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sábado, 21 de outubro de 2017

IDE - O Toque da Quinta Trombeta ou, o Primeiro Ai!

O TOQUE DA QUINTA TROMBETA OU, O PRIMEIRO AI!
Educador Glauco César



NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
       Uma vez que, uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento.




 O nono capítulo do livro da Revelação começa apresentando o toque da quinta trombeta que é oferecido ou exposto à vista, ao final do capítulo oito, como sendo o primeiro ai.
No impressionante toque desta trombeta é submetido à apreciação mais um capítulo da história que faz incidir luz, sobre a palavra profética.
No entanto, o que mais chama a atenção é que este toque da trombeta, também é denominado como sendo o primeiro ai.
Sabe-se que o ai, pode ser a primeira ou a última qualificação das classes de palavras, ou seja, tanto pode ser um substantivo, quanto pode ser uma interjeição!
Se no texto foi aplicado como um estado emotivo ou, um sentimento súbito, então é uma interjeição, que pode exprimir uma sensibilidade de dor ou alegria.
Todavia, tem-se ciência que o substantivo é aquela classe de palavra que designa os seres e suas qualidades, sentimentos, sensações, ações e estados. Neste caso, é, portanto, um substantivo abstrato, pois, designa um sentimento ou sensação de dor como também de alegria.
Apesar de que, no capítulo oito o ai seja uma interjeição, pois, está exprimindo um estado emotivo, no entanto, no capítulo nove, ele está aplicado como um substantivo, por isso mesmo, será analisado como tal.
João, o vidente, ao ouvir o toque da quinta trombeta, ele pode perceber, visualmente, que uma estrela celeste estava na terra.
Ele, então, enxerga que aquela estrela recebeu a chave do poço do abismo, apesar de que, o texto não identifica de quem, realmente, ela recebeu aquela chave.
Aquela estrela que estava na terra, abriu o poço que, imediatamente, começou a fumegar, a fumaça que saia daquela cavidade abismal era tão densa que escureceu o sol e a mistura gasosa que envolve a terra, conhecida como atmosfera.
Por conseguinte, aparece uma praga de gafanhotos que atormenta a humanidade!
Essa exuberante descrição, pode e deve ser interpretada por dois ângulos de raciocínio, aliás, como foi feito ao se estudar as quatro primeiras trombetas.
Para se entender com racionalidade a mensagem embutida nessa descrição, precisam-se conhecer os versos que serão analisados!
"O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo.
Ela abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e, com a fumaceira saída do poço, escureceu-se o sol e o ar.
Também da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões da terra, e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer cousa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte.
Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém.
Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles.
O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados para a peleja; na sua cabeça havia como que coroas parecendo de ouro; e o seu rosto era como rosto de homem; tinham também cabelos, como cabelos de mulher; os seus dentes, como dentes de leão; tinham couraças, como couraças de ferro; o barulho que as suas asas faziam era como o barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja; tinham ainda cauda, como escorpiões, e ferrão; na cauda tinham poder para causar dano aos homens, por cinco meses; e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.
O primeiro ai passou. Eis que, depois destas cousas, vêm ainda dois ais." Apocalipse 9: 1 - 12.


INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA, POLÍTICA, MILITAR E RELIGIOSA



A função de cada fiel pesquisador é, na medida do possível, procurar, exaustivamente, através da orientação divina, encontrar iluminação para compreender a profecia com mais pormenores e, isto usando uma grande dosagem de racionalidade!
É sempre bom ter em mente que, determinados acontecimentos históricos podem, na verdade, funcionar como figura ou analogia de eventos semelhantes que ocorrerão ao final do tempo da graça.
Portanto, essas ocorrências do passado, têm por objetivo informar e  preparar cada ser humano para enfrentar a grande crise espiritual, na qual, hoje, estamos vivenciando o seu início.
Como se vê, é bem possível que os acontecimentos históricos descritos na profecia desta quinta trombeta, serão uma importante ferramenta esclarecedora da natureza de eventos futuros, por conseguinte, precisa-se colher as devidas lições das experiências passadas para, assim, habilitar-se a ter uma desenvoltura a contento, num futuro próximo!
Deve-se fugir da ideia preconcebida de que Deus seja o causador de tudo que acontece na história.
É bem verdade que a história segue o curso que as decisões humanas traçam.
Deus não interfere nas decisões do homem, contudo, cada escolha, trará como resultado uma consequência, vida ou morte! A decisão, portanto, é do ser humano!
Outro pensamento errôneo é se crer que Deus esteja neutralizando ou controlando a obra do Inimigo através do ser humano e, por conseguinte, o desdobramento nefasto que ela produz!
Se assim fosse, Cristo não solicitaria ao pecador que ele abrisse a porta do entendimento de cada pessoa, Ele simplesmente abriria a porta e entraria, fazendo os devidos reparos. "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, Comigo."  Apocalipse 3: 20.
Deus só intervém nas decisões da humanidade quando ela franqueia a intervenção Divina nela!
Amigo, qualquer coisa que Deus tenha doado à humanidade, Ele não toma de volta. Esta verdade se aplica perfeitamente à capacidade de escolha que cada indivíduo tem, denominado de livre arbítrio.
Portanto, o livre arbítrio, não é superior à vontade de Deus, pois, ele foi uma opção espontânea do próprio Criador, por isso, é uma iniciativa própria do grande Eu Sou! Deus respeita cada escolha que a humanidade faz!
É do conhecimento da maioria dos interpretes das profecias, referentes às trombetas, que o toque das quatro primeiras, descreve a queda da parte ocidental do império romano, contudo, a parte oriental ficou bastante abalada, mas, permanecia resistente até às investidas dos bárbaros hérulos, chefiados por Odoacro.
Ao toque da quinta trombeta começa o desmoronamento do Império Romano Oriental, quando  em Constantinopla, Maomé tenciona implantar o império dele, onde pretendia estabelecer a religião islâmica, em oferenda  aos árabes.
Conforme essa visão interpretativa, Maomé seria a estrela do céu que estava na terra. No livro sagrado do islamismo, o Corão afirma que Maomé teria a chave do reino do céu, no entanto, a Bíblia discorda, ao afirmar que ele tem a chave do poço do abismo. "E foi-lhe dada a chave do poço do abismo." Apocalipse 9: 1 up. 
A conotação bíblica define poço do abismo, circunstancialmente, um local despovoado ou, em estado de confusão e desordem. "A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo." Gênesis 1: 2 pp.
Em relação aos árabes, o poço do abismo seria uma vívida descrição dos desertos arábicos donde partiram dos acampamentos, os bandos malfazejos de maometanos que, semelhantes a gafanhotos pulverizaram as doutrinas de Maomé, provocando o escurecimento do sol do cristianismo.
A manifestação súbita e violenta daquelas doutrinas tinha o poder como dos escorpiões, pois, debilitou, enfraqueceu, mas, jamais destruiu o cristianismo.
Os ataques dos 'gafanhotos' sarracenos eram direcionados contra qualquer pessoa que resistisse ao islamismo, respeitando, porém, unicamente, a pessoa que tivesse o selo de Deus sobre a fronte!
Esse selo do Onipotente, conforme o profeta Ezequiel é o Sábado requerido por Deus. "Também lhes dei os Meus Sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu Sou o Senhor que os santifica." Ezequiel 20: 12.
Naquela época havia pessoas que observavam o verdadeiro dia de descanso, o Sábado do quarto mandamento da Lei de Deus, por isso, naquele instante o Criador honrou essas pessoas, não permitindo que fossem molestadas.
Se você amigo, não quiser ser molestado espiritualmente, deve, semelhante àquelas pessoas, continuar santificando o Sábado do Senhor. "Santificai os Meus Sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vós, para que saiba que Eu Sou o Senhor, vosso Deus." Ezequiel 20: 20.
No entanto, aos não observadores do Sábado, foi dada a ordem de ser atormentado por cinco meses proféticos, o que corresponde a cento e cinquenta anos literais, conforme o entendimento que Moisés transmitiu, onde cada dia profético representa um ano literal. "Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos e tereis experiência do Meu desagrado." Números 14: 34. 
Pois bem, durante os cinco meses proféticos que correspondem a cento e cinquenta anos literais, os habitantes do Império Romano do Ocidente seriam atormentados como a angústia de alguém que é ferido por um escorpião.
Sabe-se que a ferroada dum escorpião é capaz de ocasionar graves sofrimentos, desencadeando alarmantes sintomas, no entanto, a inoculação da peçonha desse animal artrópode não é fatal!
Portanto a ferroada do escorpião, nessa profecia, é emblema de flagelo.
Historicamente a profecia se cumpre exata e, minunciosamente, através dos bandos disciplinados pela religião muçulmana, o islamismo de Maomé!
Esse povo, tão numeroso como gafanhotos saqueavam e destruía o que encontrava pela frente e, como se tivesse cauda de escorpião, injetava pela força a peçonha do engano duma política civil-religiosa causando uma intensa aflição aos suplantados por ela.
Assim, os vencidos, de um instante para outro, se sentiam, economicamente na miséria e, política e espiritualmente diminuídos, humilhados e prostrados, pois, foram picados pelo ferrão de uma política e duma religião venenosa, daí o sofrimento pungente!
É importante determinar quando começou e, terminou o tormento de cinco meses ou, cento e cinquenta anos literais.
Sabe-se que nesse período, diferente dos anos que antecederam os cinco meses proféticos, os muçulmanos tinham um rei que em hebraico era denominado de Abadom e, em grego, Apoliom.
Ora, desde a morte do profeta muçulmano e fundador do Islamismo, Maomé (Mohammed) em 632, até o fim do século treze, os muçulmanos deixaram de ter um governo geral. Sendo, portanto, administrados, pelo chefe de cada uma de suas tribos!
Então, Otman unificou os muçulmanos, fundando o império otomano, passando a ter um rei, ou reino destruidor, conforme o significado da palavra hebraica Abadom e da grega Apoliom.
Sua primeira investida foi contra a Nicomédia em 27 de julho de 1299, delimitando o início dos cinco meses proféticos ou 150 anos literais que se estendem, obviamente, até 27 de julho de 1449.
Os turcos lutaram contra os gregos durante cento e cinquenta anos, mas, não conseguiram conquistá-los. Essa data determina a passagem do primeiro ai.
Que mensagem de conforto ou instrutiva, os habitantes que viveram no período da quinta trombeta, receberam da parte de Deus, para se portar de maneira tal que não se distanciasse das promessas Divinas, para que eles pudessem ter certeza da recompensa Eterna?

INTERPRETAÇÃO PURAMENTE ESPIRITUAL



Normalmente, quem procura interpretar a profecia de forma a compreender a história, dificilmente  se preocupa com a postura da população do período em foco, se recebeu ou não, instruções Divinas, dentro daquele mesmo contexto profético.
Por isso, se faz necessário descodificar o relato profético tendo por prisma uma interpretação puramente espiritual ou, divisando a ótica divina demonstrando o cuidado do Onipotente para com a população da época de vigência da profecia!
Na quinta trombeta, o primeiro ponto a ser descodificado, espiritualmente, é sobre a figura da estrela que, estando na terra, recebeu a chave do poço do abismo. Por isso, surge em mente o relato encontrado no livro de Isaías. "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva!"  Isaías 14: 12.
Baseado nesse verso deduz-se ser ele uma referência ao Inimigo, contudo, o Falsário, de forma alguma, pode ser um lenitivo capaz de abrandar o sofrimento de quem quer que seja!
Os que defendem esse entendimento, afirmam que foi o Usurpador quem, de fato, recebeu a chave do abismo e, abriu a porta do Inferno fazendo precipitar milhões, por intermédio dela!
No entanto, a Bíblia surpreende-nos sobremaneira!
Jesus, o Filho de Deus, é o pão que desceu do céu à terra, Ele assume ser, inequivocamente, a Estrela da manhã. "Eu Sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que Eu darei pela vida do mundo é a Minha carne." João 6: 51. "Eu, Jesus, enviei o Meu anjo para vos testificar estas cousas às igrejas. Eu Sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã."  Apocalipse 22: 16 (grifo nosso).
Pode ser que, por um momento, o Usurpador estivesse de posse da chave do abismo, mas, o verso profético afirma que Jesus recebeu esta chave, ou seja, o Inimigo teve que repassa-la para Cristo.
De posse dessa chave, através da intervenção do Pai, o sepulcro é aberto e, Jesus ressuscita dos mortos, vencendo a sepultura, abrindo o caminho para que a humanidade tivesse a chance de livrar-se do suplício infernal! "Estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno." Apocalipse 1: 18. Não resta dúvida, Jesus é a brilhante Estrela da manhã, só Ele tem a chave da morte e do inferno!
A ressurreição de Cristo imprimiu em cada pecador arrependido a certeza da vida eterna. Contudo, o relato bíblico nos informa que quando o poço do abismo foi aberto saiu uma fumaceira tão densa que escureceu o sol e poluiu o ar.
Transportando até os primeiros momentos da Idade Média, período referente à quinta trombeta, nota-se que o Inimigo projetou uma reação e esta veio em forma de fumaça sufocante que quase apaga da mente do pecador, a presença de Cristo que é o Sol da Justiça.
Diante desta postura do Inimigo, a população passa a respirar um ar contaminado pela ação dos sarracenos que preparou o caminho para a conquista maometana.
É interessante notar que o poder da chave não era próprio de Cristo, pois, enquanto Jesus esteve na sepultura, Ele estava morto e, sendo Deus o Pai o poder mais elevado, ressuscita Jesus, entregando a Ele o poder. Por isso, o poder sobre a morte e o inferno Lhe foi dado.
Não, necessariamente, na chave, mas, em Cristo Jesus está o poder de abrir e fechar a porta da eternidade. Só Cristo tem a chave de Davi que fecha e ninguém abre e abre e ninguém fecha. "Estas cousas diz o Santo, o Verdadeiro, Aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá."  Apocalipse 3: 7.
Amigo, Jesus está franqueando essa chave para todo pecador que queira ter a Cristo como mestre e Senhor! "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus." Mateus 16: 19.
Essa chave foi entregue pelo Filho de Deus a todo pecador penitente. Este fato confirma a doutrina do livre arbítrio, como uma doação Divina. O Onipotente reconhece o direito de escolha de cada ser humano!
A divulgação da doutrina maometana, o islamismo, foi tão impactante, naquela época, que o efeito da religião islâmica quase fez escurecer por completo o sol do cristianismo!
O relato profético faz um paralelo da ação maometana, identificando-a como gafanhotos com poder de escorpiões. Nessa figuração, os gafanhotos descrevem a abrangência geográfica alcançada pelos maometanos.
Sendo assim, os divulgadores do islamismo avançavam com desenvoltura e poder, por isso mesmo, se assemelhavam aos escorpiões.
Sabe-se que os escorpiões são aqueles invertebrados com cauda terminada num aguilhão, repleta de veneno que, naquela figuração, hostilizava qualquer pessoa que, porventura, estivesse ao lado do cristianismo!
Contudo, naquela época, Deus providenciou o antídoto que evitava o dano espiritual a quem perseverava ao lado da Verdade e da Vida, Jesus Cristo! "Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano. Não obstante, alegrai-vos não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus." Lucas 10: 19 e 20.
Essa foi a contrapartida oferecida por Deus, às pessoas que resistiram aos atropelos do Inimigo!
A grande lição espiritual transmitida pelo toque da quinta trombeta é que os gafanhotos com aguilhão na cauda, não causou dano no pecador arrependido, pois, este tem o antídoto contra o mal, Jesus Cristo.
No entanto, o veneno destruidor alcançou, tão somente, ao pecador que continuou na prática da impiedade, por isso, não tinha em sua fronte o selo do Deus Vivo que é o Sábado, como sendo o dia que identifica o Onipotente Criador de todas as coisas!
Amigo leitor, se você quiser passar sobranceiro na grande crise espiritual, que já está instalada, precisa ser selado com o selo do Deus Vivo. Esse assinalamento só pode ser demonstrado quando se reverencia o Sábado do quarto Mandamento da Lei de Deus!
Essa decisão é individual, só você pode fazer!

Que a graça do Senhor Jesus seja com todos!

sábado, 7 de outubro de 2017

Janela do Tempo - MARIA DO CARMO FLORÊNCIO DE MORAIS, UM EXEMPLO DE VIDA!

MARIA DO CARMO FLORÊNCIO DE MORAIS, UM EXEMPLO DE VIDA!
Educador Glauco César.



Decorria o ano de 1917, o Brasil entrava na primeira Grande Guerra. O mundo respirava incerteza, vidas eram abruptamente ceifadas no continente europeu que irrigado com o sangue quente dos militares, germinava de desconfiança o amanhã da humanidade!
Aqui na nação brasileira nascia o samba, que com a sua cadência rítmica, ajudou, naquele momento solene a pulsar de forma coordenada o pensamento, fazendo a humanidade refletir que há mais certeza "no perdão que na despedida"  e que "se todo mundo sambasse seria mais fácil viver".
Foi exatamente nesse ano em meio a essa contradição, vida e morte, que nascia aqui em Caruaru, no dia 23 de março na Rua da Matriz 38, atual Av. Rio Branco, Maria do Carmo Florêncio de Morais, filha de José Florêncio e Maria Ananias de Souza, tradicional família caruaruense.
Desde cedo demonstrou ser muito responsável e cumpridora de seus deveres. Por haver recebido a formação moral, ética e princípios religiosos de seus pais, Maria do Carmo prezava a honestidade, a verdade e o trabalho. Tripé que ajudou na construção de seu sucesso, tornando-a num ardente exemplo de vida.
Sua adolescência foi uma procura incessante com o objetivo de realizar seus sonhos. Cursou o secundário na Academia de Santa Gertrudes, em Olinda.
Segundo ela, durante seis anos "experimentou tristezas, alegrias, ilusões, arrebatamentos, decepções, lutas e vitórias, reflexos de uma vida feliz da juventude que passou deixando saudades".
Aos 17 anos de idade tornou-se professora, ensinando nos três principais educandários da cidade, o Colégio de Caruaru (Diocesano), o Sagrado Coração e a Escola Santa Inês.
Tornou-se supervisora e coordenadora de ensino no Colégio Estadual, além disso, exerceu também o cargo de contadora do Fórum de Caruaru.
O ideal que sempre acalentou, aos poucos foi se realizando. A princípio, com 20 anos de idade conheceu Félix Fonseca de Morais, por quem se apaixonou eternamente. Nove anos depois se casou.
Dessa união nasceram Roberto, Sílvia, Fernando, Lúcia e Auxiliadora, que enchiam de música sua existência, todavia, ela "amou cada filho seu como se fosse o único".
Durante 17 anos sua vida foi embalada pelo ritmo contagiante do samba da felicidade.
Até que em dezesseis de setembro de mil novecentos e sessenta e três, o disco partiu sua união de amor, ela ficou viúva, mas seu sentimento era eterno e jamais desvaneceu. Sabiamente ela canaliza esse afeto para realizar cada um dos ideais de seus filhos.
Por consultar sempre o coração, ela deixou o amor nortear sua existência. Vê cada um de seus filhos vencerem na vida e participa do futuro deles, tornando-se avó.
Numa total entrega, ela começa a formar o futuro, ensinando aos seus netos os princípios morais, de integridade e otimismo, continuando a ser a educadora que sempre foi.
Contudo, o disco continuava a rodar e um sentimento estranho toma conta de si. Num fatídico dia de 2001 ela se "sente como quem partiu ou morreu". É que falece sua filha Lúcia. "E o tempo rodou num instante nas voltas do seu coração".
Mas ela superou com galhardia esse dissabor. Assim, ela procura ter voz ativa para domar o seu destino.
Quanto mais ela procurava mudar sua sorte, tanto mais parecia que a vida remava "contra a corrente até não poder resistir". Contudo, Maria do Carmo, tinha uma fé inabalável na providência Divina.



Mal ela "sentou pra descansar como se fosse um pássaro", Roberto seu filho mais velho em 2004 "morreu na contramão atrapalhando o tráfego" de sua vida.
Ela "amou daquela vez como se fosse o último" e encontrou na fé, forças para superar tão difícil momento. "Quando a descrença te bater à porta, olha para dentro de ti, junta tuas forças e verá um renascer de esperanças". Assim, ela transmitia a todos, um verdadeiro sentimento de fé.
O mundo é uma roda viva e "o tempo rodou num instante" até que em março de 2007, Maria do Carmo, com muita lucidez comemorou seus 90 anos. Ela entrou na roda e mostrou seu gingado aos filhos, sobrinhos, primos, amigos e netos.
Em dezembro do mesmo ano Maria do Carmo sofre um AVC, todos percebem que a "dor é tão velha que pode morrer". Ela falece em 24 de fevereiro de 2008.
"felicidade aqui pode passar", mas não passou!
Por ter sido uma verdadeira heroína, mãe dedicada, boa esposa, amiga sincera e, sempre soube como cativar e conquistar uma real amizade é que ela foi e sempre será um verdadeiro exemplo de vida!

domingo, 1 de outubro de 2017

IDE - O Toque da Terceira e Quarta Trombeta

 O TOQUE DA TERCEIRA E QUARTA TROMBETA
Educador Glauco César



NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que, uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento.




Quando João ouviu o sonido melodioso da terceira trombeta, ele viu cair do céu uma grande estrela que, na visão do Profeta, mais se assemelhava a um aerólito que se tornou incandescente ao atravessar a atmosfera. Esse meteorito é, vulgarmente, identificado como estrela cadente.
O astrólito da visão precipitou-se sobre os rios e sobre as nascentes d'água. Ao atingi-la, o precioso líquido ficou amargo, mas, desprendeu um aroma semelhante ao cheiro da planta absinto.
Como resultado daquele impacto houve a mortandade de muitos homens.
Tem-se, dessa forma, uma belíssima narrativa emblemática, contendo um simbolismo riquíssimo que não pode ser desperdiçado, nem ser analisado por um único ângulo  visual e interpretativo.
Portanto, devem-se explorar, ao menos, dois pontos distintos que, necessariamente, não sejam discordantes.
Em particular as insígnias podem e devem ser decifradas em dois pontos complementares de uma mesma ocorrência.
Por isso, se faz necessário conferir o cumprimento histórico que se encaixe simétrica e perfeitamente à palavra profética, sendo indispensável tomar conhecimento do outro lado da moeda suscetível de interpretação que, cada distintivo simbólico sugere para uma melhor compreensão do sonido de cada trombeta.
Essa mesma postura será estabelecida ao se analisar o cumprimento desta, quanto da quarta trombeta.
Para tanto é essencial se conhecer os versos que serão decompostos em suas partes componentes, esquadriando-os com minúcia para extrair melhor compreensão. "O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha.
O nome da estrela é Absinto; e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas.
O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também à noite.
Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai! Dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar.” Apocalipse 8: 10 - 13.

O TOQUE DA TERCEIRA TROMBETA




Como o foco desse comentário não é priorizar os fatos históricos, todavia, sabe-se que eles são indispensáveis para que o leitor compreenda os acontecimentos ocorridos e, entenda, sobretudo, a predisposição da Divindade em auxiliar o ser humano em suas limitações em relação ao enfrentamento da perniciosidade e peçonha do Príncipe do Mal, durante o período de evidência da terceira trombeta que feriu a terça parte dos rios e das fontes d'água.
Precisa-se descodificar o enunciado desta profecia, através de uma síntese.
Após minuciosa pesquisa, admite-se que o teor dessa profecia, bate em uníssono, em seu cumprimento, com a invasão dos hunos, ocorrida entre os anos 433 - 453 a.D.
A entrada dos hunos à força e de forma hostil aconteceu ao norte da Itália e, também na Gália e regiões ao longo do Reno, conquistando-as, atingindo certeiramente o Império, usurpando a competência dos romanos.
Assim, toda extensão da Europa, do Volga ao Danúbio foi invadida, ocupada e assolada pela turba de desordeiros ao comando de Átila, que saqueava e destruía por onde passava.
Acredita-se que Átila, o Rei dos Hunos, seja a estrela que ardia como tocha, quando analisado pela interpretação puramente histórica.
Como resultado dessa ação descabida, a estrutura romana cambaleou em seus próprios alicerces, entrando em colapso fatal.
Esse é o retrato revelado da amarga consequência da invasão huna, simbolizada pelo absinto.
Essa amargura absinta, fez desvanecer muitos homens que encontraram, naquela água, a morte!
É óbvio que esse entendimento não revela a ação de Deus, contudo, a Divindade tira o véu, descobrindo os acontecimentos que são resultantes das decisões humanas e não, necessariamente, do desejo de Deus.
Por conseguinte, cada moeda tem o anverso e o reverso, não é diferente na revelação profética, em relação à vontade de Deus, no desenrolar da história universal.
Precisa-se, portanto, descobrir o outro lado da moeda, ou seja, a atuação Divina em meio àquela fatalidade!
É preciso entender que o terceiro anjo é uma figuração  dos ministros e comunicadores humanos que tinham a missão de auxiliar, através de instruções, para capacitar os europeus que habitavam a área de conflito, que acontecia na região delimitada, do Volga ao Danúbio, a se preparar para poder resistir aos ardis do inimigo.
Sendo assim, a estrela que João viu cair do céu ardendo como tocha, era, na verdade, uma estrela cadente, ou seja, um meteorito, pois, não tinha luz própria, sendo, por isso mesmo, um astrólito que ao entrar em contacto com a atmosfera afogueia-se, ganhando luminosidade!
Nessa vívida figuração, os mensageiros humanos ao se revelar como instrutores de Deus, norteando a população a encontrar a postura correta que, por certo, os colocaria em estabilidade espiritual, provocou uma reação, tanto dos vandálicos hunos, como também dos  orgulhosos representantes da férrea Roma, a ponto de inflamar, os dois lados e, em meio a fogo cruzado, eles, os ministradores, não desvaneceram, mas, continuaram firmes no desempenho de seu papel, a ponto de perder a própria vida.
Esses fiéis mensageiros de Deus disseminaram a mensagem de salvação e vida eterna, conquistando seguidores para Cristo, por isso eles se afoguearam, produzindo a claridade celestial, que induzia a população a tomar uma postura eficaz que garantisse, ao final da jornada, a Vida Eterna!
Pode-se perceber, quando se analisa com a ótica Divina, que esses mensageiros humanos, retratados na profecia como estrela era, na verdade, uma estrela cadente, pois, não tinha luz própria. Contudo, refletia a claridade de Cristo, o Sol da Justiça que é a Estrela que rege, ilumina, aquece e purifica a Terra. "Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente." Salmos 84: 11.
Nesse lado da moeda, a estrela cadente tinha um nome, absinto. Como absinto, esses mensageiros de Deus, durante o período em foco, exalavam o perfume característico da misericórdia Divina que, por maceração amoleceu o coração de muitos humanos, pela ação curativa do absinto. 
Dessa forma foi extraído o sumo do bem que existe em cada ser humano, impregnando os princípios solúveis da bondade Divina.
Essa ação curativa resultou na mortificação do homem do pecado, que estava assenhorado em cada ser humano que defendia as ações do mal, fazendo ressurgir o homem do bem.
Assim, as águas represadas das cisternas rotas, ficaram amargas, por reter as impurezas das ações maléficas. "Porque o Meu povo cometeu dois males: A Mim Me deixou, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas." Jeremias 2: 13.
No entanto, grande parte da população foi lavada pela água pura e cristalina do rio da vida, ficando habilitado a alimentar-se da Árvore da Vida, Cristo Jesus! 

O TOQUE DA QUARTA TROMBETA



Ao se ouvir o sonido da quarta trombeta, simultaneamente, começa a desenrolar os acontecimentos políticos, bem como a intervenção Divina, preparando a sociedade para enfrentar as ocorrências com a devida estabilidade espiritual!
Os fatos ocorrentes davam continuidade ao processo da queda de Roma Ocidental que culminou no ano 476 a.D., como resultado da ação de Odoacro, chefe de uma tribo bárbara, que toma posse da cidade de Roma, reduzindo o grande Império Romano do Ocidente, que então governava o mundo, a um simples ducado.
Em consonância com a profecia, Odoacro, fere o sol. O cumprimento desta prerrogativa acontece quando o chefe dos bárbaros destrona Romulus Augustulus, o último governante romano, destituindo-o da função de imperador.
Dessa forma, o soberano, Romulus Augustulus, prefigurado como o sol do império romano, declinou ante o poder de Odoacro!
No entanto, a profecia afirma que também foi subjugada, tanto a lua quanto as estrelas. Esses dois astros celestes, na figuração profético-política seriam os cônsules e o Senado.
Não demorou muito, no transcurso da história do Império Romano, para que os cônsules e o Senado fossem destronados de seu sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos.
Como resultado dessa manipulação política perpetrado pelos bárbaros hérulos, na direção de Odoacro, a Itália se tornou apenas província do Império do Oriente, entrando em colapso e, desmoronando o Império Romano Ocidental!
Espiritualizando e interpretando o toque da quarta trombeta, obviamente, através da ótica Divina, entende-se que os habitantes daquele período, subjugados ao poder imperial romano, tanto do ocidente quanto do oriente, se sentiram sufocados com intenso rigor, a ponto de encobrir e obstruir o perfeito entendimento sobre o caráter de Deus! "Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça." Isaías 59: 2.
Assim, o constante apelo à vida material, obstruiu o relacionamento com o Criador.
Dessa forma, no entendimento da população romana, o Sol da Justiça, a mensagem cristológica, foi ferida de tal forma que deixou de emitir os mais pálidos raios, pois, os romanos e seus líderes religiosos estavam mais envolvidos no trato da sobrevivência, por isso mesmo, deixaram de lado o mais importante, seu relacionamento com o Cordeiro de Deus!
É sabido que a Divindade para se comunicar com o ser humano, faz uso de dois mecanismos facilitadores que são as instruções religiosas e, sobretudo, Seus mensageiros humanos, ministros e colaboradores!
Conforme a profecia, a lua e as estrelas, também foram feridas. Neste caso, a lua representa as instituições religiosas e, as estrelas são figurações dos lideres, sacerdotes e leigos, pessoas que deveriam ser mensageiras das informações celestiais.
Durante aquele período de instabilidade política, aqueles líderes e divulgadores da Palavra, ficaram mais atrelados ao Estado que mesmo ao Criador do Universo!
Por esse motivo é que a descrição profética identificou que a lua e as estrelas estavam escurecidas.
Esse escurecimento profético, informa que as Instituições com seus mensageiros humanos não refletiam a claridade total de Cristo.
No entanto, o pouco de luz que emanava dos anunciantes, reproduziu a imagem de Cristo, esta claridade foi o bastante para retratar o amor, cuidado e benevolência de Deus, a ponto de influenciar as pessoas que, consequentemente, se espelharam em Cristo e, encontraram o caminho da Paz Celestial.
Ao final do toque da quarta trombeta o profeta João divisou uma águia que voando no meio do céu, anunciava que as três trombetas restantes era presságio de que o cerco aos cristãos, cada vez mais, haveria de arrochar e, poucos estariam preparados para o encontro com o Senhor nos ares!
Certamente essa águia ou anjo, conforme algumas traduções, não é nenhum dos sete anjos que tocam as trombetas, mas, certamente, é figuração dos servos de Deus que, naquele período, semelhante à águia, tinha uma visão aguda e, anunciava aos moradores da Terra que os três toques seguintes das trombetas, haveriam de desfraldar muito pesar aos humanos, que por ventura estivessem vivos participando do relato histórico que precede à vinda de Deus e o retorno do Filho do homem, em glória e majestade!
Hoje, amigo leitor, estamos vivenciando o solene tempo que antecede à vinda da comitiva celestial. Para ser mais exato, em nossos dias, o mundo está a ouvir o toque da sétima trombeta.
            A grande interrogação que insiste permanecer em nossa mente é saber se estamos preparados para o encontro com o Senhor ou, se o último ai profético estará se cumprindo na nossa vida, nos privando de receber a Vida Eterna!