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domingo, 16 de novembro de 2014

IDE - O Anjo da Igreja de Sardo

AO ANJO DA IGREJA DE SARDO
Educador Glauco César



NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento. 





E AO ANJO DA IGREJA QUE ESTÁ EM SARDO ESCREVE - É interessante notar que esta missiva, como as demais, também é direcionada especialmente ao anjo da Igreja.
             Como já é do nosso entendimento, o verbete anjo, conforme aplicado no Apocalipse, nem sempre é alusão a um ser celestial que auxilia o gênero humano, por parte da Divindade, também, pode fazer referência às pessoas envolvidas em disseminar as boas novas do Evangelho, logicamente, da forma que foi concebido por esses 'mensageiros' ou 'emissários humanos'.
            Sendo assim, nas cartas simbólicas às sete igrejas, anjo, não é uma referência vaga e indireta, tão somente, ao dirigente ou a uma junta administrativa ou diretiva, não, nem mesmo ao sacerdote ou dirigente supremo da igreja.
                Essas pessoas supracitadas da mesma forma fazem parte do anjo, igualmente a toda e qualquer pessoa que esteja envolvida ao IDE.
               A Comissão de Cristo para pregar o Evangelho, não é direcionada para algumas poucas pessoas escolhidas, mas é, sobretudo, abrangente, alcança todas as criaturas, de forma universal!
          No entanto, só os que se envolvem na comissão de pregar o Evangelho, são taxados de anjos! Por isso mesmo, apesar das cartas terem uma aplicação universal, ou seja, para todas pessoas dum determinado período, são direcionadas, primeiramente para os anjos.  
               O que mais me deixa extasiado é que, na metodologia aplicada por Cristo Jesus em todo Oráculo Revelado por Deus, as mensagens são repetitivas, demonstrando assim, sua importância para ter a primazia de se fixar tais enunciados, na mente, para que, a humanidade faça uso constante de seu aprendizado!
               Nunca é demais se repassar um entendimento, tantas quantas vezes sejam necessárias, para compreensão do mesmo.
       Para que não haja nenhum mal entendido, é imprescindível esclarecer que, nesse entendimento, tanto igreja quanto anjo, é símbolo de pessoa, toda ela, o que diferencia são apenas as funções!
               Assim, toda criatura humana, é tratada na Bíblia, em especial no Apocalipse, como Igreja de Deus, podendo, a depender de sua postura, ser identificada, também, como anjo dessa mesma igreja!
          Isso acontece quando a Igreja (pessoa humana) entende que sua função como instrumentalidade de Deus, é divulgar seu entendimento, tornando pública e notória sua compreensão, apresentando sua opinião sobre Cristo para toda pessoa que, porventura, entre em contato!
               Quando a criatura humana divulga sua compreensão, mesmo diferenciando do entendimento da maioria, essa pessoa, ainda assim, é taxada de anjo da igreja, mesmo porque, ela deve ter consciência de transmitir, com fidelidade, seu entendimento, para não fugir das mãos protetoras de Cristo Jesus!
            Entendamos com profundidade essa proposição, tendo em mente que, a mesma, é suscetível de ser taxada por muitos, de falsa ou verdadeira!
               Nessa escritura, vamos tentar chegar a um consenso, para tanto, precisamos trazer à tona outro elemento, até então não citado, qual seja, religião! Precisamos, então, definir e diferenciar, religião, igreja e anjo.
          Como bem sabemos, o ser humano, ao ser Criado por Cristo, estava sujeito à imortalidade, portanto, nunca foi imortal, estava nas mãos da criatura humana, como ainda hoje está, o desfecho para adquirir a eternidade futura. "Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerásGêneses 2: 17.
         Esse texto denuncia, na sua parte final, a condição mortal da humanidade, estando, portanto, sujeita a imortalidade. Já nas entrelinhas, sugere poder de escolha e de decisão, evidenciando assim, o  livre arbítrio.
      Essa mesma certeza, foi manifestada de forma incontestável por Moisés, refletindo em suas palavras o pensamento Divino. "Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente" Deuteronômio 30: 19.
       Ao fazer uso do sagrado livre arbítrio, toda a humanidade, na pessoa de Eva e Adão, escolhe de forma consciente, discordar dos propósitos de Deus, quem sabe, acreditando na possibilidade de Deus, por amor, mudar Seu projeto, fraquejando e, beneficamente, doando a eternidade futura para a raça caída!
         Essa ação refletida causou um hiato entre a humanidade e Deus. "Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça".  Isaías 59: 2
             Com a separação, o homem se distancia da Divindade, contudo, no projeto de Deus, consta a RELIGIÃO, como sendo a única via a ser trilhada pela humanidade para retornar ao Pai e, consequentemente, readquirir aquilo que perdeu ao pecar, a possibilidade da vida eterna!
              Talvez esteja transitando na mente do leitor diligente, atento, honrado e verdadeiro, a seguinte interrogação; qual religião representa a verdadeira via de retorno à Divindade?
             É correto imaginar que somente uma religião tem essa característica e, para decifra-la precisamos conhecer com mais profundidade o termo religião.
            A expressão religião vem do latim religio, que deriva de re + ligare, denotando a ação de ligar, prender a, reforçada pelo prefixo iterativo re, ou repetido, reiterado, outra vez.
   Sendo assim, a única religião verdadeira tem, obrigatoriamente, de ser essa via de retorno a Deus, que religa a humanidade ao seu Pai celestial!
           Com autoridade e autonomia, Cristo se declara como sendo a verdadeira religião, pois, Ele é essa via, o verdadeiro caminho a ser trilhado pela humanidade para reatar os laços de afinidade com Deus! "Porque o salário do peado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor". Romanos 6: 23 
                 Devemos ter consciência que a Religião é o caminho e, Cristo se define como tal; "Disse-lhe Jesus: Eu Sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim". João 14: 6
              Agora sabemos, com propriedade, que na definição do Filho de Deus, a Religião é a própria pessoa de Cristo.
               Se a Religião é uma pessoa, a Igreja também deve ser uma pessoa. A Revelação trata cada pessoa como sendo a Igreja de Deus. Era assim a compreensão de Paulo; "Não sabeis vós que sois templo (igreja) de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? I Coríntios 3: 16
                Toda pessoa, quer queira ou não, é Igreja de Deus, e o Espírito de Deus habita nela. Nossa religião não é puramente cristã, é sim, o próprio Cristo!
               Quando a Igreja, que é toda pessoa, passa a difundir a Religião verdadeira, que no caso é Cristo Jesus, a revelação trata-a, como anjo!
               Sintetizando, a Religião é a pessoa de Cristo, a Igreja são todos os seres humanos com animação de vida, e anjo é toda criatura envolvida na divulgação da Religião, que é Cristo Jesus!
              As pessoas/anjos que se envolveram na disseminação das boas novas de Cristo, no período simbolizado pela igreja de Sardo, talvez, tenham levado em maior conta, o seu próprio sofrimento, ao invés de levar em conta, seu reconhecimento, ao amor de Cristo para com eles! Como se esses anjos/pessoas, estivessem mais interessadas na recompensa, que propriamente na pessoa imaculada de Jesus Cristo. 
      Acaso, eles estivessem prontos para absorver a recompensa prometida, mas, não estavam preparados para se encontrar e viver eternamente com Jesus!
          Daí ser exortado ao arrependimento, para não ser merecedor dum resultado catastrófico.
            Esse mal tem atingido não somente os anjos do período da Reforma Protestante, tem também atingido, na sua maioria, os anjos hodiernos! Portanto, precisamos com urgência, nutrir o mesmo sentimento de quebrantamento que teve o salmista Davi. "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito". Salmos 34: 18                      

COMO CRISTO SE APRESENTA À IGREJA DE SARDO




ISTO DIZ O QUE TEM OS SETE ESPÍRITOS DE DEUS -  Existe um trato íntimo tão uno, entre os membros da Divindade; Pai, Filho e Espírito Santo que, mesmo sendo três pessoas distintas, tornam-se uma; em amor, força, poder e, qualquer outro adjetivo que reflita bondade, fato que faz da união dessas três pessoas num único Deus!
            É interessante estar apercebido que, nesse texto, Jesus se apresenta como tendo os Sete Espíritos de Deus. Isto quer dizer que a segunda pessoa da Divindade, detém, semelhante ao Pai e ao outro Consolador, todas as características, sem faltar nenhuma, em indivisível e perfeito absolutismo, da Deidade. Ou seja, "nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade" Colossenses 2: 9.
            Quando Cristo afirma ter os Sete Espíritos de Deus, Ele não está atestando que o Espírito Santo esteja limitado pela vontade de Jesus.
         O número sete assegura ao pecador caído a Plenitude Multiforme do Poder Divino sendo, portanto, um número místico, de cunho sagrado e perfeito, simbolizando a plenitude e perfeição dos dons e operações do Espírito.
           É dessa forma que o Pai, através do Espírito Santo, tem operado em toda Sua plenitude, força e poder sobre o pecador, para que este atenda, ou não, aos graciosos reclamos de Deus para ter um relacionamento salvífico, íntimo, franco e integral com Jesus. 
           Aliás, essa é a principal função dos Sete Espíritos de Deus, convencer a humanidade para que, uma vez persuadida e convencida de sua real situação, possa fazer uso de seu livre arbítrio, fazendo sua legítima escolha, atender ou renegar a oferta de Cristo. "Mas quando vier o Consolador, que Eu da parte do Pai vos hei de enviar, Aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, Ele testificará de Mim"  S. João 15: 26. "E quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo" S. João 15: 26.
                Pode ser que algum leitor esteja arrazoando consigo mesmo, se os Sete Espírito de Deus, usando todo Seu poder de convencimento, não consegue levar o pecador a corresponder sem reservas à iniciativa Divina e nem aceitar Sua Palavra completamente, então, esse Deus, ou não tem pleno poder, ou não ama verdadeiramente o pecador.
                É importante lembrar ao leitor que não existe poder maior, em Deus, que deliberar autonomia ao humano de fazer sua própria escolha.
         A Divindade honra Seu propósito, que é de delegar poder ao pecador de tomar suas próprias decisões. Justamente aí reside a prova do amor de Cristo; acatar a decisão do pecador, agindo de modo que não fira, nem prejudique ou ofenda a decisão do ser humano. É Cristo reconhecendo a legitimidade da escolha feita pela criatura humana!
               A outra função dos Sete Espíritos de Deus, ou seja, do Espírito Santo é, justamente, testificar da pessoa de Jesus Cristo, como sendo a única e verdadeira Religião, que indica o caminho claro e definido para alcançar a eternidade futura na vida do pecador, arrependido, perdoado, justificado e habilitado para viver eternamente em felicidade plena, retornando ao convívio do Pai, visualizando os Sete Espíritos de Deus em forma corpórea! 
                 É desta maneira que o Espírito Santo de Deus continua atuando em todas as Suas múltiplas formas de sabedoria, de poder e vigilância, instruindo e fortificando a humanidade em meio aos perigos do presente século.          

sábado, 1 de novembro de 2014

IDE - Carta à Igreja de Sardo

CAPÍTULO III

CARTA À IGREJA DE SARDO
  Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento. 




               Fiquei, por um instante, matutando comigo mesmo, tentando entender, por qual motivo Cristo permitiu que os homens dividissem a indivisível história eclesiástica, colocando quatro igrejas no capítulo dois e deixando as três restantes no capítulo seguinte! Por certo, deve haver uma lógica!
                 Como simpatizante da historia, percebo que, até a Idade Média, que na figuração apocalíptica é simbolizada pela Igreja de Tiatira, o Poder, seja na esfera política, quanto religiosa ou em qualquer outro ambiente social, era adquirido através da força e da violência!
             Essa ação que obrigava as pessoas a fazer algo, mesmo contrário à vontade delas, teve seu auge no Período Inquisitivo, onde o Poder Papal abusou da prerrogativa de se autodenominar Igreja de Deus!
            A partir de então, abre-se uma clareira, permitindo que a abundante luz de Cristo brilhasse com maior intensidade sobre os cristãos hodiernos!
            Conforme alguns historiadores, a Idade Média termina em 1453, coincidindo com a queda de Constantinopla, tempo que termina também o período de predominância Papal!         
              No entanto, outros historiógrafos defendem que esse Período, teve seu fim em 1798 quando, finalmente, surge uma nova forma de poder, que substitui o Poder Papal, com direito de deliberar, agir e mandar, estou me referindo à Reforma Protestante, que trouxe uma série de consequências nos planos social, político, econômico, além, é claro, do espiritual!
               Por isso, da quinta igreja em diante, está registrada no capítulo terceiro, onde para exercer o poder usa-se a força da mente, através da racionalidade! 
               Foi, exatamente, nesse período de transição da Idade Média para a Moderna que se enquadra os versos referentes à próxima Igreja; "1 E AO ANJO da igreja que está em Sardo escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas; Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. 2 Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.  3 Lembra-te pois do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. 4 Mas também tens em Sardo algumas pessoas que não contaminaram seus vestidos, e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso. 5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos seus anjos. 6 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" Apocalipse 3: 1 - 6.

CONHECENDO HISTORICAMENTE A CIDADE DE SARDO



              Colocando o capacete da imaginação e, adentrando na Máquina Virtual do Tempo, voltamos, mentalmente, à época em que João, o Vidente de Patmos, escreveu o Apocalipse, passamos, então, nessa condição imaginária, a transitar pela Via Imperial, deixando pra trás a cidade de Tiatira.
             Após quarenta e oito quilômetros no sentido sudoeste, nos deparamos com a cidade de Sardo, uma das mais antigas e mais historiadas cidades da Ásia Menor, tendo sido a primeira capital do reino da Lídia.
            Com a respiração um pouco descompassada, devido ao grande trajeto, nos deparamos com um transeunte que nos deu algumas informações, se prestando, gentilmente, a ser o nosso cicerone!
         Essa pessoa de boa índole, que andava gesticulando, com o olhar fixado, ora na estrada, ora no horizonte, como se estivesse recolhendo na paragem as informações de que necessitávamos!
          Conforme colhemos daquele informante, Sardo alcançou seu apogeu de riqueza e poder sob o governo de Creso durante o sexto século (560) a.C.
            Naquele período, Sardo tornou-se símbolo de riqueza, foi nessa cidade que a primeira moeda foi cunhada na Ásia Menor, surgindo, naquela localidade, o dinheiro conforme conhecemos ainda hoje!
           Aquele nosso companheiro, natural de Sardo, homem mulato, de pele parda bem acentuada, acrescenta que a maior vantagem de Sardo, é sua localização geográfica, por estar numa encruzilhada, junção de cinco diferentes estradas! 
            Confirmamos, até pelos nossos próprios olhos, que essa cidade estava edificada num planalto de rochas fragmentadas, a 457,3 metros acima do nível do mar.
          Seus moradores achavam que Sardo era uma cidade quase inexpugnável, devido às paredes da elevação em que a cidade fora edificada, serem tão íngremes que dava a sensação de segurança, somando-se a essa condição, havia apenas uma entrada, que era fortemente protegida.
          A população se sentia bem guardada e confiante, por não haver, sequer, um ponto frágil.
           Nosso esclarecedor nos dá a informação que, foi justo nesse excesso de confiança, durante o reinado de Creso que a cidade foi capturada em 459 a.C. Ciro fez um ataque surpresa, como ladrão à noite.
           Durante o espaço de tempo em que o sol está abaixo do horizonte, em trevas, um soldado escalou a rocha, quando não havia vigilante, entrando na cidade e, abrindo as portas para os persas.
          No segundo século, nos dias de Antíoco o Grande (213 a.C.) outra vez, usando a mesma estratégia, a cidade se viu capturada. Esse descuido nos faz entender o enunciado do verso dois; 'sê vigilante'!
          É significativo que esta cidade também identificada como Sardes, seja conhecida como 'A Cidade da Morte', talvez, pela quantidade de vezes que foi conquistada e destruída.
          Um terremoto a arruinou em 17 a.D., sua destruição final ocorreu em 1402, quando foi conquistada pelos mongóis, Timur (Tamerlão), destruiu impiedosamente, deixando um rastro de monturo e ruína.
        Na atualidade o visitante que for à antiga Sardo se deparará com restos de estruturas do tempo remoto.
             Sardo, que no passado foi uma das três metrópoles do mundo, sendo, agora, um lugar de pouco apreço e, quase totalmente desprezado. 
           O nosso guia nos informou que em 95 a.D., quando João escreveu as mensagens apocalípticas, Sardo estava vivenciando tempos difíceis e, seu esplendor, era agora, apenas registro da história distante!
              O tempo que passou estava vivo no presente de Sardo, já a sua existência atual estava agonizante! Por isso a assertiva bíblica; 'Sardo tens o nome (reputação) de que vives, na realidade estás morto'. Apocalipse 3: 1 up.
              Seu nome está preservado, vivo na memória histórica, contudo, a cidade está tão morta como qualquer cidade que se extinguiu no passado!


CONHECENDO A IGREJA DE SARDO




         É interessante notar que a Igreja de Sardo e a do período subsequente, dentre as sete igrejas, são as únicas que são mencionadas somente no livro do Apocalipse. Fato, que a rigor, pressupõe, na melhor das hipóteses, que suas origens, pode remontar ao tempo do apóstolo Paulo. No entanto, nenhum escrito da época, confirma tal conjectura.
               Esta realidade, com efeito, leva o pesquisador atento a fundamentar, com comprovação bíblica que, indubitavelmente, as ausências de referencias, são provas incontestes que, igreja, na figuração apocalíptica, não é emblema de denominação ou, instituição religiosa, sendo, portanto, representação de pessoa, quer professe, ou não, uma religião!
               Portanto, igreja, é ilustração de toda pessoa humana que tenha vivido em qualquer período eclesiástico. Nunca sendo imagem de qualquer denominação religiosa, se assim o fora, em cada período, necessariamente, teria que haver uma denominação representando, com propriedade, como sendo a única igreja de Deus, em um determinado período, época ou fase! 
      Por isso mesmo, fica prejudicada a análise das características da Igreja de Sardo, nos tempos apostólicos, uma vez que, a Bíblia silenciou sobre tais informações!
               Sendo assim, haveremos de observar com minúcias, o mais racional possível, o período do Movimento de Reforma!   
            Segundo alguns expositores, o período abrangente pelo simbolismo de Sardo, tem seu início calculado em 1517 a.D. e, como data terminal apropriada o ano de 1755 a.D. No entanto, outros comentadores defendem os anos de 1798 a.D. como data inicial e 1833 a.D. como data de remate. Sardo significa 'o que resta', 'o que permanece' ou 'cântico de alegria'. 
   Conforme o andar da carruagem, Sardo aponta, incontestavelmente, para a Igreja da Reforma, que teve seu início no seio do Catolicismo, não com a finalidade de desagregar-se dele.
            Contudo, esse Movimento que, no início do século XVI, visava, tão somente, reformar a Igreja Católica e, do qual, fatalmente, originaram as Igrejas Protestantes.
              Não se pode duvidar que o Movimento de Reforma foi um 'Cântico de Alegria', que é a definição da palavra 'Sardo', pois, esse Movimento, de certa forma, suavizou as perseguições impiedosas do papado que, até então, fazia a população da Idade Média, exprimir dor moral e física com voz tristonha, chorosa e sofredora.
              Portanto, o Movimento de Reforma, naquele instante, revelou, com toda propriedade, uma condição de contentamento tornando-se num efusivo 'Cântico de Alegria'.
               Naquele instante esse movimento, indubitavelmente, tornou-se numa perfeita figura da pessoa do Mestre, por isso mesmo, que as pessoas rejubilavam alegremente!
                 Que essa, seja também a nossa postura!