O TOQUE DA SEXTA TROMBETA OU, O SEGUNDO AI!
Educador Glauco César
NOTA DO ARTICULISTA - Veicule nesse blog, seu artigo sobre esse mesmo assunto, remetendo seu texto para o e-mail janelaprofetica@hotmail.com
Uma vez que, uma determinada opinião é postada, e outra sobre o mesmo tema versado também é veiculado, abre a oportunidade aos leitores de entrar em contato com vários entendimentos e, assim, concordar ou discordar dos mesmos, enriquecendo, desta maneira, seu cabedal de conhecimento.
O
primeiro ai, como vimos, surgiu com o maometismo e desempenhou sua obra
maléfica durante cento e cinquenta anos.
Passado
esse tempo de instabilidade, principia, então, o segundo ai. É imprescindível
fazer um adendo em relação às primeiras palavras pronunciadas por João, assim
que ele ouviu o toque altissonante da sexta trombeta.
O
Discípulo Amado assume o papel de representante diplomático da Corte celestial
e afirma ter ouvido uma voz, como que saindo das quatro saliências, semelhantes
a chifres, localizadas nas extremidades dum altar de ouro, que estava colocado
na presença de Deus.
A
mim, veio uma inquietação, na verdade, duas dúvidas me assolaram, ao fazer a
leitura daquele verso. A primeira suspeita, que a mim, me parece importante,
era saber que mobiliário representava aquele altar de ouro?
Incerteza
esta, baseada em informações bíblicas, acreditando que aquele móvel, deveria
fazer parte da mobília do Santuário.
O
altar de ouro citado pelo profeta, pela sua descrição e localização, só pode
ser o Altar de Incenso que, inclusive, era a mais importante peça do mobiliário
do Lugar Santo.
O
interessante dessa mobília, é que mesmo fazendo parte do primeiro compartimento
do Santuário, era peça importante e, portanto, insubstituível, pois, servia
para complementação do ritual no segundo compartimento, o Santo dos Santos.
Sabe-se
que o Altar de Incenso, que era forrado de puro ouro, nele havia, em suas
extremidades, quatros chifres também banhados a ouro, conforme descrito por
Moisés. “Farás também um altar para queimares nele o incenso;... os
chifres formarão uma só peça com ele. De ouro puro o cobrirás, a parte
superior, as paredes ao redor e os chifres.” Êxodo 30: 1 – 3.
No
ritual do Santuário, cada mobília é figura representativa da relação do Divino
com o humano ou, reciprocamente inverso.
Portanto,
nesse entendimento, conforme explicação de João, o altar de incenso, mobília
que faz parte do primeiro compartimento, retém as orações da humanidade
recheadas de inquietações, pedidos e agradecimentos, então, o Anjo do Concerto,
Jesus Cristo (Malaquias 3: 1), faz evolar como fumaça as orações dos humanos
até à presença de Deus Pai, que se acha no Lugar Santíssimo ou, segundo
compartimento. “Veio outro anjo... E foi-lhe dado muito incenso para
oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha
diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus” Apocalipse
8: 3 e 4.
A
segunda dúvida que me ocorreu, foi saber de quem era a voz que saia das
saliências, seria dos humanos em forma de orações, ou seria de Jesus?
Não
resta mais nenhuma dúvida, a voz é de Jesus Cristo, pois, se fosse da
humanidade, João teria escutado o som da voz vinda do interior do altar, onde
estão depositadas as petições dos humanos, no entanto, João ouviu a voz vinda
dos quatro chifres.
Esses
quatro chifres, são figuras de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo, no altar de incenso, eles representam os
quatro pontos cardeais, simbolizando a abrangência da ação curativa de Cristo
Jesus, contra os males do pecado!
Esse
primeiro verso da sexta trombeta é uma indicação de que a humanidade, naquela
época de provação, não estava desamparada, o amor salvífico de Cristo estava
compartilhando do sofrimento de cada pecador penitente.
Para
compreender melhor a atuação e cuidado Divino para com a população da época,
que corresponde a sexta trombeta, precisa-se conhecer os versos que descrevem o
toque daquela corneta, para assim, descodificá-los. “O sexto anjo
tocou a trombeta, e ouvi uma voz procedente dos quatro cantos do altar de ouro
que se encontra na presença de Deus, dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a
trombeta; Solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande rio
Eufrates.
Foram,
então, soltos os quatro anjos que se achavam preparados para a hora, o dia, o
mês e o ano, para que matasse a terça parte dos homens.
O
número dos exércitos da cavalaria era de vinte mil vezes dez milhares; eu ouvi
o seu número.
Assim,
nesta visão, contemplei que os cavalos e os seus cavaleiros tinham couraças cor
de fogo, de jacinto e de enxofre. A cabeça dos cavalos era como cabeças de
leões, e de sua boca saíam fogo, fumaça e enxofre.
Por
meio destes três flagelos, a saber, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre que
saíam da sua boca, foi morta a terça parte dos homens; pois a força dos cavalos
estava na sua boca e na sua cauda, porquanto a sua cauda se parecia com
serpentes, e tinha cabeça, e com ela causavam dano.
Os
outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se
arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os
ídolos de ouro, da prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem
ouvir, nem andar; nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas
feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.” Apocalipse 9: 13 – 21.
INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA, POLÍTICA, MILITA R E RELIGIOSA
A sexta trombeta descreve a ação dos turcos, que
eram aliados dos árabes. Após o desencadeamento da sexta trombeta e, decorridos
quatro anos, os turcos conquistaram a supremacia no leste, levando Roma Ocidental
ao colapso, sob o comando do Sultão Maomé II que, naquele momento, através de
acordo político/militar, conquistou a cidade de Constantinopla, sede do governo
de Roma Ocidental!
É interessante perceber que o período que os turcos tiveram para conquistar a supremacia do leste de Roma Ocidental, está visivelmente delineado em linguagem profética, como sendo uma hora, um dia, um mês e um ano que, literalizando, somariam trezentos e noventa e um anos e quinze dias.
No entanto, o período profético desta sexta trombeta deveria continuar como ainda continua em franco desenvolvimento, findando, somente, ao toque da sétima corneta.
É interessante perceber que o período que os turcos tiveram para conquistar a supremacia do leste de Roma Ocidental, está visivelmente delineado em linguagem profética, como sendo uma hora, um dia, um mês e um ano que, literalizando, somariam trezentos e noventa e um anos e quinze dias.
No entanto, o período profético desta sexta trombeta deveria continuar como ainda continua em franco desenvolvimento, findando, somente, ao toque da sétima corneta.
O leitor exigente e atencioso poderá até estar se
interrogando, onde o articulista encontrou essa quantidade de tempo?
A resposta a esta inquietação é simplória, basta,
tão somente, seguir o indicativo do relato e emparelhar com o conselho de
interpretar dias como anos, conforme orientação Divina onde, Moisés se
emprestando como interlocutor da Divindade fornece essa diretriz! "Segundo o número dos dias,... Cada dia
representando um ano." Números 14: 34.
Então, confirmemos esse período de tempo. Sendo
assim, de posse desse conhecimento, uma hora profética equivale, exatamente, 15
dias literais. Um dia profético, como esclareceu Moisés, equivale a 1 ano
literal. Por conseguinte, um mês profético, totaliza, obviamente, 30 anos
literais. Como um ano profético é composto de trezentos e sessenta dias,
incontestavelmente, totalizam, literalmente, 360 anos.
Basta, então, fazer a adição desses números, onde
totalizam 391 anos e 15 dias!
Adicionando-se esse resultado ao término dos 150
anos da quinta trombeta, que foi em 27 de Julho de 1449, encontra-se,
exatamente, o final do domínio dos quatro sultões maometanos, que aconteceu em 11 de agosto de 1840. Todavia, o período da sexta trombeta, ainda prossegue, pois, só findará ao toque da sétima corneta!
De 27 de Julho de 1449 até 11 de agosto de 1840,
houve a supremacia maometana sobre os gregos. Os Otomanos foram aceitos pelo
Imperador grego que reinava com a permissão do Sultão Turco.
A partir de 11 de agosto de 1840, a Turquia, por
intermédio de sua embaixada, aceitou a proteção dos aliados europeus, pondo fim
ao domínio dos sultanatos maometanos, abandonando o Islamismo,
retornando ao Cristianismo.
É salutar se observar que o começo da supremacia
otomana veio através do reconhecimento voluntário do Imperador grego, o cristão,
Constantino XIII, que permitiu que o turco Deacozes viesse a administrar o
Trono Grego.
Não se admira que com a perda da independência
otomana, o sultão turco, submeteu, voluntariamente, sua autonomia às mãos das
nações cristãs europeias.
A quinta trombeta prescreveu a devastação causada
por forças maometanas, opositoras do cristianismo, que atuaram durante a Idade
Média. Já a sexta trombeta, descreveu a mesma força islâmica, com a mesma
finalidade, no momento seguinte, ou seja, durante o Período Moderno.
O toque dessa trombeta indica que a cavalaria
destruiria a terça parte dos habitantes da Terra. Ora, como bem sabemos, no
tempo em que João recebeu a Revelação, só se conhecia três continentes, a
África, a Ásia e a Europa. A terça parte dos habitantes que seriam destruídos,
era, portanto, uma alusão ao continente europeu.
Informa também que os quatro anjos que, até então,
estavam contidos, junto ao Rio Eufrates, deveria ser liberados para agir.
Como bem sabemos, historicamente, o Rio Eufrates
sempre foi, originariamente, a linha que delimitava as posses do povo de Israel
das possessões dos seus adversários. Durante a sexta trombeta o Eufrates dava
limite à parte Oriental do Império Romano!
A profecia informa que os cavaleiros invasores, estavam
juntos ao Eufrates, portanto, não em terras do Império Romano. Contudo, os
maometanos, povo do Império Otomano que, inclusive, a presença dessa cultura
religiosa, prenunciava a destruição, não somente do Império Bizantino, mas,
abalaria, sobremodo, o cristianismo, que naquela época, dependia do amparo e
proteção do Estado.
Os quatro anjos do verso quatorze é uma nítida
alusão aos quatro sultanatos; Alepo, Icônio, Damasco e Bagdá, espinha dorsal do
Império Otomano, localizados na região próxima ao Rio Eufrates, que era
limitrofe do Império Bizantino, o tão decantado Império Romano Oriental.
É importante lembrar que transpondo o Eufrates, na
outra margem, iniciava o domínio do paganismo, portanto, adversário do
cristianismo.
Esses quatro anjos, símbolos dos quatro principais
sultanatos do Império Otomano, localizados nas terras banhadas pelo
Eufrates, onde o Império Otomano era fronteiriço com o Romano Oriental. Estes
quatro sultanatos estavam imbuídos de aniquilar a terça parte dos humanos, numa
nítida referência à Europa.
Afirma o relato do profeta João que o número de
cavaleiros era de vinte mil vezes dez milhares, o que equivale a dizer que o
exército otomano, era de 200 milhões de soldados, número quase inconcebível. Na
verdade uma quantidade incalculável.
Como o período da dominação turca, através do
maometismo durou 391 anos e 15 dias, fica racionalmente aceitável que o
exército turco, nesse período, tenha utilizado, na verdade, duzentos milhões de
combatentes.
O vidente de Patmos identificou até mesmo a
indumentária bélica, ele pode divisar a cor do fogo, vermelho, do jacinto, com
a tonalidade azul e, do enxofre, ou seja, amarela. Essa era a cor das
vestimentas usadas por aqueles combatentes cabeludos.
A descrição das cabeças dos cavalos foi assemelhada
à dos leões, mas, conforme o Profeta, da boca dos cavalos saiam fogo,
fumaça e enxofre.
Sabe-se que o leão é o rei dos animais. Esse animal
é símbolo de força, coragem e ferocidade. Por onde passavam os conquistadores
otomanos apresentavam essas características assustadoras e maléficas, vomitando
fogo, fumo e enxofre!
Os turcos otomanos estavam entre os primeiros
combatentes que utilizaram pólvora e arma de fogo, em quantidade, os mosquetes.
Ao Profeta parecia que o fogo e a fumaça era
arremessada pelas bocas dos cavalos, quando, na verdade, procediam das
pesadas armas de fogo que, para ser conduzida era apoiada à cintura
através de uma forquilha.
Conforme o pensamento maometano, eles apareceram na
história da humanidade para corrigir os erros e abusos cometidos pelos cristãos
romanos, principalmente, os adoradores dos demônios, que no entendimento deles,
era o culto a homens mortos, reverenciados como semideuses.
O Islamismo abominava também a idolatria, que é o culto
aos santos e às imagens, como se fora divindades!
Todavia, na ânsia de corrigir os erros e atropelos
doutrinários, eles cometiam ações contrárias à razão e ao bom senso, atos até
irrefletidos e irreparáveis, com absurda violência e mortandade, que em nada
ajudou a população a ter postura equilibrada e constante ao lado do bem, da
verdade e de Deus!
Esses dois primeiros ais derribou o Império Romano
Cristão. Ao toque da quinta trombeta caiu, num intervalo de cento e cinquenta
anos, a parte Ocidental do Império Romano, tendo por algozes os bandos
malfazejos dos visigodos, vândalos, hunos e hérulos.
Foi preciso apenas trezentos e noventa e um ano e
quinze dias, para que a parte Oriental da Roma Cristã também tombasse, dessa
feita, tendo por verdugo, apenas os árabes e turcos do Islamismo.
Depois desses acontecimentos o segundo ai passou,
resta agora o terceiro ai. No entanto, antes do toque da sétima trombeta, a
mensagem do retorno de Cristo e vinda de Deus deveria ser anunciada por todo
mundo, para então, ser deflagrada o toque da sétima trombeta.
PARALELISMO ESPIRITUAL
O que mais me deixa atônito quando se arvora
interpretar as profecias apocalípticas é o fato da ausência de comentário
explicativo sobre a postura Divina, em relação ao humano indefeso, nos períodos
em que o mal aflora e superabunda o suplício e a mortandade!
Por isso, é necessário, em cada período profético,
ajuizar a intensão Divina, no sentido de auxiliar o pecador que esteja disposto
a encontrar o Caminho norteador que o desvencilhe de todo mal!
Acredita-se que a voz do Cordeiro que preveniu e
anunciou a invasão otomana, tenha, naquela mesma mensagem, providenciado o
caminho da libertação!
Assim, nesse paralelismo, os quatro anjos, são, na
verdade, mensageiros humanos, que naquele período anunciavam em todos os
quadrantes da região afetada, que Cristo, a Água da Vida, estaria convidando
todos os povos daquelas nações, em todas as línguas, a se dessedentarem da Água
Viva.
Com esse estímulo, os humanos encontrariam alívio
para as suas dores!
Esse entendimento se propagou entre eles como um
exército inumerável, aqueles incansáveis combatentes mataram nos
cristãos, a sua espiritualidade morta, ressuscitando neles o desejo da
vida eterna!
O teor da mensagem daqueles combatentes, naquela
hora de tamanha perplexidade, era para que os povos abandonassem os erros do
cristianismo e, não se rendessem ao Islamismo, mas, desse total devoção a Deus
e lealdade a Jesus Cristo, o Libertador!
Os bravos e valentes soldados de Cristo usavam como
armas para o combate, apenas suas bocas, confiantes na promessa de Jesus; "Porque
Eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos
quantos se vos opuserem." Lucas 21: 15.
Na verdade, ninguém pode resistir nem
contradisseram, no entanto, por fazer uso do livre arbítrio, doado por Cristo
Jesus, muitos não se arrependeram, não por falta de oportunidade ou de
conhecimento, mas, por preferirem as benesses imediatas, por isso, rejeitaram
os benefícios eternos!
Essa atitude prova que toda criatura que, no tempo
da oportunidade, ou seja, em vida, perseverar no caminho do mal, estará alijado
da vida eterna!
Amigo leitor, a maior parte do cristianismo, não
acredita na predestinação como sendo a ordem superior estabelecida por Deus de
conduzir, os Seus escolhidos e justificados à vida eterna.
Todavia, quando se trata de assuntos políticos,
quase que existe unanimidade na crença de que o Divino está no comando absoluto
do desenrolar da história da humanidade.
Os que assim creem, afirmam, categoricamente, que a
história e desenvolvimento das nações, nascimento e queda dos impérios, é
resultado da ação coercitiva dum Deus Soberano, pois, tem direito e
possibilidade de impor obediência, uma vez que, impera, exclusivamente, à
vontade e proeza dEle!
Se assim fora, o Onipotente teria descartado por completo,
a porção mais sagrada do ser humano, que o diferencia do animal bruto, que é a
capacidade, inerente do próprio homem, de escolher e decidir sobre seu futuro,
tanto o material, quanto o social, político, temporal e, como não podia deixar
de ser, o eterno!
Portanto, se os intérpretes da história e do tempo
defendem, a possibilidade, de que Deus está no comando de todas as coisas,
modificando decisões humanas e, impondo à vontade do Onipotente, esses
mesmos comentaristas teriam que, forçosamente, abdicar, e não mais defender que
a humanidade é detentora do livre arbítrio.
Neste caso, o livre arbítrio não seria uma doação
do próprio Deus, nem muito menos, uma prova soberana dos atributos divinos na
humanidade!
Sendo assim, o ser humano não seria racional,
todavia, não passaria de um autômato, seria uma figura marcada no tabuleiro
previamente viciado, para satisfazer o ego doentio do Dominador Universal!
No entanto, quão bom é ter a certeza que o Criador
dotou a natureza humana com a capacidade de fazer suas escolhas com total
acerto ou, se assim preferir, rejeitar as benesses da eternidade!
Num
Deus com essa capacidade, pode-se sim, nEle confiar!