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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

IDE - Cristo Jesus, Testemunha e Princípio da Criação

CRISTO JESUS, TESTEMUNHA E PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO 


Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.




               Dando continuidade a apresentação de Cristo para a Igreja de Laodicéia, onde se estabeleceu a identificação dEle como sendo o Amém e, como tal, Criador, conjuntamente com o Pai e o Espírito Santo, ficando ressaltado que, Jesus Cristo é a pessoa da Divindade descrita como o Verbo, a única, dentre as três, que falou e, logo tudo passou a existir!
            Duas outras características são reveladas sobre Jesus, nesse verso em estudo, quais sejam; Ele é a testemunha fiel e verdadeira e, o princípio da criação de Deus.
              Nosso objetivo, inicialmente, é dar maior consistência a essas duas particularidades distintivas de Cristo, destacadas na apresentação para a igreja de Laodicéia, ou seja, para toda criatura que esteja viva nesse último período da história eclesiástica, dias nos quais vivemos!
        Alguns intérpretes analisam a mensagem de Cristo Jesus, de maneira simplória, identificando a missiva para Laodicéia, digna de confiança, uma vez que, sendo Cristo, conhecedor de toda verdade, a expôs de maneira coerente e inteligível.
          No entanto, sendo Jesus o Príncipe e Pai da Eternidade, conforme registrado no livro de Isaías no capítulo nove e verso seis, não somente conhecia facetas do princípio certo, uma vez que, Ele mesmo, é a própria Verdade (João 14: 6). Então, o estudo pormenorizado, deve ser muito mais profundo e abarcante que um simples exame critico fidedigno!
          Jesus, expondo aos habitantes do planeta malsinado pelo pecado, a Terra, descreve as derradeiras cenas que põe termo à história humana, pois, sendo, Ele próprio, o Criador, tem total autonomia para discorrer sobre os eventos finais!
            Ele se autoidentifica como a testemunha, nesse caso, fiel e verdadeira.
            O que vem a ser uma testemunha? Pode um depoente testificar de forma comprobatória sobre si mesmo? É o que iremos descobrir, na continuação deste texto!
          Vamos tentar responder a nossa primeira inquietação. Uma testemunha é uma pessoa que viu ou ouviu alguma coisa e, é chamada para esclarecer, em depoimento, aquilo que viu ou ouviu. 
          A rigor, quem testemunha, dá depoimento de alguém, não de si própria, ou, de um fato ocorrido, com o intuito de trazer a tona, toda a verdade, pertinente ao acontecimento, para dar solução ao problema.
       Neste nosso caso em estudo, Cristo não poderia dar testemunho sobre Si mesmo e, como tal, Ele estaria testemunhando sobre o Pai, Esse sim, seria o Criador!
          Além de que, existe um agravante, o próprio Jesus informa que se Ele desse testemunho de Si mesmo, o Seu testemunho não seria verídico (João 5: 31).
       E o que é mais contundente, Cristo não aceita testemunho humano (João 5: 34), pois, o homem é tendente para o mal (Êxodo 32: 22), e fala do que lhe é próprio, a maldade!
           Nem o testemunho de João Batista ou, mesmo do discípulo amado, reúne condição de aceitabilidade por Cristo Jesus!
         No entanto, Jesus, informa-nos um caminho sobremodo excelente, diz Ele: "Mas Eu tenho maior testemunho que o de João; porque as obras que o Pai Me deu para realizar, as mesmas obras que Eu faço, testificam de Mim, que o Pai me enviou" João 5: 36 (grifo nosso).
     Dentre essas obras extraordinárias que validam a Divindade de Jesus, está a Criação do Universo, a Redenção e tantas outras maravilhas, que se fossemos relatar, faltaria espaço, até mesmo virtual, para enumerá-las!
         Sendo assim, este fato, é prova que o testemunho de Jesus Cristo é verdadeiro, pois nEle podemos confiar! Não existem motivos para discordar do depoimento que Cristo Jesus faz de Si mesmo!
          O Messias, além de testemunha fiel e verdadeira, é também Aquele tipo de testemunha que ouviu, através do timbre de Sua própria voz, o despertar do Universo, tornando-se, Ele próprio, Sua testemunha auricular, nEle não mora a verdade, pois, Ele mesmo é a Verdade!
        Além de testemunha fiel, verdadeira e auricular, é também, o tipo de depoente que presenciou o ato Criativo, que, após, ter Ele mesmo falado, tudo, de maneira extraordinariamente planejada, veio a existir, tornando-O numa testemunha ocular, do Seu próprio ato Criativo!
           Por isso mesmo, Jesus é a perfeita expressão do pensamento, da vontade e do caráter de Deus, é, portanto, o Criador que, juntamente ao Espírito Santo, estava com Deus antes dos dias eternos, Ele é Deus sobre todos, bendito para todo o sempre.
           Desta maneira, fica descartada a possibilidade de Jesus ser uma testemunha suspeita, por não merecer fé em juízo, por defender ou acusar, por proximidade de parentesco ou amizade ou, ainda inimizade, quem quer que seja, pois, como testemunha Ele narra sobre Si mesmo!
          Por mais que se queira colocar Jesus como testemunha de viveiro, aquela que é industriada, ou seja, instruída previamente para explicar e prestar depoimento falso, não cabe tal prerrogativa, pois, Ele não é apenas a essência, mas a própria verdade!  
            Por isso, Ele pode testificar de forma comprobatória sobre Si mesmo!
            É dever de todo cristão estar atento ao testemunho que Jesus faz de Si mesmo, principalmente, nesses dias difíceis e decisivos para a eternização de nossa vida!
          Além de estar atenta ao testemunho de Jesus Cristo, é dever nosso, tornar-se testemunha dEle, tanto na localidade em que habitamos, nos arredores e cidades circunvizinhas, como fazendo uso da tecnologia, atingindo as localidades mais distantes do nosso planeta. Foi isso que Ele nos transmitiu ao pronunciar: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-Me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra" Atos 1: 8.



PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO DE DEUS Antes de fazer qualquer conjectura sobre esse título de Jesus, necessário se faz conhecer o termo princípio, palavra oriunda do grego arche que pode ser analisada de forma ativa ou passiva.
          Em se analisando passivamente, refere-se ao momento, local ou trecho em que algo tem origem ou começo, no nosso caso seria o momento e local em que Cristo sofreu uma ação no princípio. Essa ação seria a Criação de Jesus, Ele seria o primeiro ser Criado e, como tal não seria Divino e sim uma criatura de Deus.
         Por tudo até agora exposto, acreditamos ser Cristo, a segunda pessoa da Divindade, por isso mesmo, esse termo tem de ser analisado de forma ativa.
          Nessa condição, Jesus seria aquele que iniciou a ação Criativa, a causa primeira ou primária, o primeiro impulso, o Deus Criador.
         Indubitavelmente, Jesus Cristo é a fonte ou causa da ação Criativa. Não resta dúvida, ser Ele o agente e a causa eficiente, que falou e dimensionou o Universo!
          Para compreender a fundo o Princípio da Criação de Deus, comunicada pelo anjo Gabriel à igreja de Laodicéia, que é uma referencia aos nossos dias, nós precisamos entender que esta expressão é paralela a Colossenses 1: 12 - 20; "Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor; em Quem temos a redenção pelo Seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a Criação; porque nEle foram criadas todas as coisas que há nos Céus e na Terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: Tudo foi criado por Ele e para Ele.
           E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele.
        E Ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.
       Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasse, e que, havendo por Ele feito a paz pelo sangue da Sua cruz, por meio dEle reconciliasse Consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na Terra como as que estão nos Céus". (grifo nosso).
          A parte final desse texto, Paulo registrou também em Efésios 1: 9 e 10 da seguinte forma: "Desvendando-nos o mistério da Sua vontade, segundo o Seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nEle, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as cousas, tanto as do Céu como as da Terra". (grifo nosso).
          Só para a nossa compreensão, a palavra dispensação, refere-se ao período em que o indivíduo é experimentado quanto à sua obediência a alguma revelação especial da vontade de Deus.
          Estes textos não deixam margem de dúvida, quanto ao fato de ser Cristo, aquela pessoa que, no princípio, falou para que surgissem todas as coisas, eles apontam para Jesus como o Criador!
          Não deve existir equívoco no fato de que, dos componentes da Divindade, Pai, Filho e Espírito Santo, emanaram a força, o poder e a vontade de Criar a Grade Expansão, todavia, foi a pessoa de Jesus Cristo quem falou e, consequentemente, Criou todas as coisas!
          No entanto, a superioridade, grandeza e excelência de Jesus reside no fato dEle ser, conjuntamente, o Princípio e o Primogênito dos Mortos.
          Esta dualidade de característica é que O torna ímpar, por ser a única pessoa da Divindade que morreu! Daí Sua preeminência!
          Foi essa morte da pessoa Divina e humana que O capacita para ser o reconciliador de todas as coisas da Terra, o pecado da humanidade, como das coisas do Céu, o pecado de Lúcifer e seus anjos!
             Cristo, portanto, é o expiador, pois, Ele e somente Ele fez a expiação!
          Conforme o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, expiação é o ato de expiar!
           Aurélio Buarque de Holanda nos informa que expiar é o mesmo que remir a culpa, cumprindo a pena; pagar; sofrer as consequências.
          Em Éfeso, Paulo enriquece seu enunciado, portanto, devemos interpretar de forma não menos rica, com racionalidade e coerência.
             Este é aquele tipo de texto que exige do pesquisador o uso apurado da mente e, para isso, requer do mesmo, a demanda do emprego de tempo.
          Fazendo um estudo pormenorizado da primeira parte do verso de Efésios, vamos perceber que o texto versa sobre o mistério da vontade de Deus!
          Muitos estudantes deixam de averiguar mais profundamente a vontade de Deus, pois, por ser um mistério, é algo, tão somente, inacessível ou incompreensível. Por isso, eles não arvoram entrar num detalhe que pertence tão somente à Divindade.
          O que essas pessoas esquecem é que mistério é também um enigma! 
            Nesse verso em pauta, mistério não pode ser definido como inacessível nem incompreensível, pois, conforme o mesmo é para ser desvendado, sendo, portanto, um enigma, que é uma descrição obscura de uma coisa para ser decifrada.
                Façamos, então, uma busca minuciosa para averiguação da realidade!
     Para iniciar nossa investigação, primeiramente, precisamos saber qual é, então, o mistério ou enigma da expiação?
          Esse mistério está delineado em Hebreus 9: 22. Tomemos, então, conhecimento dele! O mistério é que "sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados".
          Essa proposição é bastante concludente, fato que coloca em maus lençóis as pessoas que antedatam ao Calvário, elas estariam, irremediavelmente, destituídas da salvação!
          Nesse caso, se Cristo morreu há dois mil anos, somente as pessoas que viveram após o Gólgota, estariam remidas pelo sangue do Cordeiro de Deus!
Como, então, resolver esse enigma?
Só existe uma maneira de se resolver esse imbróglio! É justamente se Cristo houvesse morrido vicariamente, antes que o pecado tivesse surgido!
Sendo assim, para a remissão de Cristo alcançar a pessoa de Abel, que foi o primeiro a morrer, Jesus, o Cordeiro de Deus, teria que ter morrido, de fato, desde a Criação, para desta forma, alcançar Abel, que foi o primeiro humano a experimentar o desfavor da morte!
É sabido que sangue de ovelhas não tem poder de salvar, o próprio Paulo nos assevera esta verdade! "Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados". Hebreus 10: 4.
Nesse caso, teria, então, de ser o sangue de Jesus, nosso Cordeiro pascoal, pois, conforme João Batista, Cristo é o Cordeiro de Deus. Veja esse enunciado. "No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1: 29.
Baseado, exatamente, nessa declaração de João Batista, começaremos a desvendar esse enigma proposto por Deus!
Demasiado interessante é notar que João Batista, naquela oportunidade, identifica a pessoa de Jesus como "o Cordeiro que tira o pecado do mundo".
Essa afirmativa da 'Voz Que Clama No Deserto', não me surpreende, uma vez que João tinha plena certeza do que estava afirmando, apesar de que Cristo ainda não tinha morrido na cruz, nem derramado Seu sangue para remir os pecados!
Contudo, no entendimento de João, Jesus, desde sempre, tirava o pecado do mundo!
É bom notar, que o mesmo João, momentos antes, havia asseverado que "a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo". João 1: 17.
O dicionário 'Aurélio', define graça como perdão. Como podemos perceber, nesse caso, perdão ou remissão dos pecados só acontece com o derramamento do sangue de Cristo.
Agora, que temos esse entendimento, concluímos que João Batista, ao ver Jesus se aproximar, teria que tornar firme sua declaração dizendo que só Cristo é o Cordeiro de Deus, e Ele tiraria o pecado, quando fosse crucificado!
Mas não foi isso que aconteceu, João tinha plena convicção do que estava declarando! Por isso Ele colocou sua afirmativa no presente, e não no futuro. Ele sabia que tudo está no presente da Divindade!
Já nós, seres humanos, é que vivemos somente o presente, contudo, temos um passado e, a depender de nossas escolhas, poderemos ter um futuro eterno, com vida em nós mesmos, vivenciando as benesses que o Pai nos oferece!
João Batista realmente cria que, de fato, Cristo, o Cordeiro, houvera morrido, "desde a fundação do mundo". Apocalipse 13: 8. 
Perceba como funciona a didática Divina, o texto que deveria esclarecer por completo esse detalhe, coloca-nos mais dificuldades! É exatamente essa dificuldade que induz o pesquisador a se aprofundar nos mistérios de Deus, para poder decifrar os pequenos entraves, que são colocados para aproximar o pecador, cada vez mais de Cristo, que é o revelador dos enigmas!
 Todavia, foi praticamente na Fundação do Mundo, que foi estabelecida a simbologia do Cordeiro. Assim, na fundação do Mundo, Cristo teria morrido, simbolicamente, através do sangue de um cordeiro!
Nessa simbologia, as pessoas que antedatam a cruz, estariam perdoadas, apenas, simbolicamente! Para ter seus pecados perdoados verdadeiramente, Jesus teria que ter morrido, de fato, desde a fundação do Mundo!
E se Cristo morreu de fato, terei, então, que fundamentar, efetivamente, na Bíblia, esse acontecimento! Uma vez que o verso apresentado, não define se a morte foi simbólica ou se foi real!
Para fugir desse simbolismo, Jesus teria que ter morrido antes da efetivação desse símbolo! Portanto, precisamos demonstrar que Cristo, verdadeiramente, morreu antes da fundação do mundo, para não confundir, o que é real com o que é simbólico!
     Como Cristo, também, é a própria verdade, Ele quer que cada pessoa tenha conhecimento bastante para desvencilhar dos empecilhos que o assunto nos oferece!
Por isso, Ele se encarregou de registrar em Sua Palavra a prova de que Ele morreu, de fato, e não simbolicamente!
"Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós". I Pedro 1: 18 - 20 (grifo nosso)
Esses versos são tão esclarecedores quanto o próprio Jesus!
Eles nos revelam que fomos resgatados pelo precioso sangue de Cristo, não de cordeiros, simbolicamente!
Para nos situar na linha do tempo e não confundir com o simbolismo, na fundação do mundo, nem mesmo há dois mil anos, através de Sua morte substituinte no monte Caveira, esse verso informa que o sangue de Jesus, na verdade, foi vertido, em outro tempo, antes da fundação do mundo. O que quer dizer, um pouco antes de dar condições de vida ao Planeta Terra, aproximadamente um pouco mais de seis mil anos.
O que mais admiro em Deus, é a Sua riqueza de detalhes!
Para não restar nenhuma dúvida, Ele esclarece os pormenores, para assim, entendermos com total inteireza, afirmando: (a morte de Cristo), foi manifestada (no Calvário), nestes últimos tempos (há um pouco mais de 2000 anos), por amor de nós, ou seja, para que nós os viventes pudéssemos entender corretamente o propósito do grande amor de Deus!
Agora sim, morrendo um pouco antes da fundação do mundo, não se confunde com o símbolo do cordeiro, mesmo porque a Bíblia esclarece que Ele morre de verdade e não simbolicamente.
Assim, todos que viveram antes do Calvário teriam sido resgatados pela graça redentora de Cristo, isto por intermédio de Seu sangue que foi vertido, de fato, antes da fundação do Mundo.
Apesar de que essa citação resolva por completo a situação da humanidade, fazendo convergir em Cristo às coisas da Terra, ainda continua parte do enigma, que são as outras coisas, para que todas as coisas, até as do Céu, fossem solucionadas. "Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasse, e que, havendo por Ele feito a paz, pelo sangue da Sua cruz, por meio dEle reconciliasse Consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão no Céus". Colossenses 1: 19 e 20 (grifo nosso).
E que coisas do Céu seriam essas? É óbvio, o perdão dos pecados de Lúcifer e seus anjos.
Então, para que o enigma seja totalmente decifrado, Jesus teria que, verdadeiramente, ter morrido antes que Cristo tivesse Criado os anjos celestiais, ou seja, antes que Ele Criasse, até mesmo, o Universo!
Só assim, a morte de Cristo alcançaria as coisas do Céu, no caso, os anjos que pecaram. E foi exatamente o que aconteceu, "segundo o poder de Deus, que nos salvou, e nos chamou com santa vocação, não segundo as nossas obras, mas conforme a Sua própria determinação e graça, que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e que é manifestada agora, pela aparição do nosso Salvador, Jesus Cristo, o qual destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção mediante o evangelho". II Timóteo 1: 8 - 10 (grifo nosso).
A leitura desse verso alarga, cada vez mais, nosso conhecimento!
Na visão de Paulo, a morte de Cristo, não aconteceu, de fato, no Calvário, nem na fundação do mundo, nem ainda antes da fundação do mundo, mas sim, antes dos tempos eternos!
Foi, justamente, esse grandioso poder de Deus, conforme Sua própria determinação, capaz, de num único momento, resolver, tanto as coisas da terra, ou seja, perdoar o pecado da humanidade, quanto às coisas do Céu, perdoar o pecado de Lúcifer e dos anjos, seus seguidores.
É de bom alvitre esclarecer que apesar de Lúcifer e os anjos, seus seguidores, terem sido perdoados pelo sangue de Cristo, eles recusaram tal perdão, por isso mesmo não terão direito à vida eterna.
A morte de Cristo, antes dos tempos eternos, abriu a porta da graça para Lúcifer, os anjos, seus seguidores e a humanidade, já a manifestação dela, no Calvário, há dois mil anos, destruiu a morte, ou seja, fechou a porta da graça para as coisas do Céu, Satanás e os anjos, seus seguidores, permanecendo, tão somente, aberta para a humanidade!
Apesar de que toda a humanidade tenha sido perdoada, de igual modo, por Cristo, esse perdão não garante a vida eterna, pois, precisamos aceitar tal perdão, fazendo uso de nosso livre arbítrio.
Conforme essa citação de Paulo a Timóteo, podemos concluir, definitivamente, como as coisas aconteceram.
Antes dos tempos dos séculos, Jesus Cristo, mesmo antes de formar o Universo, é morto na cruz do Calvário. Em seguida é sepultado e ao terceiro dia ressurge, pois, o Pai O ressuscita.
Em seguida Cristo faz surgir a Grande Expansão e forma os seres celestiais. Posteriormente o grande anjo Lúcifer peca, mas por força da graça do sangue de Cristo vertido na cruz, esse poderoso anjo, já está perdoado, se bem que, Lúcifer não aceita o perdão.
Posteriormente Cristo dá condições de vida ao planeta Terra, Cria a humanidade nas pessoas de Adão e Eva.
Esse primeiro casal destoa do propósito de Deus e, peca. Todavia, já estava perdoado por Cristo, pois, Jesus já tinha sido morto desde os tempos eternos!
Sendo assim, todas as coisas convergiram em Cristo, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as do Céu, Lúcifer e seus seguidores, os anjos, como as da Terra, Adão, Eva e a humanidade!
Ainda assim, o enigma não foi totalmente decifrado, Precisamos compreender como Cristo tornou isto possível.
   Para alguns pesquisadores é praticamente impossível compreender, de forma racional, sem se fazer uso de uma grande dosagem de fé, como foi possível Cristo ter morrido num mesmo evento, em quatro tempos cronológicos distintos!
             Contudo, as Escrituras, é realmente, Sua revelação!
             Jesus, então, através de Sua Palavra, torna entendível, qualquer enunciado ambíguo ou velado, isto porque Ele é a descoberta reveladora da Divindade!
         A parte crucial do mistério da expiação é justamente entender, racionalmente, o fato da múltipla morte de Cristo ser realmente, um único acontecimento! Esse é o enigma a ser revelado!
        Até então, muitos de nós, não tínhamos tal conhecimento e vivíamos no erro, justamente por não ter intimidade com as Escrituras, portanto, não conhecíamos as possibilidades do Grande Eu Sou.
     Estávamos enquadrados na mesma condição dos saduceus, aos quais, noutra oportunidade, o Filho do Homem, Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. Mateus 22: 29.
           É claro, que nenhuma pessoa deseja incorrer no mesmo erro dos saduceus! Por isso devemos recorrer à Revelação, por conseguinte, ela nos esclarecerá e nos mostrará o grandioso poder de Deus!
              Todavia, fica uma inquietação em nossa mente! Será que Cristo precisou morrer quatro vezes?
       Para avivar a nossa mente, relembremos quando aconteceram esses fatos. 
             1- Na plenitude dos tempos, a dois mil anos, no monte chamado Caveira. (Lucas 23: 46) 
             2- Na fundação do Mundo. (Apocalipse 13: 8) 
             3- Antes da Fundação do Mundo. (I Pedro 1: 20)
             4- Desde os séculos eternos. (II Timóteo 1: 9)

               A resposta a este questionamento está vívida na nossa mente, e todos responderíamos: certamente que não, Cristo padeceu uma única vez para perdoar os pecados, tanto os praticados na Terra quanto os do Céu! Pedro revela essa garantia! Porque, também, Cristo padeceu uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito”.      I Pedro 3: 18 (grifo nosso).
           Essa única vez que Jesus morreu, foi, justamente, desde os séculos eternos, isto, para alcançar tanto as coisas da Terra quanto as dos Céus!
    Se a morte de Cristo, ocorrida, desde os séculos eternos, não foi simbólica, cremos que só foi possível, mediante o poder de Deus, que está embutido no principal atributo da Divindade! 
         São três os principais atributos de Deus: Onipresença, Onipotência e Onisciência. Atributos encontrados, tão somente, na Divindade.
           A Onipresença é também conhecida como Ubiquidade. 
       Portanto, Deus na pessoa do Pai, Filho e Espírito, é o único ser, em todo o universo, que é ubíquo.
          Este entendimento faz convergir em Cristo, todo tempo, em um só tempo, neste caso específico em estudo, ao tempo do século eterno!       
                          Para a humanidade, porém, que está limitada ao tempo e ao espaço, a morte de Cristo ocorreu na plenitude dos tempos, no Calvário! 
    Sendo assim, todas as pessoas envolvidas direta e indiretamente no sacrifício de Jesus, na plenitude dos tempos, Deus trouxe à existência, no século eterno, essas pessoas, então, crucificaram a Jesus, conforme encontramos no relato bíblico.  
           Se aprofundarmos um pouco mais, vamos perceber que todas as pessoas, tanto as que já morreram quanto as que estão vivas e as que ainda não nasceram, participaram como testemunhas daquele evento! 
         Todas essas pessoas, no século eterno, quando o episódio de fato ocorreu, ainda não existiam, mas, foram trazidos à existência, por Deus, para serem testemunhas oculares da história!
Todavia, para Deus que é ubíquo, tudo existe e converge em Cristo, pois, em Jesus existem todas as coisas, de todos os tempos, num só tempo, que é o presente de Deus! "Porque nEle habita, corporalmente, toda a plenitude da divindade." Colossenses 2: 9 "E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele; E Ele é a cabeça do corpo da igreja, é o princípio e o primogênito de entre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasseColossenses 1: 17 - 19 (grifo nosso).          
       O que mais me chama a atenção nesse texto, é que ele refere-se a Jesus, como o princípio, ou seja, o Criador.
             Trata também a Cristo como o primogênito de entre os mortos, não com o sentido de o melhor de entre os mortos, mas, definitivamente como, de fato, o primeiro a morrer!
            O que é mais impressionante é a declaração que, foi do agrado de Deus Pai, que em Jesus Cristo, habitasse toda a plenitude, dentre essa característica, está à máxima extensão de tempo, tanto o passado, quanto o presente e, o futuro, está contido, no presente de Cristo. 
              Isso é simplesmente fenomenal!
  É exatamente esse poder de Deus, que Paulo, reportando aos romanos, esclarece: “O Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem”. Romanos 4: 17.
  Antes mesmo de firmar definitivamente esse raciocínio, percebamos o que Paulo comentou aos romanos, ele disse: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conforme a imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Romanos 8: 29.
     Baseado neste verso, alguns analistas eclesiásticos defendem que Deus predestinou alguns para a eternidade e, outros para a morte eterna!
   Conforme nosso entendimento essa dedução é indevida, pois, o verso reporta para as pessoas que Deus de antemão conheceu, e sabemos que Deus conheceu e conhece a todos, portanto, todos foram predestinados para ser semelhante a Cristo. É exatamente o que relata o livro de Gênesis, onde afirma que fomos formados à imagem e semelhança da Divindade!
  Já outros analisadores, fundamentados neste mesmo texto, defendem que Cristo, não é Deus Criador; e sim criatura, pois, foi o primeiro de toda Criação.
 Jesus é o primogênito entre muitos irmãos, não no sentido de ser o primeiro ser Criado, pois, como vimos nos versos supracitados, Ele é Deus Criador e não criatura!
  Contudo, Ele é o primogênito entre muitos irmãos no sentido de ser o primeiro a morrer e ressuscitar, por isso, Ele é também a Salvação!
  Agora podemos concluir nosso raciocínio com firmeza racional embasado na Revelação Divina!
 Com base nesses versos, deduzimos que Cristo morreu em plenitude, justamente no tempo do século eterno, antes de haver criado qualquer coisa, chamando à existência os fatos, que para nós, os humanos, ainda não existiam!
             Como foi Cristo quem Criou todas as coisas, precisava ter ressuscitado, para então Criar o Universo, conforme, relatado no livro de Hebreus no primeiro capítulo e verso dois: “Nestes últimos dias nos falou (Deus), pelo Filho, (Jesus Cristo) a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual (através de Jesus Cristo) também fez o universo”.
   Deus o Pai, então O ressuscitou dos mortos, “Ao qual (Jesus Cristo) Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela”. Atos 2: 24. “Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas”. Atos 2: 32 (adendo nosso).
              Agora sim, uma vez ressuscitado, Cristo criou a grande expansão que nós chamamos de Universo, posteriormente dá condições de vida ao planeta Terra, colocando nela a humanidade, que destoa de Seu plano, pecando!
    Quando o homem pecou, já estava perdoado, pelo sangue remidor de Cristo, vertido desde os tempos eternos!
   Para que pudéssemos compreender, este ato foi manifestado, na cruz do Calvário, em nosso tempo, aproximadamente há um pouco mais de dois mil anos. Acontecimento este, que nos faz entender em plenitude a profundidade do amor de Deus!
   Assim, podemos perceber que nós os humanos, estamos limitados ao espaço e ao tempo, mas, no caso da Divindade, só existe o tempo presente!
            Tudo converge para o presente de Cristo! Esta foi a iniciativa Divina para remir o pecador!
          Que Deus nos abençoe, e abra o nosso entendimento para compreendermos a altura, largura e profundidade desse grandioso amor!        
               Infelizmente, a maior parte das pessoas de todas as épocas tem rejeitado ou menosprezado Jesus Cristo achando que Ele não seja Deus.
                O povo a quem Deus escolheu por vezes tem perdido de vista o gracioso caráter divino de Jesus, no entanto, Cristo quer definir os caracteres dos cidadãos do Seu reino, e quer que todos se tornem herdeiros de Deus e coerdeiros com Ele mesmo!
               Nunca podemos perder de vista as palavras de Paulo que nos dão convencimento ao afirmar que "nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade". Colossenses 2: 9.
              Adoremos, pois, o primogênito Criador, Jesus Cristo, que nos saúda e por Sua ressurreição garante a nossa ressurreição para a vida eterna!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

IDE - O Anjo da Igreja de Laodicéia

O ANJO DA IGREJA DE LAODICÉIA

Educador Glauco César


NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.

AO ANJO DA IGREJA DE LAODICÉIA




       Está aos nossos cuidados a decifração, conforme nosso entendimento, da carta para a última igreja da Ásia, direcionada, primariamente, ao anjo.
      Para que não fique nenhuma dúvida, se faz necessário identificar o que vem a ser um anjo.
         Fazendo uso do dicionário, procuramos o vocábulo anjo, para assim, ter uma base confiável que possa servir de sustentáculo à nossa maneira de compreender, de pensar ou mesmo de conhecer.
         Conforme o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio, dentre outras definições, o termo proposto, anjo, originário do grego ággelos, pelo latim angelu, pode significar: Ser espiritual que exerce o ofício de mensageiro entre Deus e os homens ou, espírito celeste que se crê velar sobre cada pessoa, afastando-a do mal e inclinando-a para o bem.
        Pode-se também ser entendida de forma metafórica ou figurada, através de uma linguagem tropológica, nesse caso, seria uma pessoa bondosa, virtuosa, caritativa, ou ainda, alguém que protege e está sempre disposta a defender seu semelhante.
         O que torna mais enigmático em todas as missivas, é que cada uma delas foi direcionada ao anjo da igreja e não própria e necessariamente à igreja!
         Esse pormenor dá margem a uma reflexão mais acurada, para se entender o propósito da mensagem divina!   
    Temos basicamente delineado as duas principais definições do vocábulo anjo, conforme a racionalidade humana, no entanto, estamos fazendo um estudo pormenorizado, examinando, até de forma crítica e bastante racional, como exige o nosso Mestre, tentando deduzir a melhor forma para a aplicação espiritual! "ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". Romanos 12: 1 (grifo nosso).
     Homens sábios e entendidos, verdadeiros filósofos da teologia, concordam que o anjo da igreja não deva ser compreendido como um ser alado do Céu, nem mesmo como um espírito proveniente do Conselho de Deus.
   Existe uma justificativa para tal entendimento; o Apocalipse é basicamente a última mensagem de arrependimento enviada por Deus aos pecadores.
         Essa mensagem não deveria sofrer desvio de destinação, uma vez que, os anjos literais, aqueles que permaneceram ao lado de Cristo, não necessitam de arrependimento, pois, não pecaram. Restariam, então, os anjos maus, ou espíritos caídos, aquela terça parte que destoaram juntamente com o Usurpador. Mesmo assim, estes não necessitariam de tais cartas, pois, a porta da graça, para eles, fechou-se no Calvário.
          Ainda resta a possibilidade da carta ter sido remetida para o anjo, aquele ser alado espiritual que direciona as criaturas humanas para o lado do bem, além de que, o anjo é o ser divino que tem o ofício de mensageiro entre Deus e o homem caído!
         Portanto, nada mais lógico, a carta de cada período, teria sido destinada a esse anjo, que de forma espiritual ensinaria a toda pessoa, em cada época coberta pela igreja em pauta! 
        Mesmo assim fica prejudicado tal entendimento, pois, no próprio livro da Revelação, no primeiro verso está delineado de onde partiu a missiva e por quem transitou. A carta procede de Deus, transita por Cristo Jesus e o Espírito Santo, Estes comissionam o seu anjo, no caso Gabriel que notificou para João, sendo, este mesmo, a primeira figura humana a receber a carta.
   Nesse entendimento, o vidente de Patmos foi, metaforicamente, o anjo ou, mensageiro, divulgador e emissário envolvido em anunciar as boas novas de Cristo, a todos os períodos. João foi um mensageiro cordato, pois, cada igreja da Ásia Menor, todas as sete, recebeu a carta.
      Mesmo assim esse entendimento torna sem efeito, pois, cada carta abrangia um período de tempo, que João não alcançou, portanto, cada anjo deveria ser figura de mensageiro que, em seu período estivesse vivo, para assim, divulgar as boas novas!  
         No entanto, existe uma forma mais abarcante e lógica de examinar o termo anjo e deve ser entendido numa linguagem tropológica ou figurativa!
      Como vimos, metaforicamente, o significado natural da palavra anjo pode ser substituída por outra, em virtude de relação de semelhança subentendida.
    Com base nessa figura de palavra os estudiosos em profecias, procuraram encaixar de forma harmoniosa, palavras outras, conforme percebido em seus próprios entendimentos, de forma justa, coerente e racional, o que não estava exposto ou bem explicado, admitindo mentalmente, tantas palavras quanto supunham caber o vocábulo anjo.
     Desta forma, anjo, entre outras, passou a simbolizar: Pessoa, mensageiro, divulgador, emissário, anunciante de Cristo, educador, instrutor, imitador de Jesus, pregador, etc. Por conseguinte, abriu-se um espaço vazio, fazendo com que, muitas pessoas, se candidatassem a ser, de fato, o anjo da igreja.           
      Desse modo, foram se avolumando verbetes, formando um conjunto das acepções e exemplos respeitantes ao vocábulo em estudo, abrindo um leque incomensurável de indivíduos que poderiam se arvorar como o anjo!  Fato que gerou nas denominações certa cautela em defesa de seus direitos estatutários e teológicos, onde se afirma que o termo anjo só poderia ser aplicado restritamente aos sacerdotes, ministros do evangelho,  pastores e similares!
       Com uma gama quase infinda de palavras substituintes por semelhança subentendida, as instituições eclesiásticas, no afã de resguardar sua exclusividade interpretativa e, com receio de enfraquecer seu domínio, através de pressão psicológica, para garantir dependência e resguardar os fiéis ao seu controle, tratou de colocar ordem através de adoção de novas figurações que lhe garantisse a autonomia sobre os cristãos!
         Nessa ordenação ela se coloca de fato e de direto como única que pode definir com equidade e discernimento o termo em estudo, uma vez que somente a instituição religiosa oficializada possui a autenticidade advinda do Céu de saber definir, com total acerto, a aplicação da nova figuração, pois, a instituição religiosa é vazia de ambições e sabedoria mundana, uma vez que, aprendeu intimamente de Jesus Cristo, o nosso 'Pão da Vida', por isso mesmo o termo anjo passou a ter a seguinte significação: Sacerdotes, pastores e assemelhados, além do corpo de ministros, comissão diretiva responsável e, dirigentes das assembleias. Estes, unicamente estes, são os ungidos protegidos do Senhor! "A ninguém permitiu que os oprimisse, e por amor deles repreendeu reis, dizendo: Não toqueis os Meus ungidos, e aos Meus profetas não façais mal". I Crônicas 16: 21 e 22 (grifo nosso).
          Essa medida cautelar satisfez a ambas as partes, por ser de uma sagacidade fugaz, garantiu à instituição a permanência de sua superioridade, enquanto, coube aos fiéis à submissão convicta de sua dependência à Igreja institucionalizada, evitando assim um colapso no sistema! "Porque todas quantas promessas há de Deus, são nEle sim, e por Ele o Amém, para a glória de Deus por nós. Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus, O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações". II Coríntios 1: 20 - 22 (grifo nosso). 
     
       Passemos, então, à tentativa de desvencilhar o motivo pelo qual as cartas foram direcionadas ao anjo da igreja.
        De uma forma ou de outra, seja qual for a exata, irrestrita e consciente aplicação simbólica do anjo, não se pode negar que esse ser deva ser dotado de incomensurável responsabilidade referencial da comunidade cristã que esteja envolvida em anunciar as boas novas de Cristo! "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura". Marcos 16: 15.
      Que essa seja a motivação e, não o anúncio faccioso repleto de falsidade de uma instituição eclesiástica. O foco principal deve ser a apresentação da pessoa de Jesus!
        Seria praticamente impossível que o trabalho incansável, apenas dos sacerdotes e representantes das instituições eclesiásticas, o anjo ungido do Senhor, em divulgar o evangelho a toda criatura que estivesse viva no mundo, alcançasse todo indivíduo em sua época, a menos que Deus mudasse Sua estratégia! Mas, Deus não muda!
       É verdade que esses seres humanos também estão envolvidos na comissão proposta pelo IDE, por isso receberam extraordinária responsabilidade de anunciar as recomendações de Deus que é divulgar o amor de Jesus, no entanto, esses divulgadores necessitariam de um batalhão infinitamente maior para alcançar aquele objetivo!
   Contudo, algo tem impedido que esses soberbos e presunçosos divulgadores saíssem da redoma em que se submeteram dificultando a tarefa que o Senhor deseja que se faça!
       Quando alguém se apresenta na tentativa de se alistar como um anjo divulgador, recebe como resposta a impossibilidade, pois, conforme as denominações, somente elas são responsáveis em transmitir as verdades de Cristo, uma vez que são anjos no amparo de Jesus, instrumentos na mão de Deus e imitadores de Cristo! "Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o Meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho". Mateus 11: 10 (grifo nosso).
           Assim o interpelante, sem pestanejar, acredita e desiste da missão que lhe foi proposta por Cristo, pelo simples fato de estar atrelado à sua submissão irrefletida, por acreditar na informação recebida de que ele, por mais que queira e saiba, estará alijado, pois, não faz parte da classe especial de anunciantes!
    Se tão somente houvesse uma pre-disponibilidade reflexiva, de ambas as partes, facilmente se chegaria à conclusão de que a Divindade não faz acepção de pessoas.
     Havendo dificuldade de discernimento por parte da Instituição Eclesiástica, a Janela Profética providenciou o espaço para arejar a mente de todas as partes, para assim, conhecer o caminho sobremodo importante e facilitador para compreensão da verdade eterna!
     Concordamos plenamente que o indivíduo para ser identificado como o anjo da igreja, tem que estar envolvido na comissão de pregar o Evangelho, esta é sua função. Toda criatura que se enquadrar nesta condição, estará apta para assumir, enquanto em vida, a postura de anjo
    Então, se você assumiu sua condição de anjo da igreja, sem demora, comece a desempenhar sua principal função que é a de preparar o caminho, para passar sobranceiro na crise moral e espiritual, na qual estamos inseridos e, assim, alcançar a vitória nos eventos finais! "Como está escrito no profeta Isaías: Eis que Eu envio o Meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti" Marcos 1: 2 (grifo nosso).
            Quão gratificante será perceber que no caminho que ajudamos a preparar, tem transitado pessoas que ao final do mesmo, se encontrará com o Senhor Jesus e, unindo-se a Ele caminhará eternamente, pois, Cristo é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14: 6) que te conduzirá à Eternidade com Deus!
      O mais importante dessa descoberta é que Jesus é verdadeiramente o caminho que conduz a Deus e, não às denominações!
           Para não cair em vacilo, o anjo deve examinar tudo que estiver ao seu alcance, todas as opiniões, até aquelas desencontradas, conforme orientação do Apóstolo São Paulo "Não desprezeis as profecias; Examinai tudo. Retende só o que for bom". I Tessalonicenses 5: 20 - 21.
         Se for para reter somente o que for bom, uma só pessoa irá ser retida, pois, bom só Deus, as demais coisas e pessoas deixam a desejar. "E Jesus lhe disse: Por que Me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus". Marcos 10: 18.
         No entanto, é sabido que Jesus, na esfera divina, é um com Deus, pois, "nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade" (Colossenses 2: 9), por isso mesmo Ele é Divino, é também o único humano realmente bom!
           Persistindo alguma dúvida se Jesus Cristo, realmente é bom, permita que o próprio Messias elimine essa incerteza. "Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem Me vê a Mim vê o Pai e como dizes tu; Mostra-nos o Pai?" João 14: 9. 
           Quando o pecador chega até a presença de Jesus, Este, com amorável sabedoria, solicita à criatura humana para continuar examinando, desta feita, Cristo lhe informa o que pesquisar, com muita atenção e minúcia.  
     Antes, porém, Jesus Cristo faz uma extraordinária revelação; "Se Eu testifico de Mim Mesmo, o Meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que testifica de Mim, e sei que o testemunho que Ele dá de Mim é verdadeiro". João 5: 31 e 32.
       Sempre que chegarmos à presença de Cristo, Ele nos ensinará a necessidade imperiosa de se tornar humilde, assim como Ele o é.
            Cristo simplesmente poderia ter informado ao pecador que, todos os problemas dele, estavam solucionados, no entanto, não foi isso que aconteceu!
          Ao invés disso, Jesus pede amavelmente para que o cristão continue examinando sua própria vida e algo mais... "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam". João 5: 39. 
          Que extraordinária lição! Jesus estava asseverando que, de forma alguma, a pessoa deva descansar no Mestre! É como se Ele estivesse dizendo, Eu estou contigo, e desejo conversar através das Escrituras, diariamente, para que você se torne numa bênção, e anjo ungido do Senhor, nesta geração! Por isso, continua examinando as Escrituras, a cada instante... "Ora estes (de Beréia) foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim". Atos 17: 11 (grifo nosso).
           
      É, unicamente, por esse motivo que as cartas foram direcionadas ao anjo de cada igreja!
       Seja, portanto, você, amigo leitor, o anjo da igreja de Laodicéia, e reflita em suas ações o querer do Escrutinador do Universo! 
       
   
           
COMO CRISTO SE APRESENTA À IGREJA DE 
LAODICÉIA




          Jesus Cristo, que tirou o véu dos dogmas de fé que eram impenetráveis à razão humana, contidos no Apocalipse, fazendo conhecer a João, certamente, dará a você, leitor e, diligente pesquisador da verdade um antegozo das delícias eternais!
     Você, cujo entendimento está aberto à recepção de conformidade com coisa verdadeira, será capacitado a compreender os ensinos de Jesus, e, ser-lhes-á garantida a bênção de assentar-se com Cristo no trono dEle; assim, como Ele próprio venceu e estabeleceu-se, exibindo no alto majestosamente com o Pai.

ISTO DIZ O AMÉM - Após haver se dirigido ao anjo da igreja, ou seja, ter saudado cada criatura desse último período, o interlocutor se apresenta pelo cognome de Amém.
          Precisamos, todavia, identificar essa enigmática figura, para assim determinar a identidade de quem está a discorrer nessa derradeira época, outrossim, que revelações estavam hibernando no Amém!
       A palavra amém, tanto no hebraico quanto no grego significa: assim seja, seja feito, verdadeiramente e, fielmente. O termo amém é formado das letras iniciais das palavras Adonai, Melech e Neeman, significando Senhor Rei Fiel, locução hebraica, denotando a confiança que se deve devotar ao Deus Criador, Jesus Cristo.
     No entanto, muitos pesquisadores, talvez a grande maioria, acreditam que o Senhor Criador dos céus e da terra, tenha sido, na verdade, Deus o Pai.
        Respeitamos toda e qualquer compreensão, todavia, creio mesmo que o termo Amém, que confirma o desdobramento e, concretização do fim dos tempos, tem que ser sintetizado nAquele que, efetivamente, também foi o Originador ou Princípio de todas as coisas. "Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito de Sua boca... Porque falou, e tudo se fez; mandou e logo tudo apareceu". Salmos 33: 6 e 9 (grifo nosso).
      Basta definirmos quem é esse Senhor e teremos a determinação exata, se Deus o Pai, Deus o Pai ou, se o Filho, o Filho! Para tanto, põe-se termo confirmando nas Escrituras e, assim, de forma consciente e lógica, enunciar os atributos essenciais e específicos do Senhor, indicando, com integridade conclusiva, o verdadeiro sentido daquilo que é desconhecido e se procura saber!
           Para aqueles que defendem que Deus o Pai é o Senhor que ordenou e, logo tudo apareceu, a figura de Jesus Cristo, viria como parte da criação, de forma alguma Ele seria o Criador!
     Não obstante, parece-me que o enunciado bíblico discorda, redondamente, dos que assim acreditam.
          Façamos, então, uso do Oráculo Revelado de Deus aos Homens, as Sagradas Escrituras, para adentrarmos em tão enigmática figuração.
      Comecemos, sobretudo, pelo primeiro livro do Pentateuco, de Moisés, no qual se descreve a criação e os tempos primitivos do mundo. 
                  Nas palavras iniciais do primeiro capítulo o leitor se deparará com a informação de que Deus (não identificando qual pessoa da Divindade), no princípio, houvera criado os céus e a terra. (Gênesis 1: 1).
             Na continuação da leitura, há de se perceber a terceira pessoa da Divindade, em constante movimento sobre as águas. No entanto, a narrativa não identifica qual, dessas duas pessoas, executou tal ação criativa! (Gênesis 1: 2).
          Para analistas menos criteriosos, o Deus relatado, é uma inequívoca revelação do Pai, por isso mesmo, Ele, e não Jesus, que sequer aparece no texto, teria sido Aquele que falou e tudo passou a existir.
            Se essa conclusão é verdadeira, a Bíblia, certamente, haverá de concordar e, se isso acontecer, nada mais sensato se assentir com esse entendimento!
          Por isso mesmo, necessário se fazer uma acareação mais pormenorizada para se declarar, com inteireza fidelidade, quem, realmente, é o Logos, ou o Princípio de inteligibilidade, a razão!
              Não havendo na leitura do primeiro dos cinco livros do Pentateuco, a definição, de forma clara e inequívoca, quem é o Princípio de ordem, mediador entre o mundo sensível e inteligente, Deus o Pai ou Deus o Filho, Jesus Cristo?
       Na ausência dessa informação de forma cabal e conclusiva, necessário se faz recorrer a textos correlatos, que venham a por termo definido nessa premissa!
          No Santo Evangelho segundo São João, o leitor atento haverá de encontrar subsídios que, certamente, esclarecerão, de forma inequívoca, esse pormenor!
     Sem muita delonga, transcreveremos os versos que especificarão tal entendimento! "1 No princípio era o Verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus.  2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. 4 Nele estava a Vida, e a Vida era a luz dos homens... 10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o conheceu. 14 E o Verbo se fez carnee habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade". São João 1: 1 - 4, 10 e 14 (grifo nosso).       
  
             Agora sim, esses versos definem, exatamente, qual pessoa da Divindade, falou e, tudo passou a existir! Para tanto, basta decifrar quem seja a pessoa descrita como o Verbo!
       Portanto, passemos, de forma lógica e reflexiva, na tentativa de esclarecer mais essa missão!
        A incógnita, agora, a ser decifrada é o termo Verbo. Gramaticalmente, verbo é a palavra que designa ação, estado, qualidade ou existência de pessoa, animal ou coisa.
             De posse dessa informação, basta, tão somente, cruzar a decifração de verbo com os fatos descritos nos versículos supracitados.
           Tomei a liberdade, para nossa compreensão, de grifar, as partes que nos auxiliarão na decifração do problema proposto.
             A pessoa descrita como o Verbo, estava com Deus e, também fazia parte da Divindade, portanto, poderia ser o próprio Pai das Luzes, quanto o Filho ou o Espírito Santo.
             Essa pessoa divina estava no Princípio, quando todas as coisas, e o próprio Universo foi estabelecido pelo Verbo, a palavra em ação.
             O que se percebe, é que o Verbo, apenas uma das três pessoas que compõe a Divindade, efetivamente falou e tudo passou a existir. Fato que não exclui as duas outras pessoas da Divindade como Criadoras! Ou seja, o poder, a criatividade, a força e todos os demais ingredientes criativos, emanam da Divindade, tanto do Pai, quanto do Filho e do Espírito Santo, no entanto, um só é o Verbo, quem decisivamente, falou, para então, surgir toda grandiosidade universal!
        Quem é essa pessoa? É o que iremos descobrir ao analisar a Palavra Revelada!
            Existe um detalhe que direciona para a segunda pessoa da Divindade, Jesus Cristo, como sendo o Verbo, a particularidade é que "o verbo se fez carne e habitou entre nós". 
          Agora sim, não resta a menor dúvida, Jesus Cristo, é o único componente da Divindade que assumiu a forma humana, sem abdicar Sua divindade, permanecendo conosco durante o período de trinta e três anos.
        Como se não bastasse essa revelação, o contexto confirma que o Verbo, no caso, Jesus Cristo, esteve no mundo, que Ele mesmo, através de Sua palavra ativa, houvera criado a Terra, no entanto, os humanos não O reconheceram!
          O apóstolo Paulo também tinha esse mesmo sentimento interpretativo, definindo-O como a imagem do Deus invisível, sendo Ele antes de tudo e, Criador de todas as coisas, tanto as visíveis, que há nos céus e na terra, quanto as que se não veem. (Colossenses 1: 13 - 17). Este mesmo entendimento está contido na epístola aos Hebreus no primeiro capítulo, versos de um a três!
             Portanto, ante o esclarecido, não existem dúvidas que, o Filho, Jesus Cristo, o Verbo, a Palavra em Ação, seja, de fato, O Princípio Supremo de Unificação, portador do ritmo, da justiça e da harmonia que regem o Universo. Cristo é, verdadeiramente, o Deus Criador!