CAPÍTULO XV
UMA VISÃO DE SETE GRANDES FLAGELOS!
UMA VISÃO DE SETE GRANDES FLAGELOS!
Educador
Glauco César
NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo
assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
Uma vez que, uma determinada opinião é postada, e outra
sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores
de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar
dos mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento.
MAPEAMENTO SINÓPTICO DA PROFECIA
Sabe-se que o capítulo quinze não passa de um mapeamento sinóptico, ou
seja, apresenta num relance profético vários acontecimentos que se darão
durante o último ano de vida dos humanos, aqui na Terra, quando acontecerão os
sete últimos flagelos! “Por isso, em um só dia, sobrevirão
os seus flagelos” Apocalipse 18: 8 (grifo nosso).
"O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do
Seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário enquanto não se
cumprissem os sete flagelos dos sete anjos." Apocalipse 15: 8 (grifo nosso).
Nesse último ano de vivência da humanidade aqui no mundo de pecado, a
Porta da Graça estará, totalmente, trancada, cuja atividade de escolha do
humano, conhecida como livre arbítrio, foi suspensa de modo provisório,
pois, a consequência da escolha de cada criatura humana, estará decidida, vida
ou morte eterna! "Continue o injusto
fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue
na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.
Eis que venho sem demora, e Comigo está o galardão que Tenho
para retribuir a cada um segundo as suas obras." Apocalipse 22: 11 e 12 (Grifo nosso).
O Livre Arbítrio só será restaurado durante a Eternidade!
Apesar de que, após a reativação, na humanidade, da capacidade de tomar
suas próprias decisões durante a Eternidade, jamais, a humanidade decidirá pela
prática do pecado, pois, sentiu na própria pele a consequência do mesmo!
Nessa apresentação concisa do conteúdo dessa visão em estudo, como um
verdadeiro epítome, descreve em sequência, logo após os flagelos, qual a
postura dos resgatados, tanto da grande multidão, quanto do Grupo Especial, que
são aqueles que não conhecerão a morte e, são em número de cento e quarenta e
quatro mil.
É certo que cada grupo entoará o hino de sua própria experiência. A
grande multidão de ressuscitados entoará o cântico de Moisés, enquanto que o
Grupo Especial que se tornará em Sacerdotes e Levitas, ensoará a canção
em louvor ao Cordeiro, o Todo-Poderoso Rei das nações!
Após essa visão, o relato retorna num tom mais descritivo e
esclarecedor, anunciando os sete flagelos que serão minunciosamente detalhados
no capítulo subsequente!
De posse desse prenúncio, podem-se conhecer os versos que serão
analisados com cautela! "Vi no céu outro sinal grande e
admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se
consumou a cólera de Deus.
Vi como que um mar de
vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do
seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus; e
entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo:
Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, Todo-poderoso! Justos e
verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!
Quem não temerá e não glorificará
o teu nome, ó Senhor? Pois só Tu És santo; por isso, todas as nações virão e
adorarão diante de Ti, porque os Teus atos de justiça se fizeram manifestos.
Depois destas cousas, olhei, e
abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testamento, e os sete anjos que
tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e
resplandecente e cingidos ao peito com cintas de ouro.
Então, um dos quatro seres
viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus, que
vive pelos séculos dos séculos.
O santuário se encheu de fumaça
procedente da glória de Deus e do Seu poder, e ninguém podia penetrar no
santuário enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos." Apocalipse 15: 1 - 8.
DEUS DECLARA SEUS DESÍGNIOS!
A interpretação da Bíblia, principalmente das profecias, é feita,
habitualmente, utilizando-se da vala comum, ou seja, sua explicação tem por
ponto de apoio o entendimento mais singelo, portanto, aceito pela maioria, no
entanto, chegando perto da trivialidade, como algo vulgar ou mesmo ordinário!
É por isso que o livro da Revelação, muitas das vezes, é rejeitado pelos
leitores cristãos, por se ter a impressão que ele trata da indignação dum Deus
iracundo, transbordante do desejo de vingança.
Todavia, existe uma maneira mais racional e amorável de se perceber essa
maravilhosa relíquia literária que foi recebida, pelo apóstolo João, na ilha de
Patmos.
Ali, em isolamento, como instrumentalidade de Cristo, João sente em si o
princípio, a origem e a causa do amor e da misericórdia de Deus para com a
humanidade.
É por isso que para mim, o Apocalipse, não revela, simplesmente, uma
descrição do colapso final e inevitável da humanidade, fato que tem gerado medo
e, principalmente, pavor, no entanto, entendo, singelamente, como o Evangelho
do Amor!
Boas Novas que retratam o derradeiro apelo de misericórdia, por parte do
Divino para que a humanidade se posicione ao lado da Vida Eterna que é Cristo
Jesus!
É por isso que ao se deparar com as profecias apocalípticas, cada pessoa
fica sujeita a sentir, dentro de si, o brotar do germe do entendimento
que, semelhante a uma sinfonia, abrilhantará com tonalidades musicais que
realça o grau de força, doçura e beleza, a musicalidade do caráter do
Onipotente!
O leitor desatento, logo no início do capítulo em estudo, haverá de
esbarrar no enunciado em que há figuras ou alegorias, mais conhecidas como
metáforas ou tropologias, que, se mal interpretadas, dão a impressão de que
Deus tenha produzido e reservado, para a humanidade nos últimos dias, pragas
concebidas pela cólera que existe nEle próprio!
Ora, para se analisar com mais equidade e acerto, basta trocar o termo
praga por flagelo, que é um sofrimento ou aflição, todavia, tal sofrimento é
consequência inevitável das ações da humanidade, portanto, o próprio homem, é
ao mesmo tempo, a causa e o instrumento da calamidade.
Todavia, a misericórdia de Deus tem retido nas mãos dos sete anjos,
esses flagelos, cuja ação de benevolência do Altíssimo vem descrita na profecia
como a cólera de Deus.
Sabe-se que cólera é um defeito de caráter que, normalmente,
reflete a ira, a raiva, o furor e a zanga de quem a possui. Neste caso, nenhum
desses caracteres são atributos de Deus, senão Ele não seria o Amor Divino!
A figuração da cólera de Deus descreve o ímpeto e a determinação com que
Deus, através de Sua misericórdia, tem retido, amoravelmente, as consequências
mortíferas do pecado, para liberá-las, somente, quando tudo estiver cumprido.
Esse é o exemplo do Deus amoroso que eu creio!
O MAR DE VIDRO
Para João a visão do mar com as pessoas que venceram o pecado em toda
sua extensão, tornou-se num deslumbramento de felicidade!
Justamente aquela grande extensão de volume d'água que o separava, na
Ilha de Patmos, da liberdade, seria o instrumento de sua transbordante alegria!
Imagino que João, numa outra visão, quando vê a Cidade Santa descendo
com os justificados, ele observa também o novo céu e a nova terra e, não vê o
mar, pelo menos, com o mesmo sentimento e compreensão que ele tinha, quando
exilado na solitária Ilha do Mar Egeu!
Diferente daquele sentimento que o exílio lhe transmitia que, inclusive,
fazia o Profeta se entristecer, João, nessa nova visão, percebe que o mar
continuava existindo, contudo, era semelhante ao vidro polido, inflamado em
glória, não se tornando, de forma alguma, num obstáculo para os justificados
tomar posse da liberdade que há no Cordeiro de Deus!
Quero crer que João, naquele instante, lembrou-se que o Mar da Galileia,
não fora obstáculo para Cristo, quando andou sobre ele! Semelhantemente também
não será empecilho para os justificados!
Lembro-me que quando ainda criança, na Ilha de Itamaracá, minha saudosa
mãe, num entardecer de janeiro, nos levou até aonde o mar se espraiava para
vislumbrar o sol numa tonalidade vermelha alaranjada.
Quando o astro rei alcançou a linha do horizonte, observamos duas
esferas, uma do sol, e a outra do reflexo dele sobre as águas.
Todavia, o que mais me chamou a atenção foi o colorido abrasador das
nuvens dos céus, como se estivesse envolvendo as águas do oceano num fervente e
ardoroso abraço!
Hoje, lembrando-me daquela cena, compreendo o Mar de Vidro, que não
impedia que os justificados andassem sobre o mesmo, da mesma forma que Cristo
andou e permitiu que Pedro também caminhasse sobre as águas!
Diferente daquilo que contemplei quando criança, ao invés do sol, um
astro celestial, quem estava na linha do horizonte, na visão de João, era
Jesus, o Sol da Justiça, com todo Seu resplendor, dando a impressão que o
Oceano havia se transformado num glorioso Mar de Vidro!
Sobre este suposto mar de vidro, os justificados munidos de instrumentos
musicais, entoavam hinos de vitória!
Amigo leitor, você poderá estar com sua maviosa voz, entoando
alternadamente, o cântico de Moisés, se você fizer parte da grande multidão ou,
o louvor ao Cordeiro de Deus, se for um dos Cento e Quarenta e Quatro Mil!
Saiba, porém que, se você estiver entre os que entoarão o Cântico de
Moisés, é prova de que em sua experiência terrena, você decidiu, no período da
graça, ficar ao lado de Jesus, portanto, durante a graça você foi auxiliado e
consolado pelo Espírito Santo, por isso mesmo, você entoará, com propriedade,
aquele Cântico.
Todavia, se você estiver no Grupo que entoará a Cantata ao
Cordeiro, tua experiência foi mais probante, pois, enfrentaste o tempo
denominado de Angústia de Jacó, te sentiste abandonado, contudo, não foste
desprezado, mas, o Consolador, para teu próprio aprendizado, não te aliviou,
nem suavizou tua aflição nem o teu sofrimento, pois, deverias ter uma
experiência semelhante à de Cristo Jesus quando exclamou; "Deus
Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mateus 27: 46.
Somente passando por esta experiência os Cento e Quarenta e Quatro Mil
estariam aptos para serem Sacerdotes e Levitas, durante a Eternidade! "Também
deles tomarei a alguns para sacerdotes e para levitas, diz o
Senhor." Isaías 66: 21.
Você pode entoar qualquer um desses hinos de louvor, o que você não
pode, é deixar de estar sobre o Mar de Vidro!
Para tanto, você precisa,
portanto, fazer a sua decisão ao lado do Sol da Justiça!
OS SETE FLAGELOS SERÃO LIBERADOS
João, ainda em êxtase e sobremodo enlevado,
continuando sob o efeito do arrebatamento íntimo, observa no Paço Celestial,
onde Deus administra e controla todo o Universo, que sete anjos, com os
sete flagelos, saíam do Santuário, que é o trono do Onipotente!
As vestimentas daqueles seres angelicais eram
semelhantes à indumentária que o Sumo Sacerdote usava no dia da expiação, esse
detalhe arremete-nos à compreensão que aquilo que a humanidade semear, isto
também ceifará! "Não vos enganeis, de Deus não se zomba; pois
aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a
sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do
Espírito colherá vida eterna." Gálatas 6: 7 e 8.
Está subentendido na vestimenta desses anjos a
figuração do dia da expiação, já no verso supracitado nos arremete
que os flagelos ocorrerão no período de um dia profético, que corresponde a um
ano literal, neste caso durante a Angústia de Jacó.
Tais flagelos foram produzidos pela própria humanidade,
portanto, não foram gerados nem levados a efeito pela ira Divina.
Todavia, essas calamidades alcançarão somente
aqueles que semearam para a própria destruição, elas não atingirão os que
semearam para o Espírito! "Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à
tua direita; tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás e
verás o castigo dos ímpios." Salmos 91: 7 e 8.
É-nos informado que um dos quatro seres viventes
faz a entrega das taças com os flagelos aos sete anjos.
Contudo, não se sabe qual Ser Vivente desempenhou
essa tarefa?
Prefiro não conjecturar, pois, poderia ter sido
Enoque, o primeiro ser vivente que ascendeu ao Paço Celestial, ou mesmo Moisés,
o segundo Ser Vivente que, em sua experiência terrena, ajudou na libertação do
povo de Israel, livrando-os da escravidão egípcia.
Se imaginássemos que foi Elias, certamente haveria
subsídios para tal conjectura, pois, ele teve uma aprendizagem extraordinária,
por isso, deveria estar preparado para auxiliar o cristão sincero a continuar
servindo a Cristo sem passar pelo desfavor de cometer erros!
Por fim, esse Ser Vivente poderia ser Isaías, filho
de Amós e tio de Amasias, rei de Judá, pois, foi um dos quatro profetas
maiores.
Sinceramente não tenho certeza, no entanto, todos
eles tinham intimidade com o Filho de Deus, por isso, qualquer um deles estava
capacitado para entregar aos sete anjos as sete taças de ouro, repletas da
misericórdia amorosa da Divindade que retribuiria a cada pessoa, a consequência
de sua própria escolha!
Há de se perceber que o derradeiro verso do
capítulo quinze, vislumbra a glória de Deus através de Seu imensurável poder,
durante o período identificado como Angústia
de Jacó, todavia, naquele período, ficará patente a todo o Universo
que "Deus é Amor." I João 4: 8 up.
Por ser amor, Ele respeita toda e qualquer legítima
escolha feita pela humanidade!
O amor de Deus é tão sublime e singular, que o Filho
do Onipotente quando esteve incorporado da humanidade e, nela, lançou o grande
desafio: "Que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei,
que também vos ameis uns aos outros.
Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos; se
tiverdes amor uns aos outros." João
13: 34 e 35.
Que esta seja a minha e a tua experiência, amigo
leitor!
Agradeço a minha amiga e colega Educadora pelo compartilhamento desse singelo comentário por mim postado.
ResponderExcluirQue Deus continue te abençoando ricamente junto aos teus familiares!