foi direcionada, primeiramente, ao anjo da igreja. Essa é a metodologia divina, para fixar na mente de cada indivíduo, pertinente ao período em foco, para não se esquecer, uma vez que, com o advento do pecado, a mente humana precisa ser constantemente informada para não fugir de sua memória as instruções, para que estas possam ser armazenadas pela percepção e pela mente humana!

Então, usando do mesmo conjunto de métodos, regras e postulados, utilizados pelo Eterno, em cada uma das cartas, façamos a aplicação, decifrando, não porque esteja mal escrito, mas, para que seja fixada de forma indelével, para que não venha a desvanecer, no transcorrer do tempo!

Nesse caso, o anjo mencionado na carta, como foi analisado nas duas missivas antecedentes, não é uma alusão ao ser espiritual que serve de mensageiro entre Deus e os homens! Não, uma vez que é inadmissível que seres humanos imperfeitos venham admoestar seres espirituais que não passaram pela experiência do pecado!

Nem tão pouco é uma referência a uma diminuta classe de cristãos, especificamente os administradores das instituições eclesiásticas conjuntamente com seus sacerdotes. Não! Pois, as cartas não foram direcionadas para as denominações eclesiásticas. Muito pelo contrário, foi direcionada a todas as pessoas que têm ouvidos para ouvir e, não são só os ministros do Evangelho e seus administradores que têm ouvidos! Todas as criaturas têm!

Portanto, o anjo, deve ser entendido, como toda pessoa que esteja disposta a ser mensageira de Cristo e esteja disponível para divulgar o teor dessa carta, de forma coerente e inteligível! Portanto, é tida por Deus, como Anjo da Igreja!

O interessante nesse caso específico, e na maioria das cartas, é que foi ordenado que o anjo da igreja escrevesse aquilo que ele concebia o que nos leva a crer que, o termo anjo, inicialmente foi direcionado ao próprio vidente de Patmos, foi ele quem escreveu as cartas após receber a revelação.

João, portanto, foi o primeiro mensageiro, e ele não se esquivou de sua responsabilidade. Cabe, portanto, aos demais mensageiros, ser fidedignos na incumbência proposta pelo Escrutinador Eterno.

A missão de cada anjo, ou pessoa que tenha ouvido para ouvir, deve ser de preparação do caminho, conforme o enunciado em Malaquias 3: 1 pp. “Eis que Eu envio o Meu anjo, que preparará o Caminho diante de Mim”.

Esta porção do verso é muito significativa e esclarecedora, uma vez que indica a função geral de cada pessoa/anjo, o itinerário a seguir e a meta a ser atingida!

Esse trecho nos dá uma tranquilidade responsiva, uma vez que nos comissiona a tão somente preparar, de forma coerente e inteligível a mente das pessoas, todas que estejam perceptíveis para abrigar a semente da Palavra e, assim direcioná-las ao Caminho, que é Jesus Cristo, conforme Ele mesmo nos revelou quando afirmou: “Eu Sou o Caminho, e a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim”. João 14: 6
                        Observe nesse verso que Jesus é enfático ao afirmar que Ele é quem é o Caminho, e não as instituições eclesiásticas, como normalmente se arvoram!

Nosso objetivo, portanto, é chegar ao abrigo do Pai, e isto por intermédio do Filho, que é o Caminho que verdadeiramente nos conduzirá para a Vida Eterna!

COMO CRISTO SE APRESENTA À IGREJA DE PÉRGAMO

ESTAS COISAS DIZ AQUELE QUE TEM A ESPADA AFIADA DE DOIS GUMES – Antes mesmo que Cristo tivesse inserido qualquer mensagem para essa Igreja, Ele se antecipa e reforça Sua descrição registrada no capítulo primeiro e verso dezesseis do Apocalipse, onde Ele se retrata como tendo uma afiadíssima espada de dois gumes saindo de Sua boca!

Certamente que o Infalível Mestre, conhecedor dos procedimentos dos habitantes desse período, era necessário demonstrar, antes de qualquer coisa, que Ele por ser Misericordioso em Amor, nada, mais nada, O esquivaria de fazer uso de Sua inevitável justiça, caso assim fosse necessário!

Relembremos, portanto, a figuração dada para essa espada de dois gumes!

Antes, porém, lembremos de novo que os governadores de Pérgamo, eram condecorados com o símbolo de autoridade, a espada de dois gumes!

Reportando, inicialmente ao enunciado do apóstolo Paulo relatado em Hebreus no capítulo quatro e versículo doze onde afirma que; “A Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.

Paulo, o apóstolo de Jesus Cristo, desta feita se reportando aos habitantes de Éfeso, reitera esse entendimento; “Tomai também o capacete da salvação, e a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”. Efésios 6: 17. Dessa maneira não resta o menor resquício de que a espada de dois gumes seja uma alusão às Escrituras Sagradas!

Conforme esse entendimento, essa espada, nada mais é que a Palavra de Deus! Nós temos essa palavra consubstanciada integralmente, em relação ao plano da salvação, nas Escrituras Sagradas, sendo que os dois gumes ou fios afiados são o Novo e o Velho Testamento, conforme a divisão da Bíblia, encontrada na atualidade!

Por conseguinte, nunca se deve inquietar-se por receio dessa espada que contém fios amolados, a ponto de aguçar mordazmente intensificando nosso pavor! Não, esse não é o objetivo dessa arma branca de lâmina pontiaguda com dois gumes apurados.

No entanto, o amor benevolente de Cristo, repassado através da leitura minuciosa de Sua Palavra, tem a capacidade de afinar e purificar o nosso caráter, através da ação desses dois gumes, que com certeza nos capacitará a aguardar com tranquilidade o futuro, permanecendo sobranceiro no dia da Vinda de Deus e Volta de Cristo! “Mas quem suportará o dia da Sua vinda? E quem subsistirá, quando Ele aparecer? Porque Ele será como fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi, e os afinará como ouro e como prata”.

Que fique registrada em nossa mente, que essa espada jamais, por hipótese alguma, tornar-se-á em ferramenta de punição! É bom lembrar que o nosso Deus é amoroso, e como tal jamais será punitivo. O que geralmente descrevemos como punição divina, na verdade, é a consequência inevitável de nossas escolhas legítimas! Fique atento ao que Paulo nos informa escrevendo aos romanos. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Romanos 6: 23

Por Deus ser a Divindade amorosa e justa, Ele além de respeitar, também aceita, justamente, as nossas escolhas, que foram tomadas de forma refletida e embasada na espada de dois gumes afiados, Sua Palavra infalível e eterna!

Portanto, os vencedores, serão condecorados com a vida eterna, confirmados pela autoridade da Palavra de Deus, referendados pelo Filho que é Jesus Cristo e confirmado pelo imparcial e íntegro Pai! 

AS OBRAS

EU SEI AS TUAS OBRAS – Quando Jesus afirma que sabe, é fácil entender que a Divindade conhece todas as coisas, mesmo antes de haver acontecido, é justamente essa capacidade que O diferencia das demais criaturas! A Divindade é o único ser que possui a onipresença, onisciência e onipotência, por isso, Ele tem conhecimento de todas as coisas!

Então, baseado na ubiquidade divina, uma vez que os humanos não têm onipresença, contudo, compreendem que as advertências, censuras e repreensões amenas, provenientes do paço celestial, procedem de Alguém que conhece em total peculiaridade as dificuldades enfrentadas pelos moradores da terra.

Jesus, portanto, está disposto e habilitado a solucionar de forma adequada e eficiente, cada uma de nossas dificuldades!

Ele está esperando, tão somente, que cada indivíduo, franqueie seu intelecto tornando livre o acesso da força de Deus, que por certo, motivará e habilitará a todos que assim procederem, a desempenhar com contento suas obras amorosas e responsivas que, por fim, tornará apto para a vida eterna!

As obras que Jesus afirma conhecer, não são os efeitos do trabalho ou da ação meritória que os habilitaria para a eternidade!

Todavia, são os feitos, aquelas ações que refletem as atividades mais particulares e íntimas de uma pessoa restaurada pela contemplação do amor de Cristo, que passa a refletir em sua conduta seu caráter moral, que é automaticamente reconhecido e aprovado por Jesus!

Por outro lado, Jesus também conhece as obras da parte da igreja que não tem refletido de forma nítida o seu envolvimento com Cristo e os semelhantes! Para estes o ‘conhecer’ as obras é uma veemente denúncia, obviamente, com o intuito de reverter essa situação.

No entanto, só quem é capaz de dar consequência ou destino diferente para essa situação, só mesmo o próprio pecador!

Todavia, se o transgressor insistir em permanecer em falta, ele estará confirmando sua culpa, fato este que, com pesar Jesus terá de revelar ao Universo, quando for descerrada a cortina que encobre os mais íntimos segredos da humanidade, a desastrosa posição tomada pelo pecador que se declara réu culpado!

Não há como Deus reverter essa situação, pois, o culpado não permite que a Divindade o restaure! Assim com pesar no coração, Deus reconhece como legítima a postura do réu confesso!

Que eu e você, meu caro leitor, estejamos predispostos a permitir que a força, o poder, e a sábia virtude de Cristo faça uma varredura em nossa vida, para assim, reluzirmos com a claridade do Sol da Justiça!