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sábado, 28 de junho de 2014

IDE - Arrepende-te

ARREPENDE-TE

Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.




Quando Deus, através da pessoa do Verbo da Vida, no caso Jesus Cristo, na Semana da Criação, após bilhões de anos do Princípio, descrito no livro de Gêneses, dá condições de vida ao planeta Terra, há aproximadamente seis mil anos e, num determinado período de tempo do sexto dia forma o homem, naquele exato instante Ele dota-o da capacidade de fazer a Divindade feliz além de, fazer, incondicionalmente, suas próprias escolhas, tomando, de forma legítima suas decisões! Essa ação refletida e minuciosamente decidida é, comumente, designada de livre arbítrio.
Dentre essas escolhas, das quais a humanidade assume as consequências, está contida, como é natural, o arrependimento. É bom ressaltar que não existe compunção forçada, pois, se assim fosse, essa contrição seria, na verdade, uma simulação e não um ato refletido e sensato.
De posse dessas informações iniciais, iremos transcrever o verso que será analisado com muita atenção, atrelando-se às minúcias, sem, no entanto, usar de excessiva meticulosidade. “Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.” Apocalipse 2: 16.
Como é de costume, nos meus escritos, sempre procuro mostrar como algumas pessoas fazem a apreciação do fato ou situação em pauta. Nesse caso, em especial, é notório, um entendimento singular, onde, o analista ressalta que o conselho para o arrependimento, contido no texto em análise, não é direcionado, especificamente, para os heréticos e pecadores, todavia, em especial, para as pessoas que toleram essas classes de indivíduos.
Para nos auxiliar nessa análise, precisamos entender o significado do vocábulo herético. Uma pessoa herética, na visão das religiões, é alguém que nutre um pensamento contrário ao que foi definido pela igreja, em matéria de fé.
Sendo assim ter uma compreensão diferente da igreja, não faz da pessoa, necessariamente, uma pecadora, mas, uma herética. O pecador é aceito na congregação evangélica, no entanto, o herético é alijado, sumariamente dela, por ser um indivíduo pernicioso, para os fins eclesiásticos.
              Não foi assim na Idade Escura, onde muitos heréticos tornaram-se tochas humanas para iluminar as noites morenas da Europa Medieval e, outros tantos lavaram as ruas das cidades, com sangue que deles próprios vertiam? Também hoje, os heréticos são expulsos de suas denominações, e sobre eles são colocados o estigma de indesejados. Na visão das denominações; são verdadeiros leprosos espirituais!
Já o pecador é aquele tipo de pessoa que transgride um preceito religioso, reconhece que cometeu uma falta, sente-se culpado e, poderá, ou não, se corrigir!
Esse indivíduo sente-se acabrunhado e, dificilmente, recorre aos seus amigos para defender sua compreensão, haja vista, que ele concorda plenamente com a visão da denominação da qual ele é membro, daí não ser uma ameaça para a igreja, por isso mesmo, ele será sempre bem recebido na comunidade!
Por outro lado, fica notório, o espírito que norteia a ação dos líderes da igreja. Percebam a sutilidade da coação exercida sobre as demais criaturas da comunidade, se não agirem em conformidade com o entendimento da sua associação eclesiástica elas serão punidas, contadas também como heréticas.
No entender dos líderes, toda pessoa que não acusou os identificados por heréticos, agiu dessa maneira, pelo fato de certa forma, comungar, com o pensamento dos mesmos ou, na pior das hipóteses, estivesse em dúvida, podendo, ou não, também tornar-se um herético, daí ser coagido ao arrependimento!
Essa maldade é praticada pela direção da denominação, sem o menor constrangimento, além de que, eles asseveram que estão cumprindo a ordenança de Deus, fazendo a devida profilaxia, para preservar a integridade doutrinária da igreja! O que é mais estupefato é a aceitação dessa arbitrariedade pelos demais cristãos!
Os que defendem essa postura filosófica cristã, admitem que Jesus estivesse chamando ao arrependimento, indivíduos que, embora não cometeram erro, todavia, foram frouxos, por não ter denunciado os que nutriam pensamento diferente do pensar da igreja, juntamente com os pecadores, como se todos, também, não fossem devedores!
É sabido que não existe nenhuma afinidade entre o erro e o acerto, são duas situações distintas e conflitantes, nenhuma das partes é coadjuvante da outra, são totalmente independentes.
Dentro deste contexto fica, completamente, impossibilitado Deus punir pessoas inocentes, mesmo porque a repreensão para esses inocentes foi motivada pelo fato deles cumprir a ordenança de Cristo, não acusando os heréticos e os pecadores.
Ora, sabemos que quem acusa é o inimigo, essa não é tarefa dos membros da igreja, a atribuição da irmandade é apontar para o restaurador que é Jesus Cristo. “Agora chegada está a Salvação (Jesus Cristo), e a força e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo: porque já o acusador de nossos irmãos (Satanás) é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.” Apocalipse 12: 10. (Grifo nosso).
Aqueles mesmos comentaristas, afirmam que uma pessoa arrependida deve reassumir toda obra negligenciada, se assim não fizer, existe uma ameaça de Jesus em vir punir essas pessoas, munido da espada de dois gumes, para Ele mesmo lutar contra os heréticos, a menos que haja um arrependimento dos cristãos fiéis.
Os comentadores que entendem dessa forma, concluem seu infeliz comentário afirmando que a obra de segregação, ou seja, separar os fiéis dos heréticos, se não for executado pelos crentes, Jesus mesmo virá realizar. Conclui-se que, por receio que Cristo venha mesmo realizar essa ‘ameaça’, a igreja usa sua ‘fidelidade’, em levar a efeito essa separação, com presteza.
Usando de toda sinceridade possível, não acredito na possibilidade de Deus tornar-se ameaçador e punitivo com atitudes grotescas, chega até mesmo ser ridículo imaginar Deus com falha de caráter, a menos que essa opinião seja uma zombaria, pois, não passa de menosprezo à inteligência humana!
É verdade que, na figuração apocalíptica, faz alusão a uma espada de dois gumes saindo da boca de Jesus! Contudo, nunca essa imagem deve ser interpretada como uma ameaça de Cristo contra a humanidade! Jamais Cristo imporá punição aos seus filhos a quem tanto ama.
Ele deu prova disto, quando doou Sua vida, para que todos tivessem oportunidade de receber de volta o que perdeu ao pecar, a Eternidade!
Existe um entendimento, do qual não comungo, onde afirma que a espada tipifica a punição que resultaria da falta de ‘arrependimento’.
Como vimos, a espada de dois gumes representa o Oráculo Revelado de Deus, a Bíblia, os dois gumes é figura do Velho e do Novo Testamento. Sendo assim, o Livro Sagrado revela-nos o resultado da escolha que cada um faz. Se a pessoa optou em andar na contramão da Verdade e da Vida, a consequência será desastrosa. Esta é apenas uma informação que Deus nos concede, e nunca uma ameaça. O resultado dessa escolha será sempre uma consequência, jamais uma punição!
Se, todavia, a pessoa optar em seguir os conselhos do Altíssimo, o resultado, certamente, será a bênção da Vida Eterna, contudo, para usufruir essa benesse, temos que estar em estreito relacionamento com o Bem Maior!

“QUEM TEM OUVIDOS OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS”



Algumas pessoas, formadoras de opinião, defendem o entendimento de que era sem futuro ou, não alcançaria o resultado proposto pela Divindade, generalizar o apelo divino para toda comunidade, haja vista que, a maior parte da população já estava afastada do caminho proposto por Deus.
Essas pessoas entendem que o apelo era, restritamente, pessoal. O chamamento tinha o endereço certo, somente quem estivesse vacilando entre a verdade e o erro, é que teria o auxílio de Cristo. Como se Jesus estivesse desistido das demais criaturas!
Portanto, o chamamento para ouvir o que o Espírito diz às Igrejas, não tinha como alvo os demais habitantes!
             Conforme esse entendimento, a imperecível recompensa dos séculos eternos, não é para todos, somente para as cartas marcadas! Nesse caso, não adianta levar a mensagem de arrependimento a quem, visivelmente, está contrário a Cristo, nem o excluído sentir mágoa ou pesar por falta ou erro cometido, nem mudar seu procedimento, pois, de nada adiantará, uma vez que, Aquele que tudo pode, determinou essa condição, não estar incluído dentre os que herdarão a Eternidade!
Outro entendimento tão nocivo quanto este, afirma que o arrependimento é controlado pelo Onipotente, Ele fará acontecer em toda a humanidade e, por fim, todos conhecerão Deus, renderão tributos e louvores e, haverá um só povo, assim, todos os humanos serão redimidos para a imortalização!
O grande entrave dessa compreensão é que ela descarta por completo a doutrina da recompensa e, da consequência, que a Palavra tanto destaca, especificamente, a Vida e a Morte Eterna.
Por conseguinte, rejeita também a individualidade com direito a fazer as escolhas, o que torna o humano um mero autômato, um fantoche nas mãos do Criador, e não a obra coroadora da Criação, justamente, por ser semelhante a Deus, conhecedor do bem e do mal, tendo o direito de fazer sua escolha, se para o bem, agrada a Divindade tendo direito a Vida Eterna, se para o mal, terá como consequência a perdição ou, Morte Eterna!
Quando Deus capacita o homem com a responsabilidade de fazer suas escolhas tendo a prerrogativa de usufruir as consequências dessa escolha, Ele está colocando a humanidade em semelhança a Si mesmo, ou seja, dando dignidade soberana.
Todavia se Ele excluísse o livre arbítrio, Deus estaria subtraindo essa dignidade e, automaticamente, estaria se nivelando à humanidade, se arrependendo de alguma falha cometida! É desejo de Deus que o humano se iguale a Ele, e não o contrário. “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura diria Ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” Números 23: 19
Gostaria de ressaltar a universalidade do texto em análise, ele não está restringido a um povo nem a um determinado período, pois, todos, em todos os recantos e em qualquer tempo, têm ouvidos para ouvir, não somente os habitantes de Pérgamo, na Ásia Menor!
Desta forma, a mensagem que o Espírito tem disseminado está franqueada, como ressalta o próprio texto, a toda igreja, toda pessoa, toda época e toda localidade!

UM ESPLENDOROSO JURAMENTO AO VENCEDOR



Chegamos ao ponto culminante, ao auge da mensagem para a Igreja de Pérgamo, esta comunicação em forma de recado, por parte de Deus, é direcionada para que todos possam degusta-la, e quem dela fizer uso, haverá de comprazer-se, deleitando-se em Cristo Jesus. Ei-la: ”Ao que vencer, darei Eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.” Apocalipse 2: 17
Como podemos perceber esse enunciado está repleto de figurações, consequentemente, precisamos desvendá-las. Certo é que, não podemos, evidentemente, analisar esse texto, totalmente, em sua literalidade.
O contexto dessa porção bíblica, talvez, seja uma promissão tão estarrecedora quanto gratificante, fato que tem estimulado os cristãos de todas as épocas encontrar sua objetividade, é também um desafio entender, em sua plenitude, o que Deus está a nos oferecer!

AO QUE VENCER – Eis aqui uma significativa confissão de amor, pois, a mesma está a esclarecer que a Salvação, mesmo sendo gratuita, é preciso se envolver na batalha contra o mal, e dela sair vencedora.
As promessas aqui contidas estão reservadas unicamente ao cristão, que combateu o bom combate e, automaticamente saiu-se vencedor. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a Sua vinda”. II Timóteo 4: 7 e 8
Muitas pessoas preferem crer que haverão de herdar a Vida Eterna por cascata, ou seja, ela virá naturalmente, sem que o indivíduo tenha desempenhado sua parte, no entanto, essa porção do texto desmente flagrantemente este conceito.
Precisamos sim, desempenhar a nossa parte a contento para sair vencedor. Contudo, nunca devemos ficar desesperados, pois, Cristo está a nos auxiliar. Ele nos garantiu; a despeito de que muitas aflições nos sufocariam, deveríamos estar convictos, pois, se Ele venceu o mundo, nós também poderemos vencer, basta permanecer atrelado a Ele. Não existe afirmação mais gratificante que esta.
Que Jesus Cristo, nosso irmão nas aflições e, com certeza o Filho da Promessa, continue nos fortalecendo para, desta maneira, conquistarmos a vitória e, assim, termos a recompensa da Vida Plena!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

IDE - A Doutrina de Balaão

A DOUTRINA DE BALAÃO

Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.





Antes que mais nada, se faz necessário reafirmar que cada período simbolizado pelas Igrejas da Ásia Menor, retrata as principais características das pessoas cristãs, e das outras religiões, até mesmo do paganismo, que conviveram ou mesmo vivenciam alguma determinada época referente ao tempo coberto por uma exclusiva Igreja.
Isso quer dizer que, cada período faz alusão à tendência espiritual de toda a população de cada fase e, não necessária ou especificamente de um determinado povo, com inclinação para essa ou aquela propensão dogmática!
Sendo assim, quando existem reprovações, elogios e, ou mesmo conselhos, contidos em cada igreja, essas admoestações são direcionadas para toda população vivente naquele período, e não para uma classe especial, em detrimento a um povo que tenha sido marginalizado, propositalmente, pelo Eterno! Não, a Divindade nunca retalhou ninguém, nem extermina a possibilidade de se corrigir, enquanto em vida, as falhas que alguns cometem!
É preciso lembrar que Deus enviou Seu Filho, Jesus Cristo, para salvar a todos, e não somente um ‘suposto povo escolhido’, Ele quer devolver a todo que O aceitar, a Vida Eterna que, com o advento do pecado, a humanidade perdeu!
De posse dessa compreensão, podemos, então, transcrever os versos que, serão comentados, d’agora em diante; “Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem. Assim, tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas o que Eu aborreço.” Apocalipse 2: 14 e 15
Alguns analistas entendem que o grande tropeço dos que viveram naquele período não foi, necessariamente, concordar e sustentar tais doutrinas em sua época, mas, sabedores que tais ensinamentos eram perniciosos, eles não se importaram em, sequer, demonstrar onde existia a falha, tomando assim, uma postura de permissividade. Foi justamente essa tolerância sem se preocupar em corrigir os erros que residia sua reprovação!
Na verdade, algumas pessoas entendem que, não precisa se antepor à compreensão errada, mesmo porque, para os faltosos, esse desvio do bom caminho, vem recheado de emoções prazerosas, por isso mesmo, populista. Então, não incomodá-lo, seria uma forma de amor. Não entendem essas pessoas que permanecer no erro, fatalmente trará um resultado funesto, principalmente se, aquele que comete a falha prefira não ser corrigido, para não sentir um desconforto enfadonho e aborrecedor!
Outros comentaristas entendem que a grande problemática dos habitantes do período que corresponde à Igreja de Pérgamo foi permitir que doutrinas divergentes coexistissem pacificamente! No entanto, creio mesmo que, apesar de possuir uma lógica nesse entendimento, ainda assim, carece de respaldo mais consistente, uma vez que, Jesus informa; tanto os que praticam o bem, que Ele identificou como ‘trigo’, quanto os que maquinam o mal, reconhecido por Cristo como ‘joio’, devem viver juntos. “Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: colha primeiro o joio e atai-o em molhos para queimá-lo; mas o trigo ajunte-o no meu celeiro”. Mateus 13: 30
Apesar de haver certa compreensão entre as pessoas que nutrem entendimentos divergentes, a fidelidade ao trato das coisas de Deus, deveria permanecer entre os dedicados a Cristo. Na verdade, eles deveriam ser aquele tipo de cristão que, por possuir firmeza racional, seja capaz de induzir outros na trilha do bem. Portanto, nunca deveria ceder, quando seduzido pelo mal!
Você, caro leitor, deve estar se perguntando; enfim qual influencia corrompedora o profeta Balaão fez para carregar consigo tal estigma?
Essa inquietação transitou também em minha mente, por isso, fiz uma rápida leitura no relato de Números nos capítulos vinte e dois até o vinte e cinco. Nesses capítulos nenhum agravo do profeta justifica esse sinal, uma vez que como profeta ele consultava a pessoa de Deus, e falava justamente o que o Divino lhe ordenava!
É certo que, no capítulo vinte e cinco do livro de Números, é relatado que os israelitas se envolveram com as filhas dos moabitas, contudo, nada, naquele relato informa que tal atitude dos israelitas tenha sido por indução do profeta de Deus, Balaão!
Por isso procurei fazer um sincretismo das informações de Números com as contidas no Apocalipse. Descubro, então, que essa reunião de ideias, de origens disparatadas, ganha certa racionalidade, quando essa fusão de pensamentos diferentes, quase antagônicos, se fundem num só elemento gerando uma unidade interpretativa!
Conclui-se que, quando Moisés conduzia o povo no deserto escaldante, o Rei Balaque, de Moabe, tinha conhecimento dos feitos do povo de Israel, guiados por Cristo. Este fato atemorizou Balaque a ponto de imaginar que seria destruído pela grande multidão israelense.
Portanto, o Rei de Moabe imaginou que se conseguisse fazer com que um Profeta de Deus amaldiçoasse os israelitas ele se safaria dessa eminente destruição, por isso ele procurou convencer o Profeta Balaão para desempenhar esse ofício.
Todavia, aquele homem do Senhor, informa ao Rei que ele não poderia forçar Deus a amaldiçoar aquele povo, contudo, o que a Divindade lhe informasse ele o faria! Por isso mesmo, Balaão apenas proferiu bênçãos para Israel, pois, essa era a vontade de Deus.
Portanto, esta síntese, é espelho da verdade e, encontra-se relatada no livro de Números.
Acoplando essa informação com a contida em Apocalipse, suspeitamos que Balaão fora informado por Balaque que as mulheres de Moabe haveriam de seduzir os homens de Israel, para através dessa união por matrimônio, que por certo, haveria de miscigenar, ainda mais, a cultura do povo de Israel, misturando os valores castos defendidos pelos israelitas com os pervertidos do paganismo, em assim acontecendo, por certo, Israel não atentaria contra Moabe. Essa era a pretensão de Balaque!
Balaão, provavelmente, se acomodou e não usou o zelo que um Profeta deveria ter para impedir essa ação ousada dos moabitas, forjando casamentos sem a motivação do amor, por não ter tido esse cuidado, o resultado foi muito marcante e triste!
O certo é que os israelitas caíram nessa artimanha, provocando um terrível mal, a ponto de atrair um grande flagelo! Por isso é que Balaão ficou, desde então, conhecido como o profeta que se tornou uma pedra de tropeço para os israelitas.
Por certo, da mesma forma, havia em Pérgamo, pessoas que se tornaram pedras de tropeço, muitas das quais praticando a imoralidade, igualmente existia outros cristãos que, percebendo os erros de seus semelhantes, ficaram em silêncio, perdendo a oportunidade, providenciada por Deus, para corrigir tal perversidade.
Esses que não repreenderam os faltosos, talvez, tenham mais responsabilidade pelo erro, que mesmo aqueles que, efetivamente, foram flagrados em pecado. Essas pessoas que não alertaram os faltosos deixaram de estar ao lado de Cristo, por não ter evitado tal iniquidade.
Essa é uma lição para os cristãos da atualidade, tais pessoas, precisam ter consciência que a benignidade imerecida de nosso Deus em relação ao pecador, nunca deve ser desculpa para se ter uma conduta desenfreada.
Deveremos isso sim, ter a obrigação de, pelo menos, tentar corrigir os erros dos nossos irmãos de todas as denominações, para então, adotar um proceder de virtude cristã. 
Essa deve ser a atitude de cada indivíduo que professa seguir a Cristo! “Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. I Coríntios 9: 27
Fico a imaginar, qual seria o tipo de matrimônio mais pernicioso da atualidade?
Certamente nos dias atuais existem diversas modalidades de casamentos que, por si sóis, são perniciosos e, do inteiro desagrado de Deus, mesmo que nessa forma de união legal, exista amor, mas, se o indivíduo tiver preferência por pessoa do mesmo sexo, essa união, apesar de legítima, não é a indicada pela Divindade. No entanto, não é dessa prostituição que Deus tem mais rejeitado, levando em consideração ao que está contido nos versos catorze e quinze de Apocalipse dois.
Conforme esses versos, Balaão ensinava a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.
Como vimos, no relato onde narra a história de Balaão, não identifica que o profeta estivesse induzindo os filhos de Israel a comerem dos sacrifícios da idolatria e, nem se prostituíssem. Se esse fato não aconteceu dessa forma, então a descrição do Apocalipse, indubitavelmente, deve ser uma narrativa hipotética, onde há exposição de um pensamento de forma figurada, com o objetivo de representar uma coisa para dar ideia de outra.
Portanto, no livro da Revelação, o autor utiliza da figuração linguística conhecida por metáfora, em que a significação natural duma palavra ou frase é substituída por outra que tenha relação de semelhança.
Precisamos, então, decifrar a probabilidade de fatos, praticados pelos habitantes de Pérgamo, que sugira uma relação de semelhança, nesse contexto!
O que, na verdade, envolveria, em Pérgamo, o não comer de coisas sacrificadas a ídolos? Fazendo uma decodificação metafórica me parece provável que muitas pessoas daquele período, participavam ou se envolviam, de algum modo, nas cerimônias idólatras. “Mas, nem em todos há conhecimento; porque alguns até agora comem, no seu costume para com o ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica contaminada.” I Coríntios 8: 7
Nessa altura do nosso comentário analítico, atingimos o ponto focal, onde procuramos fazer uma amarração para coadunar esta mensagem aos habitantes da atualidade. Portanto, faremos uma decifração, onde, interpretaremos de maneira despretensiosa, expressões deixadas em aberto.
O primeiro enunciado a ser rasgado para se fruir compreensão é sobre que tipo de relacionamento mais aborrece a Divindade.



Sem medo de cometer equívoco; o que mais causa desgosto ao Onipotente é quando as pessoas deixam de cultuar a Divindade e passam a dar mais valor para as criaturas ou instituições, que mesmo ao Supremo!
Sempre foi proposta do Divino, adorar somente Deus, e nessa premissa consta que não se deve, por hipótese alguma, render culto a coisa nenhuma, quer sejam objetos ou, indivíduos. A essa veneração descabida, dá-se o nome de idolatria.
Asseveram os religiosos que, na atualidade, existem modernas formas de idolatria, como: adorar astros e estrelas de TV; de cinema e, até mesmo de esportes. Todavia não é esse o tipo de idolatria mais pernicioso, pois, essa modalidade de veneração é apenas uma forma de entretenimento.
Na verdade, este deslumbre por objetos ou pessoas, tem mais haver com reconhecimento a alguém, por algum ato praticado. Por isso mesmo, se tem muito respeito e consideração a alguém que, passa a ser um verdadeiro ícone na mente do fã entusiasmado.
Contudo, quando endeusamos as Instituições Eclesiásticas, ou mesmo, seus profetas; pastores; ministros musicais; ou, outras coisas quaisquer, relacionadas ao ritual do próprio cristianismo, nós estaremos, indubitavelmente, comendo dos sacrifícios da idolatria, o que equivale dizer, no mais alto grau da prostituição! Isto tem desagradado Deus!
É fácil entender o motivo, as pessoas envolvidas nos ritos do cristianismo demonstram amor, no entanto, nem por isso devem ser veneradas. “E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E disse-me: Olha não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora somente Deus”. Apocalipse 22: 8 e 9
É justamente essa similaridade com as coisas sagradas, e a demonstração de pessoas com coisas consagradas, que sugere ao adorador a venerar tais objetos e, criaturas! Daí esse ato é o que mais aborrece ao Criador, uma vez que a criatura toma, literalmente, a postura de Deus! Por isso o conselho de Jesus transmitido pelo anjo Gabriel, adora somente Deus!
Atente como essa postura se encaixa perfeitamente com o problema de litígio secular entre os crentes de Corinto, uma cidade antiga da Grécia. Paulo ao tratar desse problema, nota que esse pecado não era levado muito a sério pelos cristãos de então, a despeito de ser, sobremodo grave!
Semelhantemente, nos dias atuais, os cristãos, sobretudo os Evangélicos, não dão a devida atenção a essa deificação aos personagens que administram e abrilhantam o culto em seus templos. No entanto esse ato premeditado dos líderes contamina os liderados, aqueles que preferem permanecer em silêncio, para não afrontar seus superiores, e assim, tirar algum proveito para sua própria pessoa, isso no sentido secular, esquecendo, totalmente, de sua responsabilidade espiritual. “porque alguns até agora comem, no seu costume para com o ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica contaminada.” I Coríntios 8: 7
Nesse tipo de casamento, que é totalmente adverso daquele admitido por Cristo, pois, mistura o paganismo (adoração a coisas e pessoas), e o cristianismo (adorar somente a Divindade), tentando unir os diferentes elementos numa interação putrefata, para fortalecimento de suas denominações mal cheirosas.
Esse tipo de sacrifício dá a impressão produzida no olfato pelas emanações voláteis dos corpos, exalando um odor que sobe até as narinas de Deus, não como um cheiro agradável, mas como uma porção de fumo fedorenta. Daí ser rejeitada pelo Supremo.

A DOUTRINA DOS NICOLAÍTAS

Anteriormente ventilamos sobre a doutrina dos nicolaítas, por isso mesmo, iremos ventilar apenas uma faceta desta doutrina.


Foi na cidade de Pérgamo que se iniciou a deificação dos imperadores. Como vimos, devemos adorar somente Deus, por isso, exaltar quem quer que seja como um deus, certamente, aborrece a Divindade.


Provavelmente os habitantes de Pérgamo devem ter chegado à conclusão que prestar culto ao Imperador, era algo natural, e compreensível, pois, desse respeito assoberbado ao soberano da nação, dependia seu bem estar no império, e eles entendiam que Deus não os condenaria, devido a Divindade querer somente o bem das pessoas.
Portanto, os habitantes daquela cidade, esqueceram-se dos estatutos de Deus que, condenam a idolatria.
Podemos perceber que a doutrina dos nicolaítas era semelhante, em suas tendências, à doutrina de Balaão, levando à idolatria espiritual, onde hoje, se adora com a maior naturalidade as instituições eclesiásticas e seus representantes maiores, como se fosse ao próprio Deus!
Como vimos, os cristãos atuais adoram seus maiorais, idolatram seus mestres e instituições, sem se dar conta disso, demonstrando assim, sua parcialidade, sendo partidário ferrenho das doutrinas religiosas de sua denominação, contudo, intolerantes em relação a outros cristãos que, praticam a mesma idolatria, mas eles não admitem convier pacificamente com esses outros cristãos indulgentemente. Assim só eles estão certos, uma vez que, na visão deles, Deus, certamente, faz concessão para eles.
Deus não aceita o erro, muito menos pessoas com esta capacidade individualista e falsificada.  A menos que elas revejam sua postura e, se adequem com a vontade do Onipotente.
É necessária muita firmeza ao defender as normas cristãs, senão jamais preservaremos na unidade apregoada por Cristo. “Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o És em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste... Eu neles, e Tu em Mim, para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim” João 17: 21 e 23.
Devemos, portanto, exortar, ensinar e repreender os que contradizem. “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes”. Tito 1: 9.
Essa deve ser a atitude do cristão sensato. Que esse modo de pensar, seja o meu agir e o seu, meu amado leitor!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

IDE - "Antipas, Minha Fiel Testemunha"

“ANTIPAS, MINHA FIEL TESTEMUNHA”


Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.






Continuando com minha singela consideração, sobre a Igreja de Pérgamo, atingimos a parte do texto onde relata a existência de uma testemunha verdadeira que, conforme a descrição foi morta onde habita o Inimigo. “ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.”  Apocalipse 2: 13 up.


Sobre esse personagem citado nas páginas do livro da Revelação, pouco ou quase nada é identificado nos anais da história. Por isso mesmo, surge uma abertura, pela qual, os analistas se arvoram a dar suas opiniões, de forma que sejam coerentes com o conteúdo histórico eclesiástico e, não menos racional.
Por isso mesmo, destacam-se duas grandes vertentes interpretativas, cada uma delas com sua própria racionalidade.
A despeito de que os cristãos viviam em situação de pressão emocional, necessitando de muita coragem para ter uma postura realmente ao lado de Cristo, no entanto, Deus declara que muitos se mantiveram fiéis aos princípios divinos!
A Revelação menciona que Antipas teria sido martirizado nessa localidade. Portanto, os tradicionalistas admitem, mesmo sem comprovação histórica, que esse indivíduo foi colocado vivo para ser queimado em fogo brando, no interior de um bezerro feito com liga de cobre e zinco, sendo aquecido até ficar uma forma ardente, vermelha em brasa!
No entanto, outros comentaristas, têm visto neste nome apenas uma simbologia, de um movimento de resistência, que se antepunha aos Imperadores e líderes da Igreja Estatal, que ganhava notoriedade, a partir de então, como Papa.
Portanto, esse movimento, pode ter sido simbólico, identificando todos os mártires daquela época, não representando uma pessoa qualquer em particular.
Asseveram esses que assim entendem que Antipas seria um movimento de resistência ao desenvolvimento daquela hierarquia, mencionado anteriormente, onde Ante, teria o significado de: Contrário aos papas, no sentido de pai, ou maioral, daí o termo ANTIPAS!
Existindo ou não esse personagem, o importante nesse contexto é a exaltação dada pelo Supremo aos moradores daquela localidade ao resistir à coação desprendida pelos líderes da nova comunidade cristã que, de forma habilidosa, se unira com o paganismo, para assim angariar a simpatia de toda a população!
Tomando a liberdade de fazer uma analogia e, ao mesmo tempo, mostrar os pontos de semelhanças entre coisas diferentes, gostaria de ter a sabedoria de levar meus leitores a chegar a uma singela aplicação!
Imaginemos que na atualidade fizéssemos parte de um aglomerado de pessoas que, se dedicassem ao estudo persistente da Palavra, ou seja, de forma ordenada e metódica, no anseio de encontrar um equivalente moderno para o termo Antipas.
É certo que os Antipas de Pérgamo não renunciaram seu entendimento nem amor a Cristo, pelo contrário, apegaram-se ao amado Jesus e continuaram honrando-O, pois, entendiam ser Ele o Deus Forte, Pai da Eternidade e o Príncipe da Paz, conforme preceitua a própria Bíblia. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os Seus ombros, e se chamará o Seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaías 9: 6
Procurando ser coerente comigo mesmo e aos semelhantes e, o mais imparcial possível, esforçando por não cometer equívocos, imagino ter descoberto um similar moderno para o termo Antipas, são todos que, de uma forma ou de outra estão sendo premidos pela influencia coercitivas dos dirigentes das comunidades eclesiásticas aos irmãos que persistem em cultuar somente à Divindade, desprezando a adoração à Instituição ou, a veneração aos seus líderes, essa é a forma atualizada de render culto ao ‘Imperador’.
O mais incrível nessa analogia, e que realmente acontece, é que pessoas que aparentam bons propósitos, se emprestam, conscientemente, a ser instrumentalidade desses lideres que, juntamente com esse tipo de liderados externam quem eles são e a quem pertencem espiritualmente, uma vez que fazem uso da mentira, que é o emblema maior de Satanás, mentem para coibir os que com fidelidade queiram cultuar a Cristo!
Qualquer pessoa que se antepuser a esse culto às Denominações e aos Seus líderes vai sofrer horrenda perseguição, é preciso ter muita coragem! Quem assim agir, haverá de ser taxado de ‘perturbador de Israel’, e serão falseadas suas motivações para atrair a ira aos menos esclarecidos!

O QUAL FOI MORTO ONDE SATANÁS HABITA



Eis aí uma horrenda acusação!
Para entender melhor essa proposição, precisamos fazer uma regressão histórica. Nesse retrocesso, iniciemos exatamente no período em que Cristo vivia na região da Palestina, ensinando, operando milagres, pregando o bem, dessedentando, alimentando famintos, curando enfermos, expelindo demônios, ressuscitando os mortos e oferecendo a Vida Eterna!
Certamente esses feitos extraordinários agradavam as pessoas acometidas pelo infortúnio do pecado, no entanto, desprezava o Adversário!
Este, por sua vez, não desperdiçava nenhuma oportunidade para, se possível, calar a Testemunha Fiel e Verdadeira. Foi assim, mesmo antes do Seu nascimento, quando o Falsário procurou dificultar, até mesmo, um determinado lugar para que o Infante de Belém, não tivesse um local digno para nascer. Contudo, Deus o Pai, providenciou uma humilde manjedoura adornada por animais, momento em que os anjos dos Céus anunciavam com cânticos maviosos a chegada do Deus Menino entre os homens!
Essa providência de Deus não frustrou o intento maléfico do Malfeitor, que ainda intencionou matá-Lo, contudo, mais uma vez, o Pai intervém junto a José e Maria, instando para que a Criança, por um período, vivesse no Egito, onde estaria salva das atrocidades que o Inimigo queria impor ao Príncipe da Paz, ao fazer uso de Herodes, que estava acometido de angústia provocada por sentimento exacerbado de posse de poder!
Por certo, a Bíblia não relata, mas, o Inimigo tencionou durante a juventude de Jesus, exterminá-Lo do mundo dos viventes, que, tantas quantas foram suas tentativas, Deus o Pai O livrou!
Posteriormente, durante os três anos de ministério de Jesus, a ira Satânica se intensifica, este, naquele momento já contava com um local onde, maquinava o mal, e, certamente tinha seus ajudantes humanos, que funcionavam como operários na oficina de Satanás.
Pasmem, meus amados leitores, esse local onde o Diabo traçava seus planos para aniquilar o Salvador, era justamente no lugar em que deveria ser a Casa de Oração, que Cristo denominava de ‘Minha Casa ’!
Não foi uma única vez que o Falsário utilizou a sinagoga como quartel general, para nela projetar seus intentos funestos, está relatado que, num determinado Sábado, o Messias, após curar a mão direita mirrada de um homem, os fariseus formaram conselho com os herodianos, procurando ver como O matariam, forçando Jesus a retirar-se do Templo israelita! (Mateus 12: 9, 14 e 15) “Em, partindo dali, chegou à sinagoga deles... E os fariseus, tendo saído, formaram conselho contra Ele, para O matarem. Jesus, sabendo isso, retirou-se dali.”
Numa outra ocasião, Jesus faz uma aplicação contra os Sacerdotes e dirigentes das Instituições Eclesiásticas daquela época, que vem a propósito para os nossos dias. Os maiorais do Templo divisando em Cristo um obstáculo para suas pretensões tencionaram prendê-Lo, não concluindo esse desejo por receio do povo! (Mateus 21: 45 e 46) “E os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo essas palavras, entenderam que falava deles; e, pretendendo prendê-Lo, recearam o povo, porquanto O tinham por profeta.”
Realmente e, sem medo de errar, podemos concluir que, a maioria dos sacerdotes, pastores, dirigentes e pessoas envolvidas nas Instituições Eclesiásticas, conforme esses versos estão, tão somente, interessados no desenvolvimento de suas associações ou organizações de caráter ‘religioso’!
Sem querer ser enfadonho, tomemos ciência da postura, mais uma vez, dos sacerdotes e anciãos, em relação a Jesus Cristo. Esses, tidos representantes de Deus, conseguiram arregimentar uma grande multidão, armadas de porretes para prender o Filho de Deus. Conduziram-No para o Sinédrio, onde os príncipes dos Sacerdotes juntamente com todo o Conselho forjavam falso testemunho contra o Sofredor, com o intuito de matá-Lo, conseguindo, finalmente seu funesto intento. (Mateus 26: 47, 59, 65 – 67) “E, estando Ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele, grande multidão com espadas e porretes, vinda da parte dos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos do povo. Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho buscavam testemunho contra Jesus, para poderem dar-Lhe a morte. Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes, agora, a Sua blasfêmia. Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte. Então, cuspiram-Lhe no rosto e Lhe davam murros, e outros O esbofeteavam.”
Arrazoemos um instante comigo, se os líderes das Instituições Eclesiásticas foram totalmente intolerantes com Jesus Cristo, o Filho de Deus, Criador dos Céus e da Terra, o Deus Conosco, que só obrava o bem, o que eles não estariam dispostos a fazer conosco?
Mas, as atrocidades contra o Santo não param por aí, os Sacerdotes incentivaram Judas a trair Jesus, depois abandonaram o pobre homem, que desesperado tirou sua própria vida! Posteriormente esses Calouros de Satanás, induziu a multidão que livrassem Barrabás e matassem Jesus.
Os próprios Sacerdotes com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarneceram de Jesus.  Outras tantas atrocidades esses homens, que fedem a pecado, cometeram contra o Salvador!  (Mateus 27: 3, 20, 41 – 43 e 45)
Esse é o legado que tais homens, catadores de posses mundanas, deixaram e, infelizmente, está sendo seguido por outros tantos com a mesma índole deles!
Sem querer ser fatídico, nem sequer transmitir uma onda sinistra e trágica, tenho catalogado em minha mente, nesse mais de meio século de vida, experiências de pessoas, inclusive, muitas das quais íntimas a mim, que foram marginalizadas e perseguidas pelos maiorais da Comunidade que eles participavam e defendiam!
Isso tem sido comum, e acontece corriqueiramente, de forma quase despercebida da sociedade da qual eles participam. A explicação para fatos como este, é sempre uma evasiva, não passando de uma desculpa ardilosa, recheada de falsidade com o intuito de denegrir as motivações da pessoa colocada, por eles, como réu, merecedor apenas da punição da Igreja!
Contudo, Deus está atento e, durante o milênio, nos Céus, haverá de tornar patente todos os pensamentos da humanidade, tanto dos que praticam o bem quanto dos que maquinam o mal! “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os Seus Mandamentos; porque este é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo que está encoberto, quer seja bom, quer seja mal.” Eclesiastes 12: 13 e 14.
A maldade dos dirigentes das igrejas, com seus sacerdotes e divulgadores, tem acontecido por gravidade através dos tempos.
Como vimos anteriormente, os efesianos foram perseguidos a mando dessa classe de obreiros fraudulentos, ou seja, seus irmãos judeus, o mesmo aconteceu com os esmirnianos, com os habitantes de Pérgamo, também durante a Idade Média, onde mais se matou em nome de Deus!
 Assim têm acontecido nos demais períodos da história eclesiástica, até desembocar nos dias atuais, deixando um rastro de maldade e um odor acre e fétido que exala das mentes infetas desses profissionais da mentira!
Essa acusação demonstra que Satanás habita, exatamente, nos Templos das Igrejas, onde deveria ser o aprisco de Cristo. Devemos, portanto, semelhantes a Jesus, reunir, justamente, junto aos homens de boa vontade, sem sentir nenhum desconforto, uma vez que, na verdade, nós, todos os seres humanos, somos Templos do Espírito Santo. Junto a Cristo Jesus estaremos seguros!
Esses fatos levam-nos a refletir; neste mundo não existe um local seguro para os cristãos, pois, é justamente, dentro do redil, que o inimigo maquina o mal e direciona sua ira contra as pessoas que procuram seguir o caminho do bem. Portanto, a segurança não está em uma determinada localidade. A criatura só está segura quando está em companhia da pessoa imaculada de Cristo, independente em que localidade ou denominação esteja!
Que Deus nos dê coragem e persistência em continuar trilhando o caminho que conduz para a Vida Eterna! Esse deve ser o nosso propósito!