Total de visualizações de página

quinta-feira, 26 de abril de 2012

IDE - Conjecturas sobre o pecado




CONJECTURAS SOBRE O PECADO
Educador Glauco César

Com o intuito de derramar luz, fazendo escoar entendimento de maneira lógica, represando um pouco de racionalidade na compreensão das cenas iniciais da grande e milenar controvérsia entre o bem e o mal, a verdade e o erro e, finalmente entre Cristo e Satanás, é que ansiamos na abertura da mente na compreensão, não do que venha a ser pecado, mas, sobretudo, em que dia específico da semana ele alcançou o ser humano.
Certamente o relato bíblico não especifica exatamente esse dia, contudo, crendo que esse entendimento é de capital importância para a nossa espiritualidade, tendo a certeza que o Consolador, o espírito de verdade (João 15: 26), esclarecer-nos-á tudo que ouviu de Deus (João 15: 15), Ele não nos deixará em dúvida, também sobre esse pormenor!
Crendo nessa relação de amizade com o Infinito é que almejamos a identificação desse dia, portanto, tomemos conhecimento, do dia, que julgamos, o fato tenha ocorrido!
Havia um perfeito relacionamento de amizade, amor e afeto entre o Pai o Filho e o Espírito Santo e um mais perfeito gozo entre a Trindade e os seres celestiais.
Felicidade tamanha, que figurativamente, extrapolava o limite do coração de Deus. O Pai, finalmente chama Seu Filho, que em conjunto com o Espírito Santo, chegam à conclusão de que precisam criar novos seres para que esses pudessem usufruir de tamanha ventura, e assim, o universo pudesse, cada vez mais, refletir o caráter de Deus que é a essência do perfeito contentamento, baseado, principalmente, na liberdade de consciência, pois, os seres celestiais são dotados de plena intelectualidade.
No entanto, afora a Trindade, havia um anjo, querubim cobridor e ungido de Deus, que se destacava dos demais seres celestiais; por isso mesmo era respeitado e honrado, por ser entre as criaturas o mais elevado em poder e glória entre os demais habitantes do Céu.
Esse ser ficou conhecido como Lúcifer, o filho da alva, o anjo de luz, santo e incontaminado. A claridade que repousava sobre ele era proveniente da glória de Deus, pois ele permanecia na presença do grande Criador, por isso Lúcifer era repleto de sabedoria e demasiadamente belo.
Contudo, algo estranho começava a acontecer com este poderoso anjo celestial, por ser formoso, sábio e perfeito, pois, nele reunia todas as qualidades concebíveis pela divindade, atingindo o mais alto grau na escala de valores dos anjos, correspondendo precisamente ao conceito de padrão idealizado por Deus; chegou a pensar que a Trindade o convidaria a tomar parte ativa na Criação da raça humana; tencionava assim, passar do estágio de criatura e finalmente chegar a ser um Criador.
Diz a Bíblia no livro de Ezequiel 28: 15. “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou iniqüidade”. O verso 17 pp. complementa: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor”.
Esta postura legítima desse poderoso anjo deixa transparecer dois pontos em especial. Primeiramente ele possuía o livre-arbítrio e, em segunda instância, o fato de ter discordado do governo de Deus não é prova de que havia imperfeição em sua constituição moral.
Muito pelo contrário, pois, é justamente a capacidade de poder discordar do Criador, que revela cabalmente, a perfeição de seu caráter! Esse procedimento de Lúcifer, vinha acompanhada de firmeza e coerência de atitude, fato que denotava nessa postura, a anuência do Criador! Lúcifer então, de forma legítima fez suas próprias escolhas, isto comprova que a Divindade é o Deus do livre-arbítrio!
Todos os seres criados tinham os caracteres distintivos totalmente desenvolvidos, sem deixar margem de dúvida da perfeição de Deus em si próprios, mudando esta postura, somente após a entrada do pecado no universo!
Assim, a discordância em si não é agravo contra Deus, este só veio a existir quando Lúcifer tomou consciência daquilo que ele tencionava era totalmente contrário à verdade, se configurando como pecado.
Portanto, pecado é permanecer contrário àquilo que conscientemente sabemos ser uma afronta à vontade da Divindade! 
Meu querido leitor, quantas vezes, nós, pequeninos seres humanos, incorremos no mesmo erro de Lúcifer; achamos que compreendemos toda a verdade de Deus, ou quem sabe, queremos enaltecer-nos porque dedicamos o nosso tempo, talento e conhecimento para as coisas do Altíssimo ou, achamo-nos pessoas justas, quando na verdade “o pecado jaz à nossa porta” Gêneses 4: 7, corrompemo-nos ante a nossa suposta sabedoria e passamos a tratar os simples de coração com aspereza, severidade e desamor.
Precisamos estar atentos e vigilantes, pois a Bíblia nos aconselha em I Coríntios 10: 12 “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia”.
O que aconteceu com Lúcifer, este príncipe dos anjos, foi que ele cobiçou a posição de Deus, confirme na Bíblia o relato: “Eu subirei ao Céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei... subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”. Isaías 14: 13 e 14.
Este pensamento solitário quebrou a perfeita harmonia que havia no Céu e o anjo começou a nutrir sentimentos de inveja em relação ao Filho de Deus, Cristo Jesus.
Ao ser, de forma amorável e cortês informado que definitivamente não tomaria parte na obra criativa da humanidade, este poderoso anjo, não tardou em usar o seu livre-arbítrio de forma funesta, desencadeando argumentos facciosos, com o intuito de denegrir o caráter de Deus, disseminando dúvidas sobre o justo governo do Altíssimo.
Aquele querubim cobridor dizia que Deus, o Todo Poderoso, formaria novas criaturas para preencher o vazio que havia no Seu ser, pois a adoração e o constante louvor dos entes celestiais estavam insuficientes para satisfazer o Seu ego; dizia também que Deus era desleal com os anjos ao impor leis e exigir uma cega observância.
Contudo, seus argumentos não foram suficientes para apagar a justiça Divina e nem remover na maioria dos seres celestiais o fato de que a Lei de Deus é perfeita.
Desta forma, Deus prova a todo o universo que é Amor, não destruindo a Lúcifer, pois, se assim O fizesse, alguns anjos, talvez, O servissem por pavor em vez de fazê-lo por um amor inteligente e saudável.
Esta rebelião, iniciada no caráter de Lúcifer, ganha a dimensão dos anjos e o transforma em Satanás, o inimigo e adversário de Deus, de Sua Lei, da Verdade e de Seu povo. Como conseqüência gera uma grande batalha Moral no Céu. É então anunciado que Satanás deveria ser expulso da habitação do Altíssimo.
Aquele que intentou subir às mais altas nuvens e ser semelhante a Deus, é, então, desgraçadamente, precipitado para o abismo. “Então houve guerra no Céu: Miguel e os Seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no Céu. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na Terra, e os seus anjos foram precipitados com ele”. Apocalipse 12: 7 – 9.
Satanás chega a Terra com o mesmo espírito que nutria no Céu, desprezo total à Lei, ao Pai, e principalmente ao Criador que é o Filho Jesus, pois o inimigo agora não podia suportar a justiça divina, e constantemente lhe vinha ao pensamento às cenas vergonhosas de sua expulsão juntamente com seus simpatizantes.
Apesar de que após o esvaziamento do Céu dos seres revoltosos, a paz e a harmonia tenham voltado a reinar naquele ambiente, nunca mais a felicidade e a alegria se tornaram plenas, pois a Trindade em Sua misericórdia sentia o vazio da perda daqueles que um dia tinham sido amados e sentido o gozo da felicidade celestial.
Deus providencia imediatamente a execução do que havia planejado, fazer o homem à Sua imagem e semelhança para poder habitar a Terra recém preparada para receber o ser humano. Assim, Pai, Filho e Espírito Santo empenham-Se nesta grandiosa e poderosa obra, e rejubilam-Se ao contemplar que tudo que fora Criado era extraordinariamente belo.
Sempre esteve registrado no pensamento de Deus a plena, total e irrestrita felicidade de Seus filhos. Era desejo do amante Pai e Criador que o homem, ao ser formado viesse a usufruir cada ato criativo. Desta maneira, fica revelado o interesse da Trindade pelo ser humano antes mesmo deste ser gerado.
A terra foi formada para ser habitada pelo gênero humano e a este foi dada a capacidade de desfrutar plena e integralmente as obras das mãos dAquele que está assentado no Trono Universal.
No primeiro dia, Deus iluminou a Terra com Sua luz, que traduz a alegria e o contentamento proveniente do Criador. Ao homem que foi gerado, posteriormente, no sexto dia, Ele dotou de olhos para contemplar as belezas que a luz solar proporciona, para divisar as deslumbrantes cores do arco-íris, para apreciar os delicados matizes que a natureza nos apresenta através de sua flora e fauna. Sem a luz dos olhos, o homem não seria plenamente feliz.
No segundo dia, o Criador equilibrou as águas nas nuvens, protegendo a Terra com uma densa camada de ar. No homem Ele soprou o fôlego da vida, e doou o olfato para sentir as fragrâncias que a natureza nos oferece. O aroma desprendido das árvores, flores e frutos, dá ao homem o cheiro de vida para a vida, enchendo de contentamento sua existência.
No terceiro dia, alcatifou o solo com a verde relva, ornamentou as campinas com as mais variadas flores, vestiu as encostas dos outeiros com pomares que davam os mais variados frutos com suas sementes, além de emprestar oxigênio, sombra e frescor ao ambiente. No homem colocou o paladar para impressionar o apetite, e assim, saborear o gosto dos diversos frutos produzidos pela terra. O verde da relva é o colírio natural providenciado por Deus para dar descanso aos olhos. Sem os vegetais o homem não duraria muito tempo sobre o planeta, por isso Deus os fez para trazer satisfação ao homem.
No quarto dia, Deus suspendeu luminares no espaço, embelezando o firmamento com estrelas, sustendo-as no ar. Ao homem concedeu sabedoria para reconhecer o poder do Criador, deu entendimento para confirmar as delimitações das estações, dias e anos, bem como dotou o ser humano de aptidões para raciocinar e escolher as maravilhas de Deus, que com certeza o conduzirá a usufruir a bem-aventurança celestial.
No quinto dia, povoou o firmamento com os pássaros, para habitar as árvores das colinas, dando graça e beleza, enchendo o ambiente de melodiosas e suaves canções. Criou também os belíssimos cardumes para habitar os oceanos, rios e lagos. Ao homem dotou de ouvidos para perceber os cantos maviosos dos pássaros, os zumbidos de alguns insetos e bisbilhos de outros pequeninos seres; a capacidade de perceber o murmúrio do mar e distinguir o leve ruído das ondas, bem como diferenciar o retumbar dos trovões, da voz sussurrante e cálida de Deus falando no íntimo de nossa consciência. Tudo isto enche a vida da humanidade de alegria.
No sexto dia, Ele criou os magnificantes animais das selvas, os majestosos répteis dos pântanos, os demais animais que habitam as colinas e as gélidas regiões polares. Ao homem deu o augusto direito de nomear e domínio sobre os animais, o livre-arbítrio que é a responsabilidade de escolher e tomar as suas próprias decisões, como também a capacidade de tornar Deus feliz, seguindo os Seus conselhos e praticando a Sua Vontade.
Uma vez preenchido os requisitos providenciados pela Trindade para que o homem pudesse ser plenamente feliz, Criou, pois, Deus o homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança (Gêneses 1: 26). Tudo foi feito pelo Filho, Jesus Cristo e sem Ele nada do que foi feito se fez (João 1: 3).
Ao formar o homem, Cristo não se limitou apenas a falar, mas tomou do pó da terra, moldou o barro, sendo obra de Sua mão, deixando impresso no homem Sua digital, mostrando desta maneira o grau de afinidade e relacionamento amável que deveria haver entre criatura e Criador. “Soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente”. Gênesis 2: 7.
Com um caráter próprio, o homem ganha a capacidade, de raciocinar, escolher, decidir e, sobretudo, reconhecer que os caminhos de Deus são os melhores. Ao terminar a Sua obra resplendorosa, Cristo elevou o homem à dignidade Real.
Ao ser o homem coroado da emergente glória de Cristo, Satanás enciumado redobra sua ira contra Jesus, o Criador e, jura vingança a Deus, canalizando toda a sua ira contra o homem recentemente Criado. Planeja, então, uma maneira de desvirtualizar a criatura e ao mesmo tempo afrontar a Deus, manchando a autoridade moral do Criador ante o Universo, transformando a Criação num ato vergonhoso.
Assim, o inimigo imaginava ver Cristo totalmente prostrado, vencido e fracassado.
Uma vez usufruindo a total felicidade preparada por Deus, toda a humanidade, nas pessoas de Adão e Eva, unia constantemente suas vozes aos dos pássaros e dos demais animais, num harmonioso cântico de reconhecimento, adoração e amor à Trindade.
Todavia o casal Criado sentia a falta de um tempo em que pudesse perceber o coração plenamente agradecido ao profundo amor que nutria ao Criador e tivesse a possibilidade de expressar sua gratidão e reverência em forma de “Culto racional, santo e agradável ao Senhor”. Romanos 12: 1.
Para preencher esta lacuna, Deus, então, estabeleceu o Sábado para o homem, a fim de que ele pudesse de maneira mais ampla, contemplar as obras de Deus e meditar em Seu poder, bondade, gratidão e posteriormente, se relacionar com a família e os semelhantes. “Abençoou Deus o Sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra que Criara e fizera”. Gênesis 2: 3.
Como podemos notar, o Sábado foi estabelecido para o homem (Marcos 2: 27), a humanidade em geral. Não para os judeus ou os israelitas, não para os Adventistas, e sim, como sendo “o dever de todo homem”. Eclesiastes 12: 13.
Conhecendo as necessidades essenciais do homem, Deus, então, providenciou o arremate para a felicidade do mesmo, estabelecendo o Sábado. Se você, meu querido leitor, estiver à procura da felicidade celestial, nas coisas que o mundo oferece, tais como: filosofias; ideologias; religiões ou algo semelhante, certamente não encontrará, pois a felicidade plena só existe no Criador! O Sábado é o elo perdido da felicidade. Somente no Mandamento do Sábado é que divisamos Cristo como Criador do Universo, por isso é que o inimigo tanto combate este Santo dia.
Igualmente, quando compreendemos as maravilhas de Deus, nos tornamos imensamente felizes, distribuindo alegria aos que nos rodeiam. Pois entendemos que o Pai celestial criou todas as coisas para nos servirem de deleite e satisfação. E quando seguimos o plano do nosso Criador, tornamo-nos realmente felizes.
Você gostaria de desfrutar da felicidade celestial? – Então faça a vontade de Deus, guarde os Seus Mandamentos e seja plenamente feliz!
No Sábado Deus descansou de toda a Sua obra que criara e fizera; em outras palavras, o descanso de Deus é o contentamento do Criador ao contemplar o desempenho perfeito de Sua obra que estabelecera. Deus sentia-Se gratificado, ao reconhecer que o casal criado refletia plenamente a imagem de seu Criador, por isso era capacitado para vencer as tentações e ciladas do inimigo. Esta capacidade do homem, tornava Deus feliz e recompensado. É por ter-Se sentido realizado, satisfeito e reconhecido, que Deus pôde então descansar.
Deus descansou, contudo, em momento algum se descuidou da segurança e bem-estar do homem. A prova desta afirmativa é que na viração do dia, Deus mesmo veio ter com o casal e com certeza explicou que o inimigo estava como leão que ruge ao derredor de sua presa (I Pedro 5: 8), tentando enganar o homem.
Mas o homem não precisava ceder às tentações do inimigo; para tanto, Deus ensinou a Adão e Eva as dez regras áureas para preservar a felicidade concedida por Ele. Estas dez regras áureas estão substanciadas nos Dez Mandamentos. I João 2: 7. “Amados, não vos escrevo Mandamento novo, mas Mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este Mandamento antigo é a Palavra que ouvistes”.
Sabe? Meu querido leitor, se você deixar de obedecer a um dos Mandamentos da Lei de Deus, com certeza, você terá perdido um importante atributo da felicidade celestial; portanto, para se ter à felicidade total em Deus, precisamos reunir os dez atributos da felicidade em nossa vida, através do exercício da fé.
É importante notar que estes dez atributos ou Mandamentos são a expressa imagem do caráter, ou vontade de Deus. Existe uma relação muito grande entre Deus, o homem e os Mandamentos.
Lembre-se, Deus formou o homem à Sua imagem e semelhança, moldando-o no barro, imprimindo nele Sua digital, demonstrando assim o grau de intimidade entre criatura e Criador.
Algo semelhante aconteceu com os Mandamentos, Deus não permitiu que homem algum, nem mesmo o próprio Moisés, quando recebeu Sua revelação, escrevesse os Seus Mandamentos no momento que foram confiados ao profeta.
Note que foi o próprio dedo de Deus quem os escreveu, deixando nos Mandamentos Sua digital. Êxodo 31: 18 “E deu a Moisés, quando acabou de falar com ele no monte Sinai, as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus”.
Desta maneira, é demonstrada a relação que deveria existir entre Deus, os Dez Mandamentos e o homem, pois os Mandamentos como a Terra, foram feitos para a total felicidade da humanidade.
Estes Mandamentos, que estão registrados em Êxodo 20, são capazes de propiciarem felicidade a todo o humano, porque o nosso amorável Pai e Criador imprimiu o Seu código Moral na nossa mente, para que, no momento oportuno e de necessidade recorrêssemos a esta maravilhosa Lei.
Observe a efetivação deste fato, relatada em Hebreus 8: 10. “Depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as Minhas Leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo”.
O inimigo, que procurava uma maneira de destruir o homem e ao mesmo tempo expor a imagem de Deus e de Cristo ao ridículo, encontrou exatamente no Sábado o ponto de apoio para seu intento maléfico e funesto.
Ele sabia que o Sábado foi estabelecido como memorial da Criação e apontava a Cristo como o Deus Criador de todas as coisas, sabia também que é o sinal de que Jesus é o Senhor nosso Deus. Confirme em Ezequiel 20: 20. “E santificai os Meus Sábados; e eles servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu Sou o Senhor vosso Deus”.
Além de que, o Sábado é o sinal para Santificação do homem. Observe esta premissa em Ezequiel 20: 12. “Demais lhes dei também, os Meus Sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles; a fim de que soubessem que Eu Sou o Senhor que os santifica”.
Imagino que Satanás pensou consigo mesmo: Se o homem me obedecer exatamente no dia de Sábado, não só destruirei a raça humana, como exporei a Trindade ao escárnio, frustrando toda Sua obra Criativa, prostrando definitivamente a Cristo. Minha vingança será total, e oferecerei todos os reinos deste mundo a Jesus, se prostrado me adorar. Fique atento ao relato de Mateus capítulo 4 e o verso 9 que diz: “E disse-Lhe; tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares”. Assim, tomarei o que me é de direito, honra e admiração dos seres celestiais.
Ante o desejo incontido de vingança, o inimigo, parte com todo o seu afã na procura de uma oportunidade de pôr em prática seu intento maléfico.
Contudo, Deus o Pai, protegia a Adão e Eva e na viração do dia entre conversas amigáveis e conselhos, Deus conta ao santo par a história da queda de Satanás e como ele tencionava destruí-los; contudo se o homem continuasse em harmonia com a Lei de Deus, ele estaria seguro e habilitado para suportar as investidas maldosas do inimigo.
Portanto, era de capital importância que o homem estivesse sempre junto de sua mulher, pois a união faz a força e com certeza Deus nunca os abandonaria.
Imagino que foi justamente num Sábado, que Satanás encontrou a facilidade de executar o seu plano funesto. Quem sabe?!... Adão estivesse descansando conforme o Mandamento e Eva estivesse passeando no Jardim do Éden, tirando proveito das lições que a natureza proporciona. Em um dado momento, Eva se apercebe que está distante de seu amado Adão e lembra-se da advertência de Deus de não se afastar de seu esposo.
Contudo, Eva joga para longe os seus maus pressentimentos, sem se aperceber de que estava na proximidade da belíssima árvore do conhecimento do bem e do mal.
Foi justamente aí, num dia de Sábado, que Satanás encontrou a oportunidade desejada e, ardilosamente, usando do artifício da ventriloquia fala como se fora a serpente, uma das mais belas e discretas criaturas que voava com todo seu fulgurante brilho e, naquele momento, pousa na árvore e se dirige com galanteio a Eva dizendo: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?”. Gênesis 3: 1.
Eva, admirada e surpresa responde amavelmente: “Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus; não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher; Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”. Gênesis 3: 2 – 5. E continuou o inimigo falando através da Serpente: Eu mesma comi do fruto, e como você pode se aperceber estou falando.
Naquele momento, Eva preferiu acreditar nas palavras do inimigo, ao invés de acreditar no seu Criador, uma vez que ela estava percebendo que o fruto era bom para os olhos, entendimento e agradável ao paladar, então, em desacordo ao conselho de Deus, ela tomou do fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.
Presumo, assim, que o inimigo consegue em pleno Sábado, fazer o casal desobedecer a Deus. Esta tem sido a obra de Satanás desde então e, muitos têm seguido o exemplo de Adão e Eva, andando em caminhos que os levam à degradação moral e consequentemente à morte, desonrando abertamente o santo Sábado do Senhor.
Como era costume do Grande Legislador Universal fazer-se presente em pessoa, sempre no crepúsculo, num maravilhoso passeio no jardim, naquele Sábado, o casal que havia destoado da harmoniosa vontade de Deus, procura fugir de Sua presença. “Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás? Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me. Deus perguntou-lhe mais: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?”   Gênesis 3: 9 – 11.
Imediatamente, e sem refletir, o homem procura jogar a culpa em Deus, numa desesperada tentativa de fugir de sua responsabilidade, absorvendo imediatamente as fraquezas de caráter do inimigo e diz: “A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi”. Gênesis 3: 12.
Desta maneira, o homem procura fugir da sua responsabilidade, dizendo que a culpa era de Deus que Criou a mulher, ou da própria mulher menos dele, pois ele era a única vítima neste incidente.
Contudo Adão não foi enganado, como Eva também não o foi, nem pela serpente nem muito menos por sua mulher; ele, deliberadamente, decidiu seguir o destino de sua amada Eva. Que terrível transformação o pecado operou no caráter de Adão, e consequentemente, de toda a humanidade.
Deus então se dirige à mulher e lhe interroga: Por que fizeste isto? A resposta em forma de pergunta veio imediata: Por que, Senhor, tu criastes a serpente? Ela me enganou e eu comi!
O casal, que anteriormente, era unido no louvor e reconhecimento a Deus pelas obras criadas, agora unia seus pensamentos numa afronta a Deus, responsabilizando-O pela sua fraqueza e queda.
Enquanto Deus se entristecia pelo fato do homem ter escolhido a trilha que, a seu ver, parecia boa, mas no seu cabo, era caminho de morte, o inimigo rejubilava-se, achando que definitivamente tinha vencido a Deus, e finalmente, seria reconhecido e aclamado no Céu pelos seus antigos companheiros.
O que o enganador não sabia, é que na amorável sabedoria de Deus, a Trindade havia providenciado um Plano para resgatar o homem das garras do mal.
Por um momento, houve um grande pesar e mórbido silêncio no paço celestial. No entanto, o Filho de Deus propôs-se a dar a Sua vida em resgate a tantos quantos O aceitassem, e assim, definitivamente, destruiria o poder da morte e devolveria à raça caída tudo que perdera com a transgressão.
A Terra restaurada será a morada de Deus com os homens por toda a eternidade. O conhecimento deste fato devolveu aos seres celestiais a alegria, enquanto o inimigo, cada vez mais se irava contra Deus, Sua Verdade e Seu povo.
O fato é que quando o homem decidiu crer no inimigo, automaticamente deixou de reconhecer a paternidade divina, e entregou, deliberadamente, esta paternidade ao falsário, tornando-se cativo, servo e filho!
Assim, Satanás obtém, por fraude e sem direito, a posse da humanidade, sendo reconhecido como o “deus deste século” II Coríntios 4: 4. Confirme: “Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo”. II São Pedro 2: 19. “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus”. I João 3: 10. “Ó filho do Diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os caminhos retos do Senhor?" Atos 13: 10.
Jesus Cristo assumiu definitivamente o destino do homem. Ele poderia ter mudado a Sua Lei, contudo “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3: 16.
É através deste sacrifício da Trindade que todo o Universo consegue compreender a largura, a profundidade e a altura do amor de Deus. Pois bastaria ter mudado Sua Lei e Cristo não precisaria depor sua vida em prol do pecador.
Morrendo na cruz, Jesus confirma que o salário do pecado é a morte e ao mesmo tempo assegura a vitória sobre o pecado, garantindo no final das eras a destruição de Satanás, seus anjos e seus seguidores humanos.
Na cruz, Cristo brada a todo o Universo que Deus é justo e misericordioso e que na Sua Lei eterna, consta o Mandamento do Sábado, que O identifica como Deus Criador dos Céus, da Terra, dos que nela habitam e de tudo o que nela há.
É por isso que Satanás, tanto detesta a Lei de Deus, em especial o Sábado, pois é memorial da Criação e isto muito machuca o inimigo, pois ele sabe que pouco tempo lhe resta.
Por isso, meu querido leitor, atenda aos graciosos reclamos de Jesus, nosso Sumo Sacerdote, achegando-se “confiadamente, junto ao trono da graça para socorro em ocasião oportuna”. Hebreus 4: 16. Tenha certeza nas promessas de Jesus, pois Ele o faz saber que: “No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação”. II Coríntios 6: 2.

           

domingo, 15 de abril de 2012

IDE - O Mago Divino


O MAGO DIVINO - Educador Glauco César


       - Luz apareça! – E a luz aparece, espreguiçando-se, meio desinibida, mas, um pouco retraída.
        Olhou para um lado, para o outro e... Não viu nada... Fervilha seu pensamento, conjecturando... - Se esquentar mais um pouco, explode tudo...
          - Dizem até que explodiu mesmo, e assim, como num passe de mágica, surgiu o Universo! Essa maravilhosa e infinita Expansão!
     Anjos, arcanjos, querubins, principados, potestades, tudo. Todos eles absortos, pasmados, sei lá? Bestificados!...
     É quando percebem um vulto. Semelhante a um velhinho, brincando de Vitalino. Construindo cuidadosamente, da argila pegajosa, um boneco. Só que essa argila, não era putrefeita, pois, ainda não existia podridão.
         Aquele artesão do barro atrai o ar do meio ambiente e, enche seus pulmões. Contempla aquele boneco, ainda inerte e, como num ato impensado, mas refletido, insufla o boneco de oxigênio, a força motriz da vida.
      No instante seguinte, semelhante a um cabrito, o boneco, parece dar um salto, ganhando animação...
         Antífonas angelicais eclodem no ambiente, a atmosfera ganha sons de aclamação pública, urras e vivas ao grande Criador!...
      Todos, sem restar um, aplaudem-no! Seres celestiais e de todos os mundos habitados, admiram, atenta e embevecidamente o Mago, que estava ladeado por outros dois iguais a Ele, semelhantes, idênticos e, os expectadores exclamam unissonamente. – Quem são estes três?
      - O boneco que houvera ganhado animação, querendo ser agradecido exclamou... – É Deus, nosso único Deus.
        Os seres mais ousados, em tom destemido dizem: - Observem! São três, e não um!...
        - Sabiamente o boneco de barro, agora, obra coroadora de Deus, complementou... – É por haver unidade na diversidade!
         - E Deus, na pessoa dos três, maneou a cabeça, concordando plenamente com a conclusão do respeitável homem!...

Janela Poética - O CHÃO


O CHÃO - Glauco César


Um chão de rosas,
um chão de relvas,
um chão bem gramado.
Que beleza! A natureza
empresta oxigênio ao ar,
ele é bem tratado,
é um chão de amor.

Mas sobre a relva macia
passeia a criancinha,
deixando sua marca de meiguice
colhendo rosas, para a vovozinha.

Mas ai, que doidice,
todo o chão chorou,
e também a criancinha,
esta chorou porque
furara seu dedinho,
aquele chorou porque
criava um caminho
sobre si,
de tanto poder
a criança
correr e passar
sobre o mesmo lugar
a sorrir.

O Chão ficou tão feio,
ele ficou tão vazio,
é o progresso que veio,
é um progresso doentio.

Houve grande transformação
sobre o chão.
Ele passou de jardim para campo
e, assim depois de anos.
passou a caminho,
e caminhou sozinho,
de caminho à estrada,
e a vida ficou calada.
De estrada à rua,
e chorou diante da lua,
de rua à avenida.
Há! Sua vida ficou tão dolorida!

Em vez de árvores,
postes, árvores luminosas,
em vez de rosas, calçamento,
do desenvolvimento,
em vez de flores,
sem louvores,
“pedras portuguesas”
com certeza.

Pensa consigo mesmo;
debaixo dessa transformação
ainda sou o amigo chão.


Devo fazer da derrota,
nesta hora,
o degrau da vitória.
Se assim não fizer,
serei igual àquele qualquer,
que logo é levado ao chão.
Que decepção!?. . .

Janela Filosófica - O HOMEM É UM SUBALTERNO DOS SEUS PRÓPRIOS ANSEIOS!


O HOMEM É UM SUBALTERNO DOS SEUS PRÓPRIOS ANSEIOS!
Educador Glauco César


O planeta encontra-se quase todo fragmentado e o que dele resta está sendo dilacerado pelos dominadores, conquistado pela força e colonizado pelos ditadores que impõem a servil dependência.
O desdobramento perceptível e inevitável das contradições dos que querem ditar normas e regras para anexar e concentrar as riquezas através dum movimento desesperado numa batalha desigual faz do homem um subalterno dos seus próprios anseios.
Daí haver rivalidades. A luta pela redistribuição do poder, da autonomia, da terra, da subsistência, gera a guerra e faz da paz uma mercadoria esquecida nas prateleiras das nações.
Em meio à luta pelo poder, uma outra guerra; desumana e desigual, a batalha pelo alimento, contra a fome, que produz miséria, roubo, desnutrição; que enfraquece a consciência e abala a moralidade.
Paz, paz, paz... Dá-nos a paz! É o último e agonizante brado... Resta-nos a Paz!

Janela Filosófica - É POSSÍVEL VIVER EM LIBERDADE E SER FELIZ!

É POSSÍVEL VIVER EM LIBERDADE E SER FELIZ! - Educador Glauco César


                Quem sou?!... Não sei!...

          Só saberei se aplicar à inteligência para aprender, observando atentamente a memória histórica, analisando o passado, perscrutando minuciosamente cada momento, vendo o desenrolar do tempo escoar-se, e, momentaneamente represar-se no hoje, para desaguar incontinente, no grande mar do amanhã.
                Seria eu... então, o homem resultante da compreensão e da reflexão, tendo direito de ser o que sou e fazer o que faço?
                Não sei... Mas, a história me cai na cabeça e sufoca-me, exige de mim uma postura, faço-me forte, tomo a ferramenta do tempo disponível, e transformo-o em instrumento de conscientização.
             Tento construir em mim, nos meus poros, na minha mente, uma nova sociedade, onde todos são dignos de pensar, de justificar e ser justificado.
                 Agora sei... É possível viver em liberdade, e ainda assim, ser feliz.