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quarta-feira, 22 de maio de 2019

IDE - Quem é a Grande Meretriz?


CAPÍTULO XVII

QUEM É A GRANDE MERETRIZ?


Educador Glauco César
NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
Uma vez que, uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento.


No afã entusiástico de definir as profecias apocalípticas e, ao mesmo tempo, inocentar determinada instituição evangélica, os decodificadores proféticos, de forma despercebida ou, mesmo maldosamente, terminam por fazer sérias acusações, penalizando como demoníaco todo o bojo doutrinário das denominações outras, que não a sua, colocando em risco fatal, o fiel seguidor dos demais segmentos cristãos!

Numa visão mais espiritualista, tendo por base o objetivo divino, que é fornecer recursos espirituais para que todo pecador, ao apoderar-se das instruções divinas, possa ter a certeza que, se seguir os conselhos do Espírito Santo, independente de que segmento esteja afiliado, se, todavia, estiver seguro nas mãos de Cristo, sendo um luzeiro para a humanidade, certamente, haverá de obter a recompensa final, que é a Vida Eterna!
Por isso, como a Verdade é sempre presente, ao final desse comentário sobre o capítulo dezessete do Apocalipse, o leitor terá em mãos a diretriz a seguir, pois, não necessitará do apoio de nenhuma instituição, a não ser, da imperiosa necessidade de se atrelar ao amor salvífico e vivificante do Remidor, que é Jesus Cristo!
Todavia, essa postura, não invalida a necessidade do cristão ter que frequentar uma denominação, pois, sendo um ser social, não é bom permanecer isolado!
Uma vez que tomamos conhecimento dessa impressão inicial, podem-se conhecer os versos que, cautelosamente, serão analisados sob a direção do Espírito Santo de Deus! "Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas, com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embeberam os que habitam na terra.
Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres.
Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição.
Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.
Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me com grande espanto.
O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e a besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher; a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.
Aqui está o sentido, que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais, cinco já caíram, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco." Apocalipse 17: 1 - 10. 

O JULGAMENTO DE QUEM SE DEIXOU CORROMPER POR SUBORNO DE FAVORES



Após João, tomar ciência dos sete últimos flagelos, ele vê, provavelmente, o sexto anjo, aquele que emborcou sua taça sobre o Eufrates, se aproximar e falar com ele, comunicando-lhe  as consequências sobre a humanidade, ou seja, sobre as pessoas que se deixaram corromper por suborno de favores terrenos!
Nesse vislumbre, o Deus amoroso se reporta aos perdidos, mencionado no relato como uma mulher, a grande meretriz, como se estivesse expondo, publicamente, sua devassidão, desonrando, dessa maneira, a justiça Divina.
Existe a possibilidade de que o anjo que fala com João seja o próprio Gabriel, dada à relação íntima entre o ser angelical e o vidente!
Entretanto, em vista do procedimento das Instituições Eclesiásticas e de seus seguidores, o anjo comprova, por meio de raciocínio concludente, os passos afáveis de Deus que demonstram o Seu amor sem par e, consequentemente, infinito!
Este atributo de Deus, está sempre presente em Suas admoestações, por isso mesmo, faz dEle o único ser, totalmente, justo!
Gabriel, então se propõe a mostrar a João o julgamento da grande meretriz.
Todavia, João foi levado a apreciar, tão somente, a investigação da sentença, o que equivale dizer, que ele tomou conhecimento do esboço da crise final, quando o Inimigo, arregimentará todos os poderios da terra, para agir num derradeiro e extremo esforço com o intuito de dizimar o povo de Deus, que naquela oportunidade se resumia aos Cento e Quarenta e Quatro Mil.
João, em visão, foi testemunha ocular daqueles fatos, e ficou apreensivo, ao ver Satanás, juntamente com seus agentes humanos, afrontar os santos, com o plano de dizimá-los, chegando quase ao sucesso. Naquele momento João ficou estarrecido e espantado!
Porém, no momento fatal, Deus intervém e livra o Seu povo, ante aquela visão, João pode, finalmente, descansar no Senhor! "Mas, naquele tempo, será salvo o Teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro." Daniel 12: 1 up.
Para nossa melhor compreensão precisa-se entender a aplicação de algumas palavras utilizadas pelo Revelador.
A mulher, figuração da igreja, tanto institucional quanto individual, se prostituiu, ou seja, se vendeu. Isto quer dizer que os perdidos, em sua totalidade, racionalmente, se deixaram subornar, trocando a possibilidade da Vida Eterna, por favores fúteis e passageiros, daqui da terra!
Na verdade, as Instituições, sejam elas, espiritualistas, católicas ou protestantes, estavam robustecidas pela determinação popular, o que equivale dizer que estavam enaltecidas pela população, como que assentadas sobre muitas águas.
Uma interrogação vem à mente do articulista, quem seriam os reis que se prostituíram com a meretriz?
Levando-se em consideração que o objetivo do Evangelho é salvar a Igreja de Deus, neste caso, toda pessoa que responder afirmativamente aos reclamos de arrependimento, proveniente da Divindade, então, pode-se concluir que esses reis são as Instituições com seus líderes e, em última instância, as pessoas em geral, isto é, todas que se arvoram detentoras das Boas Novas.
Portanto, se faz necessário observar que o Relato afirma, categoricamente, que os reis da terra, todos eles, sem excluir nenhum, cometeram fornicação com aquela meretriz!
Por conseguinte, todas as Instituições Eclesiásticas fizeram aliança  ilícita com outro mestre que, evidentemente, não é o Senhor dos Senhores, no caso, Jesus Cristo. Foi um pacto religioso fatalista, onde oferecia benesses passageiras, com um evangelho milagroso, da facilidade e da prosperidade!
Os reis da terra, as Instituições Eclesiásticas, em troca da riqueza material, fizeram uma transferência mútua e simultânea das coisas entre os respectivos donos, se desvencilhando da Vida Eterna e, se enlambuzando nos prazeres da mulher da vida fácil!
Essa mulher, institucionalmente, com a sua aparência atrativa, embriagou sua liderança, juntamente aos seus seguidores com a promessa de arregimentar e unir o mundo sob a sua chefia, oferecendo domínio e poder sobre as pessoas, que ao vislumbrar o sucesso imediato aqui na terra, abdicaram, automaticamente, da Vida Eterna!
Por conseguinte o anjo Gabriel, desconecta João das coisas terrenas, sensibilizando-o de forma profunda no âmbito espiritual. Em sua mente, João foi trasladado até um deserto, um lugar solitário onde havia carência da Água da Vida, Cristo Jesus!
Portanto, seria um lugar tenebroso ao fiel seguidor de Cristo, onde haveria muita dificuldade e perigo, apenas no âmbito físico, pois, o espiritual não seria abalado, uma vez que a porta da graça já houvera sido fechada.
No entanto o vidente vê uma mulher montada numa besta escarlate. Esta cena impressiona sobremaneira. O estar montando a besta, significa que há uma continuidade de ação, onde existe uma unidade interativa entre a besta e a mulher.
Esta cena representa que a besta e a mulher quer controlar o homem, individualmente, através das religiões com o intuito, se possível, de unir-se ao governo satânico.
Não há dúvida, a cor vermelha, tanto do escarlate da besta, quanto do carmesim da vestimenta da mulher, é figuração do Dragão e, consequentemente, do pecado. "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã." Isaías 1: 18.
Esta besta de Apocalipse 17 não é, exatamente, a besta que emergiu do mar e, nem sequer a que emerge da terra, conforme relatado no capítulo 13, que surgiu, especificamente, no período inquisitivo e, na reforma protestante.
Todavia, esta outra besta, surge, exatamente após o fechamento da porta da graça, com o objetivo de, se possível, enganar os próprios eleitos, no caso, os Cento e Quarenta e Quatro Mil.
Por isso mesmo, diferente da besta do mar, os nomes de blasfêmias não estavam restritos à cabeça da besta, indicando a possibilidade de concordar ou discordar da mesma, mas, neste caso, em todo seu corpo, apontando o caráter da besta, como sendo a autentica figuração de Satanás, operando por intermédio de seus agentes religiosos, no caso,  as Instituições Eclesiásticas, tanto as espiritualistas, como as católicas e protestantes!
Esta é a penúltima e desesperada ação do Inimigo que está inteiramente devotado ao objetivo de destronar a Divindade do Trono Eterno, tentando usurpar as prerrogativas da Divindade!
Besta esta que tinha sete cabeças e dez chifres. Neste caso, o número sete significa que ela estava integral e, universalmente dominando as Instituições Eclesiásticas, todas elas.
Por outro lado, os dez chifres, numa interpretação espiritualista, é um número perfeito que demonstra um acerto entre os poderes religiosos vigentes sob a tutela do Falsário com o intuito de subjugar os remanescentes de Cristo!
A mulher que estava assentada sobre a besta, ela prostituiu a organização religiosa, através de sua sedução, se apresentando adornada de rica e vulgar vestimenta, diferente da noiva do Cordeiro, que João viu vestida de linho branco, puro e finíssimo que representa os atos de justiça dos santificados! "Porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos." Apocalipse 19: 7 up e 8.
É interessante notar que o cálice que continha as abominações e imundícias da prostituição, era de ouro, com o objetivo de atrair as pessoas ao objeto aurífero e, afastá-las do objetivo que é a Vida Eterna em Cristo Jesus nosso Senhor!
O alvo ou fim que aquela mulher adúltera transmitia através do seu pensamento, ou fronte, refletia seu caráter diabólico; era, na verdade, um mistério a ser decifrado.
Tal enigma apontava para as religiões unidas nos derradeiros instantes da história da humanidade, no grande esforço final de Satanás, tentando assegurar a fidelidade dos humanos mediante as religiões, a seu serviço, na tentativa de demonstrar a sua grandeza e seu poderio!
Esse conluio religioso em prol de Satanás estava embriagado ou contaminado com o sangue dos santos, tanto do próprio Jesus, quanto dos demais mártires que haverão de sucumbir antes do fechamento da Porta da Graça!
Não é de estranhar que o Vidente tenha se admirado com espanto, pois, não passava em sua cabeça que as Instituições que, supostamente, tinham por objetivo conduzir as pessoas aos pés de Jesus, outra vez, assim como fez com o próprio Cristo, colocando-O no cadafalso de cruz, estivessem, naquele momento, tentando assassinar todos os seguidores do Cordeiro de Deus, que, naquele instante, era a noiva visível de Cristo, os Cento e Quarenta e Quatro Mil!
A partir de então, o anjo Gabriel  passa a decifrar o enigma da mulher e da besta que conduz a mesma.
Para tanto, ele  acrescenta algumas características dessa nova visão da besta.
O termo; era e não é, demonstra claramente que esse conluio do mal tem, na verdade, o mesmo poder de suas antecessoras e provém do mesmo caule, ou seja, procede da mesma raiz de Satanás, no entanto, não é, necessariamente, um poder opositor, pois, está respaldada pela maior parte da humanidade, os ímpios, uma vez que, ela, no caso a besta, está fortalecida pelas muitas águas!
Esta bestialidade está guarnecida pelo poder satânico que emerge da própria terra, que é o abismo para onde ela foi lançada, quando de sua expulsão do céu, no entanto, caminha, inevitavelmente, para a destruição!
Fica claro no enunciado bíblico que, apenas os ímpios, aquelas pessoas condenadas para a perdição eterna, hão de admirar-se ao ver a besta que era e não é, aparecer, munida da esperança de destruir os escolhidos de Deus, deixando uma falsa expectativa de vitória para os ímpios!
Esses mesmos ímpios darão seu total e irrestrito apoio à besta, no prosseguimento do seu blasfemo plano!
A descrição obscura e ambígua a ser decifrada é sobre as sete cabeças que, como vimos, é o poder religioso, unido numa combinação entre as instituições eclesiásticas que conspiram para destruir, naquele instante, o povo remanescente de Deus!
Essas cabeças ou montes, são, também, as mesmas instituições eclesiásticas que apresentam sua abundância de riqueza e elevação de poder! 
São, porém, os reis ou, as próprias instituições eclesiásticas, juntamente a seus dirigentes e seguidores que, historicamente, desejam dominar a terra sob a tutela do Inimigo!
Os cinco reis que caíram, representam, inequivocamente, que a maioria desse poderio religioso, já passou pelo palco da história universal!
Todavia, um deles existe, pois é a cabeça pensante desse poderio que é o próprio Dragão ou a antiga serpente, conhecida com o cognome de Diabo ou Satanás!
O outro rei que ainda não chegou, é uma alusão própria ao poder que aparecerá, justamente, no tempo de Angústia de Jacó, quando a porta da graça já estiver fechada, no entanto, tal poder, quando chegar, vai durar pouco tempo, voltando a exercer sua função, somente após o milênio!
Isto acontecerá pelo fato de que Cristo virá resgatar, não somente, os Cento e Quarenta e Quatro Mil, como também a grande multidão de salvos que ressuscitarão e, juntamente com os da classe especial, terão um encontro com o Senhor nos ares e reinarão, durante mil anos nos Céus! "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo,  ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus,  os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor." I Tessalonicenses 4: 16 e 17.
Que essa seja a minha e a tua expectativa, amigo leitor, que Deus continue a nos abençoar!