DEUS TEM AVERSÃO E ENOJA-SE DO SÁBADO, QUE FOI POR ELE PRÓPRIO ESTABELECIDO?
SÉTIMA RAZÃO – Pr. Amilto Justus
DEUS ABORRECE O SÁBADO,
PORQUE ENVOLVE UM PRECEITO CERIMONIAL CARENTE DA VERDADEIRA FÉ
O profeta Isaías, guiado
pelo espírito de Deus, oferece-nos a seguinte informação no capítulo 1: 13 e
14.
“Não continueis a trazer
ofertas vãs; o incenso é para Mim abominação, e também as luas novas, e os
sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade
associada ao ajuntamento solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades,
a Minha alma as aborrece; já Me são pesadas; estou cansado de as sofrer”.
Se a guarda do Sábado
fosse, como alguns dizem, um mandamento moral,
isto é, algo que não pode ser violado, como poderia Deus dizer que o aborrecia?
Como poderia Deus, que é santo, perfeito, imutável, em quem não há sombra de
variação, aborrecer e ficar saturado da observância de uma Lei que Ele mesmo
estabeleceu como caráter moral e
imutável? Só quem não raciocina com boa lógica poderá admitir tal absurdo.
Portanto, o Sábado foi
instituído por Deus para ser guardado pelos judeus como um cerimonial, no qual
a sinceridade e a pureza do coração tinham de estar presentes quando o mesmo
fosse observado.
É por isso que em várias
ocasiões o Sábado era violado, e os transgressores ficavam sem culpa.
Marcos 2: 23 – 28 “Ora,
aconteceu atravessar Jesus, em dia de Sábado, as searas, e os discípulos ao
passar colhiam espigas. Advertiram-no os fariseus: Vê! Por que fazem o que não
é lícito aos Sábados?
Mas Ele lhes respondeu:
Nunca lestes o que fez Davi, quando se viu em necessidade, e teve fome, ele e
os seus companheiros?
Como entrou na casa de
Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, os
quais não é lícito comer, senão só aos sacerdotes, e deu também aos que estavam
com ele?
E acrescentou: O Sábado
foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado; de
sorte que o Filho do Homem é Senhor também do Sábado”.
Mateus 12: 5, 11 e 12. “Ou
não lestes na lei que, aos Sábados, os sacerdotes no templo violam o Sábado e
ficam sem culpa?... Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que,
tendo uma ovelha, e num Sábado esta cair numa cova, não fará todo o esforço,
tirando-a dali? Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito fazer
bem, aos Sábados”.
João 7: 22 e 23. “Pelo
motivo de que Moisés vos deu a circuncisão, se bem que ela não vem dele mas dos
patriarcas, no Sábado circuncidais um homem. E se o homem pode ser circuncidado
em dia de Sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, por que vos
indignais contra Mim, pelo fato de Eu ter curado, num Sábado, ao todo, um
homem?”
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PONTO DE VISTA – Educador Glauco César
O Arquiteto do Cosmo,
após do nada, criar todas as coisas em seis dias, repousou no sétimo,
estabelecendo o Sábado para ser reverenciado por toda criatura como memorial da
Criação.
No Quarto Mandamento da
Sua imutável Lei, requer a observância do Sábado do sétimo dia, como um
auspicioso dia de descanso, adoração e ministério. Descrevendo Jesus Cristo, em
harmonia com o ensino e a prática que reflete o Filho de Deus como sendo Senhor
do Sábado.
Desta forma, ao
estabelecer o Sábado, Deus propicia ao homem um dia de deleitosa comunhão com
Deus e com os semelhantes, para restaurar, principalmente, os laços familiares.
Sendo assim, conhecido como o dia do Senhor e da família.
O Sábado é, portanto, um
distintivo do Deus Criador, bem como um símbolo da nossa redenção em Cristo, um
sinal de que estamos em processo de santificação, uma prova de nossa lealdade e
um antegozo de nosso futuro eterno, no reino de Deus.
Sendo assim, o Sábado
aparece nos anais da história como um marco da eterna aliança de Deus, com
todos aqueles que queiram tornar-se amigos inseparáveis do Mestre dos mestres.
É sobremodo deleitosa a
observância deste tempo sagrado de um crepúsculo ao outro, de um a outro
arrebol. É uma celebração que antedata ao pecado do homem e relembra os atos
Criadores bem como redentores dAquele que é o caminho a verdade e a vida.
Como se vê, o Sábado foi
instituído na semana da Criação, para todas as pessoas, como memorial da obra
criativa de Deus.
Após o advento do
pecado, o Sábado, passou a ser conhecido também, como a certeza da obra
redentiva, do Deus Criador. E como tal pertence à Lei de Deus.
Todavia, ao homem pecar,
outro sistema foi estabelecido em virtude da transgressão da Lei de Deus. Este
é o sistema Sacrifical, com seus ritos e cerimonias, que apontavam para Cristo.
Foi, justamente, este
sistema ou Lei Cerimonial, que foi desfeita, riscada, apagada e pregada na
cruz, por Jesus. Confirme nas palavras do Apóstolo Paulo: “Tendo cancelado o escrito de
dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era
prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”. Colossenses
2: 14.
Desta maneira, Deus, aboliu
a lei dos mandamentos em forma de ordenanças. É o que esclarece Paulo, na sua
epístola aos Efésios no capítulo 2: 15 e 16. “Aboliu na sua carne a lei dos
mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um
novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por
intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade”.
A lei dos mandamentos em
forma de ordenanças, mais conhecida como lei cerimonial, era destituída, em si
mesma, de poder para aperfeiçoar, ou apagar pecados, por ser uma cédula carnal,
diferindo por completo da Lei Moral, ou Lei de Deus, que além de aperfeiçoar,
santifica, pois é espiritual.
Assim, por não poder
aperfeiçoar os que se achegam à cédula de ordenança, fique-se convicto de que a
lei do sistema Sacrifical foi cravada na cruz. “Porque tendo a lei à sombra dos
bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios
que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se
chegam”. Hebreus 10: 1.
A prova maior, de que o
sistema típico fora abolido por Cristo, ocorreu por ocasião da crucifixão,
quando o véu do templo se rasgou de cima para baixo.
Este episódio
encontra-se relatado no livro de Mateus. “E eis que o véu do templo se rasgou em
dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras” Mateus
27: 51. Desta forma, Paulo afirma ao
escrever ao povo hebraico. “Então disse: Eis que venho, para fazer, ó
Deus, a Tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo”. Hebreus
10: 9.
A morte de Cristo cancelou o cerimonialismo
expresso no serviço típico dos sacrifícios e ofertas. O termo primeiro refere-se,
aqui, aos sacrifícios e ofertas. Cristo
tira-os, isto é, mostra que eles nada significam para a remoção do pecado. Jesus
declara a ineficácia dos ritos cerimoniais e, demonstra Seu propósito de
aboli-los. “Para estabelecer o segundo” a saber, a execução da vontade de
Deus. Desta forma, Cristo mesmo, torna possível a resposta à oração que ensinara
aos discípulos: “Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu”.
Em vez de abolir o Decálogo
, Cristo tomou essa providência para que todo que nEle crê possa tornar-se
observador da Lei Moral de Deus.
É sabido que, assim como
há o Sábado da Lei Moral, que consta no quarto Mandamento do Decálogo, que é o
sétimo dia da semana, sendo o memorial da obra criativa de Cristo, há também os
sábados cerimoniais.
Fica fácil fazer a
distinção entre o Sábado da Lei de Deus e o sábado cerimonial. Deus identifica o Sábado de Sua Lei de
Meus Sábados, e aos sábados da lei
cerimonial de vossos sábados. Aprenda
a fazer a distinção entre os dois sábados.
Sabe-se que todos os
preceitos cerimoniais foram introduzidos após a queda do homem, sendo sombras
que apontam para a redenção, ou a restauração do homem em sua glória original. Desta
forma, aponta para um evento no futuro. Já o Sábado Moral, remete a um
acontecimento no passado, pois, é memorial da Criação.
Os sábados cerimoniais
eram dias comemorativos, que aconteciam todos os anos nas festas judaicas e que
de, modo algum, podiam ser confundidos com o Sábado do sétimo dia. Estes não
têm o menor resquício cerimonial; é moral em sua integridade.
O Sábado que consta da
Lei Moral de Deus antedata o pecado e fora dado antes da queda; portanto, antes
que o homem necessitasse de redenção.
Se não tivesse ocorrido
a tragédia da queda, o Sábado continuaria a ser observado pelo homem no Éden, tendo
o privilégio da companhia de Deus.
A prova desta afirmativa
é que na restauração de todas as coisas, quando, enfim, Cristo remover a maldição
imposta pelo pecado, ao Planeta e, tudo voltar à pureza edênica e o homem à
glória original, o Sábado continuará a ser, eternamente, observado. Segundo a
informação deixada pelo profeta Isaías. “Porque, como os novos Céus e a Nova Terra,
que hei de fazer, estarão diante de Mim, diz o Senhor, assim há de estar a
vossa posteridade e o vosso nome. E será que de uma lua nova à outra, e de um
Sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante Mim, diz o Senhor”. Isaías
66: 22 e 23.
Portanto, o Sábado é a
única instituição que associa os três fundamentos da fé cristã: Criação, Queda e Redenção!
O Dia do Senhor, como
todos os preceitos morais, aplica-se igualmente a todas as nações, terras e
tempos, pois, todas as Leis morais são de aplicação universal, não se
restringem a um povo e não sofrem mudança por nenhuma circunstância. Por isso,
é moral!
Deveres morais são os
que emanam dos atributos de Deus. O poder Criador é um atributo Divino, um
atributo distinto e exclusivo do Deus que vive eternamente. O Sábado emana
diretamente deste atributo na Criação do mundo. É, pois, um preceito,
nitidamente, moral.
Pode-se acrescentar que
o dever do homem amar e ser obediente a Deus, repousa, principalmente, no fato
de que o Senhor criou todas as coisas, e o Dia do Senhor, o Sábado, memoriza
este fato. Outro dia não poderia fazê-lo, pois, não teria esta característica,
este sentido e esta finalidade.
O Quarto Mandamento, que
identifica o Sábado como dia do Senhor, é um dever do homem para com Deus, da mesma
forma que os demais preceitos que constam da primeira tábua do Decálogo. Porém
a moralidade do Sábado reside precipuamente na relação do Mandamento com o ato
Criativo de Deus e isto não pode ser preenchido por qualquer outro dia. A
bênção colocada no dia do Sábado, jamais, foi dele removida, por ser um
Mandamento Moral.
Cristo mesmo diferenciou
o Sábado de qualquer preceito cerimonial, ao declarar: “Se o homem recebe a circuncisão
(que é um rito cerimonial) no Sábado (que é um Mandamento Moral) para
que a lei de Moisés (rito cerimonial) não seja quebrantada. Indignai-vos contra Mim porque no Sábado
(Mandamento Moral) curei de todo um homem?" João 7: 23 (adendo nosso).
Não tivesse o Sábado o
seu caráter, exclusivamente, moral, inconfundível, Cristo não teria o cuidado
de dissociá-lo de práticas cerimoniais como a circuncisão, no caso em foco.