CONJECTURAS
SOBRE O PECADO
Educador Glauco César
Educador Glauco César
Com o
intuito de derramar luz, fazendo escoar entendimento de maneira lógica,
represando um pouco de racionalidade na compreensão das cenas iniciais da
grande e milenar controvérsia entre o bem e o mal, a verdade e o erro e, finalmente
entre Cristo e Satanás, é que ansiamos na abertura da mente na compreensão, não
do que venha a ser pecado, mas, sobretudo, em que dia específico da semana ele
alcançou o ser humano.
Certamente
o relato bíblico não especifica exatamente esse dia, contudo, crendo que esse
entendimento é de capital importância para a nossa espiritualidade, tendo a
certeza que o Consolador, o espírito de
verdade (João 15: 26), esclarecer-nos-á tudo
que ouviu de Deus (João 15: 15), Ele
não nos deixará em dúvida, também sobre esse pormenor!
Crendo
nessa relação de amizade com o Infinito é que almejamos a identificação desse
dia, portanto, tomemos conhecimento, do dia, que julgamos, o fato tenha
ocorrido!
Havia
um perfeito relacionamento de amizade, amor e afeto entre o Pai o Filho e o
Espírito Santo e um mais perfeito gozo entre a Trindade e os seres celestiais.
Felicidade
tamanha, que figurativamente, extrapolava o limite do coração de Deus. O Pai,
finalmente chama Seu Filho, que em conjunto com o Espírito Santo, chegam à conclusão
de que precisam criar novos seres para que esses pudessem usufruir de tamanha ventura, e assim, o universo pudesse, cada vez mais, refletir o caráter de Deus
que é a essência do perfeito contentamento, baseado, principalmente, na liberdade de
consciência, pois, os seres celestiais são dotados de plena intelectualidade.
No
entanto, afora a Trindade, havia um anjo, querubim cobridor e ungido de Deus,
que se destacava dos demais seres celestiais; por isso mesmo era respeitado e
honrado, por ser entre as criaturas o mais elevado em poder e glória entre os
demais habitantes do Céu.
Esse
ser ficou conhecido como Lúcifer, o filho da alva, o anjo de luz, santo e
incontaminado. A claridade que repousava sobre ele era proveniente da glória de
Deus, pois ele permanecia na presença do grande Criador, por isso Lúcifer era repleto
de sabedoria e demasiadamente belo.
Contudo,
algo estranho começava a acontecer com este poderoso anjo celestial, por ser formoso, sábio e perfeito, pois, nele reunia todas as qualidades concebíveis pela divindade, atingindo o mais alto grau na escala de valores dos anjos, correspondendo precisamente ao conceito de padrão idealizado por Deus; chegou a pensar que a Trindade o convidaria a tomar
parte ativa na Criação da raça humana; tencionava assim, passar do estágio de
criatura e finalmente chegar a ser um Criador.
Diz
a Bíblia no livro de Ezequiel 28: 15. “Perfeito
eras nos teus caminhos, desde o dia em
que foste criado, até que em ti se achou iniqüidade”. O verso 17 pp.
complementa: “Elevou-se o teu coração
por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu
resplendor”.
Esta
postura legítima desse poderoso anjo deixa transparecer dois pontos em
especial. Primeiramente ele possuía o livre-arbítrio e, em segunda instância, o
fato de ter discordado do governo de Deus não é prova de que havia imperfeição em
sua constituição moral.
Muito pelo contrário, pois, é
justamente a capacidade de poder discordar do Criador, que revela cabalmente, a
perfeição de seu caráter! Esse procedimento de Lúcifer, vinha acompanhada de firmeza e coerência de atitude, fato que denotava nessa postura, a anuência do Criador! Lúcifer então, de forma legítima fez suas próprias escolhas, isto comprova que a Divindade é o Deus do livre-arbítrio!
Todos os seres criados tinham os caracteres distintivos totalmente desenvolvidos, sem deixar margem de dúvida da perfeição de Deus em si próprios, mudando esta postura, somente após a entrada do pecado no universo!
Assim, a discordância em si não é agravo contra Deus, este só veio a existir quando Lúcifer tomou consciência daquilo que ele tencionava era totalmente contrário à verdade, se configurando como pecado.
Portanto, pecado é permanecer contrário àquilo que conscientemente sabemos ser uma afronta à vontade da Divindade!
Assim, a discordância em si não é agravo contra Deus, este só veio a existir quando Lúcifer tomou consciência daquilo que ele tencionava era totalmente contrário à verdade, se configurando como pecado.
Portanto, pecado é permanecer contrário àquilo que conscientemente sabemos ser uma afronta à vontade da Divindade!
Meu
querido leitor, quantas vezes, nós, pequeninos seres humanos, incorremos no
mesmo erro de Lúcifer; achamos que compreendemos toda a verdade de Deus, ou
quem sabe, queremos enaltecer-nos porque dedicamos o nosso tempo, talento e
conhecimento para as coisas do Altíssimo ou, achamo-nos pessoas justas, quando
na verdade “o pecado jaz à nossa porta”
Gêneses 4: 7, corrompemo-nos ante a nossa suposta sabedoria e passamos a
tratar os simples de coração com aspereza, severidade e desamor.
Precisamos
estar atentos e vigilantes, pois a Bíblia nos aconselha em I Coríntios 10: 12 “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe
não caia”.
O
que aconteceu com Lúcifer, este príncipe dos anjos, foi que ele cobiçou a
posição de Deus, confirme na Bíblia o relato: “Eu subirei ao Céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e
no monte da congregação me assentarei... subirei acima das alturas das nuvens,
e serei semelhante ao Altíssimo”. Isaías 14: 13 e 14.
Este
pensamento solitário quebrou a perfeita harmonia que havia no Céu e o anjo
começou a nutrir sentimentos de inveja em relação ao Filho de Deus, Cristo
Jesus.
Ao
ser, de forma amorável e cortês informado que definitivamente não tomaria parte
na obra criativa da humanidade, este poderoso anjo, não tardou em usar o seu
livre-arbítrio de forma funesta, desencadeando argumentos facciosos, com o
intuito de denegrir o caráter de Deus, disseminando dúvidas sobre o justo
governo do Altíssimo.
Aquele querubim cobridor dizia que Deus, o Todo Poderoso, formaria novas criaturas
para preencher o vazio que havia no Seu ser, pois a adoração e o constante
louvor dos entes celestiais estavam insuficientes para satisfazer o Seu ego;
dizia também que Deus era desleal com os anjos ao impor leis e exigir uma cega
observância.
Contudo,
seus argumentos não foram suficientes para apagar a justiça Divina e nem
remover na maioria dos seres celestiais o fato de que a Lei de Deus é perfeita.
Desta
forma, Deus prova a todo o universo que é Amor, não destruindo a Lúcifer, pois,
se assim O fizesse, alguns anjos, talvez, O servissem por pavor em vez de
fazê-lo por um amor inteligente e saudável.
Esta
rebelião, iniciada no caráter de Lúcifer, ganha a dimensão dos anjos e o
transforma em Satanás, o inimigo e adversário de Deus, de Sua Lei, da Verdade e
de Seu povo. Como conseqüência gera uma grande batalha Moral no Céu. É então
anunciado que Satanás deveria ser expulso da habitação do Altíssimo.
Aquele
que intentou subir às mais altas nuvens e ser semelhante a Deus, é, então,
desgraçadamente, precipitado para o abismo. “Então houve guerra no Céu: Miguel e os Seus anjos batalhavam contra o
dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não prevaleceram, nem mais o
seu lugar se achou no Céu. E foi precipitado o grande dragão, a antiga
serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi
precipitado na Terra, e os seus anjos foram precipitados com ele”.
Apocalipse 12: 7 – 9.
Satanás
chega a Terra com o mesmo espírito que nutria no Céu, desprezo total à Lei, ao
Pai, e principalmente ao Criador que é o Filho Jesus, pois o inimigo agora não podia
suportar a justiça divina, e constantemente lhe vinha ao pensamento às cenas
vergonhosas de sua expulsão juntamente com seus simpatizantes.
Apesar
de que após o esvaziamento do Céu dos seres revoltosos, a paz e a harmonia
tenham voltado a reinar naquele ambiente, nunca mais a felicidade e a alegria
se tornaram plenas, pois a Trindade em Sua misericórdia sentia o vazio da perda
daqueles que um dia tinham sido amados e sentido o gozo da felicidade
celestial.
Deus
providencia imediatamente a execução do que havia planejado, fazer o homem à
Sua imagem e semelhança para poder habitar a Terra recém preparada para receber
o ser humano. Assim, Pai, Filho e Espírito Santo empenham-Se nesta grandiosa e
poderosa obra, e rejubilam-Se ao contemplar que tudo que fora Criado era
extraordinariamente belo.
Sempre
esteve registrado no pensamento de Deus a plena, total e irrestrita felicidade
de Seus filhos. Era desejo do amante Pai e Criador que o homem, ao ser formado
viesse a usufruir cada ato criativo. Desta maneira, fica revelado o interesse da
Trindade pelo ser humano antes mesmo deste ser gerado.
A
terra foi formada para ser habitada pelo gênero humano e a este foi dada a
capacidade de desfrutar plena e integralmente as obras das mãos dAquele que
está assentado no Trono Universal.
No
primeiro dia, Deus iluminou a Terra com Sua luz, que traduz a alegria e o
contentamento proveniente do Criador. Ao homem que foi gerado, posteriormente,
no sexto dia, Ele dotou de olhos para contemplar as belezas que a luz solar
proporciona, para divisar as deslumbrantes cores do arco-íris, para apreciar os
delicados matizes que a natureza nos apresenta através de sua flora e fauna.
Sem a luz dos olhos, o homem não seria plenamente feliz.
No
segundo dia, o Criador equilibrou as águas nas nuvens, protegendo a Terra com
uma densa camada de ar. No homem Ele soprou o fôlego da vida, e doou o olfato
para sentir as fragrâncias que a natureza nos oferece. O aroma desprendido das
árvores, flores e frutos, dá ao homem o cheiro de vida para a vida, enchendo de
contentamento sua existência.
No
terceiro dia, alcatifou o solo com a verde relva, ornamentou as campinas com as
mais variadas flores, vestiu as encostas dos outeiros com pomares que davam os
mais variados frutos com suas sementes, além de emprestar oxigênio, sombra e
frescor ao ambiente. No homem colocou o paladar para impressionar o apetite, e
assim, saborear o gosto dos diversos frutos produzidos pela terra. O verde da
relva é o colírio natural providenciado por Deus para dar descanso aos olhos.
Sem os vegetais o homem não duraria muito tempo sobre o planeta, por isso Deus
os fez para trazer satisfação ao homem.
No
quarto dia, Deus suspendeu luminares no espaço, embelezando o firmamento com
estrelas, sustendo-as no ar. Ao homem concedeu sabedoria para reconhecer o
poder do Criador, deu entendimento para confirmar as delimitações das estações,
dias e anos, bem como dotou o ser humano de aptidões para raciocinar e escolher
as maravilhas de Deus, que com certeza o conduzirá a usufruir a bem-aventurança
celestial.
No
quinto dia, povoou o firmamento com os pássaros, para habitar as árvores das
colinas, dando graça e beleza, enchendo o ambiente de melodiosas e suaves
canções. Criou também os belíssimos cardumes para habitar os oceanos, rios e
lagos. Ao homem dotou de ouvidos para perceber os cantos maviosos dos pássaros,
os zumbidos de alguns insetos e bisbilhos de outros pequeninos seres; a
capacidade de perceber o murmúrio do mar e distinguir o leve ruído das ondas,
bem como diferenciar o retumbar dos trovões, da voz sussurrante e cálida de
Deus falando no íntimo de nossa consciência. Tudo isto enche a vida da humanidade
de alegria.
No
sexto dia, Ele criou os magnificantes animais das selvas, os majestosos répteis
dos pântanos, os demais animais que habitam as colinas e as gélidas regiões
polares. Ao homem deu o augusto direito de nomear e domínio sobre os animais, o
livre-arbítrio que é a responsabilidade de escolher e tomar as suas próprias decisões, como também
a capacidade de tornar Deus feliz, seguindo os Seus conselhos e praticando a
Sua Vontade.
Uma
vez preenchido os requisitos providenciados pela Trindade para que o homem pudesse
ser plenamente feliz, Criou, pois,
Deus o homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança (Gêneses 1: 26). Tudo foi feito pelo Filho, Jesus Cristo e
sem Ele nada do que foi feito se fez (João 1: 3).
Ao
formar o homem, Cristo não se limitou apenas a falar, mas tomou do pó da terra,
moldou o barro, sendo obra de Sua mão, deixando impresso no homem Sua digital, mostrando
desta maneira o grau de afinidade e relacionamento amável que deveria haver
entre criatura e Criador. “Soprou-lhe
nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente”. Gênesis 2:
7.
Com
um caráter próprio, o homem ganha a capacidade, de raciocinar, escolher,
decidir e, sobretudo, reconhecer que os caminhos de Deus são os melhores. Ao
terminar a Sua obra resplendorosa, Cristo elevou o homem à dignidade Real.
Ao
ser o homem coroado da emergente glória de Cristo, Satanás enciumado redobra
sua ira contra Jesus, o Criador e, jura vingança a Deus, canalizando toda a sua
ira contra o homem recentemente Criado. Planeja, então, uma maneira de
desvirtualizar a criatura e ao mesmo tempo afrontar a Deus, manchando a
autoridade moral do Criador ante o Universo, transformando a Criação num ato
vergonhoso.
Assim,
o inimigo imaginava ver Cristo totalmente prostrado, vencido e fracassado.
Uma
vez usufruindo a total felicidade preparada por Deus, toda a humanidade, nas
pessoas de Adão e Eva, unia constantemente suas vozes aos dos pássaros e dos
demais animais, num harmonioso cântico de reconhecimento, adoração e amor à
Trindade.
Todavia
o casal Criado sentia a falta de um tempo em que pudesse perceber o coração
plenamente agradecido ao profundo amor que nutria ao Criador e tivesse a
possibilidade de expressar sua gratidão e reverência em forma de “Culto racional, santo e agradável ao
Senhor”. Romanos 12: 1.
Para
preencher esta lacuna, Deus, então, estabeleceu o Sábado para o homem, a fim de
que ele pudesse de maneira mais ampla, contemplar as obras de Deus e meditar em
Seu poder, bondade, gratidão e posteriormente, se relacionar com a família e os
semelhantes. “Abençoou Deus o Sétimo
dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra que Criara e
fizera”. Gênesis 2: 3.
Como
podemos notar, o Sábado foi estabelecido para o homem (Marcos 2: 27), a humanidade em geral. Não para os judeus ou os israelitas, não para
os Adventistas, e sim, como sendo “o
dever de todo homem”. Eclesiastes 12: 13.
Conhecendo
as necessidades essenciais do homem, Deus, então, providenciou o arremate para a
felicidade do mesmo, estabelecendo o Sábado. Se você, meu querido leitor,
estiver à procura da felicidade celestial, nas coisas que o mundo oferece, tais
como: filosofias; ideologias; religiões ou algo semelhante, certamente não
encontrará, pois a felicidade plena só existe no Criador! O Sábado é o elo
perdido da felicidade. Somente no
Mandamento do Sábado é que divisamos Cristo como Criador do Universo, por
isso é que o inimigo tanto combate este Santo dia.
Igualmente,
quando compreendemos as maravilhas de Deus, nos tornamos imensamente felizes,
distribuindo alegria aos que nos rodeiam. Pois entendemos que o Pai celestial criou todas as coisas para nos servirem de deleite e satisfação. E quando
seguimos o plano do nosso Criador, tornamo-nos realmente felizes.
Você
gostaria de desfrutar da felicidade celestial? – Então faça a vontade de Deus,
guarde os Seus Mandamentos e seja plenamente feliz!
No
Sábado Deus descansou de toda a Sua obra que criara e fizera; em outras
palavras, o descanso de Deus é o contentamento do Criador ao contemplar o
desempenho perfeito de Sua obra que estabelecera. Deus sentia-Se gratificado,
ao reconhecer que o casal criado refletia plenamente a imagem de seu Criador,
por isso era capacitado para vencer as tentações e ciladas do inimigo. Esta
capacidade do homem, tornava Deus feliz e recompensado. É por ter-Se sentido
realizado, satisfeito e reconhecido, que Deus pôde então descansar.
Deus
descansou, contudo, em momento algum se descuidou da segurança e bem-estar do
homem. A prova desta afirmativa é que na viração do dia, Deus mesmo veio ter
com o casal e com certeza explicou que o inimigo estava como leão que ruge ao derredor de sua
presa (I Pedro 5: 8), tentando enganar o
homem.
Mas
o homem não precisava ceder às tentações do inimigo; para tanto, Deus ensinou a
Adão e Eva as dez regras áureas para preservar a felicidade concedida por Ele.
Estas dez regras áureas estão substanciadas nos Dez Mandamentos. I João 2: 7. “Amados, não vos escrevo Mandamento novo,
mas Mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este Mandamento antigo é a
Palavra que ouvistes”.
Sabe?
Meu querido leitor, se você deixar de obedecer a um dos Mandamentos da Lei de
Deus, com certeza, você terá perdido um importante atributo da felicidade
celestial; portanto, para se ter à felicidade total em Deus, precisamos reunir
os dez atributos da felicidade em nossa vida, através do exercício da fé.
É
importante notar que estes dez atributos ou Mandamentos são a expressa imagem
do caráter, ou vontade de Deus. Existe uma relação muito grande entre Deus, o
homem e os Mandamentos.
Lembre-se,
Deus formou o homem à Sua imagem e semelhança, moldando-o no barro, imprimindo
nele Sua digital, demonstrando assim o grau de intimidade entre criatura e
Criador.
Algo
semelhante aconteceu com os Mandamentos, Deus não permitiu que homem algum, nem
mesmo o próprio Moisés, quando recebeu Sua revelação, escrevesse os Seus
Mandamentos no momento que foram confiados ao profeta.
Note
que foi o próprio dedo de Deus quem os escreveu, deixando nos Mandamentos Sua
digital. Êxodo 31: 18 “E deu a Moisés,
quando acabou de falar com ele no monte Sinai, as duas tábuas do testemunho,
tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus”.
Desta
maneira, é demonstrada a relação que deveria existir entre Deus, os Dez
Mandamentos e o homem, pois os
Mandamentos como a Terra, foram feitos para a total felicidade da humanidade.
Estes
Mandamentos, que estão registrados em Êxodo 20, são capazes de propiciarem
felicidade a todo o humano, porque o nosso amorável Pai e Criador imprimiu
o Seu código Moral na nossa mente, para que, no momento oportuno e de
necessidade recorrêssemos a esta maravilhosa Lei.
Observe
a efetivação deste fato, relatada em Hebreus 8: 10. “Depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as Minhas Leis no seu
entendimento, e em seu coração as escreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão
o Meu povo”.
O
inimigo, que procurava uma maneira de destruir o homem e ao mesmo tempo expor a
imagem de Deus e de Cristo ao ridículo, encontrou exatamente no Sábado o ponto
de apoio para seu intento maléfico e funesto.
Ele
sabia que o Sábado foi estabelecido como memorial
da Criação e apontava a Cristo como o Deus Criador de todas as coisas, sabia
também que é o sinal de que Jesus é o Senhor nosso Deus. Confirme em Ezequiel
20: 20. “E santificai os Meus Sábados; e eles servirão de sinal
entre Mim e vós, para que saibais que Eu Sou o Senhor vosso Deus”.
Além
de que, o Sábado é o sinal para
Santificação do homem. Observe esta premissa em Ezequiel 20: 12. “Demais lhes dei também, os Meus Sábados,
para servirem de sinal entre Mim e eles; a fim de que soubessem que Eu Sou o
Senhor que os santifica”.
Imagino
que Satanás pensou consigo mesmo: Se o
homem me obedecer exatamente no dia de Sábado, não só destruirei a raça humana,
como exporei a Trindade ao escárnio, frustrando toda Sua obra Criativa,
prostrando definitivamente a Cristo. Minha vingança será total, e oferecerei
todos os reinos deste mundo a Jesus, se prostrado me adorar. Fique atento
ao relato de Mateus capítulo 4 e o verso 9 que diz: “E disse-Lhe; tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares”. Assim,
tomarei o que me é de direito, honra e admiração dos seres celestiais.
Ante
o desejo incontido de vingança, o inimigo, parte com todo o seu afã na procura
de uma oportunidade de pôr em prática seu intento maléfico.
Contudo,
Deus o Pai, protegia a Adão e Eva e na viração do dia entre conversas
amigáveis e conselhos, Deus conta ao santo par a história da queda de Satanás e
como ele tencionava destruí-los; contudo se o homem continuasse em harmonia com
a Lei de Deus, ele estaria seguro e habilitado para suportar as investidas
maldosas do inimigo.
Portanto,
era de capital importância que o homem estivesse sempre junto de sua mulher,
pois a união faz a força e com
certeza Deus nunca os abandonaria.
Imagino
que foi justamente num Sábado, que Satanás encontrou a facilidade de executar o
seu plano funesto. Quem sabe?!... Adão estivesse descansando conforme o Mandamento e Eva estivesse passeando no
Jardim do Éden, tirando proveito das lições que a natureza proporciona. Em um
dado momento, Eva se apercebe que está distante de seu amado Adão e lembra-se
da advertência de Deus de não se afastar de seu esposo.
Contudo,
Eva joga para longe os seus maus pressentimentos, sem se aperceber de que
estava na proximidade da belíssima árvore do conhecimento do bem e do mal.
Foi justamente aí, num dia de Sábado,
que Satanás encontrou a oportunidade desejada e, ardilosamente, usando do
artifício da ventriloquia fala como se fora a serpente, uma das mais belas e discretas criaturas que voava
com todo seu fulgurante brilho e, naquele momento, pousa na árvore e se dirige
com galanteio a Eva dizendo: “É assim
que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?”. Gênesis 3: 1.
Eva,
admirada e surpresa responde amavelmente: “Do
fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio
do jardim, disse Deus; não comereis dele, nem nele tocareis, para que não
morrais. Então a serpente disse à mulher; Certamente não morrereis. Porque Deus
sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como
Deus, sabendo o bem e o mal”. Gênesis 3: 2 – 5. E continuou o inimigo
falando através da Serpente: Eu mesma
comi do fruto, e como você pode se aperceber estou falando.
Naquele
momento, Eva preferiu acreditar nas palavras do inimigo, ao invés de acreditar
no seu Criador, uma vez que ela estava percebendo que o fruto era bom para os
olhos, entendimento e agradável ao paladar, então, em desacordo ao conselho de
Deus, ela tomou do fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.
Presumo,
assim, que o inimigo consegue em pleno Sábado, fazer o casal desobedecer a
Deus. Esta tem sido a obra de Satanás desde então e, muitos têm seguido o
exemplo de Adão e Eva, andando em caminhos que os levam à degradação moral e
consequentemente à morte, desonrando abertamente o santo Sábado do Senhor.
Como
era costume do Grande Legislador Universal fazer-se presente em pessoa, sempre
no crepúsculo, num maravilhoso passeio no jardim, naquele Sábado, o casal que
havia destoado da harmoniosa vontade de Deus, procura fugir de Sua presença. “Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e
perguntou-lhe: Onde estás? Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e
tive medo, porque estava nu; e escondi-me. Deus perguntou-lhe mais: Quem te
mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?” Gênesis 3: 9 – 11.
Imediatamente,
e sem refletir, o homem procura jogar a culpa em Deus, numa desesperada
tentativa de fugir de sua responsabilidade, absorvendo imediatamente as
fraquezas de caráter do inimigo e diz: “A
mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi”. Gênesis
3: 12.
Desta
maneira, o homem procura fugir da sua responsabilidade, dizendo que a culpa era
de Deus que Criou a mulher, ou da própria mulher menos dele, pois ele era a
única vítima neste incidente.
Contudo
Adão não foi enganado, como Eva também não o foi, nem pela serpente nem muito
menos por sua mulher; ele, deliberadamente, decidiu seguir o destino de sua
amada Eva. Que terrível transformação o pecado operou no caráter de Adão, e
consequentemente, de toda a humanidade.
Deus então se dirige à mulher e lhe interroga: Por que fizeste isto? A
resposta em forma de pergunta veio imediata: Por que, Senhor, tu criastes a serpente?
Ela me enganou e eu comi!
O
casal, que anteriormente, era unido no louvor e reconhecimento a Deus pelas
obras criadas, agora unia seus pensamentos numa afronta a Deus,
responsabilizando-O pela sua fraqueza e queda.
Enquanto
Deus se entristecia pelo fato do homem
ter escolhido a trilha que, a seu ver, parecia boa, mas no seu cabo, era caminho
de morte, o inimigo rejubilava-se, achando que definitivamente tinha
vencido a Deus, e finalmente, seria reconhecido e aclamado no Céu pelos seus
antigos companheiros.
O
que o enganador não sabia, é que na amorável sabedoria de Deus, a Trindade havia
providenciado um Plano para resgatar o homem das garras do mal.
Por
um momento, houve um grande pesar e mórbido silêncio no paço celestial. No
entanto, o Filho de Deus propôs-se a dar
a Sua vida em resgate a tantos quantos O aceitassem, e assim, definitivamente,
destruiria o poder da morte e devolveria à raça caída tudo que perdera com a
transgressão.
A Terra restaurada será a morada de Deus
com os homens por toda a eternidade.
O conhecimento deste fato devolveu aos seres celestiais a alegria, enquanto o
inimigo, cada vez mais se irava contra Deus, Sua Verdade e Seu povo.
O fato é que quando o homem decidiu crer
no inimigo, automaticamente deixou de reconhecer a paternidade divina, e
entregou, deliberadamente, esta paternidade ao falsário, tornando-se cativo,
servo e filho!
Assim,
Satanás obtém, por fraude e sem direito, a posse da humanidade, sendo
reconhecido como o “deus deste século”
II Coríntios 4: 4. Confirme: “Porque de
quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo”. II São Pedro 2: 19. “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem
não pratica a justiça não é de Deus”. I João 3: 10. “Ó filho do Diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia,
inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os caminhos retos do
Senhor?" Atos 13: 10.
Jesus
Cristo assumiu definitivamente o destino do homem. Ele poderia ter mudado a Sua
Lei, contudo “Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não
pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3: 16.
É
através deste sacrifício da Trindade que todo o Universo consegue compreender a
largura, a profundidade e a altura do amor de Deus. Pois bastaria ter mudado
Sua Lei e Cristo não precisaria depor sua vida em prol do pecador.
Morrendo na cruz, Jesus confirma que o
salário do pecado é a morte e ao mesmo tempo assegura a vitória sobre o pecado,
garantindo no final das eras a destruição de Satanás, seus anjos e
seus seguidores humanos.
Na
cruz, Cristo brada a todo o Universo que Deus é justo e misericordioso e que na
Sua Lei eterna, consta o Mandamento do Sábado, que O identifica como Deus
Criador dos Céus, da Terra, dos que nela habitam e de tudo o que nela há.
É
por isso que Satanás, tanto detesta a Lei de Deus, em especial o Sábado, pois é
memorial da Criação e isto muito machuca o inimigo, pois ele sabe que pouco
tempo lhe resta.
Por
isso, meu querido leitor, atenda aos graciosos reclamos de Jesus, nosso Sumo
Sacerdote, achegando-se “confiadamente,
junto ao trono da graça para socorro em ocasião oportuna”. Hebreus 4: 16.
Tenha certeza nas promessas de Jesus, pois Ele o faz saber que: “No tempo aceitável te escutei e no dia da
salvação te socorri; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da
salvação”. II Coríntios 6: 2.
Vamos conjecturar. rsrs
ResponderExcluirHá uma chance de realmente ter acontecido no sábado assim como há uma chance de ter sido em outro dia.
Em conversa com amigos surgiram alguns posicionamentos, uns interessante, outros não.
Vamos a eles.
1) não quero saber, isso não é importante
2) se não está revelado, pertence ao Senhor
3) não pode ter sido no sábado, pois nesse dia Adão e Eva estavam adorando ao Senhor diante do Seu trono.
Deste ultimo eu gostei, faz sentindo.
Depois eu volto para registrar mais opiniões.