IDE - Eu Sei as Tuas Obras e Tribulação

EU SEI AS TUAS OBRAS E TRIBULAÇÃO

Educador Glauco César

NOTA DO ARTICULISTA -  Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com

        Uma vez que uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo assunto também é veiculada, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar das mesmas, enriquecendo desta maneira, seu cabedal de conhecimento.

EU SEI AS TUAS OBRAS E TRIBULAÇÃO – Jesus confabulando com o vidente de Patmos, através duma visagem, por intermédio da representação plástica e audição do anjo Gabriel, torna patente que, por mediação de Sua ubiquidade, Ele conhecia o efeito do trabalho e da ação dos esmirnianos, que traria como consequência uma experimentação turbulenta em tempos penosos!

Muitos bons estudiosos entendem que, se Deus conhece as obras e tribulações, é pelo motivo que Ele providenciou essas dificuldades para que o corpo social eclesiástico fosse paulatinamente se aperfeiçoando!

No nosso entendimento, Deus não coloca obstáculos para nos ensinar a vencê-los, no entanto, os percalços que porventura se apresentam em nosso jornadear rumo à eternidade, são consequências do pecado; Deus, então, aproveita esses transtornos e, deles tira vantagem para tornar excelente nosso proceder! “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Romanos 6: 23

Assim percebemos que as dificuldades são consequências inevitáveis do pecado e que, de Deus só advém coisas boas, como a vida em abundância!

Sendo assim, as provas que enfrentamos foram, no máximo, permitidas por Cristo, contudo, essas tentações não procedem de Deus, pois, sabemos que essas provocações são oriundas, unicamente, do Diabo que, constantemente, se opõe a Deus, Sua verdade e povo! “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta”. Tiago 1: 13

Como esclarecemos anteriormente, essa tribulação que alcança a comunidade de Esmirna, procede de dois veios; dos romanos, como era natural e, surpreendentemente, com extrema selvageria, dos próprios judeus, seus irmãos!

No entanto, esse impacto provocado em virtude de sua fé religiosa no Cristo ressurreto, levou os cristãos a mais íntima associação com Deus! Fato que dificilmente aconteceria com tamanha intensidade, se eles estivessem em condições normais! É justamente em tempo de perseguição que a Igreja de Cristo mais se desenvolve, tanto numérica quanto espiritualmente!

Se observarmos com cautela, vamos perceber que, em todas as cartas, Cristo sempre informa conhecer as obras praticadas em cada período!  Com certeza, comunicando que Ele providenciaria ajuda para todos que, dEle buscassem!

Essas obras praticadas pela irmandade revelavam a condição espiritual de cada pessoa, ou era uma denúncia e, portanto, deveria ser corrigida, ou, por conseguinte, era um elogio, como no caso em pauta!

Está aí uma boa oportunidade para cada pessoa fazer uma introspecção de sua vida, numa verdadeira observação dos próprios pensamentos ou sentimentos. As obras desempenhadas tem sido uma censura ou uma expressão de admiração e louvor?

Se as nossas obras são elogiadas por Cristo, quão maravilhoso será o nosso futuro espiritual, todavia, se elas forem uma repreensão, devemos procurar remover o mal para torna-la num verdadeiro ato de aprovação que redundará em benefício no nosso futuro eterno!

A igreja de Esmirna foi cruelmente perseguida, os Césares, estimulados pelos judeus, aquela mesma classe que pediu a crucifixão de Cristo, fizeram desabar sobre a igreja cristã horrenda perseguição!

Todavia, as tribulações, ao invés de consumir o zelo e amor por Cristo, fazia germinar novos cristãos, dispostos a, se possível, derramar seu sangue, pois, sentiam-se sustidos por Jesus!

A POBREZA QUE ENRIQUECE

E POBREZA (MAS TU ÉS RICO) – Jesus conhece também a pobreza da igreja de Esmirna, no entanto, Ele afirma que essa qualidade do pobre, na verdade, é uma riqueza disfarçada. Então esse ‘disfarçamento’ nos é desconhecido e, precisamos ter consciência dos valores, para então, afirmar com certeza e exatidão o que vem a ser!

Essa igreja preferiu a pobreza, ao invés da abastança, mas, que acarretaria grande desonra! Eles preferiram ser fidedignos; “Porque também vos compadecestes dos que estavam nas prisões, e com gozo permitistes a espoliação dos vossos bens, sabendo que em vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente”. Hebreus 10: 34

Quando foi subtraída, de forma fraudulenta, as posses desses cristãos, houve, automaticamente, a separação dos amigos e, em muitos casos, de seus próprios familiares, aumentando assim, seu sofrimento!

Contudo, eles não pensaram duas vezes, preferiram essa situação, a manchar a vida com o pecado. Antes a morte, que a desonra ou a transgressão da lei de Deus. Esta foi a decisão espontânea de cada pessoa cristã!

Essa igreja demonstrou ser digna de Cristo, daí, sua pobreza ser reconhecida como uma autêntica riqueza! “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim não é digno de Mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após Mim, não é digno de Mim”. Mateus 10: 37 e 38

A principal preocupação daquele povo era entesourar nos céus, conforme conselho de Jesus, riquezas espirituais! “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam”. Mateus 6: 19 e 20

É, justamente, por se preocupar com a recompensa final, prometida por Cristo, que Jesus os considera rico! “Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que O amam?” Tiago 2: 5

Essas criaturas eram ricas no conhecimento de Cristo, eram ricas em fidelidade, em amor e não titubearam em face da morte, por isso eram ricas em desempenhar o serviço das coisas de Deus!

A mais extraordinária riqueza é, na verdade, um caráter enriquecido do amor de Deus, não a posse de bens materiais, tais como; ouro, prata ou qualquer outra forma de tesouro!

Isto não quer dizer que um cristão que possua bens materiais, esteja em pecado. Em sendo rico, ele deve canalizar essa posse para honra de Deus, e dar prosseguimento a causa de Deus na terra, auxiliando com amor seus irmãos!

No entanto, seu intento maior deve ser a aquisição das riquezas permanentes e eternas que podem ser colhidas, tão somente, através dos méritos de Cristo Jesus, conforme descrito no Seu Evangelho!

FALSOS JUDEUS E BLASFEMOS

E A BLASFEMIA DOS QUE SE DIZEM JUDEUS, E NÃO O SÃO – A rigor, a blasfêmia é uma palavra ultrajante, direcionada específica e tão somente à Divindade, assim, num primeiro momento, não existe blasfêmia à religião, pessoa ou outra qualquer coisa responsável.

Somente com o decorrer do tempo, é que esse substantivo foi adquirindo uma maior abrangência, tendo por isso mesmo, uma significação direcionada aos outros seres, qualquer um deles, portanto, blasfêmia passou a ser, simplesmente, o ato de proferir palavras de ultraje, direcionado a qualquer pessoa ou coisa!

Mesmo Jesus, foi acusado, pelos maiorais da Sinagoga, de blasfemo, quando se autodenominou Filho de Deus! Nesse caso, o ultraje foi um humano se arvorar como Divino! Cristo foi chamado de blasfemo, quando, de fato, sendo Filho de Deus, foi acusado por adotar uma suposta falsidade ideológica!

Já no caso do verso apocalíptico, Jesus chama de blasfemo as pessoas reconhecidas como judias e, no entanto, não eram! Pessoas tidas por fidedignas, todavia, elas estavam falseando os seus próprios caracteres, eram pessoas que, de fato, vendiam uma falsidade ideológica!

O termo judeu, nesse verso, está no sentido ideológico, por participar da religião judaica, nesse momento os seguidores de Cristo ainda não eram identificados como cristãos. “Porque não é judeu que o é exteriormente,... Mas é judeu o que o é no interior,... do coração, no espírito, não na letra: cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus”. Romanos 2: 28 e 29

Certamente a maneira como está descrita no Apocalipse, a expressão judeu, indubitavelmente, se refere às pessoas que afirmavam ser seguidoras de Deus, entretanto, suas ações eram contrárias à vontade dEle!

Parece-me que a história é um ato contínuo, os fatos continuam se repetindo constantemente, mudando tão somente as figuras.

Comprovemos na Bíblia; Jesus foi entregue pelos seus irmãos judeus para enfrentar o cadafalso, a cruz do Calvário. “E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, com os anciãos, e os escribas, e todo o sinédrio, tiveram conselho; e, ligando Jesus, O levaram e entregaram a Pilatos... e o levaram para fora a fim de o crucificarem”. Marcos 15: 1 e 20 up.

Lucas, o escritor do livro de Atos dos Apóstolos, revela que as maiores dificuldades enfrentadas pelo grupo de pessoas que se submetiam as regras deixadas por Cristo, em sua época, resultaram das difamações lançadas contra essa comunidade cristã, pelos próprios judeus. “Mas os judeus incrédulos incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos gentios... Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e de Icônio, que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo, e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto.” Atos 14: 2 e 19

Esses mesmos fatos, com essa mesma ira, e o mesmo opressor, se repetiram contra a comunidade cristã de Esmirna! Por isso, Jesus se refere sobre as tribulações que essa igreja haveria de sofrer!

É por isso, meu amado leitor, que por mais impopular que seja a tribulação, ainda hoje, se faz presente na congregação dos justos! E por mais paradoxal que possa parecer, os principais algozes estão militando e ocupando cargo de destaque nas congregações cristãs!

Tecnicamente os mesmos perseguidores; na Igreja primitiva; os irmãos judeus, e hoje; os irmãos cristãos! Não foi assim também na Idade Média, durante o período denominado de Santa Inquisição ou Santo Ofício, onde os cristãos foram sacrificados, em nome de Deus, pela Igreja dominante, seus irmãos?

MAS SÃO DA SINAGOGA DE SATANÁS – Parece estranho Jesus usar palavras tão duras contra os judeus! No entanto, seu primo, João Batista, quando batizava no Jordão, ele nominou os judeus de ‘raça de víboras’ (Mateus 3: 7), por certo, ele tinha motivos para tal!

Posteriormente Jesus também nominou os judeus com a mesma alcunha! “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.” Mateus 12: 34

A justificativa para Cristo pronunciar tais palavras, foi, pelo motivo dessas pessoas participarem da sinagoga, um centro de vida comunal judaica, um lugar em que se organizavam conspirações contra os profetas, contra o próprio Cristo e, posteriormente, os cristãos.

Se fizermos uma acareação cuidadosa, vamos perceber que o nome Satanás significa ‘acusador ou adversário’. “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás... Porque já o acusador de nossos irmãos é derribado”. Apocalipse 12: 9 e 10

Esses centros judaicos tornaram-se ‘sinagoga do acusador’, ou seja; ‘sinagoga de satanás’!

Você tem percebido quantas acusações ocorrem dentro de nossas comunidades cristãs? Será que o nosso caráter está cheio de maldade? Será mesmo que tenho participado da sinagoga do acusador, Satanás?

Não deveria os cristãos fazer nenhuma acusação, nem apontar defeito de ninguém, como tem acontecido em nossas igrejas, quem acusa é Satanás, essa é função dele e não nossa!

Como podemos perceber as primeiras perseguições e as subsequentes, eram planejadas nas sinagogas! Os atuais constrangimentos, não são, nem serão diferentes, continuam sendo elaborados no mesmo ambiente em que convive o perseguido! O que quer dizer que os nossos maiores inimigos estão dentro da própria igreja, sociedade e família! Estes se tornarão ferrenhos inimigos, são blasfemadores fantasiados de cristãos!

Não é de admirar que Jesus os considere ‘sinagoga de Satanás’. Algumas pessoas usando de cinismo, de forma hipócrita, pretendem ser reconhecidas como judeus, no nosso caso, cristãos, quando, na verdade, não possuem nenhuma virtude cristã, são pessoas ‘virtuosas’ em maquinar o mal,  por isso mesmo, são da sinagoga de Satanás!