ARREPENDE-TE
Educador Glauco César
NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.
Quando Deus, através da pessoa do Verbo da Vida,
no caso Jesus Cristo, na Semana da Criação, após bilhões de anos do Princípio,
descrito no livro de Gêneses, dá condições de vida ao planeta Terra, há
aproximadamente seis mil anos e, num determinado período de tempo do sexto dia
forma o homem, naquele exato instante Ele dota-o da capacidade de fazer a Divindade
feliz além de, fazer, incondicionalmente, suas próprias escolhas, tomando, de
forma legítima suas decisões! Essa ação refletida e minuciosamente decidida é,
comumente, designada de livre arbítrio.
Dentre essas escolhas, das quais a humanidade
assume as consequências, está contida, como é natural, o arrependimento. É bom
ressaltar que não existe compunção forçada, pois, se assim fosse, essa
contrição seria, na verdade, uma simulação e não um ato refletido e sensato.
De posse dessas informações iniciais, iremos transcrever
o verso que será analisado com muita atenção, atrelando-se às minúcias, sem, no
entanto, usar de excessiva meticulosidade. “Arrepende-te, pois, quando não em breve
virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.” Apocalipse
2: 16.
Como é de costume, nos meus escritos, sempre
procuro mostrar como algumas pessoas fazem a apreciação do fato ou situação em
pauta. Nesse caso, em especial, é notório, um entendimento singular, onde, o
analista ressalta que o conselho para o arrependimento, contido no texto em
análise, não é direcionado, especificamente, para os heréticos e pecadores,
todavia, em especial, para as pessoas que toleram essas classes de indivíduos.
Para nos auxiliar nessa análise, precisamos
entender o significado do vocábulo herético. Uma pessoa herética, na visão das
religiões, é alguém que nutre um pensamento contrário ao que foi definido pela igreja, em matéria de fé.
Sendo assim ter uma compreensão diferente da
igreja, não faz da pessoa, necessariamente, uma pecadora, mas, uma herética. O
pecador é aceito na congregação evangélica, no entanto, o herético é alijado,
sumariamente dela, por ser um indivíduo pernicioso, para os fins eclesiásticos.
Não foi assim na Idade Escura, onde muitos heréticos tornaram-se tochas humanas para iluminar as noites morenas da Europa Medieval e, outros tantos lavaram as ruas das cidades, com sangue que deles próprios vertiam? Também hoje, os heréticos são expulsos de suas denominações, e sobre eles são colocados o estigma de indesejados. Na visão das denominações; são verdadeiros leprosos espirituais!
Não foi assim na Idade Escura, onde muitos heréticos tornaram-se tochas humanas para iluminar as noites morenas da Europa Medieval e, outros tantos lavaram as ruas das cidades, com sangue que deles próprios vertiam? Também hoje, os heréticos são expulsos de suas denominações, e sobre eles são colocados o estigma de indesejados. Na visão das denominações; são verdadeiros leprosos espirituais!
Já o pecador é aquele tipo de pessoa que
transgride um preceito religioso, reconhece que cometeu uma falta, sente-se
culpado e, poderá, ou não, se corrigir!
Esse indivíduo sente-se acabrunhado e,
dificilmente, recorre aos seus amigos para defender sua compreensão, haja vista,
que ele concorda plenamente com a visão da denominação da qual ele é membro,
daí não ser uma ameaça para a igreja, por isso mesmo, ele será sempre bem
recebido na comunidade!
Por outro lado, fica notório, o espírito que
norteia a ação dos líderes da igreja. Percebam a sutilidade da coação exercida
sobre as demais criaturas da comunidade, se não agirem em conformidade com o
entendimento da sua associação eclesiástica elas serão punidas, contadas também
como heréticas.
No entender dos líderes, toda pessoa que não
acusou os identificados por heréticos, agiu dessa maneira, pelo fato de certa
forma, comungar, com o pensamento dos mesmos ou, na pior das hipóteses, estivesse
em dúvida, podendo, ou não, também tornar-se um herético, daí ser coagido ao
arrependimento!
Essa maldade é praticada pela direção da
denominação, sem o menor constrangimento, além de que, eles asseveram que estão
cumprindo a ordenança de Deus, fazendo a devida profilaxia, para preservar a
integridade doutrinária da igreja! O que é mais estupefato é a aceitação dessa
arbitrariedade pelos demais cristãos!
Os que defendem essa postura filosófica cristã,
admitem que Jesus estivesse chamando ao arrependimento, indivíduos que, embora
não cometeram erro, todavia, foram frouxos, por não ter denunciado os que
nutriam pensamento diferente do pensar da igreja, juntamente com os pecadores,
como se todos, também, não fossem devedores!
É sabido que não existe nenhuma afinidade entre o
erro e o acerto, são duas situações distintas e conflitantes, nenhuma das
partes é coadjuvante da outra, são totalmente independentes.
Dentro deste contexto fica, completamente,
impossibilitado Deus punir pessoas inocentes, mesmo porque a repreensão para
esses inocentes foi motivada pelo fato deles cumprir a ordenança de Cristo, não
acusando os heréticos e os pecadores.
Ora, sabemos que quem acusa é o inimigo, essa não
é tarefa dos membros da igreja, a atribuição da irmandade é apontar para o
restaurador que é Jesus Cristo. “Agora chegada está a Salvação (Jesus
Cristo), e a força e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo: porque já
o acusador de nossos irmãos (Satanás) é derribado, o qual diante do
nosso Deus os acusava de dia e de noite.” Apocalipse 12: 10. (Grifo
nosso).
Aqueles mesmos comentaristas, afirmam que uma
pessoa arrependida deve reassumir toda obra negligenciada, se assim não fizer,
existe uma ameaça de Jesus em vir
punir essas pessoas, munido da espada de dois gumes, para Ele mesmo lutar
contra os heréticos, a menos que haja um arrependimento dos cristãos fiéis.
Os comentadores que entendem dessa forma, concluem
seu infeliz comentário afirmando que a obra de segregação, ou seja, separar os
fiéis dos heréticos, se não for executado pelos crentes, Jesus mesmo virá
realizar. Conclui-se que, por receio que Cristo venha mesmo realizar essa
‘ameaça’, a igreja usa sua ‘fidelidade’, em levar a efeito essa separação, com
presteza.
Usando de toda sinceridade possível, não acredito
na possibilidade de Deus tornar-se ameaçador e punitivo com atitudes grotescas,
chega até mesmo ser ridículo imaginar Deus com falha de caráter, a menos que
essa opinião seja uma zombaria, pois, não passa de menosprezo à inteligência
humana!
É verdade que, na figuração apocalíptica, faz
alusão a uma espada de dois gumes saindo da boca de Jesus! Contudo, nunca essa
imagem deve ser interpretada como uma ameaça de Cristo contra a humanidade!
Jamais Cristo imporá punição aos seus filhos a quem tanto ama.
Ele deu prova disto, quando doou Sua vida, para
que todos tivessem oportunidade de receber de volta o que perdeu ao pecar, a
Eternidade!
Existe um entendimento, do qual não comungo, onde
afirma que a espada tipifica a punição que resultaria da falta de
‘arrependimento’.
Como vimos, a espada de dois gumes representa o
Oráculo Revelado de Deus, a Bíblia, os dois gumes é figura do Velho e do Novo
Testamento. Sendo assim, o Livro Sagrado revela-nos o resultado da escolha que
cada um faz. Se a pessoa optou em andar na contramão da Verdade e da Vida, a consequência será desastrosa. Esta é
apenas uma informação que Deus nos
concede, e nunca uma ameaça. O resultado dessa escolha será sempre uma consequência, jamais uma punição!
Se, todavia, a pessoa optar em seguir os conselhos
do Altíssimo, o resultado, certamente, será a bênção da Vida Eterna, contudo,
para usufruir essa benesse, temos que estar em estreito relacionamento com o
Bem Maior!
Algumas pessoas, formadoras de opinião, defendem o
entendimento de que era sem futuro ou, não alcançaria o resultado proposto pela
Divindade, generalizar o apelo divino para toda comunidade, haja vista que, a
maior parte da população já estava afastada do caminho proposto por Deus.
Essas pessoas entendem que o apelo era,
restritamente, pessoal. O chamamento tinha o endereço certo, somente quem
estivesse vacilando entre a verdade e o erro, é que teria o auxílio de Cristo.
Como se Jesus estivesse desistido das demais criaturas!
Portanto, o chamamento para ouvir o que o Espírito
diz às Igrejas, não tinha como alvo os demais habitantes!
Conforme esse entendimento, a imperecível recompensa dos séculos eternos, não é para todos, somente para as cartas marcadas! Nesse caso, não adianta levar a mensagem de arrependimento a quem, visivelmente, está contrário a Cristo, nem o excluído sentir mágoa ou pesar por falta ou erro cometido, nem mudar seu procedimento, pois, de nada adiantará, uma vez que, Aquele que tudo pode, determinou essa condição, não estar incluído dentre os que herdarão a Eternidade!
Conforme esse entendimento, a imperecível recompensa dos séculos eternos, não é para todos, somente para as cartas marcadas! Nesse caso, não adianta levar a mensagem de arrependimento a quem, visivelmente, está contrário a Cristo, nem o excluído sentir mágoa ou pesar por falta ou erro cometido, nem mudar seu procedimento, pois, de nada adiantará, uma vez que, Aquele que tudo pode, determinou essa condição, não estar incluído dentre os que herdarão a Eternidade!
Outro entendimento tão nocivo quanto este, afirma
que o arrependimento é controlado pelo Onipotente, Ele fará acontecer em toda a
humanidade e, por fim, todos conhecerão Deus, renderão tributos e louvores e, haverá
um só povo, assim, todos os humanos serão redimidos para a imortalização!
O grande entrave dessa compreensão é que ela
descarta por completo a doutrina da recompensa e, da consequência, que a
Palavra tanto destaca, especificamente, a Vida e a Morte Eterna.
Por conseguinte, rejeita também a individualidade
com direito a fazer as escolhas, o que torna o humano um mero autômato, um
fantoche nas mãos do Criador, e não a obra coroadora da Criação, justamente,
por ser semelhante a Deus, conhecedor do bem e do mal, tendo o direito de fazer
sua escolha, se para o bem, agrada a Divindade tendo direito a Vida Eterna, se
para o mal, terá como consequência a perdição ou, Morte Eterna!
Quando Deus capacita o homem com a responsabilidade
de fazer suas escolhas tendo a prerrogativa de usufruir as consequências dessa
escolha, Ele está colocando a humanidade em semelhança a Si mesmo, ou seja, dando
dignidade soberana.
Todavia se Ele excluísse o livre arbítrio, Deus
estaria subtraindo essa dignidade e, automaticamente, estaria se nivelando à
humanidade, se arrependendo de alguma falha cometida! É desejo de Deus que o
humano se iguale a Ele, e não o contrário. “Deus não é homem, para que minta; nem filho
do homem, para que se arrependa. Porventura diria Ele, e não o faria? Ou
falaria, e não o confirmaria?” Números 23: 19
Gostaria de ressaltar a universalidade do texto em
análise, ele não está restringido a um povo nem a um determinado período, pois,
todos, em todos os recantos e em qualquer tempo, têm ouvidos para ouvir, não
somente os habitantes de Pérgamo, na Ásia Menor!
Desta forma, a mensagem que o Espírito tem disseminado
está franqueada, como ressalta o próprio texto, a toda igreja, toda pessoa,
toda época e toda localidade!
Chegamos ao ponto culminante, ao auge da mensagem
para a Igreja de Pérgamo, esta comunicação em forma de recado, por parte de
Deus, é direcionada para que todos possam degusta-la, e quem dela fizer uso,
haverá de comprazer-se, deleitando-se em Cristo Jesus. Ei-la: ”Ao
que vencer, darei Eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca,
e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o
recebe.” Apocalipse 2: 17
Como podemos perceber esse enunciado está repleto
de figurações, consequentemente, precisamos desvendá-las. Certo é que, não
podemos, evidentemente, analisar esse texto, totalmente, em sua literalidade.
O contexto dessa porção bíblica, talvez, seja uma
promissão tão estarrecedora quanto gratificante, fato que tem estimulado os
cristãos de todas as épocas encontrar sua objetividade, é também um desafio entender,
em sua plenitude, o que Deus está a nos oferecer!
AO QUE
VENCER – Eis
aqui uma significativa confissão de amor, pois, a mesma está a esclarecer que a
Salvação, mesmo sendo gratuita, é preciso se envolver na batalha contra o mal,
e dela sair vencedora.
As promessas aqui contidas estão reservadas
unicamente ao cristão, que combateu o bom combate e, automaticamente saiu-se
vencedor. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a
coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará
naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a Sua vinda”.
II Timóteo 4: 7 e 8
Muitas pessoas preferem crer que haverão de herdar
a Vida Eterna por cascata, ou seja, ela virá naturalmente, sem que o indivíduo
tenha desempenhado sua parte, no entanto, essa porção do texto desmente flagrantemente
este conceito.
Precisamos sim, desempenhar a nossa parte a
contento para sair vencedor. Contudo, nunca devemos ficar desesperados, pois,
Cristo está a nos auxiliar. Ele nos garantiu; a despeito de que muitas aflições
nos sufocariam, deveríamos estar convictos, pois, se Ele venceu o mundo, nós
também poderemos vencer, basta permanecer atrelado a Ele. Não existe afirmação
mais gratificante que esta.
Que Jesus Cristo, nosso irmão nas aflições e, com
certeza o Filho da Promessa, continue nos fortalecendo para, desta maneira,
conquistarmos a vitória e, assim, termos a recompensa da Vida Plena!