CAPÍTULO XIII
A BESTA QUE EMERGE DO MAR!
Educador Glauco César
NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog,
seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o
e-mail janelaprofetica@hotmail.com
Uma vez que, uma determinada opinião é postada, e outra sobre o
mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de
entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos
mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento.
Na conclusão do capítulo doze do livro da
Revelação, percebeu-se claramente que o Dragão, a antiga serpente, estava em
flagrante contenda contra os remanescentes da mulher, que são,
inequivocamente, emblema dos fiéis seguidores de Cristo.
Por isso mesmo, tais prosélitos do Cordeiro de
Deus, procuravam atender todos os Mandamentos da Lei do Onipotente,
testemunhando, daquela forma, que estavam aptos para herdar a Vida Eterna!
Todavia, no capítulo treze, nessa nova visagem
recebida por João, que naquele instante estava com os pés molhados pelas águas
do Mar Egeu, que se espraiava no litoral da ilha rochosa de Patmos!
Nessa nova revelação, não se observa uma
continuidade da narrativa anterior, nem uma sequência cronológica, muito pelo
contrário, naquela nova exposição escrita dos fatos, o objetivo Divino, era
ampliar detalhes importantes da ação do Dragão, principalmente no Período
Inquisitivo, como também, no período subsequente.
Enquanto João observava saudosamente a linha do
horizonte que o separava do ambicionado continente, ele foi,
imediatamente, arrebatado de sua visão puramente humana e, concebe informações
provenientes dos céus, que descrevia numa clareza inconfundível, com detalhes
minuciosos da ação do Dragão no Período Medieval, fazendo uso de uma
emblemática besta que saia do mar.
Tal figura que emergia da massa de águas salgadas,
de tão fantasiosa, mais parecia capricho da imaginação, onde o profeta em meio
aquela esquisitice, vê uma besta fera, semelhante ao devaneio de uma mente
desequilibrada, no entanto, a besta se assemelhava a um leopardo, com pés de
urso, e boca de leão, todavia, possuía sete cabeças e dez chifres, sobre estes,
dez diademas e, sobre as cabeças nome de blasfêmia.
É certo, que tal figuração, naquele instante
inicial, deixou o homem de Deus, perplexo, procurando entender tal alegoria!
De posse de tão extasiante enunciado
metafórico ou tropológico, pode-se conhecer os versos que imitam os anos
existenciais que representaram o Período Medieval! "Então,
pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete
cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas
cabeças um nome de blasfêmia.
E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os
seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão, e o Dragão deu-lhe o seu
poder, e o seu trono, e grande poderio.
E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a
sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.
E adoraram o Dragão que deu à besta o seu poder; e
adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar
contra ela?
E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes
coisas e blasfêmias; e deu-se lhe poder para continuar a agir por quarenta e
dois meses.
E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para
blasfemar do Seu nome, e do Seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.
E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e
vencê-los; e deu-se lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra,
esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto
desde a fundação do mundo.
Se alguém tem ouvidos, ouça.
Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se
alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a
paciência e a fé dos santos." Apocalipse
13: 1 - 10.
De início, o que mais prendeu a atenção e a
curiosidade do Profeta, foi que a Besta, saia do mar. Neste relato profético, o
que representaria essa capacidade de mover-se e de agir?
Para João, o mar era o grande obstáculo que o
impedia da liberdade. No entanto, Isaías tinha outro entendimento,
esse primeiro dos quatro profetas maiores, filho de Amós, tio de Amasias, rei
de Judá, associou mar e água a povos e nações. "Ai do bramido
dos grandes povos que bramam como bramam os mares, e do rugido das nações que rugem
como rugem as impetuosas águas." Isaías 17: 12.
Associando os dois entendimentos, o de João e o de
Isaías, dá para identificar claramente quem é esse poder bestial que houvera
sido manuseado pelo Dragão, e tinha, consequentemente, um objetivo bem definido!
Não é necessário ter uma mente avantajada para se
concluir que o alvo ou finalidade que o Dragão pretendia alcançar, era cercear
no ser humano, a liberdade de escolha!
Esse movimento de retaliação envolveu grandes povos
e muitas nações, durante a Idade Média, período conhecido como Santo
Ofício, onde um tribunal eclesiástico investigava e punia qualquer pessoa que
cometesse crimes contra o entendimento comum, mais precisamente, contra a fé
católica.
Não é de estranhar a presença de outras nações,
povos e reinos, além de Roma pagã e, posteriormente cristã, associada a vários
movimentos eclesiásticos, que se envolveu num conluio onde existiu uma
combinação maliciosa ajustada entre o Dragão que, juntamente a diversas nações
e povos, sob a direção, aqui na terra, durante algum tempo, do catolicismo, com
o objetivo de perseguir, somente os cristãos que permanecessem
irredutíveis em cumprir a Palavra de Deus.
A descrição desta criatura bestial é, na verdade,
uma aglutinação da visão tida por Daniel, em que o Profeta vê quatro animais
emergindo do mar.
Na verdade, João vê a mesma cena, no entanto,
figurada em um único animal, todavia, com as características daqueles quatro,
visto por Daniel no passado longínquo!
Portanto, esta visão, é um reforço detalhado dos
acontecimentos ocorridos, sobretudo, no Período Medieval.
Essa união dos quatro animais, dentre eles, um que
é indescritível, no entanto, João percebe as características dos quatro, num
só.
Este fato fornece o entendimento, que cada animal
representa uma nação, reino, povo ou poder eclesiástico, na verdade, todos
eles, estão subjugados ao grande Dragão, hoje, conhecido como Satanás!
Assim sendo, o grande vilão não é tão somente uma
instituição eclesiástica junta a tantas outras denominações, nem qualquer povo
ou nação, mas, na verdade, é a criatura abjeta, desprezível e sórdida, que é o
Dragão, a antiga serpente, o Diabo, conhecido como Satanás!
Não resta a menor dúvida que o relato desta visão,
está dando ênfase, principalmente, ao Império Romano, não no seu estado pagão,
mas, representa a Roma eclesiástica numa roupagem cristã, onde não é possível
definir se é um cristianismo paganizado ou, se é um paganismo cristianizado!
Os dez chifres com suas coroas ou diademas, revelam
que a Roma pagã já houvera desaparecido da história universal e, as dez nações
que emergiram após a queda do paganismo, já estavam exercendo autoridade
política, sob a direção espiritual do papado!
Esta é uma evidente ilustração de Roma com seus
dentes de ferro que ostentava dez chifres, representando os dez reis ou reinos
que surgiram desse império, que são os hunos, ostrogodos, visigodos, francos, (que hoje são identificados como a nação francesa), vândalos, suevos, burgundos, hérulos, anglo-saxões
e lombardos.
No entanto, o que nos deixa mais perplexo é que
esse poder tem sete cabeças, numa demonstração que ele não está solitário,
existe, humanamente, uma harmonia de pensamento com herança do paganismo, com
características advindas da Caldeia, cuja capital era a cidade doirada,
conhecida por Babilônia, além do Medo-Pérsia e Grécia que se aglutinaram na
Roma pagã e eclesiástica formando uma confederação controlada pelo Dragão onde
se destaca o Sistema Papal, no entanto, outras denominações eclesiásticas
participam desse aglomerado religioso.
Como é triste perceber que o Evangelho está
contaminado e que as prédicas que saem dos altares religiosos, estão
pulverizando as mentes dos cristãos com blasfêmias, pois, são palavras que
ultrajam a Divindade, principalmente a verdadeira Religião, que é a pessoa de
Jesus Cristo, pois, Ele é o Caminho a Verdade e a Vida, é Ele
quem nos religa ao Pai Eterno, e não as Instituições religiosas.
Não resta a menor dúvida que esta besta que emergiu
do mar, é um animal híbrido e está em fervente mutação e, ainda continuará
existindo, pois, só cessará a sua obra quando todas as cenas terrestres se
cessarem com a vinda gloriosa de Cristo numa grandiosa procissão
celestial!
Toda pessoa que sinceramente esteja disposta a
readquirir a vida eterna, deve permanecer atenta à mensagem de toda e qualquer
denominação religiosa, pois, pode estar embutida nessa mensagem blasfêmias com
o intuito de macular o caráter de Deus, direcionando o foco para a
Instituição, quando, na verdade, deveria focalizar, tão somente, o Instituidor
Celestial que é Jesus Cristo.
Este é o tipo de blasfêmia que o Inimigo está
pulverizando na mente do pecador e, infelizmente, ele tem conseguido sucesso em
sua ação maléfica.
O mecanismo utilizado pelo Dragão, através da
Besta, que é o aglomerado de Instituições religiosas, tem alcançado rápido
sucesso, semelhante a um veloz leopardo, no entanto, utilizando forma tão
funesta como os pés de um urso tentando alcançar a presa humana, para poder num
derradeiro golpe abocanhar de forma mortal a quase indefesa vítima, que poderá
ser estraçalhada pelas garras da boca do impiedoso leão destruidor!
Dessa forma o Dragão, transmite seu poder maléfico,
seu falsificado trono e sua suposta autoridade às Instituições eclesiásticas
que de bom grado, recebem-na, pois, preferem o sucesso imediato, que a
recompensa eternal!
Essa besta, como se sabe, uma de suas cabeças,
provavelmente, a que tinha mais poderio e influência, foi golpeada de morte, no
entanto a mesma sobreviveu, pois, a ferida mortal fora curada.
Imagina-se que a besta conseguiu a sobrevida por
ter sido auxiliada e sustentada pelas demais cabeças, quando a principal estava
agonizante.
É de bom alvitre saber como aconteceu o incidente
que quase destruiu a Besta.
Esse episódio ocorreu em 1798 quando o General
francês Alexander Berthier, a mando de Napoleão Bonaparte, aprisiona o então
Papa Pio VI que, apesar de doente contava com 81 anos de idade.
Obviamente, a França, naquela oportunidade, estava
desgostosa da Santa Sé, pois, há algum tempo o bom relacionamento do Sistema
Papal com a França foi se destruindo pouco a pouco.
Em território francês o maltratado e desprezado
Papa, após ver seu poder temporal ser subtraído pela França e ter perdido sua
liberdade, Pio VI vem a falecer no dia 29 de agosto de 1799.
Imaginava-se, naquela época, que a sucessão
apostólica dos papas, chegara ao fim, no entanto, essa ferida mortal foi curada
e, hoje se comprova que o mundo está maravilhado ante a restauração da cabeça
que norteia os movimentos do Poder bestial!
Como resultado dessa miraculosa cura, surge uma
inversão de valores, por conta deste milagre, que não foi divino. Assim, a
humanidade passou a adorar o próprio Dragão e este, retribui a admiração
humana, transferindo todo seu suposto poder para a Besta.
Desta forma, a criatura humana por não ter como,
por si só, batalhar contra esse poder bestial, prefere associar-se a ele, para
assim, conseguir vitórias imediatas, que, infelizmente, o afasta e separa da
Redenção Eterna!
Na impossibilidade dos humanos vencerem este poder satânico,
eles se associaram à Besta e, como resultado o próprio Dragão franqueou ao Sistema
pretensioso, pedante e presunçoso a capacidade de afrontar Deus e
perseguir os seguidores de Cristo, durante 1260 anos literais que,
profeticamente, são os 42 meses alusivos ao Período Medieval.
E assim foi, durante todos aqueles anos, os
opressores abriram, literalmente, a boca para divulgar doutrinas contrárias à
vontade do Onipotente.
Os ensinamentos divulgados pela besta eram
blasfêmias contra Deus, pois, subtraíram a dignidade, o poder e a autoridade de
Cristo e, repassaram para os humanos despreparados, dando-lhes as funções e
prerrogativas que são próprias da Divindade, onde os sacerdotes bestiais
trocavam o perdão dos pecados por alguns punhados de moedas! "Por
que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Pois, só um pode perdoar pecados e,
este é Deus!” Marcos 2: 7.
Ainda hoje, todas as denominações que fazem parte
do Aglomerado da Besta, continuam aceitando a adoração humana. Assim, cada uma
delas se identifica como a única igreja verdadeira, sem a qual, nenhum humano
conseguirá chegar ao céu, pois, na verdade, elas receberam poder do Dragão para
ser intermediárias da graça divina, inclusive, até poder perdoar pecados!
Como se sabe, só quem tem esse poder é a própria
Divindade, portanto, qualquer Instituição ou pessoa que usar dessa
prerrogativa, estará blasfemando contra os que habitam no Céu.
Dentre as atribuições que o Dragão outorgou à besta
constava a perseguição, se possível até à morte, dos seguidores de Cristo, isto
sobre todo o planeta, não estando restrito somente à Europa, pois, o espaço
geográfico para essa perseguição estava estendido a cada tribo, povo, língua e
nação.
O que se sabe com certeza, é que toda pessoa que
aceitou o convite de Cristo de ser fiel até a morte, estará protegida da
perdição eterna, no entanto, quem não estiver escrito no livro da vida, haverá
de adorar a besta, tal pessoa se tornará cinzas debaixo dos pés dos
justificados! "Pisareis os perversos, porque se farão cinzas
debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos
Exércitos." Malaquias 4: 3.
Amigo leitor, a Revelação quer advertir todo humano
que hoje está no cativeiro do pecado para permitir que a espada flamejante que
sai da boca de Jesus Cristo, e tem a característica de dividir juntas e medulas
seja apta para discernir os propósitos do pensamento humano! "Porque
a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dos gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas
e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração." Hebreus
4: 12.
Saiba que o Dragão, a Besta e seus seguidores um
dia vai receber a retribuição equivalente aos crimes cometidos. Isto que dizer
que toda criatura que se rendeu ao poder da besta, bem como, toda pessoa que
depositou sua vida em Cristo, todas elas, serão responsabilizadas pelos seus
atos premeditados, uma vez que, os atos irrefletidos não serão levados em
consideração, ou seja, não produzem efeitos eternos. "Ora, não
levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens
que todos, em toda parte, se arrependam." Atos 17: 30.
Este é o nosso desejo e a nossa oração!