CAPÍTULO I
CAPÍTULO I
ANÚNCIO E BÊNÇÃO
Educador Glauco César
NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
Uma vez que uma determinada opinião é postada e, outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento.
É nosso desejo que a paz de Deus e a misericórdia de Jesus Cristo, se
estendam a todos os lares, e que o Refrigerante Eflúvio do Poder Divino, faça
pousada constante em todo entendimento, esclarecendo as verdades de Deus,
porventura embotadas na concepção da humanidade.
É chegado o momento de se franquear o intelecto para entender as
graciosas mensagens do Onipotente, onde cada leitor deverá utilizar tempo em
aplicar a mente no diligente estudo da Palavra de Deus.
O livro do Apocalipse começa com o anúncio do seu título contendo uma
bênção dirigida aos que prestarem um ativo zelo, às suas solenes palavras
proféticas.
O versículo um do capítulo
primeiro reza assim: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe
deu, para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e
pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João, Seu servo”.
Passemos então, a analisar
este verso, parte por parte, para que fique racionalmente revelada a verdade de
Deus, porventura entorpecida em nosso entendimento, em cada porção deste
versículo.
Comecemos então pela primeira
parte do verso; REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO – Em
geral os tradutores da Bíblia têm dado a este livro o título de Apocalipse do
apóstolo São João. Mas este título contradiz as primeiras palavras do próprio
livro, segundo as quais ele é a “Revelação de Jesus Cristo”.
Jesus Cristo é o Revelador, e
não João. João é apenas o instrumento humano usado por Cristo para escrever
esta Revelação em benefício a todos os povos que viveram no
período em que ele foi escrito, bem como, a todos que vivem nos
solenes dias da atualidade, como também àqueles que viverão nos
derradeiros instantes da malsinada história humana, quando Cristo, então, porá
termo definitivo na trama do pecado!
Posto que os primeiros
vocábulos apontem Jesus Cristo como sendo Aquele que fez a revelação, todavia,
o seu verdadeiro Autor é Deus o Pai, a Eterna Fonte de toda
Sabedoria e Verdade!
As informações do Apocalipse
originaram-se na mente privilegiada do Pai, por conseguinte, sendo o Filho, um
com Deus, teve a real incumbência de transmiti-la à humanidade, pois, Jesus
Cristo é, de fato, o único Revelador!
Desde o advento do pecado no
Planeta, a humanidade perdeu a comunicação pessoal com Deus e, como
resultado da desobediência, ela perece em suas transgressões e delitos.
Deus, a não ser por Jesus,
tem movido o Espírito Santo, que comissiona o anjo Gabriel, para impressionar
Seus profetas. É unicamente desta maneira que a Divindade se comunica com Seus
filhos caídos.
O Apocalipse é, portanto, a
última revelação canônica da Divindade para todas as criaturas inteligentes,
indistintamente, que viverem neste último e solene período da história do
mundo.
Deus trata com carinho a
todos, identificando-os de amados, dando a certeza de Sua
afeição, amizade, simpatia e ternura pelo pecador, advertindo-o das ameaças
espirituais dos seus perigosos adversários.
QUEM SÃO OS SERVOS DE DEUS?
A
parte subsequente está grafada da seguinte forma: "Para
mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer." Este
é o real objetivo do Apocalipse. ‘Mostrar aos Seus servos’. Chega-se, então, ao ápice,
ao ponto nerval do versículo primeiro.
Quem são os servos de Deus?
A decifração dos servos de
Deus trará ao leitor, alegria e contentamento no coração.
Rejubilem-se, pois, na medida
em que a Palavra de Deus, no caso, as Santas
Escrituras forem lidas de forma audível, cada ouvinte, deve ter a
certeza de estar ouvindo a voz de Deus, obviamente, que por intermédio do
timbre da voz do servo que foi escolhido para fazer a leitura
da Bíblia.
Ou seja, essa composição
literorreligiosa está afirmando que, quando qualquer pessoa, quer seja um
cristão, ou mesmo um ateu, abre a Bíblia para ler, naquele exato momento
ela passa a ser servo escolhido de Deus.
Uma vez que, a Bíblia
identifica como servo, aquela pessoa que faz a vontade do Senhor
por obrigação, sem, necessariamente, nutrir uma relação de amor, por isso, tal
pessoa "não sabe o que faz o seu senhor!" João
15: 15.
À vista disto, quando se abre
a Bíblia, passa-se a, forçosamente, ler a Palavra de Deus, pois, ela está ali
escrita e, o leitor, naquele instante, será tratado pelo Onipotente como servo
escolhido por Ele para fazer a leitura da Sua Palavra.
A partir do momento em que se
fecha a Bíblia e passa-se a pronunciar as próprias considerações, perde-se o
atributo de servo escolhido, todavia, continua ainda como servo. E mais que
isto, os ouvintes, no momento da leitura da Bíblia, estarão ouvindo a voz de
Deus, através do timbre da voz do leitor.
Igualmente, o Apocalipse foi
escrito para mostrar a todos que viverem neste último período da história do
mundo, ‘as coisas que brevemente devem acontecer’.
É bom lembrar que existe
muita gente boa que, se gaba ser serva de Deus, e como tal, despreza as
demais pessoas, só por ter outro entendimento e servirem noutros apriscos!
No entanto, Deus leva em
maior conta, aquela pessoa que ultrapassar a situação transitória de
preparação, deixando de ser serva e, finalmente, alcance o estágio
de amiga!
Nessa nova
condição, Cristo repassa para as pessoas, tudo que Ele ouve de Deus,
portanto, Ele tem dado esse conhecimento, somente, àqueles que se fizerem Seus
amigos! "Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que
faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu
Pai vos tenho dado a conhecer." João 15: 15.
Contudo, nem por isso, essa
pessoa agraciada, deve menosprezar os demais servos de Deus, que ainda não
alcançaram o patamar de amigos!
Alegrem-se, pois, Deus, o
Senhor Eterno, não quer que nenhum pecador venha a perecer, Ele está com os
Seus braços estendidos, desejando devolver a vida, e esta em abundância, para
todos que se fizerem Seus amigos!
Com a certeza de que a
Divindade foi revelada na humanidade, e que a glória invisível se torna patente
na visível forma humana, aprendamos o desconhecido pelo conhecido.
Deixemos, então, que as coisas
celestiais sejam reveladas pelas terrenas e, analisemos mais uma parte do verso
um do capítulo primeiro da Revelação.
PROFETA FALAVA COM O ANJO GABRIEL COMO SE FORA COM DEUS
Note bem, caro leitor, na parte seguinte do
primeiro versículo do Apocalipse, consta esta informação: "E
pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo." É
de bom alvitre se perceber que não foi por um simples anjo, mas, ‘pelo
Seu anjo’, um anjo especial, que é sempre comissionado pelo Senhor
para revelar coisas importantes. Este anjo é Gabriel.
Ele assistiu a Daniel. “Gabriel dá
a entender a este a visão”. Daniel 8: 16.
Ele comunicou a Zacarias o nascimento de João
Batista. “Eu sou Gabriel que assisto diante de Deus”. Lucas
1: 19.
Ele prediz o nascimento de Jesus. “Ora,
no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia,
chamada Nazaré... Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o
nome de Jesus”. Lucas 1: 26 – 31.
E agora, ele assiste a João. Na verdade,
quando o profeta no passado, diz que viu Deus, ou ouviu a Sua voz; com certeza,
ele via e ouvia a voz do anjo Gabriel, que assiste diante de Deus.
Esta informação está respaldada biblicamente,
pois no livro de I João 4: 12 relata que: “Ninguém jamais viu
Deus”, obviamente, após a entrada do pecado.
O livro de João no capítulo cinco verso trinta
e sete confirma que nenhum pecador “jamais tem ouvido a Sua voz, nem
visto a Sua forma”.
É fácil perceber que a raça caída, com o
advento do pecado, não suporta ver a Glória de Deus e, nem sequer ouvir o
timbre da voz do Todo Poderoso. Isto, pelo simples fato da degenerescência da
estrutura humana, provocada pelo pecado.
Sendo assim, Deus utiliza o anjo Gabriel para
dar autenticidade aos Seus pronunciamentos, para que a humanidade possa
perceber a presença da Divindade em forma física, bem como, audível.
Portanto, quando o profeta Moisés no passado
diz que viu Deus, e ouviu a Sua voz, na verdade, ele via e ouvia o anjo
Gabriel, mas, como uma verdadeira autenticidade do Todo Poderoso.
Comprovemos, portanto, na Bíblia, tal
conceito.
Certa feita, Moisés, ao final de quarenta
anos, em meio ao escaldante deserto do Monte Sinai, na terra de Madiã, ele
percebe uma sarça, que ardia em fogo sem, contudo, se consumir, ao
aproximar-se, Deus fala com Moisés, através da sarça ardente, conforme
entendimento do próprio profeta.
Naquele incidente, pode-se perceber Deus,
falando com Moisés, ou seja, Moisés escutando a voz de Deus. Se assim fora,
seria um grande contrassenso, pois, a mesma Inspiração, atesta que ninguém
jamais viu Deus ou ouviu a Sua voz.
Confirmemos,
então, o entendimento divino. O livro de Atos, no capítulo sete, no verso
trinta, faz uma impressionante declaração que versa: “E, completados
quarenta anos, apareceu-lhe o anjo do Senhor, (Gabriel) no
deserto do Monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça”. (Grifo
nosso).
É interessante notar que, dificilmente, se
percebe que as Escrituras sempre diz que foi o anjo do Senhor, quem estava em
meio à sarça, representando Deus, ou seja, com as prerrogativas da Divindade.
Confirme o enunciado em Êxodo 3: 2 que
descreve assim: “E apareceu-lhe o anjo do Senhor (Gabriel) em
uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo,
e a sarça não se consumia”. (Grifo nosso).
Gabriel, o anjo do Senhor, se torna
perceptível a Moisés, e se apresenta com todas as prerrogativas da Divindade,
como se fora o próprio Deus. Só assim, através do anjo do Senhor, que é
Gabriel, Moisés pode ver e ouvir Deus.
Confirme em Êxodo 3: 3 - 6 descrevem assim: “E
Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a
sarça se não queima. E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou
Deus a ele do meio da sarça, (no caso, foi o anjo Gabriel quem
bradou) e disse: Moisés, Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. E disse:
Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés, porque o lugar em que
tu estás é terra santa. E disse mais: Eu Sou o Deus de teu pai, o Deus de
Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto,
porque temeu olhar para Deus”.
Esta conversação de Deus com Moisés, só foi
possível porque o anjo Gabriel, se emprestou à Divindade, como interlocutor.
Nesta conversação entre Deus e Moisés, por
intermédio do anjo Gabriel, este se apresenta como se fora o próprio Deus, veja
o enunciado de Êxodo 3: 14 menciona assim: "E disse Deus a Moisés:
EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel. EU SOU me
enviou a vós”.
Lembrando que, naquela oportunidade, os
filhos de Israel estavam representados por Moisés.
Uma vez de posse desse conhecimento e,
sem nutrir medo de errar nem, sequer, adulterar o sentido da Escritura, estas
duas últimas afirmações da Divindade, podem ser, facilmente, entendidas com
outra conotação.
Portanto, Gabriel recebeu a instrução
da Divindade para informar aos humanos que Deus, o Grande EU SOU, lhe enviou
para se emprestar como interlocutor entre a Divindade e os humanos. Neste caso,
a frase final ganharia essa identificação: Deus enviou Gabriel a vós.
O que é mais extraordinário nisso tudo é,
justamente, quando Deus entrega a Moisés as tábuas do Conserto.
Na verdade, o Altíssimo utiliza o anjo Gabriel
para se apresentar a Moisés como se fora o Próprio Deus, pelo menos é o que está
evidenciado no livro de Atos 7: 38. Observe: “Este é o que esteve
entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no Monte Sinai, e
com nossos pais, o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar”.
Confirmemos então, com o relato deste
episódio, em Êxodo 19: 3 que descreve assim: “E subiu Moisés a Deus (ao
anjo Gabriel, conforme Atos 7: 38) e o Senhor o chamou do monte, dizendo:
Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel”.
Com esta compreensão, entende-se que fica,
racionalmente, esclarecido que quando Deus se apresenta fisicamente e fala com
qualquer profeta, na verdade, Deus se faz apresentar, através do Seu anjo, que
assiste diante de Seu Trono, no caso, o anjo Gabriel.
SERVO E SERVOS - DUAS CATEGORIAS
Esta prerrogativa está fundamentada no livro
do Apocalipse, quando Cristo comissiona o anjo de Deus, Gabriel, à missão
de “notificar ao Seu servo” neste caso específico, ao vidente
de Patmos, o profeta João.
Fique atento, pois, o Apocalipse foi escrito
para “mostrar aos servos, as coisas que devem acontecer”. Aos
servos, que servem por obrigação, o Apocalipse foi, simplesmente, mostrado no
sentido de fazer ver ou aparentar.
Contudo, no caso de João, a Revelação foi
notificada. Notificado no sentido de esclarecido, ou por outra, o Juiz do
Universo, informou ao Vidente de Patmos, de forma íntima, dando conhecimento
das Suas mensagens, isto, porque João era um servo diferente dos demais, pois,
o mesmo, procurava travar com Jesus um relacionamento salvífico de amizade com
seu Criador.
Quando João travou conhecimento com Jesus, ele
se destacou dos demais, pela amizade de amor com Cristo, e isto lhe valeu o
cognome de ‘Discípulo amado’. Ora, nesta amizade de amor,
Jesus lhe segredou: “Já não vos chamo servos, porque o servo não
sabe o que faz o seu Senhor; mas tenho-vos chamado amigo, porque tudo quanto
ouvi de Meu Pai vos tenho dado a conhecer”. João 15: 15.
E agora, na ilha de Patmos, João, o discípulo
amado, é escolhido por Jesus, para conhecer e transmitir aos homens as
mensagens de Deus para esta época.
OS SETE DEGRAUS DA REVELAÇÃO
Assim, o Apocalipse apresenta os gloriosos
degraus da revelação Divina:
Deus – A eterna Fonte do Saber.
Jesus Cristo – Por quem, Deus, unicamente se
comunica com o pecador.
Espírito Santo – A terceira pessoa da
Divindade que impressiona e inspira a instrumentalidade humana, no caso o
profeta, através de sonhos e visões, conforme II Pedro 1: 21. “Porque
a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos
de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”.
Gabriel - Incumbido por Jesus a transmitir
a revelação a João, emprestando sua voz e imagem, para que o pecador possa
ouvir as pronunciações e perceber a presença da Divindade. Conforme o próprio Filho
de Deus revelou e João, o Discípulo Amado, registrou em seu livro. “E o
Pai, que Me enviou, Ele mesmo testificou de Mim. Vós nunca ouvistes a Sua voz,
nem viu o Seu parecer”. João 5: 37. Já na primeira epístola de João no
capítulo quatro e verso doze, primeira parte, descreve assim: “Ninguém
jamais viu Deus”.
João - Encarregado de escrever
num livro a vontade do Todo Poderoso, para transmitir
à igreja de Jesus a revelação apocalíptica.
Percebem-se, desta maneira, que sete são os
degraus da Comunicação que emanam do Trono Universal.
O primeiro degrau é o próprio Deus, o
Todo Poderoso.
Esta comunicação é revelada para Jesus
que é o segundo degrau.
O Filho do Homem confia esta mensagem à
Terceira Pessoa da Divindade, no caso o Espírito Santo sendo, assim, o
terceiro degrau.
O Consolador comissiona o
anjo Gabriel que se torna em figuração de Deus com Sua mensagem,
sendo este anjo o quarto degrau.
Gabriel envia esta mensagem a um interceptador
humano, no caso um profeta que, evidentemente, passa a ser o quinto
degrau.
Este, por sua vez, escreve num livro, no caso,
a Bíblia, que é o sexto degrau.
E, finalmente, atinge o sétimo degrau que é
a Igreja, ou seja, todo pecador.
A mensagem do Apocalipse é um lenitivo,
conforto e bússola, não só para os genuínos cristãos, mas, principalmente, para
todas as pessoas que estejam vivas nos últimos momentos da civilização humana.
Assim, o Apocalipse
se apresenta de forma global para que todos possam tirar proveito de sua
gloriosa mensagem!